"Então aceite", Rose sugeriu, como se fosse uma decisão simples de tomar.
"Não posso aceitar assim facilmente. Vou conversar com ele esta noite e depois veremos o que vai acontecer", respondi com um sorriso tímido no rosto.
"Sério, vem cá, quando foi a última vez que você transou?" Rose sentou-se e olhou para mim, antes de perguntar.
"Ah, faz um tempo", disse a verdade.
"Então será bom para você", Rose disse abrindo um grande sorriso. "Servirá para você liberar um pouco desse estresse e frustração. Você ficará menos mal-humorada", ela disse com um sorriso malicioso, e respondi bufando. Depois ri e joguei um travesseiro no rosto dela. Foi então que o meu telefone tocou debaixo do meu travesseiro. Levantei a cabeça para procurá-lo. Assim que o peguei, deixei a cabeça cair no travesseiro macio novamente. Um sorriso iluminou o meu rosto quando vi o lindo rosto da minha irmã na tela do telefone. Rapidamente, passei o dedo na tela para atender a ligação.
"Boa tarde", ouvi a voz suave da minha irmã do outro lado da linha. Rose sorriu e fez sinal para que eu colocasse o telefone em viva voz. Alena também era muito próxima de Rose.
"Boa tarde", nós duas respondemos ao mesmo tempo. Senti a minha irmã respirar aliviada quando ouviu as nossas vozes.
"Meninas, que saudade de vocês", ela disse suavemente. Podíamos ouvir conversas no fundo, parecia que ela estava em lugar com muita gente por perto. "Athena, por favor, diga que você virá no meu casamento", ela praticamente implorou. Notei pelo seu tom de voz que ela estava um pouco chateada. Rose olhou para mim quando abri a boca para responder.
"Ainda não tomei uma decisão, Alena", preferi ser sincera com a minha irmã.
"Não posso acreditar que você ainda está pensando se virá ou não no meu casamento por causa da mamãe e do papai", ela reprovou a irmã. Dei um suspiro. "Quero você aqui nesse dia especial para mim. Rose estará com você", ela parecia decidida a não aceitar um 'não' como resposta da irmã. Rose acenou com a cabeça fazendo um gesto positivo e abriu um grande sorriso no rosto.
"Se você quer mesmo que eu vá, fique sabendo que vou levar Tommy. Quer nossos pais gostem ou não, vou levar o meu irmãozinho", eu foi categórica. Escutei o suspiro que minha irmã soltou do outro lado da linha.
"Então você vem?" Ela perguntou, com um pouco mais de esperança nas suas palavras. Sorri, quando pela sua voz, senti que ela estava feliz.
"Sim. Eu vou!" Exclamei, fazendo a minha irmã gritar de alegria. Eu e Rose rimos da reação da minha irmã, era como se a estivesse vendo dando pulinhos de felicidade. Rose tapou os ouvidos, a verdade é que minha irmã estava gritando.
"Louca, você vai acabar me deixando surda", Rose praguejou e em seguida, se levantou da cama e alongou os braços.
"Opa, foi mal, meninas", Alena riu. "O que vocês estão fazendo agora?" Ela então perguntou com um tom de voz entediado.
"Temos que sair para o trabalho em alguns minutos", respondi. Alena não sabia qual era o nosso trabalho e não tínhamos planos de contar para ela sobre isso. Ela pensava que cuidávamos de crianças à noite. "E você?" Perguntei, enquanto cobria o meu corpo novamente. Rose abriu a porta do meu quarto e saiu bocejando.
"Vim provar alguns sabores de bolo para a festa do casamento com a mamãe." Minha irmã odiava fazer coisas desse tipo. Ri e revirei os olhos ao mesmo tempo.
"Onde ela está?" Perguntei de curiosidade.
"Em algum por aqui, a perdi de vista. Realmente não me interessa. Mas, estou feliz pela oportunidade de comer bolos sem pagar", ela disse, me fazendo rir. Alena também odiava o que os nossos pais faziam. Ela não aprovava o comportamento deles com Tommy. Contudo, diferente de mim, ela não queria cortar todos os laços com eles. Ela era muito madura, coisa que não sou, mas, ela tinha vinte e cinco anos de idade. Mesmo que as pessoas digam que fui imatura ao romper com os meus pais, assumi totalmente a minha decisão. Os meus pais achavam que Tommy não era digno deles. Bem, sendo assim, naquele dia, decidi que os meus pais não eram dignos de mim. "Bem, mamãe está de volta. Falo com você mais tarde", Alena se despediu.
"Está bem! Amo você", disse para ela, antes de encerrar a ligação. Olhei ao redor do quarto, tentando lembrar onde tinha guardado o carregador do meu celular. Sabia que teria que me levantar para procurá-lo, mas confessei, estava com tanta preguiça. Que problema tinha para sair da cama. A preguiça é um grande mal. "Rose!" Dei um grito para chamá-la.
"O que foi?" Ela gritou de volta do seu quarto.
"Por acaso você viu o carregador do meu celular?" Gritei de novo.
"Ainda estava conectado na tomada da sala!" Ela gritou de volta. Resmunguei quando percebi que teria que me levantar para buscá-lo. Coloquei os pés no chão frio e senti um arrepio subir pela minha pele bronzeada. Me levantei e coloquei os braços para cima para alongá-los, antes de caminhar para a sala com o telefone na mão.
Depois de colocar o telefone para carregar, voltei para o quarto e abri a porta do meu guarda-roupa. Tinha que começar a me preparar para ir ao trabalho. Não sei explicar o motivo, mas sabia que não iria me apresentar nesta noite. Sabia que o idiota Arrogante Sexy estaria falando sobre o negócio. Então, peguei uma Levis justa e uma blusa preta de mangas compridas.
Creio que estava bem.
Fui para o banheiro, abri a torneira do chuveiro e deixei a cascata de água quente cair sobre o meu corpo nu. Respirei fundo quando senti os meus músculos relaxando. Porém, os meus pensamentos vagaram para o idiota Arrogante Sexy. Eu ainda não sabia o nome dele. Inconscientemente, mordi os lábios, enquanto pensava nos seus penetrantes olhos cinza. Apertei as minhas coxas, enquanto pensava em como ele me faria sentir.
"Athena, anda logo, também tenho que tomar banho", ouvi Rose gritando do lado de fora do banheiro. Obviamente, isso me tirou dos meus pensamentos. Terminei o meu banho rapidamente e saí do banheiro enrolada na toalha. Assim que entrei no meu quarto, sequei o corpo e coloquei as roupas que tinha escolhido antes. Calcei um par de tênis e soltei o meu cabelo, que caía por cima do ombro. Teria que colocar a máscara esta noite. Então, passei um batom vermelho e uma linha fina de delineador, não queria uma maquiagem pesada. Não sei explicar o motivo, mas toda essa situação estava me deixando nervosa.
É apenas sexo, vadia. Não fique remoendo isso.
Minha mente tende a ser cruel comigo algumas vezes. Mas, na maioria das vezes, minha mente estava certa. Costumo pensar demais sobre tudo e mesmo assim, no final, acabo tomando decisões erradas. Quando estava pronta, peguei a minha bolsa e fui até a sala pegar o meu celular. Tirei o carregador da tomada e o coloquei dentro da bolsa.
Depois de alguns minutos, Rose entrou na sala também, ela estava vestindo um short jeans Jean e um top branco com 'Sex in the Air' estampado nele. Sorri apontando para o top dela. Ela deu de ombros com um sorriso tímido no rosto e fomos em direção à porta para sair de casa.
"Sinto o cheiro de sexo no ar esta noite para você", Rose comentou, enquanto saíamos do apartamento. Olhei para ela, mas não disse nada. Estava muito nervosa.
"Passamos o dia falando sobre essa coisa. Nem sei se vou aceitar. Então, cale a boca", finalmente disse alguma coisa, quando estávamos entrando no carro. Liguei o carro, enquanto olhava para Rose de rabo de olho, que sorria para mim feito uma boba. Dane-se!
Quando entramos no clube, Jerry aproximou-se de nós discretamente e juntos caminhamos para o camarim. Me sentei no sofá e fiquei observando Rose apressada, enquanto se arrumava.
"Aparentemente, você terá outra dança privada esta noite", Jerry disse com um sorriso malicioso no rosto. Revirei os olhos e me virei para encará-lo.
"Quanto ele pagou desta vez?" Lembro que Dean, da primeira vez, pagou cinquenta mil dólares. Mas, sabia que as outras danças privadas foram pagas pelo próprio idiota Arrogante Sexy.
"Ontem ele pagou vinte cinco mil dólares", Jerry respondeu. "Hoje ele pagou cinquenta mil dólares porque eu disse que você não se apresentaria esta noite", Jerry explicou, enquanto levantava as sobrancelhas de forma sugestiva. Mais uma vez, revirei os olhos. Jerry tirou um envelope do bolso e me entregou. "Aqui está a sua parte", ele disse sorrindo. Peguei o envelope e coloquei dentro da minha bolsa. Sabia que tinha muito dinheiro dentro. Respirei fundo. Fiquei aliviada porque finalmente consegui o dinheiro para pagar o tratamento do Tommy. O telefone do Jerry fez um ruído e ele leu a mensagem que tinha acabado de receber. "Seu cliente chegou", ele disse. Fui até o espelho e tirei a minha máscara da bolsa. Não deixaria que o idiota Arrogante Sexy descobrisse a minha verdadeira identidade. Coloquei a máscara e me virei para sair do camarim. "Você não está usando a roupa para apresentação?" Jerry questionou.
"Não", respondi simplesmente. Estava nervosa. Muito nervosa.
"Boa sorte", Rose gritou, enquanto eu caminhava para a sala privada.
Acalme-se Athena Amington!
Respirei fundo e abri a porta. Lá estava, sentado na minha frente, o senhor Arrogante Sexy idiota. Ele tinha o cabelo todo bagunçado. Definitivamente, devia ser de tanto passar as mãos no cabelo. Morreria para ver isso. O primeiro botão da sua camisa branca estava aberto e ele estava vestindo uma calça preta justa. Não deixei de notar os sapatos de couro preto clássicos que ele estava usando. Mordi meus lábios a contragosto, enquanto o examinava.
"Devo dizer que a blusa de manga comprida e os tênis estão longe do sutiã e o short curtinho que você costuma usar", ele disse com a sua voz rouca e sexy. Dei um sorriso malicioso para ele.
"Você não gostou?" Perguntei apontando para as minhas roupas. Ele deu de ombros e passou os olhos pelo meu corpo. Pelo seu olhar, notei que ele estava apreciando o que via.
"Definitivamente, sim", ele disse, enquanto se levantava e caminhava até mim. "Então, você pensou sobre a minha proposta?" Ele perguntou colocando a mão na minha cintura ao mesmo tempo.
"Sim, pensei", respondi. "Mas, precisamos negociar alguns pontos", disse, enquanto me sentava no sofá e olhava para a expressão perplexa no rosto dele.
"Negociar?" Ele perguntou.
"Você nunca ouviu essa palavra? Você parece ser um homem de negócios ou algo do tipo", o provoquei, apontando para as roupas que ele estava vestindo.
"Na verdade, sou um CEO", ele afirmou, vindo se sentar de frente para mim. Oh! É por isso que ele está tão estressado. "Sobre o que você quer negociar?" Ele voltou ao ponto.
"Sobre os termos e condições deste acordo", respondi, tentando soar profissional, mas sinceramente sou péssima nisso. Pelo seu olhar, ele estava se divertindo.
"E quais são os seus termos e condições?" Ele perguntou, parecendo interessado.
"Primeiro quero ouvir os seus", disse.
"Só sexo. Nenhum sentimento envolvido", ele respondeu rapidamente.
"Concordo", acenei com a cabeça com um gesto positivo.
"Você deve estar sempre disponível para mim", ele disse com um sorriso no rosto.
"Você não vai me pagar por isso. Eu continuo trabalhando aqui", respondi, prestando atenção no rosto dele, tentando entender o que ele pensava através das suas expressões.
"Então, o que você vai ganhar com isso?" Ele questionou curioso.
"Vai me ajudar a relaxar e fugir do estresse", respondi naturalmente.
"E se eu quiser você na noite em que você trabalha?" Ele questionou.
"Você paga por uma dança particular", respondi rindo.
"Não é como um amigo com benefícios?" Ele perguntou.
"Porém, não somos amigos", esclareci. Ele ficou quieto e acenou com a cabeça.
"Você não tem o direito de fazer sexo com outra pessoa", ele afirmou. Me imaginei revirando os olhos, mas não o fiz na frente dele.
"O mesmo se aplica a você", disse com um sorriso malicioso e ele concordou.
"Você precisa dos termos e condições escritos em um contrato?" Ele perguntou, claramente se divertindo. Na verdade, ele parecia muito fofo. Ele tinha uma covinha na bochecha esquerda, que era irresistível.
"Não", respondi, estreitando os olhos para ele.
"Você confia em mim então?" Ele perguntou, olhando dentro dos meus olhos verdes.
"Que pergunta estúpida é essa? Claro que não", zombei dele, enquanto ele não tirava os olhos do meu rosto.
"É por isso que precisamos de um contrato", ele disse, enquanto se inclinava no sofá. Encarei ele, estava com uma pergunta martelando na minha cabeça.
"Eu tenho uma pergunta", ele olhou para mim, esperando que eu a fizesse.
"O que você quer perguntar?"
"Qual o seu nome?"