Capítulo 7 Começando algo novo

"Qual o seu nome?" Perguntei também, inclinando o corpo para frente e usando as minhas mãos como apoio para o meu rosto. Ele inclinou o corpo para frente também com um sorriso malicioso no rosto, mas ele estava com as pernas estavam abertas e suas mãos estavam unidas entre elas. "Espere, não", disse rapidamente. "O seu nome é muito conhecido?" Perguntei sorrindo para ele. Ele levantou os ombros.

"Sim. É um nome conhecido. Mas, você não vai precisar saber o meu nome quando eu estiver dentro do seu corpo e você estiver gemendo, não é mesmo?" Quando disse isso, os seus olhos eram de um predador, que me fizeram contorcer na cadeira e, sem perceber, engoli em seco.

"Então, qual é o seu nome?" Depois de limpar a garganta, continuei insistindo na pergunta, pois não queria que ele percebesse o efeito desastroso que estava tendo sobre mim.

"Damian Spears", ele finalmente respondeu. Arregalei os olhos. Nao, não podia ser. Tinha ouvido falar do famoso Damian Spears. Ele é o homem mais rico de Seattle. O encarei incrédula, em seguida, levantei e comecei a andar de um lado para o outro na pequena sala.

"Por que você quer fazer sexo comigo quando pode ter todas as malditas modelos, atrizes, pornstars, prostitutas e tudo o mais na sua cama?" Perguntei perplexa, simplesmente não conseguia entendê-lo. Ele era dono praticamente de metade da cidade. Devo confessar que ao descobrir o homem importante que ele era, fiquei ainda mais nervosa. Quando me virei para olhar para ele, percebi que ele estava perto de mim. Perto o suficiente para que eu pudesse sentir sua respiração se espalhando por todo o meu rosto. Seus lindos olhos cinza estavam voltados para mim.

"Eu cuidaria melhor dessa sua boca linda se fosse você. Seja rude novamente, e prometo que você receberá uma punição que lembrará pelo resto da sua vida", ele disse com a voz rouca, enquanto me puxava para mais perto dele. Por instinto, coloquei as mãos no peito forte dele. Mais uma vez, ele soltou o seu sorriso malicioso. "Achei que ontem nós já tivéssemos conversado sobre porque eu quero você", ele continuou. Acenei com a cabeça, sem saber o que fazer. Por um momento, estava perdida. Meus olhos piscaram para os deliciosos lábios rosados dele, fazendo com que eu mordesse os meus. Ele gemeu e colocou uma das mãos atrás do meu pescoço. Em seguida, ele puxou o meu rosto para mais perto do dele. A sua boca encontrou a minha, me fazendo suspirar de alívio e contentamento. Pude sentir a mão dele se arrastando para a parte de trás da minha cabeça, mas não dei muita importância, até que o senti mexendo no cordão que amarrava a minha máscara. Na mesma hora me afastei, cortando o beijo, e dei alguns passos para trás.

"Não tente tirar a minha máscara", disse palavra por palavra, enfatizando cada uma delas. Ele olhou para mim e com poucos passos estava novamente bem na minha frente. Ele segurou com força o meu rosto com uma das mãos e fez meus olhos perfurarem os dele.

"Nunca me dê ordens", ele disse. "Essa é uma outra condição. Pode adicionar na sua lista", ele completou, estreitando os olhos. Me afastei dele novamente e voltei para o sofá.

"Nunca tire a minha máscara. Pode colocar na sua lista também", disse tentando não encará-lo.

"Você está esperando fazer sexo comigo usando uma máscara?" Ele perguntou como se fosse a coisa mais estúpida que já tinha ouvido falar. Bem, talvez ele tivesse razão nesse ponto.

"Sim, estou. Por que não? A minha máscara não está bloqueando o acesso à minha vagina", disse sem pensar, o fazendo rir. Quando percebi o que tinha dito, coloquei as mãos na boca. Como posso ser tão estúpida?

"Qual o seu nome?" Ele perguntou de repente, deixando de lado o assunto da máscara e voltou a sentar-se.

"Vixen", respondi imediatamente.

"O seu nome real", tinha um pouco de impaciência no tom de voz dele. Não queria dizer para ele o meu nome verdadeiro. De jeito nenhum.

"Vixen", respondi novamente, e dessa segunda vez, ele me encarou. "Não tenho culpa se o meu pai me deu um nome de merda", comentei.

"Seus pais escolheram Vixen para ser o seu nome?" Damian perguntou com os olhos arregalados, mas ainda assim, era quase uma expressão sem emoção. Continuei afirmando que sim, que era o nome que os meus pais me deram. "Eles são bem estranhos", ele concluiu.

"Sim, muito estranhos e idiotas de verdade", acrescentei sorrindo, para logo revirar os olhos. Ele ficou em silêncio, os seus olhos estavam fixos no meu rosto, como se ele estivesse me estudando.

"Tenho mais uma condição", ele disse sério.

"E qual é?" Estava curiosa para saber qual era essa nova condição.

"Depois de transarmos e tudo mais, não dormimos na mesma cama", ele disse. Olhei para ele sem saber o que responder.

"Então?" Perguntei com as sobrancelhas levantadas.

"Nós transamos e depois dormimos em quartos diferentes", ele revirou os olhos quando precisou me explicar.

'Sim, continue revirando os olhos, quem sabe você encontre um cérebro lá atrás', pensei.

"Eu não tenho 'outros quartos' no meu apartamento", disse para ele.

"Estaremos sempre na minha casa", ele respondeu. "Só faço sexo na minha casa", ele explicou. "Não quero correr o risco que nos vejam juntos", ele disse, e devo confessar que essa observação feriu os meus sentimentos. Eu não sou um pedaço de merda. Mesmo assim, fiquei quieta e fiquei olhando, enquanto ele se encostava no sofá. "Preciso do número do seu telefone", ele continuou com suas coisas práticas. Peguei um papel e uma caneta que estavam sobre a mesa, escrevi o meu número e entreguei para ele. O chip do meu celular estava registrado no nome da Rose, então não me preocupei caso ele tentasse descobrir o meu nome verdadeiro, através da informação que poderia ter com o meu número de telefone.

"Acho que temos um acordo", disse, enquanto me levantava do sofá.

"Isso é tudo", ele concordou, enquanto se levantava também. Comecei a caminhar na direção da porta, pensando que talvez fosse hora de ir embora, mas a mão que segurou o meu pulso provou que eu estava errada. "Onde você pensa que vai?" Damian perguntou, quando lentamente me virei para olhar para ele. Ele tinha seu perigoso sorriso predador estampado no rosto.

"Para casa?" Disse olhando para ele um pouco confusa. Ele riu, uma risada sexy e sombria de derreter o coração. Ele me puxou pelo pulso, fazendo o meu corpo bater contra o peito dele.

"Estou esperando há dois dias", Damian sussurrou no meu ouvido, respirando fundo.

"Esperando o quê?" Eu sabia a resposta. Porém, queria escutá-la em voz alta. Queria ouvir da boca dele o quanto ele me desejava. Queria me sentir desejada por ele.

"Esperando poder me enterrar em você", ele disse suavemente, sexy e com a voz rouca. Gemi internamente e apertei as minhas coxas, enquanto podia me sentir latejando o desejo dentro de mim. Ele pegou a minha mão e abriu a porta. Saímos da sala privada, fui seguindo ele, em silêncio.

"Para onde estamos indo?" Perguntei, enquanto caminhávamos pelo clube. Logo, estávamos na frente do clube e uma limousine estava parada esperando por nós.

"Para minha casa", somente do lado de fora do clube, ele respondeu. Congelei na mesma hora. Era uma mistura de excitação e adrenalina tomando conta do meu corpo. Não poderia deixar esse homem me afetar dessa maneira. Ele abriu a porta do carro e fez sinal para que eu entrasse. Fiquei alguns segundos congelada no mesmo lugar, tentando entender se ele estava falando sério ou não. Bem, maldito seja. Engoli em seco e entrei na limousine. Era idêntica a dos meus pais, a diferença era que a dele era preta e a limousine dos meus pais era branca. Pouco tempo depois, Damian também entrou no carro. Ele levou um tempo falando com o motorista. Droga! Como ele era sexy! Por que ele estava interessado em alguém como eu? "Sobre o que você está pensando?" Ele perguntou de repente, enquanto se virava para olhar nos meus olhos. Sorri para ele e levantei os ombros.

"Meus pensamentos são privados, senhor Damian", o provoquei, enquanto me afastava dele. O ruído de um vidro deslizando chamou a minha atenção. Era o vidro fumê que separava o banco da frente do banco de trás. Olhei para Damian, que tinha um controle remoto na mão.

"Venha aqui, gatinha", Damian disse apontando para o colo dele. Ele queria que eu me sentasse no colo dele? Levei alguns segundos e logo, me sentei no colo dele. Ele suspirou e me colocou de frente para ele, as minhas pernas estavam uma de cada lado do corpo dele. Suas mãos estavam na minha bunda e ele estava olhando para mim.

"E agora?" Perguntei colocando as minhas mãos nos seus ombros fortes, que me serviam de apoio.

"Mova-se", ele ordenou. O quê?

"Como?"

"Mova-se comigo. Se esfregue em mim", ele disse. Podia sentir ele crescendo debaixo de mim. Oh! Aqueles malditos jeans apertados eram tão sutis. Ele queria sexo sem contato direto das nossas partes íntimas. Podia ver a luxúria brilhando nos seus olhos. Palpitei ao sentir sua ereção e comecei a me esfregar nele. Suas mãos foram para a minha cintura e ele fechou os olhos. Estava indo devagar, queria que ele pedisse mais, muito mais.

"Você gosta?" Perguntei, tentando controlar o meu tom de voz, quando joguei a cabeça para trás sentindo o prazer que começava a subir por todo o meu corpo.

"Você está me torturando", ele gemeu colocando um pouco mais de pressão na minha cintura. Em seguida, uma das suas mãos foi para o meu pescoço e puxou o meu rosto para o dele. Segundos depois, os seus lábios estavam nos meus e sua língua devorando a minha boca. Com a outra mão ele segurou o meu seio e começou a massageá-lo. Quando gemi, ele aumentou o ritmo, e pude sentir algo se acumulando na parte inferior do meu corpo.

"Porra!" Gritei, quando ele se afastou e sentir o prazer percorrendo por todo o meu corpo. Damian Spears tinha acabado de me fazer gozar dentro da sua limousine. Ele ainda estava duro. Podia senti-lo. Deixei a minha cabeça cair sobre o seu ombro, meu nariz estava enterrado no seu pescoço, e respirei fundo, pude sentir o seu perfume Axe.

"Isso foi quente", ele respirou. Me afastei e só então, a limousine parou. Ele sorriu para mim quando saí de cima dele. Tenho certeza de que o meu rosto estava completamente vermelho. Por que ele estava me fazendo sentir assim? Talvez porque ele era muito sexy? Quando estava na escola, sempre ficava nervosa com caras gostosos. Pelo visto, isso não mudou. Damian esperou e alguém abriu a porta do carro. Foi então que me lembrei do motorista. Que merda! Tinha estado gemendo como uma louca. Damian saiu do carro primeiro e depois pegou a minha mão, para me ajudar a sair. Evitei olhar para o motorista, mantive o meu olhar no chão. Quando começamos a caminhar, não ergui os olhos nem uma vez. "Gatinha?" Levantei a cabeça para atender o chamado da voz sexy do Damian.

"Por que você me chama de gatinha?" Questionei, enquanto nos aproximávamos de uma maravilhosa mansão. Com azulejos brancos por todos os lados e uma decoração moderna, misturada com algumas antiguidades. Definitivamente ficaria impressionada se eu não tivesse crescido em uma mansão. A mansão de Damian estava em silêncio. Como alguém pode viver aqui sozinho?

"Você tem olhos verdes de gato", ele respondeu sobre o apelido que pelo visto, tinha me colocado. Dentro da casa, no corredor logo na entrada, grandes fotos da família de Damian, creio, decoravam as paredes. Assim como dele e de Dean. Sorri quando pensei no futuro marido imaturo.

"Você e o seu irmão são tão diferentes", comentei, quando entramos em uma enorme cozinha moderna, que parecia estar equipada com as tecnologias mais avançadas em tudo o que diz respeito a cozinhar.

"Você quer beber alguma coisa?" Ele perguntou, ignorando o meu comentário. Balancei a cabeça para dizer que 'não', mesmo assim, ele pegou dois copos e uma garrafa de vinho tinto. Por que perguntou se não levaria a minha resposta em consideração? "Você vai precisar de uma taça de vinho esta noite", ele disse, enquanto colocava a taça na minha frente. Tinha os olhos bem abertos olhando para ele, tentando fazer com que as palavras que ele tinha acabado de dizer fossem registradas na minha mente.

Droga!