Sexy e Possessivo
img img Sexy e Possessivo img Capítulo 4 Phoebe
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Capítulo 4 Phoebe

Eram quase dez horas da manhã quando finalmente abri os olhos. O despertador berrava freneticamente ao meu ouvido, e notando quão tarde era, corri para o banheiro, vestindo uma blusinha rosa e leve e uma calcinha. Minha cabeça latejava, e eu precisava de café. Muito café. Tentei puxar da memória os últimos acontecimentos, mas tudo estava muito confuso. Lembrava de alguns flashbacks da noite passada, mas quase nada do que realmente aconteceu.

Tomei um banho rápido e escovei os dentes, fazendo em seguida meu ritual matinal, que consistia em hidratar a pele, cuidar do cabelo e correr por cinco minutos sem sair do lugar. Voltei para o quarto e escolhi uma blusa amarela para combinar com a saia lápis preta e sandálias de salto. Eu arrumei o cabelo num coque alto e me apressei para sair.

George havia me ligado algumas dezenas de vezes. Eu vi algumas mensagens de Gina e perguntei se estava bem. Ela disse que estava com ressaca. Guardei o celular na bolsa e saí do prédio. Eu morava perto do S & K, um escritório de advocacia onde trabalhava. Meu apartamento ficava apenas a alguns minutos de distância, o que me fez achar que era uma ótima ideia alugá-lo.

Dez minutos depois, cheguei ao meu escritório e Kate, minha secretária, disse que o cliente havia chegado há uma hora.

- O quê? Marcamos às dez e meia. - Eu estava parada, quase gritando com Kate. Ela piscou algumas vezes e leu alguma coisa no computador.

- Não. Você disse que seria às nove e meia.

Como eu posso ter confundido os horários?

Massageando a têmpora, deixei a respiração pesada que aspirei esvair dos meus pulmões. Eu tinha que parecer calma - ou pelo menos tentar. Esse cliente era muito importante. George me avisou que se eu não conseguisse nada com o sr. Müller... franzi as sobrancelhas.

Sr. Müller... por que esse sobrenome parece tão familiar?

- Ok. - Eu disse. - Ele ainda está esperando?

- Acho que sim. Ele disse que iria esperar mais alguns minutos.

Assenti.

Alisando a saia, virei e caminhei pelo corredor branco e acenei para as pessoas que me cumprimentavam à distância. Cheguei à porta e abri.

Sr. Müller...

Qual era o primeiro nome dele?

Chad?

Chase?

- Srta. Morris - ele disse quando entrei na sala. Fechei a porta e me dirigi até a mesa. - Creio que esteja um tanto atrasada. - Mantive a cabeça baixa, mas quando finalmente a ergui, reparei nos fios loiros e rosto bonito. Ele vestia um terno azul marinho bem alinhado a seu corpo. Levantando, ele me ofereceu um sorriso simpático e estendeu a mão. Ele apertou a minha mão involuntariamente estendida diante de mim. Fiquei congelada.

Merda.

Merda!

Chance... Chance Müller? Esse era, o tempo todo... o sr. Müller?

Meus olhos estavam prestes a pular das órbitas, e como se estivesse se divertindo bastante com a minha surpresa, ele voltou a se sentar na cadeira de visitantes.

- Desculpe - eu disse. Pigarreei, e tentando acordar do que parecia um pesadelo, pisquei os olhos várias vezes sem olhar para o sr. Müller. - Se o fiz esperar. Houve um equívoco em relação aos horários.

- Ah, então quer dizer que não estava até tarde vomitando em homens? - Olhei de soslaio para seu sorriso malicioso. Forcei-me para não bufar. - Algum problema, srta. Morris?

- Nenhum. - Eu expirei audivelmente. Meu coração batia acelerado. - Podemos começar?

- Claro. É um prazer conhecê-la - ele me encarava daquele jeito como fizera no restaurante, como se estivesse tentando ver através de mim - finalmente.

Eu concordei e voltei a atenção para uma pequena pilha de papéis jogados na mesa. Eu deveria ter percebido antes... claro! Esse era o mesmo sr. Müller, o sr. Müller a que George se referiu há uma semana. O cara metido que havia se metido em problemas.

A cadeira parecia bastante desconfortável enquanto eu tentava achar uma posição adequada.

Só havíamos trocado algumas mensagens por e-mail antes de marcarmos um encontro pessoal. Parecia que ele estava sendo processado por assédio sexual, o que, tenho que admitir, fazia um pouco de sentido pelo modo como me tratou ontem à noite.

- George me falou um pouco sobre o seu problema - eu comecei, desviando os olhos dos papéis que organizei no canto da mesa. O sr. Müller assentiu e eu tentei não olhar diretamente para seus olhos. - O senhor não chegou a entrar em detalhes sobre o processo da srta. Santoro, se bem me lembro... a algo que queira dizer?

- Eu não fiz nada. A srta. Santoro está mentindo. - Ele se inclinou e entrelaçou os dedos. - E pare de me chamar de "o senhor". Você vomitou em mim, não lembra?

Eu assenti.

- Então o senhor... - eu percebi e me corrigi: - ...você alega que não assediou a srta. Santoro? - Foi a vez dele assentir. Eu peguei um bloco de notas e escrevi o que disse. - Preciso que o senhor seja honesto comigo. - Olhei através dos cílios e reparei que Chance continuava me encarando.

- Eu disse a verdade. Não preciso assediar mulheres. - Ele disse. Eu assenti e mais uma vez anotei o que disse. Ele se inclinou e tentou olhar o que eu havia feito. - Por que está anotando?

- Eu preciso anotar algumas coisas que podem ser relevantes para o processo. São acusações graves. Podemos saber quando alguém mente se suas respostas são divergentes.

- Está me chamando de mentiroso?

- Perdão. Creio que tenha me expressado errado. Quis dizer que, às vezes, a admissão pode ser complicada.

Ele estreitou os olhos e apoiou dois dedos no canto do queixo. Quando sua língua umedeceu os lábios e um sorriso escapou, me amaldiçoei internamente por estar prestando atenção nos gestos sutis que fazia - e que eu tinha certeza, queria que eu visse.

- Srta. Morris - ele disse, chamando a minha atenção - para ser sincero, tenho que admitir que nunca senti atração pela srta. Santoro, e apesar das provas fajutas que ela continua escondendo, nunca tocaria numa mulher sem sua permissão. Eu não preciso me esforçar para ter sexo, se é por isso que me julga.

Eu revirei os olhos, impaciente.

Ele percebeu e levantou, continuando:

- A srta. Santoro alega que, além do assédio, dormi com ela. E bem, eu posso até ser um babaca, mas nunca me esqueceria de uma mulher que quer destruir a minha vida. - Eu respirei fundo.

- Tenho certeza que sim.

- Costuma tratar todos os seus clientes dessa forma, srta. Morris? Não é antiprofissional? Creio que o seu julgamento afiado seja... incômodo. - Sua voz soava calma. Ele andou para perto de uma estante de livros e verificou as fotos. Havia uma foto do meu pai e minha irmã, Cadence. - Ela parece com você.

Ele juntou as mãos nas costas e se inclinou, então ajeitou a postura e voltou os olhos para mim.

- Mas, de qualquer forma, você é mais bonita.

            
            

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