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Anne acorda com o som estridente e totalmente irritante do despertador, e ela virou-se para o lado onde se localizava o objeto, com uma carranca amassada a garota levou sua mão direta até o objeto, logo o desligando. Com muita preguiça, Anne se levanta, e começa a andar até seu banheiro.
Ao chegar no cômodo, Walker se olha no espelho, e a mesma percebe que havia olheiras enormes debaixo de seus olhos, o que era de se esperar, já que passara noites acordada tentando escrever pelo menos a sinopse de um livro, não é fácil, ainda mais quando se está com bloqueio criativo.
Anne soltou um suspiro pesado arrumando seu cabelo em um coque, ao terminar tirou todas suas vestes e adentrou no box do chuveiro. Ao entrar, a jovem leva sua destra até o registro ligando-o e logo a água quente começou a cair em seu corpo, fazendo-a relaxar. Anne pega o sabonete, em seguida começa a ensaboar meu corpo, enquanto cantarolava uma música aleatória que veio em sua mente.
(...)
Depois de tomar um bom banho quente, a jovem pega uma toalha, que se encontrava pendurada no toalheiro, enrola o tecido macio envolta do seu corpo e vai até seu quarto. Ao chegar no cômodo, a mesma caminha até seu guarda-roupa, o abre, e calmamente pega suas peças íntimas, uma blusa grande branca e um short jeans azul-marinho. Ao vestir suas roupas, a escritora pega sua sapatilha preta, que se encontrava em uma pequena sapateira, pondo-as em seus pés, vai em direção ao espelho do quarto e para por um estante observando-se.
- Preso ou solto? - Questionava-se, olhando para o espelho. - Preso é melhor! -Walker anda até a pequena cômoda, que ficava ao lado de seu espelho, abre uma das gavetas, em seguida, pega um prendedor dentro do objeto para em seguida prender seus cabelos.
Um sorriso nasceu nos lábios da jovem ao olhar para o objeto espelhado, e ao terminar de se admirar, se vira começando a caminhar até sua mesa, onde escrevia seus livros. Anne ficou observando o móvel totalmente bagunçado, com vários papéis espelhados pelo mesmo, seu gravador jogado e seu notebook em cima das folhas.
- Que bagunça - Um riso é solto dos lábios da escritora, logo começando a arrumar os pedaços de papéis.
Depois de um tempo analisando cada papel, para ver se havia algo de importante, percebeu que havia uma folha diferenciada misturada entre os outros e percebeu que se tratava da carta do suposto fã. Ao descartar os papeis no lixo, que ficava ao lado da mesa, a jovem pegou a carta juntamente com o envelope e ficou observando as palavras.
- Quem poderia ser? - Walker fica observando cada palavra, até perceber que a carta havia sido feito à mão - Quem do vilarejo tem essa caligrafia?
Caminhou até a cozinha, por enquanto ficava observando a caligrafia do desconhecido. Ao chegar no cômodo, a jovem vai até o armário, pega uma caneca e anda até sua cafeteira, que emanava fortemente o cheiro da bebida escura. Sua destra, vai até a jarra, e despeja o líquido no objeto, que ao cair deixa sair o ar quente.
A escritora fechou seus olhos respirando o cheiro forte do café, que transmitia tranquilidade em seu corpo naquela manhã. Ao direcionar seu olhar ao relógio de parede, que ficava perto da entrada da casa, e que naquele momento, indicava seis e meia da manhã.
Com o objeto em mãos, Anne levou até sua boca bebendo o líquido preto. Andando até a entrada de sua casa, e com a canhota, pega o molho de chaves que abria a porta os levando até a fechadura destrancando o objeto amadeirado. Ao abrir a porta, a brisa gelada atinge agressivamente seu corpo, lhe causando arrepios. Para se esquentar do frio, a ruiva bebe mais um pouco da bebida em seguida, encostando seu corpo no batente da porta e ficou observando o sol, que naquele momento estava nascendo.
Um suspiro pesado sai da boca da jovem fazendo-a relaxar, logo fechando os olhos sentindo a brisa da manhã colidir em seu corpo, mas uma voz - que conhecia bem- a chamou, então a garota resolveu abrir seus olhos soltando ar pela boca.
- O que você quer? - Pergunta bebericando mais um pouco de café, e de alguma forma, ela sentia o olhar do rapaz sobre si - Se vai ficar me observando, é melhor tirar uma foto, não? - Debochou do mesmo, que respondeu com um pequeno rosnado, o que a faz rir mentalmente.
Idiota
- Não vim aqui porque quero, e sim, porque quero que vá tomar café lá em casa - A garota se surpreendeu com a frase do maior, o que a faz engasgar.
- O que?! - Exclama alto, o faz Elliote a olhar com uma carranca - Desde quando você é tão bondoso comigo? - Enfatizou revirando os olhos
- Não sou eu que estou convidando e sim, meu avô - Sua voz sai rouca, logo causando-lhe pequenos arrepios - Não é como se eu quisesse fazer uma boa ação para você.
A jovem se irrita com a fala do mesmo, mas dá um sorriso cínico e se aproxima dele.
- Eu adoraria tomar café com o senhor Joseph e a Emi - Anne tomou mais um gole do café e percebe que o olhar de Evans estava a acompanhando.
O mais velho coçou sua garganta, logo desviando seu olhar, se virando indo para casa. Com rapidez, a jovem fechou a porta atrás de si, em seguida correu para acompanhar Evans. Quando chegaram no destino, Elliote entrou rapidamente dentro de sua residência, o que era estranho para Anne, mas ela resolve ignorar, e ao entrar na casa o cheiro forte de café entra por suas narinas, o que a fez sorrir.
A jovem caminhou até a cozinha, pois sabia já onde ficava o cômodo, ao chegar, deparou-se com uma senhora de idade fazendo café distraidamente.
- Não sabia que dona Emily Evans era tão atenciosa assim? - Brinca indo até a mulher e a abraçando por trás.
- Claro, não é todos os dias que minha pequena Anne vem tomar café conosco - Diz terminando de despejar a água no coador.
- Ah, mas não é para tanto, eu moro aqui do lado, é só você e Joseph irem me visitar- Diz a garota, apoiando sua cabeça no ombro da mais velha - Eu ficaria bem mais feliz - Diz manhosa, o que fez a mulher soltar um riso.
- Eu adoraria, faz muito tempo que não vou em sua casa - Se virou para jovem com o sorriso doce - Desde a morte de Rose.
A escritora dá sorriso triste para a mais velha, que leva sua destra até sua bochecha e faz um carinho no local.
- O que que estão conversando?- A voz de Joseph ecoa por toda cozinha, fazendo-a levar um susto - Oh! Desculpe Anne, não queria te assustar- Diz envergonhado, o que a faz soltar um riso.
- Tudo bem, Joseph, é bom ver que o senhor está bem. - A mais nova anda até a pequena mesa, logo se sentando ao lado do mais velho. Quando ela observa a mesa, percebe que havia muita coisa gostosa, ao olhar para as cadeiras, achou estranho, pois havia uma cadeira a mais na mesa, então, a garota se atreve a perguntar: - Joseph, você convidou mais alguém?
- Ah... sim - O tom de voz do mais velho era de desprezo, o que a surpreendeu. Era difícil Joseph ficar bravo com alguém, além de seu neto, mas desprezo, era algo que ele não demonstrava sentir.
- O que houve? - Pergunta levando sua canhota até o ombro dele, que lhe deu sorriso gentil.
- Não é nada... É q... - O homem é interrompido por uma voz estridente ecoar pela cozinha, fazendo com que Anne e o casal se assustassem.
- Elliote bebê, vamos comigo nas lojinhas, por favor - Ao ouvir aquela voz irritante que tanto conhecia ecoar pelos seus ouvidos, a escritora sentia deus tímpanos doerem. - Ah... Anne, como você está?
Um suspiro foi solto, logo um sorriso falso estampou os lábios da jovem que se virou para a garota atrás de si.
- Oi, Naome, tudo bem? - Observou a mais nova vir até si, em seguida, a abraçando, que logo foi retribuída.
- Oi amiga, não sabia que o senhor Evans o havia convidado para tomar café - O tom de voz de Naome era meloso, o que irritava ainda mais. A mais nova andou até Elliote dando-lhe um selinho.
- Bom, foi meio de última hora - Disse rindo - Mas fico feliz que eles me chamem, pois eles me criaram depois que minha vó morreu.
- Saiba que você sempre é bem-vinda aqui, pequena - Joseph levou sua canhota até os cabelos ruivos de Anne, fazendo carinho no local.
A escritora se sente incomodada, ao sentir que estava sendo observada, então, levantou um pouco sua cabeça e percebeu que se referia a Elliote e de sua namorada. Naome olhava com raiva para si, diferente da mulher, Elliote a olhava de um jeito que ela não conseguia decifrar. Anne resolve voltar sua atenção para Emilly, que voltou a se pronunciar.
- Sim, querida, se quiser você pode tomar café aqui todos os dias, assim nós podemos tomar café em paz, sem brigas - Emi andava até a mesa com a garrafa térmica deixando-a sob o local - Aliás, por que está com essa caneca na mão?
- Ah! Eu estava bebendo café quando Elliote me chamou - Falou um pouco sem graça.
- Não se preocupe, me dê essa caneca, irei lavá-la mais tarde e Elliote lhe entregará, tudo bem? - Anne concordou sem graça.
- Que tal vocês irem jantar lá em casa hoje? - Sugeriu, logo vendo um sorriso enorme nascer nos lábios da mais velha.
- Nós adoraríamos, né Elliote? - Joseph se vira para o neto
- Ah Si... - O mesmo é interrompido por Naomi.
- Desculpa Anne, mas eu e Elliote já temos um compromisso, temos um jantar com a minha família.
- Vai recusar um convite da Anne? - Joseph se levanta de sua cadeira.
- Não, tudo bem Joseph - Fala se virando para o casal - Se divirtam - um sorriso gentilmente estampa os lábios da escritora.
- Tudo bem - A voz rouca de Elliote ecoa pelo cômodo - Desculpa Naomi.
- Mas, bebê - Diz manhosa, o que não funciona com Elliote, que saiu do lado da mais nova e foi até a mesa e se sentou na frente da visitante. Anne olhou de relance para Naomi, e vê que a jovem se encontrava vermelha de raiva, o que não incomodou. A mais nova decide sair da casa de seu namorado, o que felizmente deixou o casal, principalmente Joseph, feliz.
Anne encarava o homem à sua frente, o que faz seus olhares se cruzarem, pois o mais velho não parava de observar ela desde de sua entrada no cômodo. Um gole a seco foi feito pela ruiva, que desviou seu olhar para as torradas, que se encontravam em uma pequena cesta, que com sua destra, esticou para pegar o alimento, e em seguida com a outra, pegou a faca para passar a manteiga, ato que foi realizado logo em seguida.
- Café?- A voz rouca de Elliote ecoa pelo recinto, chamando sua atenção.
- Eu? - Aponta seu indicador para si mesma e o mais velho solta um suspiro alto, indicando que ele estava irritado. - Sim, mas, eu quero com leite, igual a que o Joseph faz.
- Não tem, se quiser, vai até a cafeteria mais tarde - Uma mão conhecida atinge a cabeça de Evans, fazendo-a rir baixo.
- Respeita ela, claro querida, vai ser melhor ainda se Elliote fazer, né querido?
- Claro minha flor, Elliote, vai fazer o café da Anne - O senhor de idade olha para seu neto e o mesmo faz uma carranca e se levanta indo pegar uma xícara no armário.
- Não precisa se não quiser fazer -As bochechas de Anne mudaram de coloração rapidamente ao ouvir a frase do Evans mais velho.
- Não precisa, afinal, você é uma convidada.
O tom de voz de Elliote muda instantaneamente, se tornando calmo e relaxante, o que deixou a jovem feliz.
- Obrigada- Sorriu contente - Emi, você já sabe quem entregou aquela carta?
O olhar de Walker acompanhou a mais velha, que se sentou ao lado onde seu neto estava sentado.
- Não, pequena, desculpa - Um suspiro de frustação é solto pela garota.
- Tudo bem, só que, eu não consigo mais dormir... - Mordeu um pedaço da torrada- Essa pessoa é daqui, mas não consigo pensar em ninguém.
- Elliote conhece alguns amigos que são afins de você - Joseph soltou sem querer, o que a fez engasgar e olhar para Elliote.
- Não! Harry, Liam, Mike e Josh não querem nada com você, nós só estávamos brincando - Elliote a encarou-a com um semblante sério.
- Tem certeza, Elli? - Emi se vira para olha seu neto.
- Sim vovó, você sabe que eu não faria nada com Anne sem a permissão dela.
- Mas quando eram pequenos, você a beijou- Joseph sorriu para seu neto, o que o irritou.
- É-é... - O constrangimento de Anne era grande - Emi, onde fica o banheiro?
- Fica na primeira porta a direita, só subir as escadas.
Envergonhada com a situação na cozinha, a jovem se levantou e andou até a escada. Com rapidez, ela subiu os degraus, entrando na porta que lhe foi informada, para logo em seguida a trancar.
- Meus Deus, hoje não é o meu dia!