A Herdeira do Crime
img img A Herdeira do Crime img Capítulo 5 A jovem insegura
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Capítulo 6 Na trilha para o caso img
Capítulo 7 O Primeiro contato com Nicole img
Capítulo 8 Indo a fundo no caso img
Capítulo 9 A vida de Ana img
Capítulo 10 Empregado de Nicole img
Capítulo 11 Protegendo a herdeira do crime img
Capítulo 12 Uma noite com Nicole img
Capítulo 13 Nicole, entre o céu e o inferno img
Capítulo 14 O dia seguinte img
Capítulo 15 Um pouco de descanso img
Capítulo 16 Reconstrução img
Capítulo 17 Na casa de Nicole img
Capítulo 18 A tatuagem do dragão img
Capítulo 19 O telefone de Bira img
Capítulo 20 Confusão na polícia img
Capítulo 21 Uma conversa com Ana img
Capítulo 22 Um dia com Ana e fugindo de Nicole img
Capítulo 23 Uma noite intensa com Ana img
Capítulo 24 Um encontro com Nicole img
Capítulo 25 Um dia com Nicole img
Capítulo 26 Vendo Bira face a face img
Capítulo 27 Surpresas no almoço img
Capítulo 28 Confusão no almoço img
Capítulo 29 Consequências img
Capítulo 30 A reação de Nicole img
Capítulo 31 O paradeiro de Bira img
Capítulo 32 Ana e eu img
Capítulo 33 Reestruturação na polícia img
Capítulo 34 A volta de Nicole img
Capítulo 35 Matando a saudade de Nicole img
Capítulo 36 Ana em Crise img
Capítulo 37 O destino de Ana img
Capítulo 38 Confusões img
Capítulo 39 No Havaí com Nicole img
Capítulo 40 O destino de Bira img
Capítulo 41 O destino de Nicole img
Capítulo 42 Epílogo: Carlos e a Herdeira do Crime img
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Capítulo 5 A jovem insegura

Sabe aquele momento da vida que você para e pensa: "puta que pariu, só me meto em encrenca"? Pois bem, era exatamente assim que estava me sentindo naquele exato momento. Vou lhe contar como foi este dia, até porque sei que você gostará de saber desses detalhes. E sei também que vai se divertir às minhas custas, mas, porra, o que eu ia fazer? Lembra como parei na noite anterior a essa? Além de comer a gostosa da Maria Eduarda (que saiu da minha casa porque tinha que trabalhar), a piranha da Ana chegou lá, vomitou na porra da roupa toda e eu que tive que dar banhou nela.

A filha da puta dormiu na minha sala, usando meu roupão.

Você entende a gravidade disso? O meu roupão. Aquele especial que uso sempre depois de uma boa noite de sexo. Caralho. Juro que pensei em tirar o roupão dela depois do banho quente que tomei com Duda e deixar a piranha sem nada. É um roupão sagrado, quase um amuleto.

Quando a desgraçada acordou, ela sentou no sofá falando que só lembrava de entrar no apartamento. Pelo menos isso. Imagina a merda se ela resolvesse dizer que eu a raptei. Ainda mais se ela resolvesse se apaixonar pelo sequestrador. Síndrome de Estocolmo é meio que uma realidade nessas putinhas novinhas.

Mas, porra, estava diante de Ana que não tinha roupas para ir embora. Eu, sentado de frente para ela, ia falar das drogas e de Nicole. Então, ela disse:

- Por que estou sem roupas? O que aconteceu?

Eu respondi, indelicado:

- Você vomitou na porra toda. Eu e Duda tivemos que jogar você no banho e te esfregar toda.

Acho que o todas ela pensou logo nas partes íntimas. Deu vontade de falar que enfiei um dedo no rabo dela para aprender a ser besta, mas não fiz isso. Não naquele momento. Não tinha feito nada com ela.

Ana falou:

- E onde estão minhas roupas?

Eu respondi, ainda sem ter pensado na gravidade:

- Joguei a porra toda fora. Não valia a pena guardar. Não ia sair a mancha e fedia demais.

Ela, então, me disse:

- E como eu vou sair da sua casa sem roupas.

Foi aí que eu vi a merda toda. Puta que pariu. Estava com aquela piranha pelada na minha casa (sem ter comido ela) e ainda não tinha uma roupa para a filha da puta ir embora. Respondi, bem delicado:

- Caralho. Fodeu.

Ela, desesperada, ameaçou chorar. Olhou para mim e disse:

- Você não vai me colocar na rua sem roupas, não é, Carlos?

Claro que não faria isso. Porra, não sou esse tipo de pessoa. E, no final, eu que tinha levado ela para meu apartamento. Está vendo a merda toda?

Tentando pensar no que fazer, me aproximei dela, fiz um carinho no rosto pálido, passando o dedo pelos cabelos lisos delicados e curtos. Disse para ela com uma voz bem sedutora:

- Fique tranquila, vou cuidar de você. Não deixarei você sem roupas.

Aí veio a segunda parte da merda. Sobrou pro imbecil aqui sair pelas ruas para comprar roupas para aquela filha da puta. Mas eu usaria isso como uma forma de conseguir o que eu queria.

Mas, se você realmente quer rir, imagine um cara da minha altura, com meu porte, entrando em uma loja de roupas femininas e falando com a atendente:

- Quero uma calcinha e um sutiã.

A atendente deu um sorriso, meio indelicado, e perguntou:

- Mas qual o tamanho?

Sem pensar, eu respondi:

- Sei lá, porra. Não uso. É para a Ana...

E agora, como explicar a Ana? A atendente, filha da puta enxerida, já veio perguntando:

- E qual o tamanho dos seios da Ana? E como é o porte físico dela?

Já puto da vida, ainda mais que não queria explicar quem era Ana, falei baixinho no ouvido daquela atendente que ficava numa loja em uma das ruas próximas da Uruguaiana:

- Ela é tão gostosa como você. Qual você usaria?

A mulher deu um suspiro, bem sem graça. Pegou umas peças. Olhei para aquilo. Tinha um modelo de tanguinha e outro mais delicado, com uns coraçõezinhos. Adivinha qual comprei? Exatamente. O coração era mais barato. E tinha ainda uma porra de um sutiã que fazia conjunto e que, segundo ela, era fácil de fechar e tinha o tecido de alguma coisa. Falei para ela:

- Embrulhe para presente, por favor. Se puder, coloque um bilhete assim: para a Ana, com carinho pela intensa noite que tivemos.

A mulher sussurrou:

- Ana é uma mulher de sorte em ter um namorado assim tão delicado.

Delicado o caralho. Estava era puto da vida em estar comprando roupas íntimas para ela. Mas a outra opção era deixar a piranha no meu apartamento. E isso não serviria para que eu conseguisse colocar o plano em ação.

Sorri, falso como nota de 400 reais, e paguei a porra do conjunto. Ainda soltei para a atendente:

- Obrigado pela ajuda, você foi sensacional. Sempre que precisar de calcinhas, virei aqui e lhe procurarei.

A filha da puta pegou um cartão da loja, anotou o número dela e me passou:

- Se quiser ou precisar de ajuda, ou se a Ana não gostar do presente... pode me ligar.

Sorri e fui embora. Quem sabe quando eu me livrasse da Ana.

Para minha sorte, algumas lojas depois eu encontrei um conjunto bem parecido com o que ela usava na noite anterior. Um short (ou era saia?) bem curto e um top. Aproveitei para comprar uma camiseta e ainda uma calça. Caralho, essa filha da puta que nem ao menos comi estava me saindo caro. Eu juro que guardei as notas e ia pedir ao meu superior que me ressarcisse aquele valor. Dane-se por que eu comprei uma calcinha, ele teria que me pagar por tudo.

Então, com o que eu queria em mãos, ou nas sacolas (e a porra da sacola da loja de calcinhas tinha ainda um desenho bem indiscreto de uma bunda), eu passei em uma padaria de esquina. Pedi dois joelhos (conhece esse salgado? Assado, recheado com queijo e presunto, é muito gostoso), peguei algumas coisas para comer, uns pães e segui para o apartamento.

Quando estava entrando, senti um cheiro gostoso de café. Não podia acreditar que ela fez isso. Entrei, tranquei a porta por dentro. Segui para a cozinha e ela estava lá, com o roupão aberto acabando de coar café para nós. Olhei para Ana... Era estranho.

Ela me viu e tomou um susto:

- Ai, não tinha visto que você chegou.

Tentou arrumar o roupão, mas não fazia diferença. Aquele corpo gostoso já estava à amostra mesmo. Eu disse para ela:

- Caralho, você é gostosa, menina.

Ela ficou vermelha. Mas parecia estar acostumada com isso. Ela disse, tentando mudar de assunto:

- Fiz um café para nós. Você precisa comprar umas coisas para comer...

Mostrei a bolsa com o que tinha comprado na padaria:

- Acho que adivinhei que você estava com fome.

Sentamos na sala. Ela viu as outras sacolas e perguntou:

- O que é isso?

- Suas novas roupas, Ana - respondi. - Você me fez entrar em uma loja para comprar calcinhas para você. Puta que pariu. E olha que só te conheço de ontem de noite.

Ela olhou para mim, acho que imaginando a cena, e começou a rir:

- Deve ter sido cômico.

Antes que ela visse o que tinha comprado, comemos e bebemos o café. Não é que a desgraçada realmente sabia fazer um café num ponto que eu gostava?

Então, no meio da conversa, eu disse:

- Você poderia me explicar o que tomou ontem. Porque você poderia ter morrido.

Ela, muito sem graça, me respondeu:

- Eu comprei uma droga com os seguranças daquele lugar. Eles disseram que era para eu me sentir melhor. Acho que só queriam abusar de mim. Mas a Duda chegou e eu saí.

- E é a primeira vez que compra drogas com eles?

Mais sem graça, ela respondeu:

- Não. Eu meio que me viciei nesses comprimidos. Queria não ser assim, disse para Duda que não era. Mas a verdade é que eu realmente estou viciada.

Ela começou a chorar.

Não sei porque eu, o idiota aqui, resolvi fazer isso, mas acabei abraçando Ana, puxando seu corpo contra o meu. E aí, porra, não teve jeito. Aquela jovem gostosa, praticamente nua no meu apartamento. Caralho. Queria não ser assim. Mas fiquei excitado na hora.

E Ana percebeu. A filha da puta percebeu que abracei seu corpo e meu pau ficou duro. Ela sorriu e ainda me disse:

- Ficou animado, Carlos?

Animado? Segundos antes estava puto da vida por ter comprado calcinha fofa para ela. E agora estava lá, com pau duro querendo comer aquela desgraçada. Puta que pariu. Nem sabia o que responder. Mas sei que ela veio se esfregando em meu corpo. Parecia se sentir melhor quando me abraçava (ou estava doida pra me dar).

- Você é bem filha da puta, Ana. Eu estou aqui lhe consolando e você vem me falar de animação?

Ela riu, percebendo meu sarcasmo:

- Ah, mas existem formas mais interessantes de você me consolar. Afinal, eu vi você primeiro que a Duda. E ela recebeu a recompensa. O que eu ganhei?

- Roupas novas e um café reforçado. E inclua a calcinha fofa. Porra, nem gosto de lembrar.

A gargalhada dela foi diferente. Caralho. Lá ia eu me envolver com uma mulher que poderia me levar ao caso que eu precisava resolver e de uma forma que nem esperava. Mas o que eu ia fazer? Você me conhece, acha que eu perderia a oportunidade de comer a Ana que estava na minha casa, sem roupas e ainda preparou o café pra mim?

Mas depois eu lhe conto o que eu fiz com ela. Preciso respirar um minuto. Afinal, a cena de quando entrei na loja para comprar calcinha fofa não me sai da cabeça.

                         

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