O amigo do meu melhor amigo
img img O amigo do meu melhor amigo img Capítulo 2 Carol
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Capítulo 6 Porquê img
Capítulo 7 Posso entrar img
Capítulo 8 Briga img
Capítulo 9 Encontro img
Capítulo 10 Explicação img
Capítulo 11 Primeiro Vez img
Capítulo 12 Dia seguinte img
Capítulo 13 Crise img
Capítulo 14 Acordou img
Capítulo 15 Lembranças confusas img
Capítulo 16 Tudo diferente img
Capítulo 17 O encaixe img
Capítulo 18 Eu quero ficar img
Capítulo 19 O amor é a resposta img
Capítulo 20 Se desculpando img
Capítulo 21 Volta pra casa img
Capítulo 22 Perdida e Salva img
Capítulo 23 Grávida img
Capítulo 24 Tudo em risco img
Capítulo 25 Amigos img
Capítulo 26 Reencontro img
Capítulo 27 O bebê nasceu img
Capítulo 28 Casar img
Capítulo 29 Rodrigo Fernandes img
Capítulo 30 Mariana Valarelli img
Capítulo 31 Procurando por ela img
Capítulo 32 Proposta img
Capítulo 33 Primeiro dia img
Capítulo 34 Confiança img
Capítulo 35 Primeiro encontro img
Capítulo 36 Fazer amor img
Capítulo 37 Final img
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Capítulo 2 Carol

Desde o dia do casamento de Luana que Rafael a olhava de um jeito diferente. Já tinha perguntado, mas ele não dissera nada. Já estava agoniada, de ele falar pouco e ficar encarando-a. Hoje daria um fim nisso. Convidou ele para jantarem em um restaurante novo que abriu na cidade. E perguntaria o que aconteceu, porque ele estava estranho. Será que ele não gostara de ela se tornar amiga da irmã dele? Mas daí ele iria ouvir umas poucas e boas!

Saí da aula já passando das 22 horas da noite. Fiquei de encontrar Rafael na entrada da Universidade. Fui indo rápido e digitando uma mensagem para ele. "Estou indo, me espera."

Sempre avisávamos um ao outro se sairíamos mais cedo, ou íamos embora juntos. Ele morava com os pais, e eu morava sozinha, minha mãe havia falecido faziam pouco mais de dois anos. O que me deixou muito abalada, mas Rafael e sua família me acolheram e me ajudaram muito. Minha casa era a duas quadras da casa dele. Então quase sempre íamos e voltávamos juntos. Hoje iríamos jantar, e resolver essa coisa estranha entre a gente. Nesses anos todos de amizade, nunca brigamos, nem ao menos nos desentendemos. Por isso estava apreensiva com esse jeito estranho dele.

- Rafa... - falei chegando perto dele e acenando. De frente pra ele e de costas pra mim, estava um rapaz.

- Oi, Cá... - Rafa falou sorrindo para mim. Parecia que estava voltando ao normal. Que bom!

O amigo dele então se virou. Era um homem pouca coisa mais alto que Rafael, forte e magro, diferente de Rafael, que era forte, mas também tinha um pouquinho de carne. O cabelo bem penteado e preto, olhos escuros, sobrancelhas grossas, boca grande com um enorme sorriso, e tinha uma barba mal feita no rosto. Contrastando com o rosto de Rafael, que era mais branco, olhos verdes claro, cabelos loiro escuro e meio bagunçado. Rafael mantinha sempre a barba em dia, tendo o rosto lisinho, dando inclusive um ar de mais jovem a ele.

O ar me faltou, uau que homem maravilhoso. Chegou a amolecer as minhas pernas. - Oi. - Repeti, sentindo meu rosto ficar vermelho.

Rafael franziu levemente o cenho, olhou para seu amigo e eu podia sentir que ele queria revirar os olhos.

Parei ao lado de Rafael e sorri para o estranho. O amigo dele falou então. - Rafa, não vai me apresentar sua amiga?

- Humm... - Rafael franziu o cenho. - Claro. Essa é Carol, minha melhor amiga. - Passou o braço por meus ombros. Senti o cheiro suave de seu perfume. Eu sempre fui muito chata para cheiros, mas o perfume de Rafael, eu amava, era suave, tinha um quê de refrescacia. Sorri levemente.

- Prazer sou Rodrigo. Amigo e colega de Rafael. - O cara se apresentara e a voz dele, causava arrepios na barriga. Engoli seco. Percebi com o canto do olho que Rafael estava sério e encarava Rodrigo, vai ver não era comigo que ele estava estranho. Podia ser algo na vida dele ou no trabalho, que o estava fazendo ficar tão sério.

- Ahn... Vamos Carol ? - Rafael se virou para mim.

- Vamos. - Deu um pequeno pulinho. - Tchau Rodrigo. - Abanei para ele, e saímos para o nosso jantar.

A caminho para o restaurante Rafael não disse nada, enquanto isso, eu fazia o que faço de melhor, tagarelar. Falei sobre o dia de trabalho, sobre as aulas, sobre como comprei um shampoo que uma blogueira indicou e detonou meu cabelo, que eu mantinha vermelho há anos, e por conta disso teria que ir a um salão de beleza pra ver se tinha salvação.

- Carol... - Rafael falara entre um sushi e outro. - Você gostou de Rodrigo?

Eu quase engasguei, tive que tomar um gole de água. - Como assim Rafa? - Dei uma risada sem graça. Eu ainda não tinha conseguido conversar com ele sobre esse jeito dele, mas eu ainda ia falar.

- Hummm... Só curiosidade. - Ergui as sobrancelhas. Ali estava... aquele jeito distante. Nunca deixávamos nada no ar. Sempre fomos sinceros um com o outro.

- Rafael o que está acontecendo ? - Perguntei séria.

- Como assim ? Porque? - Ele se mexeu na cadeira desconfortável. Então realmente tinha algo errado.

- Como assim ? Desde o dia do casamento da tua irmã, tu tá agindo estranho!

- Não tô não!

- Tá sim! Eu te conheço melhor que a palma da minha mão! Você tá estranho. Você tá quieto! Você nunca fica quieto! - Ele riu. Sorri também. Ele era um lindinho. - Me diz o que foi ? - Fiz voz manhosa. - Somos melhores amigos pra sempre, como pode estar escondendo coisas de mim? - Fiz cara de brava para ele. Mas era nítido que ele percebia meu fingimento, pois ria abertamente.

- Ok. - Suspirou. Me ajeitei na cadeira, devia ser coisa braba, pois nunca o tinha visto tão sério, quieto e compenetrado antes. O telefone dele vibrou, e o ar sério e misterioso voltou.

- Tudo bem ? - Perguntei a ele, tentando espiar seu celular.

- Era Rodrigo. - Ele forçou um sorriso. - Quer seu telefone.

Abri a boca e um sorriso se formando. - Manda logo então, Rafa!

Ele abaixou a cabeça e digitou o que eu esperava ser meu número. Quando ele ergueu a cabeça disse. - Vamos embora! - Não era uma pergunta, era uma ordem, até me assustei.

- Ok... mas Rafa, me diz o que está acontecendo com você ?

- Nada... esquece. - Mais um sorriso forçado. Mas que inferno, esse garoto não me fala o que está acontecendo!

- Rafa.. - Segurei o braço dele antes de entrar no carro. Senti que os pelos do braço dele se ouriçaram. - Desculpe... - Disse sem entender o que estava acontecendo.

Rafael só fechou os olhos, respirou fundo e disse: - Outra hora conversamos tá. Entra no carro, vou te levar para casa.

Entrei em silêncio, amigos também tem que respeitar a vontade um do outro. Mas por dentro eu estava em ebulição de curiosidade e apreensão.

Ele me deixou em casa, mas antes que saísse eu disse a ele. - Quando quiser conversar eu estou aqui, tá?!

Ele assentiu.

- Eu te amo. - Disse carinhosa, como sempre dizemos.

Ele me olhou de uma forma tão intensa, que chegou a me dar uma coceira. - Eu te amo também Carol.

            
            

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