Capítulo 10 Perdão

DAUEL

Oque foi que eu fiz, esse não sou eu.

Tentei falar com ela, mas não me deu chance, ela começou a beber muito, e dançar com todos que chamava ela.

Ela estava me ignorando, via em seus olhos Decepção, tristeza e raiva. Mesmo sorrindo, sabia que oque ela estava pensando, preciso que ela me dê uma chance. Mas vou deixar ela decidir, tudo no seu tempo.

Fui no Bar pegar um drink, quando voltei ela não estava, perguntei pra minha irmã

_ ela foi no banheiro.

Mas ela falou sem me olhar nos olhos, então percebi que não era verdade. Larguei o copo e fui pra fora antes que a perdesse de vista .

Mas quando saí, eu a vi entrando num táxi com meu irmão.

Então peguei o próximo que passou e fui direto pra casa dela.

Quando cheguei vi meu irmão segurando na cintura dela a acompanhando até a porta. Então desci, a porta ficou entre aberta, e quando ia entrar vi meu irmão carregando ela no colo indo em direção ao quarto. Fiquei paralisado na hora, apenas dei meia volta e fui pra casa.

KATLEYA

Quando acordei, estava com os olhos inchados e com dor de cabeça. Passei a manhã na cama deitada, não tinha vontade de fazer nada.

As cenas ficavam passando e repassando na minha cabeça, e meu coração apertava.

Pela tarde minha amiga e o irmão vieram ver como eu estava. Ele contou a ela oque aconteceu.

Me fizeram tomar banho e troca de roupa. Me tiraram praticamente a força. Fomos a praça tomar sorvete, me distrair um pouco. Foi bom, tirei ele da cabeça por um tempo.

Quando estávamos voltando encontramos com ele. Que disse

_ é né, não perdeu tempo, agarrou logo meu irmão. Está querendo mesmo ficar na família de qualquer jeito.

_está louco, do que você está falando. Você que fez oque fez e agora eu que sou errada, tá de brincadeira né.

Eu vi vocês entrando ontem, ele até te levou nos braços.

O irmão interveio

_ você está equivocado, só carreguei ela , porque ela quase caiu, ela estava muito bêbada, você queria que ela caísse e se machucasse?

Eu apenas a deixei no quarto e saí

Eu interrompi

_deixa ele falar oque quiser, ele pensa que todos são igual a ele, eu estava errada sobre você, pensei que fosse diferente.

Dei de ombros e saí.

Ele chamou,

Ei, espera ainda não terminei de falar com você.

Fingi que não ouvi e apressei o passo.

Disse o Reverton.

_Cara , deixa ela esfriar a cabeça, você foi injusto, nos não temos nada, além de implicância um com o outro. E só peguei o mesmo táxi que ela, eu ofereci pra rachar, achei conveniente já que nós ia praticamente ao mesmo lugar. Mas vi como ela estava na viagem. Com a cabeça longe e com lágrimas nos olhos. E quando percebi que ela estava realmente abalada, fiquei sem saber oque fazer e a minha única ação foi passar a mão pela cabeça dela para trazer algum conforto. E ela se virou me abraçou e começou a chorar feito criança, e minha atitude é claro que foi tentar acalmar ela.

E como vi que também ela estava muito bêbada, que bem conseguia abrir a porta, eu apenas ajudei, nada mais.

Se ao menos ela me desse uma chance, eu tentaria, mas nunca nem olhou pra mim. Pensou Reverton.

DAUEL

Ouvindo oque meu irmão dizia, meu coração ficava apertado, percebendo o quanto estava injusto com eles, e principalmente com ela.

Na verdade queria fugir da responsabilidade da minha ação, colocando a culpa em outra pessoa, arranjando desculpas esfarrapadas.

A realidade era que eu estava desesperado para recuperá-la, e não sabia como.

Em vez de tentar, pedir perdão pra ela, eu estava errando mais.

Eu tinha que fazer alguma coisa pra ela me perdoar, tinha que mostrar que estava arrependido.

Passei alguns dias pensando em como mostrar oque sentia por ela, e pedir as mais sinceras desculpas.

Alguns dias depois, pedir pra minha irmã levar ela pra sair e só voltar depois das 19hs .

Enquanto isso preparei tudo oque ela gostava.

Comprei bombons de chocolate com recheio de cupuaçu, Romeu e Julieta e castanha do Pará, os seus preferidos. Também comprei o vinho tinto que ela tanto gosta, assim como também batatas fritas. Tudo do jeito que ela gosta, todas as guloseimas possíveis que eu sei que ela ama.

Fiz um caminho de pétalas de rosas vermelhas, do portão até o quarto, coloquei a cesta de guloseimas numa mesinha próximo a porta.

Fiz um formato de coração em cima da cama com um buquê de orquídeas que ela ama. Uma música suave ao fundo, e velas aromáticas e vermelhas e brancas por todo lado.

E um pequeno jantar a luz de velas sobre a mesa em que coloquei no quarto, com os pratos que ela gosta, suflê de frango, Yakisoba e maniçoba

Ela não é de ligar pra dieta, pois não necessitava, e nem se importava, ela adora comer.

Se aproximando da hora delas chegarem, me preparei, tomei um banho e usei aquela camisa que ela sempre me pede pra vestir.

Acendi as velas e fui para a porta aguarda a chegada delas. 2 minutinhos antes minha irmã avisou por mensagem que estava chegando.

Da porta avistei o táxi se aproximando, então me ajoelhei em frente a porta e esperei.

1 minuto depois ela abriu a porta

Eu estava nervoso e ansioso, não sabia se ela ficaria pra jantar comigo, ou se iria embora.

Ela abriu e ficou olhando acho que estava surpresa, não esperava por aquilo. Vi ela abriu um pequeno sorriso quase que imperceptível, me senti um pouco aliviado.

- você me perdoa? Eu disse olhando em seus olhos.

- me dê uma chance pra mostrar meu arrependimento. Sei o quão errado eu fui, o quão errado eu sou, mas sem você minha vida fica sem cor, minha comida sem sabor. Você trás vida, a minha vida. Por favor me perdoa.

                         

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