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Capítulo 6 O conto

Capítulo 7 Você não mudou nada

Capítulo 8 Noite fria


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Oliver não podia acreditar no que estava acontecendo.
Lian o estava beijando, o fazia com tanto cuidado como se acreditasse que a qualquer momento fruto de um movimento mais brusco poderia o machucar. Por isso o tocava com tanto medo.
Oliver se sentia muito bem, isso era fato. Seu corpo reagia sem que ele pudesse controlar ao mínimo toque que lhe era entregue, seu corpo praticamente se jogava para cima de liam desesperado. Faminto por mais, suas mãos percorriam toda a extensão das belas costas de Lian, cada centímetro recebendo sua devida atenção, tudo em Lian era lindo, antes de descansar seus dedos em sua nuca brincando com seu cabelo. entrelaçando e as vezes o puxando levemente para trás, permitindo que seu pescoço ficasse mais a mostra, ali plantava beijos um atrás do outro.
E... Céus, por que tão macio?
Queria poder tê-lo em seus braços para todo o sempre.
Logo não demorou para que se arrastasem pelas paredes azuis e lilás que piscavam incessantemente resultado da iluminação da boate. entre beijos e carícias, Lian parecia desesperado. como se fosse algo pelo qual havia esperado por muito tempo.
Não é preciso dizer que não o soltou um só momento, pegando Oliver pelo colo o levou até um local mais afastado da boate.
Oliver tinha um gosto viciante, o melhor que já provará, pensou Lian.
Poderia passar horas o beijando, sentindo seus dedos aprofundarem em seus cabelos lhe proporcionando arrepios por toda a espinha.
- Oliver...
- Hum? - Murmurou, não queria ter que interromper o que estava fazendo.
- Eu acho que...
- Silêncio.
- Certo...
Sentado em seu colo, Oliver rebolava sem descanso sentindo o corpo de Lian reagir a toda aquela provocação, logo não demorou para que criassem seu próprio ritmo. O encaixe era perfeito, Liam com as mãos na cintura fina e delicada de Oliver, o erguia e o apertava para que fosse mais fundo.
Só por cima do tecido fino eles já estavam recebendo tais reações, Lian não conseguia imaginar o que poderia fazer com Oliver quando estivessem longe daquele lugar.
Ficaram abraçados e trocando palavras bobas enquanto se acarenciavam por muito tempo, até que o belo mundo que os mantinham em pé perfeitamente alinhados um para o outro resolvesse se revoltar e abrir uma cratera engolindo- os para o mais profundo da escuridão.
- Nojento.
Risadas.
Oliver se levantou em um pulo seguido por Liam. Ainda imersos na sensação de embriaguez devido aos beijos, não estavam entendendo muito bem o que lhe estavam ocorrendo.
Só foi quando uma mão pesada veio em sua direção acertando o pequeno rosto de Oliver deixando uma marca vermelha que ele recobrou a consciência.
- OLIVER! - Gritou Lian.
E correu para o segurar antes que seu corpo entrassem em contato com o chão duro e frio.
- Onde você pensa que vai, hein? Seu merdinha!
Disse um homem alto e forte o pegando pela gola do pescoço, impedindo que o pequeno corpo que há pouco tempo atrás o entregava sensações incríveis caíssem com um baque no chão.
Preso pelas mãos daquele que o segurava, pode ver um grupo de quatro pessoas pisando e chutando Oliver no chão. Ele se debatia para se soltar das mãos fortes que o apertava no pescoço.
Oliver no chão se encolhia como podia para aliviar os chutes e murros que lhe era entregue. Enquanto isso ouvia palavras que realmente o machucavam, talvez até mais que os fortes golpes.
- Viadinho. - Disse um enquanto acertava um golpe no estômago de Oliver, uma linha fina de sangue escorria pelo canto de seus lábios manchando a camisa que havia passado tanto tempo escolhendo só para que quando Lian o visse, o achasse no mínimo bonito.
- Já procurou se tratar? Isso é doença.
Mais chutes...
- Se eu tivesse um filho que crescesse pra andar de mão dada e beijar outro homem, eu espancava até matar.
- Pessoas como você me dão ânsia de vômito. - Disse fazendo sons com a boca.
O grupo seguia o imitando, novos sons de vômito seguidos de outros eram escutados por Lian que por sua vez era bruscamente pressionando na parede por um cara forte, o espancado no estômago e virilha. Colocava todo o seu esforço na tentativa de se soltar, mas já se encontrava sem forças. Sua cabeça só via Oliver contraído como uma bolinha no chão enquanto recebia golpes cada vez mais fortes.
- Vocês não tem vergonha? Fazendo essa merda aqui. Não pensam nas pessoas por aqui? Hein?! - outro golpe na mandíbula. - vão se tratar, vocês são sujos.
- NOJENTO!
- Lian.... - Oliver tentava o chamar por cima dos golpes.
- Oliver... - Disse antes de perder a consciência.
(...)
Oliver acordou com uma terrível dor de cabeça, bastou se mover mais um pouco para notar que seu corpo reagia da mesma maneira. Tudo doía, principalmente seu estômago... Provavelmente teria que ficar um bom tempo se recuperando.
Ainda desnorteado, se sentou e olhou em volta apenas para encontrar a coisa mais linda que já vira em toda a vida.
Lian.
Estava deitado de costas, os raios de sol que vinha da janela serviram como um relógio para que Oliver soubesse que já era de manhã.
Estava em uma cama desconhecida, em um quarto desconhecido, não sabia como diabos foi parar ali, e ao seu lado deitado de costas estava Lian.
Reorganizou os pensamentos em sua cabeça e logo tratou de pesar na noite passada.
Viu Lian quase beijando zoe, saiu andando com raiva em direção a saída, aí.... Aí... Tentou se lembrar, sabia que faltava algo. Forçou mais um pouco a memória e... Ah! Lian o beijou! Ficaram se beijando até que... Até que... Até que fossem agredidos e chamados de nojentos, aberrações, viadinhos.
Então se lembrou de Lian sendo pressionado na parede, um par de mãos envolvendo seu pescoço, se lembrou de como seu rosto mudava de tom, indo de branco a rosado e roxo... Seu peito doeu apenas de se lembrar.
Oliver também apanhou muito, seu corpo quase o gritava isso.
Se lembrou de ter recebido muitos golpes, provavelmente por não ter suportado ficar acordado, perdeu a consciência. Não sabia como foi parar ali ou quem foi a alma bondosa que o trouxera ali, só tinha a agradecer.
Lian ao seu lado, moveu o corpo em sua direção de forma dolorida, podia ver suas sobrancelhas se contraindo enquanto seus lábios formavam um bico insatisfeito.
Oliver observou, seu rosto era coberto de marcas roxas, uma em particular se destacava em volta de seu olho esquerdo.
Descendo o olhar, viu marcas de dedos em seu pescoço, o mesmo que usara para se manter equilibrado enquanto rebolava seu quadril contra a crescente ereção por baixo da calça.
Sentia tanto.
Continuou o observando e lamentando o que tinha acontecido.
Até que seus olhos se abrissem e seu olhar encontra-se o seu.
- Oliver... - Disse baixinho com a voz rouca, sua garganta se encontrava muito machucada.
- Shh, não diga nada. Só concorde e negue com a cabeça.
- Tabom - Sua voz falhando.
Oliver soltou uma risada baixa.
- Eu disse para não falar nada.
- Não vou, prometo. - disse determinado tentando soar o melhor possível.
- Desisto.
Então Lian se tocou, ah!
Não pode deixar de sorrir de volta.
Com Oliver era assim, muito fácil de se conseguir arrancar um sorriso. Ele só precisava o dirigir uma palavra e pronto. já era o suficiente para que seu dia fosse perfeito.
- Vamos tentar de novo, dói muito?
Dessa vez Liam concordou com um aceno de cabeça.
- Qual o nível da dor? - perguntou preocupado.
Lian formou um oito com as mãos, estava realmente difícil de suportar. Se fosse outra pessoa ele apenas diria que estava tudo bem e que não havia a necessidade de se preocupar. Mas era Oliver que se encontrava em sua frente agora. Não queria mentir para ele, queria poder ser o mais sincero possível, por que se importava com ele, queria mostrar tudo de si, sem filtros.
Oito. pensou Oliver, se pudesse pegar sua dor para si o faria sem pensar duas vezes.
Um silêncio se instaurou no ar até que Lian se aproximasse, e a poucos centímetros de seu rosto, disse baixinho. - Eu sinto muito.
Olhando Lian nos olhos, Oliver sibilou um - A culpa não é sua.
E o abraçou.
Precisava o sentir em seus braços novamente.
Lágrimas teimosas escorriam incessantemente pelos olhos dos dois garotos que tentavam desesperadamente encontrar consolo no ato.
Lian deslizou suavemente as pontas dos dedos por todos os hematomas no corpo de Oliver. Enquanto isso, sibilava pedidos de desculpa.
Fazia isso porque acreditava que poderia ter evitado todas aquelas dores, deveria ter lutado e ter sido mais forte por Oliver, para que não precisasse passar por toda aquela merda.
Oliver sempre que era possível, tentava se fundir ainda mais no abraço de Liam, vendo que já tinha alcançado o máximo, não pode negar fazer cara feia.
Erguendo Oliver pelo queixo, o beijou suavemente. Primeiro dando pequenos e rápidos selinhos. Oliver impaciente, não tinha tempo a perder e logo começou com os seus joguinhos.
- Isso é tudo o que é capaz de fazer? Estou realmente decepcionado. - Disse fazendo uma carinha triste.
Lian não podia acreditar, Oliver o estava provocando?
- Você pediu por isso. - Disse se enterrando no pescoço do mais novo, mordendo e sugando a pele, tinha um cheiro e saber delicioso.
- Ah... Lian.... - Oliver deixou escapar.
Suas mãos percorrem todo o seu corpo pequeno, deixando marcas do bem, não aquelas que foram feitas na base do ódio.
Voltando para sua boca, suas línguas se entrelaçam perfeitamente. Entre mordidas e sugadas, Oliver suspirava enquanto era pressionado pelo corpo quente de Liam.
Uma batida na porta e ela rapidamente se abriu.
- Eu ouvi alguns barulhos então eu achei que talvez vocês já estivessem acordados, aqui, trouxe o café da manhã, devem estar com... Fome?
Erguendo o olhar viu Oliver e Lian agarrados um ao outro rolando pela cama como dois coelhinhos! Mal notaram quando Zoe entrou no quarto.
- Certo, certo... Talvez vocês estejam com fome... mas não de comida hehehe. - Disse soltando risos e dando mini pulinhos. - Aproveitem a festa pombinhos apaixonados, só não se esqueçam que vão ter que limpar tudo depois. - Disse fechando a porta.