Atirar primeiro... perguntar depois!
img img Atirar primeiro... perguntar depois! img Capítulo 4 Envolvimento
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Capítulo 6 Atração img
Capítulo 7 Vínculo img
Capítulo 8 Arrebatados img
Capítulo 9 Encalço img
Capítulo 10 Gato e rato img
Capítulo 11 Enlace img
Capítulo 12 Consumado img
Capítulo 13 Revelação img
Capítulo 14 Continuidade img
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Capítulo 4 Envolvimento

Acordei com aquele cara de pau deitado ao meu lado e com o braço por cima do meu corpo respirando quente no meu rosto, tentei tirar seu braço pesado de cima mas ele se deitou ainda mais em mim e como se não bastasse...colocou uma perna sobre as minhas.

Ana Victória - Que folgado e atrevido!

Dei um baita grito fazendo ele pular de cima de mim, procurando a arma.

César - Minha arma, onde está? Ficou maluca quase me deixa surdo!

Ana Victória - É que eu tive um pesadelo.

César - Que tipo de pesadelo?

Ana Victória - Sonhei que um cavalo dormia do meu lado.

César - Devia me agradecer, o cavalo aqui te manteve aquecida a noite toda. Agora me fale desembucha...quem é o nosso alvo?

Ana Victória - Jhon Matador!

César - Ficou maluca, ele é o maior pistoleiro de todo o condado.

Ana Victória - Achei que era você....então você o conhece? Dizem que ele tem uma casa em Montana.

César - Sim ele tem....e suponhamos que você o encontre, acha que ele vai te dar a cabeça assim tão fácil? Te mataria em menos de segundos.

Ana Victória - Por isso nós dois vamos pegá-lo!

Depois de um tempo ele saiu a pé e voltou mais tarde, até achei que tinha me deixado para trás e desistido da missão.

César - Trouxe isso para você.

Ana Victória - Comida...onde conseguiu tudo isso? Você roubou não foi?

César - Come e não reclama, precisamos partir agora...vamos chegar ao Mayne antes do anoitecer.

Eu comi e César deu feno ao cavalo e ajeitou a sela, peguei minha bolsa e dei alguns passos imaginando a difícil jornada que seria aquele dia também.

César - Espera...vem!

Ele desceu esticou a mão para me ajudar a montar.

Ana Victória - Mas e você?

César - Eu vou junto ou quer que eu vá caminhando para se vingar de mim?

Achei que ele iria caminhando, mas montou abraçando minha cintura para segurar as rédeas. Era estranho estar assim com um homem tão perto eu sentia o corpo dele por trás e aquilo me dava medo.

César - Ainda não está totalmente recuperada...não quero que caia do cavalo.

...

Ana tinha um cheiro diferente de todas as mulheres que já tive, doce e único...adentrava seus cabelos buscando aquele perfume que só ela tem.

...

Graças a Deus vi o condado se aproximar, mais cedo ou mais tarde eu sabia que teria que começar a pagar pelos serviços de César.

Ana Victória - Graças a Deus chegamos.

Ele desceu do cavalo e foi puxando as rédeas...paramos em uma pensão, totalmente diferente daquele lugar horrível onde nos conhecemos na noite anterior.

César - Precisamos de comida, um quarto e feno para o cavalo!

Um homem nos levou até o salão, aquele jantar estava perfeito e eu mal conseguia engolir tudo o que colocava na boca.

César - Calma o prato não vai fugir de ti.

Ana Victória - É que isso está muito bom.

Fernão - Sua esposa parece cansada, aposto que o casalzinho deseja um quarto! Tenho um perfeito.

Fiquei esperando que César o corrigisse e que dissesse que apenas estávamos juntos em uma caçada, mas não, ele concordou em dormirmos juntos...até parei de comer por que nada mais descia pela garganta de tanto medo que fiquei.

César - O que foi? Parecia estar gostando da comida.

Ana Victória - É que eu comi muito rápido e já estou satisfeita, posso ir para o quarto?

César - Mas é claro que pode.

Ana Victória - Com licença!

...

Ana passou por aquele salão despertando os olhares de cobiça dos homens presentes, o cheiro que ela exalava atraía não só a mim...fêmea nova, pronta para ser domada Demorei um tempo conversando até que ela se arrumasse e tivesse sua privacidade.

...

Entrei naquele quarto, havia um ofurô cheio de espumas e depois do banho troquei de vestido e me deitei naquela cama grande, um tempo depois ouvi o trinco da porta girar.

Ana Victória - Me desculpe por ter trancado a porta é que fiquei com medo que alguém entrasse....

César - Você fez certo.

Ana Victória - Essa água está limpa eu tomei banho de balde e caneca mesmo.

César - Eu não me importaria em usar a mesma água.

César entrou, me deitei de novo naquela cama, meus olhos deviam estar gigantes de medo. Aquele maluco começou a tirar a roupa e eu não sabia o que fazer, apenas tentava não olhar...jogava no chão o suspensório, calça e por fim...

Ana Victória - Se quiser eu posso esperar lá fora até você se lavar....

César - Você não vai ficar sozinha lá fora com aqueles delinquentes!

Eu tentava não olhar, todos aqueles músculos, pelos e aquela coisa enorme balançando. Eu nunca tinha visto nada parecido. Ele entrou no ofurô e me olhando pediu...

César - Venha até aqui!

Minhas pernas falharam, mas eu fui tentando não olhar para ele e as espumas escondiam boa parte de seu corpo.

Ana Victória - O...o...que foi?

César - Pegue a escova e esfregue minhas costas.

Eu fiz o que ele pediu peguei aquela escova e esfreguei suas costas largas, César segurou meu punho.

Ana Victória - Fiz alguma coisa errada?

César - Não...volte para a cama.

Ele se lavou e depois vestiu apenas as roupas debaixo, veio bem pertinho de mim e pegou delicadamente meu pé massageando com carinho.

César - Ainda estão doendo?

Ana Victória - Si...sim.

Fiquei com tanto medo que quase tive um infarto, eu sabia que cedo ou tarde ele iria me cobrar.

Percebi que ele vinha mais e mais perto até quase se deitar sobre mim meu coração ia saltar de tanto pavor, soprou a vela que estava sobre minha cabeça se deitou ao meu lado e dormiu...eu também me virei de costas e dormi com o coração quase saltando de dentro do peito.

            
            

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