Capítulo 5 Um estranho e um lugar pra morar

A noite caiu e Anna não apareceu, Sophia amedrontada ainda encolhida em um canto do quarto olhava incrédula para seu companheiro inseparável de capa grossa e escura, que por ficar tanto tempo guardado agora cheirava a mofo e pensava em um plano para fugir, mas se ela saísse dali para onde poderia ir, os pensamentos a estavam consumindo, quando o sono chegou.

Fora da li, mas não muito distante, duas figuras masculinas conversavam parados em uma estrada.

- Esperava mais de você, está me decepcionando novamente.

- Desculpe-me senhor, as coisas sairam do meu controle.

- Bem ... bem, agora é tarde para lamentar, Anna está morta e a outra garota, o que faremos com ela, se ela abrir a boca estamos perdidos...

- Sophia? ...

- Não se preocupe com ela agora, estou falando da garota que está no hospital, aquela que lembra do porque Sophia é tão importante pra nós.

- Jessica, Jessica Blin.

- Suma com ela também.

Enquanto os cavalheiros decidiam o que fazer, em um dos quartos do hospital São Carlos, localizado no centro da cidade, Jessica Blin, está sentada na cama, planejando sua fuga, quando é surpreendida por um dos médicos, enquanto retira o soro do braço.

- Está ficando louca?

- Devia estar mesmo? A quanto tempo estou aqui?

- Você chegou a algum tempo, não estava em condições... vamos dizer fáceis de lidar, alterada, então precisávamos cuidar de você, e lhe demos um sonífero.

- Você ficou maluco? Eu tinha meus motivos para estar daquele jeito, precisava fazer o meu trabalho, agora...

- Senhora, por favor se acalme, poderá fazer seu trabalho de agora em diante.

- Não! Você não entende, Sophia.... ela está em perigo, meu Deus, como pude ser tão desleixada, deveria ter acabado com eles quando pude e fugir, Sophia estaria a salvo agora.

Em meio a raiva, Jessica soca a cama a sua frente, tentando desfazer-se de sua raiva, que só aumenta.

- Senhora, por favor, do que está falando?

- Não se preocupe com isso, me dê alta, que isso será resolvido.

- Senhora kkkkk, não é fácil assim, está com duas fraturas na região da costela, e foi retirada uma bala, do seu antebraço esquerdo, fora as contusões no pé e, a senhora, também possui um galo na cabeça, devido a uma forte pancada, aposto, portanto, não poderei deixá-la sair assim.

- Primeiro, pare de me chamar de senhora, pois não sou casada, em segundo, outra vida depende de mim, uma que foi incubida a mim como confiança, por meu trabalho impecável e minha força, a esta pessoa devo cuidar e zelar para que nenhum mal possam lhe causar, e ... o SENHOR, está me impossibilitando de realizar o meu trabalho.

- Ok, fico feliz com a primeira parte, e quanto a segunda, podemos resolver...

- Como pretende me ajudar? Kkkkkk

- Saiba, senhorita, que, meus três anos nas forças armadas, me deram alguns títulos, e que, reconheço uma companheira quando vejo uma, Subtenente!

Jessica fica estasiada, quando ouve aquelas palavras, como ele poderia saber quem era ela? Teriam servido juntos? Sabia que não poderia perder mais tempo, então resolveu aceitar a ajuda do estranho, talvez amigo, médico bonitão..