- Vai juntar remelas nos cantos dos olhos se ele não deixar a água escorrer no rosto.
Diante daquela explicação eu não tinha reação, de onde ele havia tirado aquilo?
Passamos um tempo pegando o quê seria necessário por um tempo. Cadeirinha para colocar no carro, fraudas, roupas e brinquedos, mas ao olhar para o carrinho que estava com o CEO, quase tive uma parada cardíaca.
- O quê é tudo isso?
- Nada demais, só pra ter certeza que temos tudo. - Ele respondeu calmamente, como se a pilha de brinquedos e utensílios, não fosse nada.
- Tem coisa aí que ele só poderá usar daqui anos, deixe isso aí. - Pedi o afastando do carrinho.
- Não, eu vou levar. Não posso correr o risco desse fedelho arruinar meu mobiliário e as paredes.
- Como quiser, quem paga é você. - Disse saindo até mesmo de perto.
Mais algumas visitas a outras lojas e ao supermercado e voltamos para o apartamento, mas não sem antes ser parada pelo pessoal da segurança na recepção do condomínio.
- Olá Sra. Heughan, gostaríamos que para maior flexibilidade, se registrasse no circuito de segurança. - A recepcionista pedia.
- Mas eu não sou ... - Fui interrompida em seguida.
- Anda. - Ele disse me empurrando a frente.
- Ah, certo.
[...]
Ótimo! Eu tinha sido registrada com coproprietária do apartamento, e me perguntava o quanto mais ele jogaria para cima de mim.
- Vou descer lá embaixo e esclarecer esta história. - Disse o deixando na porta do apartamento.
- Entra logo, não faz besteira vai. - Ele me arrastou contra a vontade para dentro.
Seth entrou logo atrás de nós, com um bico do tamanho do mundo e chutando a canela do maior.
- O quê foi? - Ele perguntou ao menino estranhando a agressividade.
- Não biga mamãe! - O pequeno gritou me fazendo rir.
- Agora você ganhou um inimigo. - Disse eu rindo da cara séria de Seth.
- Eu não tô brigando com a sua mãe, tô fazendo carinho. Olha... - De repente sinto um puxão e ele me abraça.
Sem reação de novo, e era sempre assim. Desde que conheci Samuel Heughan, tudo tem sido uma surpresa atrás de outra. Apesar do homem ser organizado ao extremo com o trabalho, em sua vida pessoal, era o mais imprevisível que eu havia conhecido na vida.
- Solta... - Arfei.
- Vêm. - Eu o ouvi dizer e então um dos braços me desaperta e ele se abaixa.
Surpreendentemente, Samuel pega Seth nos braços e divido o abraço entre os dois homens.
- Senhor, isso ... - Me sinto estranha.
- Quieta ... - Ele sussurra em meu ouvido. - Sabe o quê eu percebi durante as compras?
- O quê?
- Seth é realmente parecido a mim, e você sabe como gosto das coisas planejadas, não é?
- Sim, eu sei. - Respondi olhando em seus olhos, por que ele está fixo nos meus.
- Essa manhã eu acordei com um tapa desse monstrinho, e apesar de eu não demostrar, é a primeira coisa quê nunca planejei na vida e quê gostei. - Ele tinha agora, um sorriso frouxo na boca, do tipo envergonhado e feliz.
Nunca tinha visto tal expressão no rosto de meu chefe, era assustador e tão lindo ao mesmo tempo, que nem me dei conta de ainda estávamos os três abraçados.
- Srta. Carson, quero fique com a gente por este tempo.
- Quanto tempo? - Pergunto mesmo sabendo que não dará certo.
- Sinceramente? - Ele suspira e olha para Seth. - Eu não sei.
- Eu fico, mas por ele. - Afago a cabeça de Seth.
- Juntos?
- Juntos.
Acabo de prometer, e são segundos e me arrependo.
Me pergunto se a talvez uma chance de voltar atrás, mas vendo Seth brincando entre nós e sorrindo, será difícil dizer não.
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Pov's Samuel Heughan
Tínhamos passado o dia de compras e ajeitando as coisas no monstrinho no apartamento.
O abraço que dei em minha secretária mexeu comigo, muito mais que palavras podem expressar, mas estava encarando como algo que eu precisava muito e acabei grato por ela me dar.
Em silêncio, um silêncio constrangedor. Eu arrumava o tapete infantil em dos cantos da sala, ela desembrulhava com Seth no meio de suas pernas e tudo parecia tranquilo demais ... Só que não.
Não demorou muito, e a noite chegou, pela primeira vez em anos eu havia jantado corretamente na mesa de jantar e com uma comida feita em casa.
Antes não me interessava ter um empregada apenas para cozinhar e deixar tudo na geladeira, então pedia nos restaurantes ou comprava pizza a noite, em fim, nada parecido com o de agora.
Mas o silêncio se quebrou quando tivemos que voltar a nos comunicar mais tarde naquela noite.
- O berço chega amanhã, então... - Ela parou no meio da frase. - Eu e Seth ficamos com a cama.
Eu poderia ser um cavaleiro, apoiar a ideia e dizer que ficaria bem com o sofá. Mas sejamos realistas, eu não sou.
- Está brincando? - Disse rindo. - Tenho que ir ao escritório, enfrentar muitas reuniões e passar sabe-se quando tempo assinando aquelas pilhas de papéis. Não posso dormir no sofá.
Vi a cara de minha secretária de repente passar de um singelo incômodo, para uma fúria prestes a me asfixiar.
- Saiba que ele é um bebê e eu também tenho que dormir bem, por que eu também vou trabalhar amanhã. Agora seja um bom pai e durma na porcaria do sofá! - Ela gritou, adentrando meu quarto e batendo a porta.
Naquele momento só passaram duas coisas por minha mente, se eu e ela trabalharíamos, quem ficaria com a criança? E depois, eu é que não dormiria no sofá, não era confortável nem um pouco para minha coluna.
- Ei! - Bati na porta.
Depois de três toques sem resposta, peguei a chave reserva sobre a geladeira e abri a porta do quarto.
- Pra fora! - Ela gritou comigo.
- Não seja assim, eu ainda sou seu chefe e isso é insubordinação.
- Não estamos na empresa e muito menos em horário comercial, pegue seu cobertor e vá deitar no sofá.
- Não é justo! - Disse cruzando os braços e me plantando ali. - Esta cama grande, por quê não dividimos?
- Tem certeza? - A pergunta me deixou meio confuso.
Como ela podia ter se rendido tão fácil? Era algo que descobriria logo naquela noite.
- Posso deitar do lado de lá então?
- Desde quê fique longe, é para sua própria segurança e não me diga depois que não avisei.
O modo como ela falava, já me advertia que a noite não seria fácil.
A prova foi que depois de algum tempo me acostumando com aquela pessoa e o projeto de gente na cama, veio uma fase master que impossibilitaria meu sono por toda a noite.
A secretária virava de um lado a outro na cama, Seth estava no décimo sono abraçado a ela, mas mesmo assim a mulher mudava sem parar de posição, me cravando o joelho no ciático e chutando minhas costelas hora a outra.
- Sophia ... - Gemi, quando ao virar, seu pé acertou em cheio minha virilha. - Você me paga.
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