Capítulo 2 A noite de ontem

-Nossa já é dia! A noite passou tão de pressa.

Vou me arrumar e descer para tomar café da manhã.

-Bom dia mãe. Bom dia pai.

-Bom dia minha filha, como foi a festa ontem? perguntou minha mãe, curiosa como sempre.

-Foi interessante, dancei e me diverti um pouco com as minhas amigas, já que fico a maior parte do tempo no meu quarto.

-Você beijou alguém por lá?

-Mãe! Que isso? claro que não. Eu nem penso nem nessas coisas.

-Eu sou sua mãe, eu sei que você quer um namorado.

-Eu já estou saindo para a escola, e para de pensar nessas coisas mãe.

Hoje é dia de prova e mal consigo me concentrar na leitura das questões. Só consigo pensar naquele belo rapaz da festa de ontem. Eu não me entendo! Se o rapaz era tão lindo porque fui grossa com ele!? Deixei o rapaz sem graça na frente de todos os convidados da festa, ele não se esbarrou comigo porque quis, ele me pediu desculpas e mesmo assim fui totalmente mal educada com ele. Agora já era, acho que nunca mais vou ver ele...

O sinal bateu, era hora de entregar as provas e eu não tinha respondido nenhuma questão, mas graças a minha colega que estava do meu lado eu consegui responder as questões a tempo; Ufa!!

Estava eu tranquila voltando para casa quando me deparo com o rapaz que vi ontem na festa, cobri meu rosto com a minha mochila e sai de fininho, não queria que ele me visse pois estava com vergonha do que disse a ele ontem... Mas quando virei as costas eu ouvi um "Ei espera, quero falar com você", nesse momento eu me tremi feito vara verde, já não sentia as minha pernas de tanto que eu tremia.

Me virei, e sim, era o garoto da festa. Fingi que nada estava acontecendo e disse:

-Oi, o que você quer?

-Você é a moça da festa de ontem certo?

Respondi que sim e então ele me convidou para tomar um café.

-O Sol está escaldante e você me oferece café!?

-Ah, me desculpe, então podemos tomar um sorvete.

Aceitei e fui com ele até a sorveteria, pois apesar de estar envergonhada queria saber o que tinha para me dizer...

-Bom, você foi grosseira comigo, mas esse detalhe não me fez deixar de notar a sua beleza radiante, queria que me dissesse o seu nome.

-Espera, você me para no meio da rua, me convida para um sorvete e fica me chamando de grosseira? Faça-me um favor não é.

-Calma, só quero saber seu nome.

-Me chamo Juliana, mas pode me chamar de Julia. E você como se chama?

-Um belo nome. Meu nome é Gilson, Gilson Polls.

-Hum, prazer! Era só isso? Preciso voltar para casa.

Ele me passou seu número e disse para eu te ligar se quisesse, guardei pois quem sabe eu podesse ligar para ele algum momento. Cheguei em casa, fui tomar um banho, e não conseguia parar de pensar nele, ele era tão perfeito, ficar perto dele me dava uma sensação tão boa, os traços perfeitos que ele carregava em seu rosto me deixava de pernas bamba...

Um rapaz alto, de pele clara e olhos escuros, cabelos negros e olhar marcante, assim era ele...

Talvez eu estivesse apaixonada...

            
            

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