Tatsuya - A Rainha Dragão
img img Tatsuya - A Rainha Dragão img Capítulo 2 Notícia
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Capítulo 6 Acordo Feito img
Capítulo 7 Instruções img
Capítulo 8 À Caminho img
Capítulo 9 Ataque Surpresa img
Capítulo 10 Inesperado img
Capítulo 11 Ao Limite img
Capítulo 12 Empatia img
Capítulo 13 Inimigos ou Não img
Capítulo 14 Ancestrais img
Capítulo 15 Adeus img
Capítulo 16 Frustração img
Capítulo 17 Sobre o Amor img
Capítulo 18 O Passado img
Capítulo 19 Partindo img
Capítulo 20 Oásis Protegido img
Capítulo 21 Enigma img
Capítulo 22 Oráculo img
Capítulo 23 A Luta img
Capítulo 24 Próxima Etapa img
Capítulo 25 Inapropriado img
Capítulo 26 Compartilhando img
Capítulo 27 Aprimorando Habilidades img
Capítulo 28 Incertezas img
Capítulo 29 Encontro img
Capítulo 30 Ilusão img
Capítulo 31 Na Montanha img
Capítulo 32 Vulto img
Capítulo 33 Queda img
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Capítulo 2 Notícia

Tudo começou com uma notícia. Eu já esperava por ela uma hora ou outra, mesmo assim foi difícil recebê-la.

- Alteza... - cumprimentou o capitão com um olhar triste. - O seu pai...

Acenei com a cabeça, sem precisar de mais explicações.

Engoli em seco e respirei fundo.

- O papai morreu? - perguntou minha irmã, que estava ao meu lado.

Capitão Foggi acenou com a cabeça confirmando.

- Sinto muito. - disse ele.

- Mandem os soldados recuarem e montarem acampamento no bosque de outono, e tragam o corpo de meu pai para ser velado. - ordenei - Mandarei preparar o velório.

- É claro Princesa. - ele concordou.

Ao olhar para a minha irmã, sentada em sua cadeira de rodas, meu coração se apertou por ver suas lágrimas.

- Levem-na ao quarto. - eu pedi aos servos - Ela precisa ficar sozinha.

Eles acenaram, mas antes que fossem eu me abaixei e olhei em seus olhos com firmeza.

- Vá para o quarto e chore o quanto for necessário, mas depois lave o seu rosto e se arrume. Quero você apresentável para o velório de nosso pai. Precisamos ser fortes agora. Papai iria querer isso.

- Sim, vossa alteza. - ela concordou sem ânimo.

Eu não gostava quando ela me tratava desse jeito, mas era assim que sempre me chamava quando estava chateada.

Assim que ela se foi eu comecei a preparar tudo. Havia muita coisa a se fazer e eu não tinha tempo para me lamentar.

Eu sabia o que estava por vir e era minha responsabilidade assumir tudo aquilo.

A tarde se passou e ao fim do dia estava tudo pronto.

O corpo de meu pai foi colocado num caixão todo esculpido com detalhes em ouro e com pequenas joias encrustadas. Ele estava bonito, apesar de tudo, porém seu rosto, agora sem vida, já não tinha mais aquela cor de chocolate brilhante de antes, a qual eu havia herdado dele.

Minha irmã se esforçava para não chorar, mas de tempos em tempos eu a via secar o rosto discretamente.

Mantive-me firme, como uma rocha, de pé ao lado direito do caixão, olhando para frente enquanto as pessoas vinham dizer seu adeus e dar os seus pêsames.

Meu pai havia me ensinado a ser forte e a manter a postura sempre. Eu não o envergonharia em sua morte.

Depois do velório nós enterramos o caixão nos jardins do castelo, no cemitério particular da nossa família, ao lado de minha mãe.

Endireitei a postura e mandei convocar o conselho de guerra. Eu era a rainha agora.

...

Cheguei à sala de reunião e esperei em pé, pois não havia tempo para enrolação. Eu precisava terminar o que meu pai havia começado.

- Vou hoje mesmo para o bosque de outono. - falei em voz firme. - Me encontrarei com os soldados lá para terminar o que meu pai começou e, enquanto eu estiver fora, minha irmã cuidará de tudo com a ajuda de meus tios.

- Mas... Vossa Majestade. - chamou o conselheiro real - E a sua coroação?

- Não temos tempo para coroação agora. Estamos no meio de uma guerra. Teremos tempo para coroação depois que tudo isso acabar... Se eu sobreviver.

Nenhum deles gostou muito da ideia, afinal havíamos acabado de perder o meu pai, e seria muito ruim se eu morresse também, mas não havia nada a se fazer. Se algo acontecesse comigo eles poderiam coroar a minha irmã. Eu sabia que ela poderia ser uma boa rainha, mesmo que muitas pessoas a subestimassem por sua deficiência e falta de magia.

Voltei para o meu quarto e me permiti chorar um pouco, antes de começar a me preparar para a viagem.

Assim que coloquei toda aquela tristeza para fora me senti um pouco melhor e até mais determinada, afinal meu pai não havia morrido em vão, eu iria vinga-lo e depois trazê-lo de volta nem que fosse a ultima coisa que eu fizesse.

...

Vesti minha armadura escura, feita sob medida para mim e criada para suportar muita pressão e calor. Era uma armadura leve, se comparada a muitas outras, mas era a minha preferida, pois havia provado o seu valor.

Me despedi de minha irmã chorona e então fui até o terraço.

Precisei de um pouco mais de esforço do que de costume para poder me concentrar, pois minha mente ainda queria se voltar para o luto.

Depois de algum tempo eu finalmente consegui me conectar com Vuur, o meu dragão de fogo. Ele apareceu rasgando o céu com suas asas negras e pousou em minha frente, me encarando nos olhos. Vuur sabia que eu estava triste.

Subi em suas costas e me agarrei em sua pele escamosa e áspera. O calor dele era aconchegante.

Voamos livremente pelo céu em direção ao bosque de outono, onde eu encontraria meus guerreiros e continuaria a missão de meu pai, em busca da Pérola do Mar.

            
            

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