O amor de um Invisível
img img O amor de um Invisível img Capítulo 4 Terceiro
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Capítulo 6 Quinto img
Capítulo 7 Sexto img
Capítulo 8 Sétimo img
Capítulo 9 Oitavo img
Capítulo 10 Nono img
Capítulo 11 Decimo img
Capítulo 12 Décimo primeiro img
Capítulo 13 Décimo segundo img
Capítulo 14 Décimo terceiro img
Capítulo 15 Décimo quarto img
Capítulo 16 Décimo quinto img
Capítulo 17 Décimo sexto img
Capítulo 18 Décimo sétimo img
Capítulo 19 Décimo oitavo img
Capítulo 20 Décimo nono img
Capítulo 21 Vigésimo img
Capítulo 22 Vigésimo primeiro img
Capítulo 23 Vigésimo segundo img
Capítulo 24 Vigésimo terceiro img
Capítulo 25 Vigésimo quarto img
Capítulo 26 Vigésimo quinto img
Capítulo 27 Vigésimo sexto img
Capítulo 28 Vigésimo sétimo img
Capítulo 29 Vigésimo oitavo img
Capítulo 30 Vigésimo nono img
Capítulo 31 Trigésimo img
Capítulo 32 Trigésimo primeiro (part.1) img
Capítulo 33 Trigésimo primeiro (part.2) img
Capítulo 34 Trigésimo segundo img
Capítulo 35 Trigésimo terceiro (part.1) img
Capítulo 36 Trigésimo terceiro ( part.2) img
Capítulo 37 Trigésimo quarto (part.1) img
Capítulo 38 Trigésimo quarto (parte.2} img
Capítulo 39 Trigésimo quinto img
Capítulo 40 Trigessimo sexto img
Capítulo 41 Trigésimo sétimo img
Capítulo 42 Trigésimo oitavo img
Capítulo 43 Trigésimo nono img
Capítulo 44 Quadragésimo img
Capítulo 45 Quadragésimo primeiro img
Capítulo 46 Quadragésimo segundo (parte 1) img
Capítulo 47 Quadragésimo segundo (parte 2) img
Capítulo 48 Epílogo img
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Capítulo 4 Terceiro

[ Visão de Iuri Stevens]

É chegada a hora do almoço, os cinco primeiros horários seguiram chatos como sempre, já vi esses assuntos, então não preciso ficar focado nas aulas posso seguir me perdendo em minhas fantasias de que talvez haja alguma mínima possibilidade de Aya aceitar meu pedido para ser o seu par no baile de verão.

Arrumo minhas coisas na mochila e de canto de olho noto Aya saindo a passos lentos da sala de aula.

- Anda logo cara, aproveita que ela tá sozinha - George fala me dando um tapa nas costas.

- Deixa só eu arrumar meu material - falo guardando rápido as coisas que faltam dentro da mochila - Me deseje sorte.

Um sorriso nervoso estampa meu rosto, sinto meus dedos tremerem só pela expectativa. Me viro e começo a andar para fora da sala.

- Vai que é tua mano! - posso ouvir o som de sua risada antes de atravessar a porta azul da sala.

Sinto meu coração acelerar rapidamente em meu peito, nunca fiz nada tão arriscado, não tenho experiencias com garotas, meu pai também nunca conversou comigo, tudo o que sei é as coisas que raramente George fala comigo, mas nem boto muita fé, assim como eu ele também não tem experiencia e tudo o que fala é baseado na internet.

Seguro no corrimão da escada e antes de passar pela curva lisa que a escada faz para seguir para os últimos degraus, paraliso ao ver Aya de costa e logo a sua frente Leandro.

- Preciso falar com você - ele falou e isso fez o meu coração antes ansioso com a possibilidade de ganhar um sim pronunciado pelos lindos lábios dela, se aperta ao ver tal cena.

- So..bre o quê? - ela gagueja um pouco.

- Sobre o baile de verão, faltam apenas duas semanas.

"Por que ele está falando sobre o baile?" - meus pensamentos inventam várias teorias sobre o porquê, tento não me perder da conversa e com o corpo colado na parede ( para que eles não me vejam ), continuo a escutar a conversa.

- Eu sei que não foi certo o que eu fiz da última vez que nós falamos...

- Da última vez eu falei sozinha - ela fala, em sua voz é notório que ainda está magoada.

- Sim, eu me arrependo do que fiz, quero também de pedir desculpas, fiquei sem saber o que falar depois de receber de forma totalmente inesperada por aquela declaração. Você seria capaz de me perdoa, Aya?

Não sei se é por implicância minha, por ainda guarda magoas do passado, ou se é apenas por ciúmes de vê ele tão próximo de Aya, mas não consigo sentir um pingo se quer de verdade em nenhuma de suas palavras.

- Tudo bem, confesso que eu me precipitei, então eu te desculpo e também peço desculpa por tê-lo deixado desconfortável - ela fala com sua voz doce, o rumo dessa conversa vai me deixando cada vez mais desanimado.

- Sem problemas, a outra coisa que eu queria falar com você, é ... Bem... Você quer ser meu par no baile de verão?

Prendo a respiração, não posso ter ouvido direito, Leandro realmente a convidou para ser seu par? E Suzana? Por que ele não vai com ela como sempre foram? A resposta de Aya leva alguns segundos, e a tensão em meu corpo apenas aumenta com todo esse mistério.

- Você tem certeza que quer que eu seja seu par no baile de verão?

- Nunca tive tanta certeza em minha vida!

- Então - sua pausa faz eu apertar minhas mãos contra o grosso pano jeans da minha calça - Eu aceito sim!

Acabou, sinto meus joelhos fraquejarem, e se eles conversam mais alguma coisa, eu já não escuto mais, sempre soube que minhas chances eram mínimas, mas ter a certeza de que agora elas eram nulas me deixam desorientado, mesmo sem a certeza, meu coração não se conteve e fantasiou com chances que não foram nada além de imaginativas, e agora se quebrou, perto de Leandro eu sou um nada, o que nunca foi diferente em minha vida, sou apenas um invisível.

Sento no chão escorado na parede e apoio meus braços em meus joelhos, deito minha cabeça sobre meus braços e a conversa deles dois, junto com uma imagem projetada do futuro com eles dois dançando no baile se faz presente em minha consciência e meus olhos ficam úmidos. Não quero chorar, não aqui.

- Ei cara, o que aconteceu? - George me cutuca e se senta ao meu lado no chão - O não dela foi uma decepção grande demais?

- Eu nem cheguei a conversar com ela - falo sem levantar minha cabeça.

- Então por que está aqui como um cachorro que acabou de perder o dono? Vai falar com ela.

- Leandro foi mais rápido e a convidou primeiro, e ela aceitou - derrotado sem nem ter lutado, é o que sinto.

Pela primeira vez escuto o silencio como resposta vindo de George, mas no lugar de palavras, sinto sua mão em minhas costas tentando me consolar.

- Melhor irmos para a sala, as pessoas e ela própria daqui a pouco vão ocupar a escada, vem - ele me estende a mão e eu a seguro.

Andamos em silêncio de volta a nossos lugares na sala de aula.

- Não vai almoçar? - George nunca perde a hora do almoço, é a sua hora preferida no colégio.

- Sem fome - fala sem ânimo.

Sei que ele falou isso apenas porque ficou compadecido com a minha dor, ele sabe que eu gosto de Aya desde que eu tinha seis anos de idade. Desde aquele primeiro sorrindo banguela, aquele olhar gentil cor violeta, meu coração bate por seu nome. Sei que isso não deve ser normal, amar alguém que nem sabe que você existe por doze anos é algo nada comum.

- Não precisa ficar aqui, pode ir comer, daqui a vinte minutos o horário acaba e as aulas vão demorar de passar com a barriga vazia.

- Não quero deixar meu amigo sozinho no luto da derrota!

- Não precisa sentir pena, vou ficar melhor.

- Sei que sim, mas não vou sair, se fosse eu no seu lugar, sei que faria o mesmo por mim - fala convicto.

- Mas eu respeitaria sua vontade de ficar sozinho - espero não ter soado grosseiramente.

Ele me olha, e seu olhar está triste, não sei se por minhas palavras ou por pena.

- Não vou sair.

Diz e aí finalizarmos nossa conversa.

[ Visão de Suzana Guilan ]

- Olá Leo - o cumprimento com um selinho.

- Fala gata, animada para o baile? - me pergunta com seu sorriso galante.

- Quero que me ajude bebê - falo manhosa e o abraço.

- Diga minha linda - ele aperta minha cintura.

- Quero que vá ao baile com a garota que se declarou pra você a algumas semanas atrás - falo fazendo carinho em seu peito.

- A Aya? Por que? - pergunta se afastando.

- Porque vai ser muito divertido - falo sorrindo.

Ele bufa sem vontade mas sempre cede aos meus pedidos, ele tem certeza que assim vai me levar pra cama.

- A chame para ser seu par na hora do almoço.

- Está bem, mas quero minha recompensa depois! - ele fala e pisca pra mim.

Leandro gira nós calcanhares e sai da sala, de canto de olho observo Aya arrumando seus pertences em sua mochila.

Sempre de fones com orelhas de gato, o cabelo escorrido de cor preta até a cintura, roupas longas, totalmente sem sal. Talvez a única coisa que se salva-se nela fosse seus olhos cor violeta, mas nem isso faz ela parecer ser bonita.

Não gosto que toquem no que é meu, e ela se ousou a se declarar para Leandro, e eu vi cada palavra, isso me indignou.

Eu e ele ainda não namoramos, mas falta pouco, só tou esperando ele fazer um pedido descente na frentes de todos, e eu já planejei como vai ser, e ela vai fazer parte do meu show.

- Você tem certeza do que vai fazer Suzi? - Luana me questiona.

- Claro, quem ela acha que é?

Revirou meus olhos e a vejo saindo da sala.

- Vamos almoçar - chamo Luana e juntas saímos da sala.

Um garoto passa correndo por nós, é da mesma sala que eu, mas nem lembro que seja, não vi seu rosto.

- Mal educado! - Luana fala enquanto a silhueta do garoto esquesito some.

- Esquece, vamos comer antes que o horário acabe, hoje é aula de geografia.

- Vam....

- Iaê meninas - Gustavo e Henrique aparecem nos abraçando.

- Olá gatos - falo sorrindo.

Já fiquei com os dois, um em cada baile, foram apenas uns beijinhos, nada de mais, hoje somos amigos. Eles são legais, burros, mas legais.

O Henrique é ruivo dos olhos azuis, é alto e prática luta livre junto a Leandro, já o Gustavo é apenas um pouco mais baixo que Henrique, ele tem os cabelos castanhos escuros e olhos castanhos claros, ele prática natação e rachas clandestinas.

- Vocês já tem par para o baile? - Henrique fala sorrindo.

- Não, a gente ainda não foi convidada - falo sorrindo.

- Não temas, sem problemas! - fala fazendo graça com um largo sorriso no rosto - Ganhamos umas damas Gustavo - sussurra enquanto toca o ombro do amigo com a ponta do cotovelo.

Seguimos juntos para o almoço, na curva lisa da escada vemos o garoto esquisito sentado de cabeça baixa, não me importo e continuo com o meu caminho, tenho mais o que fazer.

            
            

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