Casamento por Contrato - A Redenção de Gabriel
img img Casamento por Contrato - A Redenção de Gabriel img Capítulo 5 A Surpresa Boa e a Surpresa Ruim
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Capítulo 7 Canalha img
Capítulo 8 Gravidez não, por favor! img
Capítulo 9 Trégua img
Capítulo 10 Noivado img
Capítulo 11 Nova York img
Capítulo 12 Patrícia img
Capítulo 13 Bipolar img
Capítulo 14 O Contrato já Está Pronto img
Capítulo 15 Amigo Importante img
Capítulo 16 Últimos Detalhes img
Capítulo 17 Go Solo img
Capítulo 18 Amor próprio img
Capítulo 19 Gravidez img
Capítulo 20 Itália img
Capítulo 21 Despedida de solteiro img
Capítulo 22 Casamento img
Capítulo 23 Hollywood img
Capítulo 24 De Volta ao Brasil. img
Capítulo 25 Maria Carolina img
Capítulo 26 Quem eu sou img
Capítulo 27 Ouça-me img
Capítulo 28 Dançando com o fracasso. img
Capítulo 29 Explique-se img
Capítulo 30 Epílogo - Passear sem rumo. img
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Capítulo 5 A Surpresa Boa e a Surpresa Ruim

POV Clara.

Quase morri do coração com a proposta da tia Helô, ou melhor, da minha sogra.

Morar na mansão? Não, eu gosto de andar de camiseta e calcinha pela casa, e nem sonhando que vou conseguir andar sempre bela e bem vestida como ela anda.

- Não minha sogra, eu prefiro ficar no hotel. Até por que vai pegar mal se eu for vista aqui antes de estar casada.

- Ah meu amor você tem razão. Infelizmente nossa sociedade ainda é muito preconceituosa, e realmente não aceitariam você morando aqui antes. Mas tudo bem, isso mostra que você é atenta e está um passo à frente. Isso é muito bom para quem vai ser responsável por eventos tão luxuosos.

Me livrei de conviver com o tarado do Gabriel, e ainda ganhei os parabéns da minha sogra.

Nosso noivado seria no dia 12 de Março, e logo após gravarmos a entrevista - que já estava me dando nojo - eu já começaria a enviar os convites da festa de noivado a quem interessava.

Já faziam dois anos que havia um burburinho entre nossas famílias sobre nos casar, então agora todos tinham pressa. Março noivado, Maio casamento. Isso queria dizer que eu e Gabriel tínhamos que andar rápido com o nosso contrato.

*

Chegou o dia da famigerada entrevista, e lá estava eu chegando cedo ao hotel para me arrumar. Gabriel estava falando muito pouco comigo, e não tínhamos nos visto mais depois do dia em que fui na mansão dos meus sogros. De certo eu ter me negado a transar com ele o atingiu em cheio.

Só que se o Gabriel pensa que eu vou dar pra ele e correr o risco dele me largar, ele está muito enganado.

Ouvi ele falando que estava muito feliz por me conhecer. Eu estava atrás da porta aguardando ser chamada, e só ficava notando o quanto meu noivo conseguia fingir bem. O que tinha de lindo tinha de mentiroso.

- Mas então vamos conhecer a dona do seu coração! - Disse a repórter. - Chama ela pra nós Gabriel?

- Chamo sim. Entra meu amor!

Gabriel me chamou, e se eu não soubesse que tínhamos um contrato até poderia me enganar.

Entrei bastante nervosa, dei a volta no enorme sofá e me sentei, não sem antes dar um leve aceno para a entrevistadora.

- E então, como é o nome da moça que roubou o coração de Gabriel Lafayette?

- Clara. Meu nome é Clara da Costa.

- E você é de onde?

Gabriel pôs a mão em volta de mim, e em resposta eu peguei a mão dele. Casal perfeito aos olhos de qualquer um.

- Eu sou de Ji-Paraná, Rondônia.

- Olha, do outro lado do país! E o que você faz da vida?

- Sou estudante de Direito.

- Hmmm, temos uma futura advogada na família. E vocês pretendem se casar ou vão apenas morar juntos?

Nessa hora Gabriel soltou a minha mão e levantou, me deixando ali para responder sozinha. Virei um pouco pra trás e vi ele abrir uma porta de um armário, mas em seguida voltei minha atenção para a pergunta.

- Claro que iremos casar. Até Junho deste ano pretendemos selar nossa união. Apesar de sermos jovens, a gente acredita que um casamento deve ser celebrado perante Deus e perante os homens.

- Isso é tão lindo Clara! E pensando bem eu vi aqui que não perguntei sua idade. Quantos anos você tem?

- Faço 21 anos em Junho.

- Nossa, você é realmente jovem. E o que te faz acreditar que assumir um lar tão jovem dará certo? Também querendo ou não vocês são herdeiros de um império.

Eu ia responder quando a câmera e as atenções se voltaram para Gabriel. Ele tinha uma caixinha de veludo em mãos e abriu, revelando um lindo colar de ouro branco no qual estava escrito meu nome de uma maneira super discreta. Eu não pude evitar abrir a boca, pois fiquei chocada com tamanha perfeição.

Imaginei que seria ouro amarelo e com aqueles nomes grandes, aquela coisa brega, mas Gabriel me surpreendeu.

- Clara da Costa, você aceita se casar comigo?

Tudo emudeceu à minha volta. Achei que o pedido seria feito na festa de noivado, mas agora? Ali?

- Claro. Claro que eu aceito meu amor!

- Que lindo! Eles estão realmente apaixonados! - Comentou a repórter também emocionada.

Levantei trêmula, e Gabriel me virou de costas para poder colocar o colar em mim.

Será que ele havia se apaixonado por mim de verdade? Mas como em tão pouco tempo?

*

POV Gabriel

Não sou bobo nem nada. Já que mamãe e papai querem um "casamento forte e duradouro" é isso que eu vou fazer parecer. E como precisamos ser convincentes, telefonei para o pai dela e perguntei sobre seus gostos. Os fazendeiros tem a fama de serem bregas e excêntricos, achando que rico deve aparecer, mas minha família preza pela elegância. Fiquei surpreso ao ouvir que Clara era mais discreta e não gostava de chamar muito a atenção, então optei pelo ouro branco.

Meus pais estavam certos ao escolher Clara pra mim, pois ela casa em tudo com o estilo de meus familiares. Mas meu coração não bate por ela, e isso às vezes dói.

Antes de nos casarmos eu vou ir à Nova York e conversar com Patrícia. Preciso ter certeza de que ela vai me esperar, pois não vou continuar com essa farsa a vida toda.

Clara baixou totalmente a guarda com a surpresa que fiz, e até a conclusão da entrevista eu vi que ela ficou meio que no ar.

A equipe agradeceu e foi embora, e Clara foi acompanhá-los até a saída do hotel. Eu tomei o cuidado de deixar a bolsa dela em meu quarto, para que ela fosse obrigada a subir lá novamente.

Assim que fiquei sozinho no cômodo observei que o celular dela havia ficado lá também, e não resisti a tentar ver um pouco mais da privacidade de minha futura esposa.

Clara realmente era uma moça do interior e ingênua, pois o aparelho sequer era bloqueado por padrão, bastando apenas deslizar o dedo pela tela e usar.

No Google haviam pesquisas sobre virgindade, e no começo eu até ri. Mas logo abaixo haviam pesquisas do tipo:"Tem como o homem notar que não sou virgem?" E eu me enfureci. Aquela vagabunda pensava que iria me enganar? Bem que eu duvidei daquele discursinho besta! Ah, mas ela ia me pagar!

Quando ela voltou ao quarto eu estava fulo da vida.

- Eles já foram. Até que a gente convence muito bem né?

- O que é isso aqui? - Perguntei mostrando o celular.

- O que?

- Eu é que pergunto o que. Me responde!

Clara se aproximou e viu na tela a pesquisa. Ela ficou apavorada e sentiu suas pernas amolecerem.

- Eu, ah, é que...

- É que nada! Bem que eu achei estranho. Pra que mentir sobre isso? A gente tá em 2016, não 1916 pra eu me importar com isso!

- Não é isso, me deixa explicar!

- Explicar o que? Tira a roupa!

- O que? Eu não vou tirar nada!

Desliguei o telefone dela e o larguei na mesinha de vidro sentindo muito ódio. Fui até a porta e a tranquei, e Clara estava assustada.

- Me deixa explicar!

Fui até ela e a prensei contra a parede, beijando-a à força. Clara começou a chorar, e eu senti pois as lágrimas caíam sobre minhas bochechas.

- Anda, deita na cama!

- Por favor, não!

- Vamo! - Ao perceber que falei alto demais eu me aproximei dela e abaixei o tom de voz. - Tira essa roupa agora, que eu não vou ficar comendo prostituta por que a minha querida noivinha fica se fazendo de boa moça.

Ao ouvir que eu estava saindo com prostitutas Clara se assustou ainda mais.

- Tira a roupa.

Chorando e tremendo muito ela levantou o vestido, quase como se tivesse esquecido como fazer aquilo. Ficou de calcinha e sutiã, e senti que aquilo ia render. Ela era linda e gostosa, e estava de conjuntinho lilás.

- Tira o sutiã e a calcinha. Rápido. E para de choro, por que pelo visto o que vai acontecer não é nenhuma novidade pra você!

Ela tirou a calcinha, mas o sutiã parecia querer não sair. Impaciente eu fui até ela e a virei de maneira brusca, tirando eu mesmo a peça. Em seguida a empurrei para a cama e a mandei se virar. Clara me olhava desesperada, e logo coloquei dois dedos dentro dela.

- "Ain, isso só pode depois que casar! Sou virgem!"

- Me escuta. Ai!

Clara gritou, e eu senti uma barreira impedindo meus dedos de prosseguirem, além do que ela era muito apertada para alguém que tivesse uma vida sexual ativa.

- O que é isso?

Clara caiu no choro e tapou o rosto com as mãos, enquanto eu fiquei sem entender nada. Se ela era virgem por que aquela pesquisa no telefone?

- Eu transei uma vez, mas o hímem não rompeu. - Explicou depois de alguns instantes. - Foi horrível e eu me senti usada, por isso nunca mais quis fazer!

Porra! Que merda! Eu já tinha ouvido falar nisto, que o hímem pode não romper da primeira vista.

- Vai em frente. Me estupra! Quer ver sangue no colchão e só continuar!

O que foi que eu fiz?

            
            

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