– Você acordou... achei que iria precisar de um beijo meu, bela adormecida.
"Essa voz" ela pensa consigo mesma se virando para o lado, ao ver Gloomy, o Homem que ela ajudou na noite passada... sobre o colo do mesmo de um ângulo abaixo de seu abdômen.
– Como eu vim parar aqui? Você me sequestrou?
Ela se levanta rápido do sofá se distanciando dele, como se ele fosse o inimigo de repente.
– De nada por ter salvo a sua vida.
Ele resmunga ao sair de onde estava sentado, indo em direção a seu bicho de estimação... uma cobra albina linda, que ele coloca sobre os ombros acariciando-a.
– Se você não se lembra... Estava quase morrendo quando eu te salvei, apenas te trouxe aqui para poder descansar. Fica tranquila, eu só a olhei dormindo, não fiz nada demais, só usei minha imaginação.
Seus lábios se abrem em um sorriso perverso ao olhá-la de baixo para cima imaginando seu corpo por trás de suas roupas, aquele leve tecido de sua blusa de seda o tira do ar... tanto que ele se perde em seus próprios pensamentos.
Olivia... sem graça, se aconchega na janela olhando para o jardim imenso do lado de fora, vendo homens armados de prontidão. Então cai sua ficha, de que o homem que está a sua frente é mais do que poderoso, ele é perigoso.
– Obrigada por salvar minha vida, mas eu tenho que ir embora.
Ela diz amedrontada ao caminhar lentamente até ele, então ela para vendo outro capanga mais à frente, no corredor.
– Você pode me mostrar a saída?
Ele acorda de seu torpor pegando sua cobra e a colocando de volta em sua caixa de vidro transparente.
– Está com medo de mim? – Ele a pergunta com ênfase em sua voz.
– Eu só quero ir embora.
Voltando para perto dela, ele a puxa, tão dominante como na primeira vez.
Fazendo com que suspire alto por ser pega tão firmemente, em uma mistura de medo e desejo que surgi em seu peito, descendo para seu ventre.
– Engraçado, que... ontem à noite, você não estava com tanto medo assim.
Gloomy vira o rosto de Olivia com suas mãos ásperas, deixando que seus olhares se cruzem quando a prende na parede de sua sala.
– Isso, porquê ontem à noite eu não sabia quem você era, Gloomy...
Diz Olivia com ironia ao apontar para sua arma em seu quadril, nem ela mesma sabe o porquê de atiçar o homem mais perigoso da Itália, só que parece natural toda vez que abre sua boca.
– Danadinha você, lábios de mel. Eu gosto assim, do que me desafia.
Gloomy a beija intensamente mais atraído do que nunca, Olivia não reluta e ao contrário de medo... ela sente um calor subir por sua saia.
Tão devastador como uma tempestade eles se atacam como se o mundo estivesse acabando, deixando o clima bem tenso em meio as carícias trocadas.
Gloomy preenche toda a sua cintura a levantando para e beijando o meio de seus seios, de uma maneira que a faz arfar de prazer.
Quando ele sobe sua saia, a palma de suas mãos encaixam no quadril de Olivia sentindo todas as suas curvas por completo, o deixando louco como um animal selvagem.
– Ai!
Ele geme de dor quando Olivia esbarra em seu ferimento sem querer, ao tentar tirar sua camisa... fazendo-a acordar de suas preliminares.
– Eu não posso!
Diz ela ao se afastar ajeitando suas roupas... envergonhada.
– Ok... Tudo bem.
Gloomy resmunga, ele não esconde sua frustração, mas a respeita o suficiente para cessar seu desejo antes que seja tarde.
Olivia cruza os braços tentando se conter também, apesar de ela não ser o tipo que transa no primeiro dia... seu desejo por ele emana na sala, como o dele por ela.
– Venha, vou te levar.
Ele ajeita agora as suas roupas, abotoando seu elegante terno italiano com listras cinzas, apontando o caminho para fora da sala logo depois.
– Então... Por quê me ajudou?
Olivia o pergunta colocando uma mecha de seu cabelo para trás.
– Porquê você me salvou. Nossa dívida está paga.
Ele diz friamente a ela com suas mãos no bolso ao continuar caminhando por sua casa enorme.
– Não sabia que tínhamos uma dívida, você está mentindo não está?
Ele para bruscamente, ao ver que enfim estão no lado de fora, sentindo-se seguro ele despacha seus capangas para não assustar Olivia com o tamanho das armas.
– Por que eu mentiria pra você? Isso não é um jogo é?
Olivia engole em seco pelo jeito de como ele fala, tudo parece tão sexy saindo de sua voz rouca e grave.
– O que você fez com o homem que me atacou? Ele está bem?
Ela o pergunta desviando do assunto em que estava, escondendo sua timidez.
– Não vai dizer nada? Estou falando com você...
Ela o chama, mas parece que a alma de Gloomy está fora do corpo, procurando por algo na rua que não consegue ver.
– Abaixa, agora!
Ele grita, se colocando na frente de Olivia como um escudo para que ela não se machuque com os tiros vindo de um carro preto que passa por eles.