Capítulo 4 INICIO DO PESADELO

Acordo assustada, imaginando que tudo que eu estou vivendo não passa de um terrível pesadelo e logo vou despertar, com essa terrível sensação, sinto uma tremenda vontade de conversar com Deus.

Helena: _Pai, eu não sei o que será de mim daqui para frente, talvez eu perceba que não sou forte o suficiente para aguentar toda dor que invade meu peito, mas eu te peço que nunca me abandone, faz cumprir na minha vida o teu querer. E u estou sozinha nesse mundo e me sinto tão pequena e sem defesa, mas eu creio que o senhor cuida de mim e sei que ainda tenho um pouco de força, pois o senhor me sustenta e por isso estou aqui _ Do nada lágrimas começam a molhar o meu rosto e começo a soluçar quando imagens da minha mãe e meu pai vem na minha mente, ter essas memórias materializadas faz o meu peito apertar muito forte e de repente vejo que a porta do meu quarto foi aberta e ao olhar para frente, vejo a Júlia em pé na minha frente.

Júlia:_ Bom dia queridinha, e aí como foi a sua noite? Dormiu bem? Eu espero que sim, pois o dia de hoje será bem longo para você _ Ela me olha com sarcasmo e ódio ao mesmo tempo e eu não consigo esconder o meu desespero _Bom, tenho que te revelar algumas coisas antes que você parta para sua nova vida, meu amorzinho.

Helena: Júlia, eu não entendo o porquê de tanto ódio, eu nunca te fiz nada.

Júlia: Realmente, você nunca me fez nada, mas aquela idiota da sua mãe entrou no meu caminho e destruiu meus planos e claro, eu tinha que me vingar, e advinha só? Eu consegui aniquilar com a família perfeita que ela construiu, aliás ainda resta uma integrante da família perfeita e eu prometo que vou cuidar para que essa sofra muito na terra _ Ela fala me olhando e tocando no meu rosto ao mesmo tempo e ouvir todas as palavras proferidas por ela faz as lágrimas voltarem a cair.

Helena: Eu não entendo o que você está dizendo, estou confusa.

Júlia: Tá, eu tenho o prazer de te contar tudo, minha querida Helena _ Ela se senta na minha cama e começa a falar_ Por onde devo começar?... Pelo início, óbvio. Eu tinha 20 anos quando cursava medicina e na minha sala tinha uma menina pobre e ruiva. Eu nunca gostei dela, mas eu lembro que ela entrou lá por transferência e assim que chegou virou o centro das atenções, todos gostavam dela _ Ela faz uma pausa e posso ver que está tentando controlar o seu ódio e eu permaneço calada fitando o chão _ Eu não gostava dela sabe minha florzinha, mas deixava ela se mostrar bastante, mas adivinha só como ela foi tola? Cruzou meu caminho e roubou de mim o amor de um homem sabe?! Eu era completamente apaixonada por ele e do nada a feiticeira apareceu para destruir tudo_ Pude ver uma lágrima cair do seu rosto e essa lágrima era de ódio_ Sim, minha querida esse homem era o seu pai, ela roubou o Eduardo da minha vida e eu chorei por dia, noites, semanas, meses e até mesmo anos. E jurei que iria me vingar da puta da sua mãe.

Helena: Você é louca! Meu Deus, a minha mãe e o meu pai não tiveram culpa de se apaixonar e... _ Ela me corta e continua.

Júlia: Ei, querida não sofra por antecedência não. Deixa eu concluir a história_ Ela dar um sorriso diabólico e acabo me assustando _No início eu pensava que era só fogo de palha e que como todas as outras vezes o Edu iria voltar para meus braços, mas o tempo foi passando e nada disso acontecer e aí eu percebi que tinha perdido o amor da minha vida e isso me doía muito, sabe bonequinha?. E foi aí que eu jurei vingança e comecei a me envolver com pessoas erradas, com tráfico, armas e droga, tudo para conseguir uma vingança. Demorei 10 anos sem aparecer e quando voltei tive a notícia de que a diaba de cabelos vermelho tinha conseguido casar com o Edu e tinham tido uma filha_ Ela passa a mão nos meus cabelos e começa a alisar algumas mechas – ahh minha doce menina, eu fiquei com muita raiva e pensei, vou formular um assalto e roubar a bastarda, mas a mamãe tinha que se meter no meu caminho, em? Aí não teve jeito né? Eu tive que atirar.

Eu começo a me tremer e não consigo acreditar no que ela disse.

Helena: Vo...vo...você está dizendo que ma...ma...matou a minha mamãe? É isso? _ Falo e derramo mais lágrimas.

Júlia: _ Sim querida, eu gosto de você porque é esperta e entende _ Eu acabo perdendo as forças das pernas e caio no chão em desespero, debulhando em lágrimas.

Helena: Não, isso não pode ser verdade, meu Deus porquê? _ Ela se aproxima novamente.

Júlia: Calma princesa, não se precipite tanto, eu nem terminei a história. Após a morte da sua linda mãezinha eu tentei me aproximar do Edu para vivermos novamente o amor e de início até deu certo, mas a bastarda sempre estava no meu caminho e sempre fazia o Edu lembrar dela, nisso a minha raiva só aumentou e eu resolvi elimina-lo, sabe _ Ela diz e eu fico em choque e não consigo mais me mover _ Bom lindinha, eu levei um ano envenenando o seu papai para parecer que ele teve uma morte natural e no fim eu ficar com tudo, as empresas, as ações e as casas. Hahahahahahahaha _ Ela começa a rir, me despertando da profunda loucura que está a minha mente ao saber toda a verdade, não conseguindo mais me controlar, levanto e aproximo-me dela.

Helena: Vagabunda, eu vou acabar com você _ Dou um tapa na cara dela que me olha sem entender _ Eu vou te matar, seu mostro_ Dou outro tapa na cara dela e ela cai e tenta se soltar, mas eu sou mais rápida e sento em cima dela, prendo as mãos dela e começo a desferir tapas no rosto dela a todo momento dizendo _ Esse é pela minha mãe, esse por meu pai e em meio a surra que dou nela, a porta do meu quarto é aberta por um dos seguranças, que me segura pelo braço e me tira de cima dela.

Logo aparece outro segurança que ajuda ela a se levantar e eu fico ali gritando_ Me solta, deixa eu acabar com essa víbora _ A mesma vem na minha direção e me dar um tapa na cara, a força do seu tapa foi tão grande que faz o meu rosto virar.

Júlia: Você vai pagar caro pelo que fez, sua bastarda. Não sabe o que te aguarda, o seu fim está bem próximo. O Terror vai te destruir, você vai acabar como uma puta usada por um trafica _ Ela me olha de uma forma diabólica.

Helena: Isso nunca vai acontecer, eu não quero.

Júlia: Sua sorte é que o Terror é bonito e eu fui boazinha para você e te vendi para um homem novo, mas você merecia ser brinquedinho de velho.

Eu começo a chorar desesperadamente e ela se retira do meu quarto junto com seus seguranças, fechando a porta.

Helena: Não Deus... Por favor, não permita que isso me aconteça, eu estou com tanto medo.

As lágrimas rolam sem parar e eu me encolho em um canto.

            
            

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