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"Ok, por essa eu não esperava"
Continuaram conversando, mesmo quando todos estavam quase dormindo, durante o caminho de volta.
Maryse foi a primeira a se despedir dos amigos, só com um aceno. Valentina se despediu da amiga com um abraço, e do Mark, com um beijo no rosto. Eve e Mark continuaram com o seu caminho até chegarem na casa da Eve.
- Obrigado pela noite, Eve. Foi bem legal. - disse Mark, quando Eve já estava prestes a entrar em casa.
- Que nada! Eu que tenho que agradecer. Se não fosse pela sua ideia brilhante, nunca teríamos saído para nos divertir. Obrigada. - e dá um abraço carinhoso nele e depois ela o solta.
- Então... Até segunda. - disse o Mark, já se afastando de Eve.
- Até. - disse Eve, entrando em casa. Ela fecha a porta, encosta nela e suspira...
- Eve, como um cara lindo como ele anda com você e suas amigas? - disse Kelly, assim que Eve fechou a porta. Eve pula de susto.
- Por que você não está dormindo? Quer me matar de susto? - disse Eve, procurando controlar sua respiração.
- Eu estava, mas quando ouvi a porta se abrir, acordei e desci correndo para falar com você.
- Você não acha que está muito nova para pensar nessas coisas?
- Já tenho 14 anos. Preciso saber dessas coisas para o meu crescimento emocional. Ano que vem faço 15.
- Tudo bem, mas amanhã eu te conto, pois agora estou morrendo de cansaço e vou dormir.
Eve estava se arrumando para dormir, no banheiro, quando se vira e dá de cara com o Mark. Pula de susto e pergunta:
- O que está fazendo aqui? Como entrou aqui? Está tudo bem?
- Queria falar com você. Entrei pela janela. Sim.
- O que quer falar?
- Que essa noite foi inesquecível para mim. Realmente gostei da balada e... - Mark a puxa para junto do seu corpo. Os dois se olharam nos olhos. Eve se sentiu embalada pelo abraço do Mark. Seu corpo ficou mole. Mark a pega e a leva para a cama. A deita e Eve fala ainda embalada por ele.
- E... - disse ela ainda perdida no olhar do Mark, que se encontrava em cima dela.
- Quero que saiba uma coisa.
- O quê? - ele continuou a olhá-la e foi aproximando o rosto. Cada vez mais perto, mas quando estava perto o suficiente para beijá-la, ele cai no chão desacordado, tremendo todo o corpo.
- Mark! - disse Eve, se sentando rapidamente e ofegante na cama - Foi só mais um sonho estranho, mas, não parece ter sido exatamente um sonho. Será que são premonições? Será que é só uma resposta para eu entender o que sinto realmente pelo Mark? Seja o que for, ainda vou descobrir.
Segunda chegou e Eve foi para a escola em companhia do Mark. Eve ficou surpresa, pois nunca acabava o assunto entre eles.
- Estava pensando de irmos para algum lugar. Suas amigas e meus irmãos, juntos, para eles se informarem...
- Como?
- Digo. Conhecerem mais a cidade. Nunca saímos muito de casa com gente nova.
- Ótima ideia! Minhas amigas vão adorar, mas acho melhor nos apressarmos, senão perdemos a hora.
- Vamos.
Mark e Eve chegaram à escola, Maryse e Valentina a esperavam na entrada. Não ficaram surpresas quando viu os dois chegando juntos. Mark assumia isso de primeira.
- Amiga, pelo jeito o Mark decidiu vir sempre com você. - disse Maryse, admirada.
- É. Sempre vem comigo. É muito legal ter companhia para vir. Ele sugeriu de chamar os irmãos para uma saída junto com a gente. O que acham?
- Demorou! Lógico que sim. Quando? - disse Valentina totalmente empolgada.
- Seria melhor depois que as provas acabarem, o que não falta muito. - disse Eve, não vendo a hora desse momento chegar.
- Ainda bem que estamos administrando bem estudos com trabalho. - disse Maryse, surpresa consigo mesma.
- É, mas agora vamos para a aula. - completou Eve, subindo com suas amigas. Mark já estava na sala quando chegaram.
Essa aula não havia sido um tédio, pois era Física e a turma foi para o laboratório. Mark, Eve, Maryse e Valentina formaram um grupo para fazer o experimento. Eve se surpreendia com o Mark a cada dia que passava, e ficava mais intrigada com ele. Mark estava adorando tudo o que estava aprendendo, principalmente ao lado de Eve.
- Mark, você gosta de todas as matérias? - perguntou Eve para o amigo, ainda na aula de Física.
- Gosto de um pouquinho de tudo.
- Percebi. Não vejo a hora de ver minhas notas.
- Só vão ser notas boas.
- É o que espero.
A aula termina e vão todos para o shopping. Nesse dia, tiveram que estudar para Química e, no dia seguinte seria a prova de Biologia. Estudaram quase tudo de Química no cinema. Não finalizaram, porque foi um dia muito agitado. Era estreia de um filme que era muito esperado. Acabaram finalizando na sala, na aula do outro professor, que não tinham prova. O professor não ligou, desde que eles não atrapalhassem a aula. Prometeram e estudaram. Eles usaram, também, o intervalo para estudar um pouco da outra matéria: Biologia.
A semana de prova, então, acabava, e agora as provas seriam entregues. As meninas receberam belas notas, assim como Mark. Não receberam uma única nota vermelha. Para comemorar, eles decidiram, na sexta, ir para o parque no domingo, pois não trabalhariam no final de semana.
Ainda na mesma sexta, Mark chegou em casa e foi recebido pelo irmão mais velho, que não parecia zangado.
- O que foi? O que foi que eu fiz?
- Mark, precisamos conversar.
- Sobre...
- Sei que você anda trabalhando, mas não acha que é muita pouca área que está cobrindo? - Mike não falava enfurecido. Falava como um bom irmão, o que deixou Mark muito surpreso.
- Eu não acho isso. Estou fazendo a outra parte da missão.
- Mas ainda não chegamos lá. Quem pediu para você fazer essa parte? Ainda estamos na primeira. - disse Mike, olhando mais sério para o irmão. Mark não conseguia continuar a mentir para o irmão, quando o olhava daquele jeito.
- Ok. Eu não estou fazendo exatamente a segunda parte da missão. Tenho ajudado uma humana nos estudos e nos problemas de casa. Também saí um dia com ela e com suas amigas. - disse, não alterando a frieza em sua voz e olhando para o chão, sentado no sofá.
- Não deixamos bem claro que não era para você se misturar com essa gente? - disse Mike, ficando subindo seu tom de voz.
- Mas, por quê? Elas são legais, nunca contariam a verdade se descobrissem. Você devia conhecê-las, antes de julgá-las. - disse, ficando bravo e se levantando, o que o deixou 'cara a cara' com o irmão.
- Não preciso conhecê-las para saber o que fazer. Você tem que se afastar dela, antes que você não possa mais se controlar. É isso que eles fazem, fazem perdemos o controle de nossas escolhas. É por isso que temos que concluir nossa missão. É o que nossos pais querem de nós.
- Mas, a primeira parte da missão já está quase concluída. Você já conseguiu muitas informações. Não é o suficiente? - disse Mark, se afastando um pouco do irmão, mas ainda zangado.
- Não. A Terra pode ser pequena, mas tem muita coisa que os humanos ainda não descobriram. Temos que arrancar até a última informação daqui.
- Puxa da Internet. Lá tem tudo. Não precisam de mim.
- Podemos até puxar, mas é preciso provas. Então, pare de pensar que nossa missão está quase no fim, pois ainda nem chegou no meio, e se afaste dessa humana, antes que eu tenha que eliminá-la.
- Não vou permitir que toque um dedo em um único fio de cabelo dela. Fique avisado! Vou lutar até o fim por ela. - disse Mark, indo para o seu quarto e se trancando, com a raiva à flor da pele.
- Viu? Ele não tem mais controle. Os sentimentos deles estão totalmente liberados. Tenho que tomar providências.
- Ainda não, Mike. Espere ele se acalmar antes de fazer qualquer coisa. Talvez ele tenha falado aquilo por você estar sempre o pressionando. - disse Matt, tentando acalmá-lo.
- É bom que você esteja certo, pois não posso pôr nossa missão em risco, por causa do Mark. Ninguém quer que isso fracasse. Seríamos liquidados se a missão não for concluída.
- Você está disposto a matar seu próprio irmão, se ele colocar nossa missão em risco?
- Eu não falei isso.
- Mas pensou.
- Espero não precisar chegar a esse ponto.
Domingo chegava. Era o dia que eles tinham combinado de irem ao parque de diversão. Mark falou que os irmãos deles não viriam, pois tinham muito que fazer.
No parque, foram em várias atrações. O primeiro que foram, foi à montanha-russa e, logo em seguida, no "splash". Ficaram encharcados, mas se divertiram muito. Eve estava mais feliz que nunca, pois a situação financeira dos pais estava melhorando e ela já se acostumava a trabalhar. Sua mãe também arrumou um emprego em Home Office intercalado com dia nos escritórios em uma nova contabilidade que inaugurou a poucos dias. Mark ficou muito impressionado com tudo que via. Cada faceta que os humanos faziam para se divertirem! Chegou a andar em quase tudo. Ele parecia uma criança, que nunca havia ido a um parque de diversões antes.
- Você parece que nunca veio aqui? - disse Eve no momento em que Maryse, Valentina, ela e Mark estavam na roda gigante.
- Nesse estilo, nunca.
- Nossa! Você fica mais interessante a cada momento que passa conosco. - disse Eve, não conseguindo tirar os olhos dele.
Mark estava começando a sentir dor no pescoço e se vira para Eve, que também estava começando a sentir dor no braço.
Eles ficaram no parque até quase fechar. Foram embora alegres. Eve já estava começando a se despedir do Mark com um beijo no rosto.
Dois meses se passaram, Eve e Mark estavam mais amigos do que nunca. Não só ela, mas também Valentina e Maryse. Eve sempre dava uma parte do seu dinheiro para os pais. Isso já estava ajudando a cobrir boa parte da conta negativa deles. O trabalho no cinema já estava ficando mais prático. Agora, se enrolavam menos com as máquinas. A mãe de Eve estava mais orgulhosa do que nunca com sua filha, pois ela conseguia associar trabalho com escola e ainda manter suas boas notas. Isso estava tocando profundamente os pais. Agora brigavam menos.
Mesmo depois desses meses, Eve ainda não sentia mais do que amizade pelo Mark, apesar de seus sonhos com ele ficarem cada vez mais intensos. Isso a vez pensar que estava começando a gostar dele mais do que um bom amigo. Tinha algo a mais, mas não achava que era amor. Chegou a comentar com suas amigas quando estava longe do Mark. Elas diziam: "Você gosta muito dele amiga, admita". Até que, em uma sexta-feira, quando suas amigas não haviam ido para a escola, Eve recebe um convite inesperado de Mark.
Estavam na saída da escola, quando Mark barra o seu caminho e fala:
- Você aceita sair comigo?
Eve ficou espantada. Ela nunca pensara que algum dia o Mark faria isso. Lembrava ainda hoje do garoto que se sentava isolado dos outros e não tinha amigos. Ela tinha ficado impressionada com o quanto o Mark mudara desde que começara a andar mais com ela. Então, ela respondeu:
- Hum... Ok, por que não?
- Legal! Então, te pego amanhã às oito em ponto na sua casa.
- Até lá. Mas vamos a onde?
- Decidimos na hora.
- Então vou ter que por uma roupa meio termo?
- Hum...Acho que sim? Tchau. Nos vemos amanhã.
- Tudo bem. Tchau.
O fim do dia passou rapidamente. Suas amigas e Mark foram trabalhar com ela, mas Eve ainda não conseguiu contar para as amigas o ocorrido. E no dia seguinte, Eve passou a manhã toda de sábado escolhendo uma roupa.
Perto do horário de sair, Eve toma um banho e depois se veste. Kelly chega e pergunta:
- Onde vai?
- Sair com o Mark. – disse timidamente, olhando para o chão, brincando com os dedos e sorrindo.
- Olha minha irmã. Arrasando corações!
- Para Kel. Deixa eu terminar de me arrumar. O Mark já que chega. – e não deu outra. Dez minutos depois, Eve ouve uma buzina de carro em frente a sua casa. Desce correndo as escadas, se despede da mãe e da irmã, e sai correndo para encontrar com o Mark, que a esperava encostado em um carro esportivo preto.
- Você está linda. – disse ele a cumprimentando.
- Que nada. Eu só peguei meu vestido preto preferido, de frente única, e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo.
- Mas continua linda!
- Obrigada. – disse Eve ficando meio envergonhada – Você também está lindo.
- Obrigado. Vamos indo?
- Vamos. - disse Eve, entrando no carro. Mark fechou a porta e entrou no banco do motorista. Ele estava com um jeans não muito largo e uma camisa polo verde. Depois de andar um pouco, Eve pergunta:
- Para onde vamos?
- Para onde quer ir? Para um cinema ou para um jantar?
- Elegante?
- Não sei se estamos muito apropriados para a ocasião.
- Pensava em uma lanchonete.
- Como é nossa primeira saída, vamos para o cinema e depois tomamos um sorvete. O que acha?
- Está perfeito. Então, vamos. - fez-se um minuto de silêncio. - Suas amigas sabem que eu te chamei para sair?
- Não. Ainda não.
- Esqueci que você conta tudo para elas. – disse o Mark quase se divertindo com o comentário.
- Isso mesmo. - disse Eve rindo do momento. Mais um minuto. - Onde conseguiu o carro?
- Temos em casa. Quase nunca usamos.
- Carteira de motorista?
- Tirei ano passado. - responde ele rindo do comentário. Uma risada leve e gostava. Uma risada que fez os sentimentos da Eve subirem, a levando a lembrar dos sonhos com ele. Seria ele quem ela sempre procurou?
- Qual filme vamos assistir? - perguntou Eve. Eles se encontravam na frente dos cartazes do cinema, decidindo o filme que assistiriam, até que optaram por um de terror, pois ambos gostavam. Compraram os ingressos e a pipoca. Essa visita ao cinema os fez lembrar-se do trabalho, mas era sábado e eles não trabalhavam.
- Você está bem? – perguntou Eve para o Mark antes de entrarem na sala do cinema, já com as pipocas e refrigerantes.
- Sim, por que a pergunta?
- Parece que você está meio trêmulo.
- É o nervosismo. É que eu nunca saio com ninguém, além de meus irmãos. Você é a primeira.
- E as nossas saídas com minhas amigas? Não conta?
- Acho que formulei a resposta errada. É a primeira vez que saio só com você.
- Estou honrada do mesmo jeito. Obrigada.
- Você está vermelha.
- Para. Vamos assistir ao filme.
- Eu gosto quando você fica dessa cor.
- Vamos. - disse ela, seguindo na frente com um sorriso no rosto, de orelha a orelha. Entraram na sala do filme.
Esse foi um filme onde tudo começa tranquilo, mas depois deixam o espectador ficar com medo. Foi nesses momentos que Eve grudava no Mark e um calor, junto com arrepios, subia pela sua coluna. Suas entranhas ficavam se remexendo. Procurou o seu autocontrole para não sair correndo de lá e se refrescar. Esperou que o filme acabasse. Quando isso aconteceu, eles se desgrudaram e saíram.
- Nossa! Esse filme foi de apavorar. - disse Eve, finalmente relaxada.
- É.
- Mas, gostei. - olhando para ele, pois, até o respectivo momento, ela estava olhando para frente. - Você está suando.
- É o calor. Vou lavar o rosto. - ele vai e não demora a voltar ao encontro dela.
- Vamos tomar o sorvete?
- Vamos.
Tomariam os sorvetes no shopping mesmo, mas optaram pelo sorvete por quilo. Escolheram o que tomariam e se sentaram. Conversaram mais um pouco a respeito do filme e de outras coisas. Assim que terminaram, deram uma volta pelo shopping e foram embora. Mark a levou para casa. Quando chegaram, ele abriu a porta para ela sair.
- Bom, chegamos. - disse Eve, decepcionada, pois queria que a noite não terminasse.
- É mesmo.
- Bom, até segunda. - disse Eve, meio cansada pela longa noite que passara, pois já era quase meia noite. Com isso, Eve se desequilibrou e caiu nos braços fortes do Mark. Os dois se olharam nos olhos. O mundo sumiu ao redor deles. Só eles existiam. Os rostos foram se aproximando, os lábios mais perto, os olhos se fechando, mas, de repente, tudo voltou com uma voz dizendo:
- Filha! Vem logo. – gritou a mãe da Eve da porta.
- Já vou. – disse Eve ainda nos braços do Mark, olhando-o nos olhos – Onde estávamos mesmo? – e fechou os olhos.
- Acho melhor você ir. Está exausta. Nós nos vemos na segunda. Boa noite – e dá um rápido beijo na bochecha da Eve e segue para o carro com passos apressados.
- Ok. Tchau. – disse Eve totalmente desnorteada, ainda meio em transe pelo o que havia acontecido.
Mark chegou a sua casa. Mike estava dormindo e Matt o esperava.
- Por que demorou? Hoje você não trabalha. Onde andou? Hoje o Mike ficou o dia inteiro fora de casa e quando chegou foi dormir direto. Ele vem se esforçando em dobro para cobrir a sua parte.
- Eu quase beijei a Eve. - disse o Mark sem ter prestado atenção e uma única palavra do irmão. Ele chegou sentando com tudo no sofá, em completo choque.
- O quê? Você anda se encontrando com a menina ainda?
- Não consigo ficar mais longe dela. A quero nos meus braços. - disse ele agora olhando para o irmão.
- O Mike não falou para você se afastar dela?
- Falou, mas não posso. Muito menos agora, que ele está a ameaçando.
- Você não tem jeito mesmo, Mark. Desde pequeno você era o mais rebelde dos três. Agora que cresceu, está pior. O que vamos fazer com você?
- Me deixa viver minha vida em paz. - disse o Mark, ficando enraivecido.
- Não vou falar mais nada. Só quero saber mais uma coisa, você não a beijou, não é?
- Não.
- Ainda bem, pois não sabemos o que pode acontecer. Vamos deitar. Amanhã temos muito trabalho pela frente. Temos um centro de pesquisa para estudar amanhã.
- E por que eu tenho que ir? Vocês dois não dão conta não?
- Você sabe muito bem porque você precisa ir conosco, Mark. Espero que não tenha esquecido que essa vida que você está começou por conta da nossa missão. - e o Matt foi para o quarto, deixando o Mark sozinho com seus pensamentos, o fazendo lembrar de sua verdadeira identidade.
Segunda chegou e o Mark amanheceu meio sonolento, para a surpresa dos irmãos. Ele era quem acordava primeiro e muito empolgado para ir para escola. Matt foi quem teve que acordar o irmão.
Mark foi pegar Eve em casa, como sempre fazia, e às 06h45 lá estava ele esperando a Eve.
- Bom dia, Mark. Tudo bem?
- Tudo e você?
- Tirando a bronca que levei da minha mãe, pelo horário que cheguei em casa no sábado, tudo certo. O que fez no domingo?
- Dei uma saída com os meus irmãos.
Chegaram à escola e a aula começou. Eve até que se concentrou na aula, mas quando o professor parava de explicar a matéria, Eve dava uma olhadinha no Mark. Porém, ficou surpresa, pois o menino estava de cabeça baixa entre os braços na carteira. Ele estava dormindo, o que nunca fazia.
- Como eu estava dizendo, não é Mark? - disse o professor, aumentando o tom de voz, fazendo Mark levantar a cabeça, com tudo, e acordando. Eve, então, conseguiu ver o rosto do menino. Ele estava suando um pouco.
- Desculpe professor.
- Quer lavar o rosto?
- Não. Já acordei.
- Tudo bem. Como eu ia dizendo... - e continuou a aula. Eve pegou um papel e escreveu para as amigas.
...Acho que o Mark não está bem...
E passou para a Valentina, que respondeu:
....Por que acha isso? É normal dormir na sala....
....Mas ele nunca dormiu em aula antes e não viu como ele está pra baixo e suando?...
....Vi, mas pode ser o calor, que deixa qualquer um assim. E essa aula não ajuda muito os alunos a ficarem acordados....
...Mas na aula de Física e ainda com o professor passando simulações. Todos estão animados com a aula...
...É. Pode ser...
Deu a hora do intervalo e Eve encontrou o Mark, mas ele estava diferente do que ela viu na sala. Estava pior. Ele estava com a aparência de cansaço e nariz meio avermelhado.
- Você está bem?
- Não sei. Nunca senti tanto cansaço antes.
- Percebi. Você não conseguia manter os olhos abertos na sala.
- Eu sei, mas... - ele não termina a frase e desmaia aos pés de Eve.
Respostas estão para serem encontradas e no momento que menos esperavam. As férias de Julho se aproximam.