Grávida do Chefe da Máfia
img img Grávida do Chefe da Máfia img Capítulo 4 Grávida do Chefe da Máfia
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Capítulo 6 Grávida do Chefe da Máfia img
Capítulo 7 Grávida do Chefe da Máfia img
Capítulo 8 Grávida do Chefe da Máfia img
Capítulo 9 Grávida do Chefe da Máfia img
Capítulo 10 Grávida do Chefe da Máfia img
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Capítulo 4 Grávida do Chefe da Máfia

Alina abriu a janela de trás e se inclinou para fora. Depois da caixa surpresa com o nome

dela e sua saída para o bar há duas noites, Nikolai tinha ficado ainda mais rigoroso. Nada de

sair. Para piorar as coisas, ele não estava por perto para lhe fazer companhia. Se não fosse por

Danik e Iyanna, ela teria sido forçada a cavar um túnel para fugir.

"O que diabos você está fazendo?" Nikolai rugiu.

Ela apenas sorriu enquanto ele saía do carro. Seu rosto era uma mistura de pânico e raiva.

Para irritá-lo ainda mais, ela se abaixou e balançou as pernas para fora. Segurando

cuidadosamente no parapeito interno da janela, ela se sentou na borda e balançou os pés.

"Só estou tomando um pouco de ar fresco!", gritou alegremente.

- Não se mexa! Estou indo."

Confusa, ela observou enquanto ele correu para dentro. Por que diabos ele lhe disse para

não se mover? Ela esperava que ele gritasse com ela para voltar para dentro. Quando a porta de

seu quarto se abriu e bateu na parede com um estrondo, ela girou a cabeça, mas os braços de

Nikolai já estavam ao redor dela enquanto ele a puxava para dentro.

"O que você está fazendo?", ela rosnou. Ele a deixou cair na cama. "Você poderia

simplesmente ter me pedido para entrar."

"Eu não queria que você caísse. Eu devo te proteger. Como diabos eu vou explicar que você

se jogou de uma maldita janela?", ele chiou.

Alina revirou os olhos e saiu da cama. "Então afirmo a você que meu equilíbrio é excelente.

Se você quisesse me tocar de novo, tudo o que precisava fazer era pedir".

Seus olhos ficaram sombrios imediatamente, mas ele não mordeu a isca. "Explique esse

truque. Você está tentando me irritar?"

"Nikolai, nem tudo o que faço é por sua causa", disse ela friamente. "Como eu já disse, eu

estava tomando um pouco de ar fresco. Sua nova proibição de me manter dentro de casa me faz

querer arrancar os cabelos. Honestamente, você vai precisar me deixar sair em algum momento."

"Não é seguro."

"Eu sei disso. Você nunca me deixou esquecer. Nikolai, não é que eu queira morrer ou que eu

não aprecie o que você está fazendo por mim, mas estou enlouquecendo. Eu usaria sempre um

colete à prova de balas e carregaria um escudo se você quisesse, mas eu preciso sair desta casa.

Eu preciso sair da propriedade e me sentir como uma pessoa normal por apenas alguns minutos."

Ele abriu a boca, e ela sabia que ele diria não, mas em vez disso ele apenas suspirou e

balançou a cabeça. "Fique longe das janelas, Alina. Eu vou ver o que posso fazer sobre talvez nós

sairmos para comer hoje à noite."

Quando seu coração acelerou um pouco, seus olhos se arregalaram. "Nós? Juntos?", disse

ela, com dificuldade.

"Você não pensou que eu a deixaria sair sozinha, não é?" Ele perguntou. O brilho de

irritação em seus olhos desapareceu, e ele sorriu lentamente. "Você não sai desta casa a menos

que eu esteja do seu lado. Então, se você quiser sair esta noite, você deve esperar um jantar íntimo.

Comigo."

Incapaz de dizer qualquer coisa, ela apenas assentiu com a cabeça. De repente, sua noite

for a de asa para tomar um ar fresco parecia estar se transformando em um encontro.

Com Nikolai.

Talvez ficar dentro não fosse uma má ideia. Ela estaria mais segura. Havia um homem

querendo matá-la.

"Se você mudar de ideia, querida, me avise."

Ele fechou a porta silenciosamente atrás dele, mas ela ainda estava com a atenção voltada

para a palavra afetuosa.

Querida.

Ela estava preocupada com muita coisa, e não tinha nada a ver com o assassino de seu pai.

* * *

Poucos minutos antes de saírem para o jantar, houve uma batida em sua porta. "Alina?"

Sussurrou Iyanna. "Alina, sou eu!"

Preocupada, Alina abriu a porta e franziu a testa. "O que há de errado?"

A moça se endireitou e sorriu. "Errado? Por que você acha que algo está errado?"

"Você está sussurrando".

"Ah. Desculpa. Eu não tinha certeza se Nikolai estava por perto."

Alina abriu mais a porta e deixou a moça entrar. "Você não deveria estar aqui? Por que

importaria se Nikolai estivesse aqui?"

"Eu não queria interromper nada. Achei que vocês dois se divertiriam um pouco antes de

sair...sabe... se divertiriam um pouco.

"Iyanna!" Alina ofegou. "Você é muito jovem para pensar sobre esse tipo de coisa. Não

estamos nos divertindo. Nós não vamos nos divertir. Vou jantar fora para não acabar

enlouquecendo, e Nikolai vai se assegurar de que ninguém tente me matar. Isso não é um encontro".

A criada sorriu para ela. "Então por que você está usando uma blusa preta rendada e bem

decotada e uma saia que está abraçando todas essas curvas."

Corando, Alina caminhou até o espelho e olhou para o seu reflexo. Era verdade que ela

tinha tomado alguns cuidados extras com sua roupa. "Não tem nada a ver com Nikolai. Eu sinto que

estou prestes a ser liberada. Então não me julgue se eu quiser usar algo bonito na minha noite de

liberdade."

"Certo." Os olhos de Iyanna se iluminaram com alegria. "Nikolai é um gato, e eu vi o modo

como vocês dois se olham. Se vocês passarem a noite sem ao menos um beijo, eu vou sair e

comprar jantar para você todas as noites por uma semana."

Alina jogou a cabeça para trás e riu. "Sua mãe é uma boa cozinheira."

"Fala sério. Nikolai só a mantém por perto porque tem medo dela."

"Iyanna, você vai ter que me trazer jantares de vários lugares da cidade, porque eu não me

sinto atraída por Nikolai", Alina mentiu.

"Sei", a jovem disse, cética, uma segunda vez. "Então, se você admitir que a noite acabou

ficando quente, você tem que limpar a cozinha por uma semana."

Alina olhou para ela, e Iyanna estremeceu. "Minha mãe odeia ver uma única migalha no

chão. Você vai praticamente ter que lamber o chão para limpá-lo."

Alina pegou o brilho labial na mesa. "Mais uma razão para me manter longe dele."

"Diz a mulher que está passando gloss." Iyanna piscou para ela. "Vai ser legal ficar longe da

cozinha por uma semana."

"Sua atrevida", Alina murmurou, mas Iyanna já longe da porta e rindo. Não havia chance de

que Nikolai a tocasse. Quando ela admitiu que era virgem, ele se afastou o mais rápido que pôde.

O que quer que ele estivesse planejando para aquela noite, não tinha nada a ver com beijá-la.

Nem com fazer qualquer outra coisa com ela.

"Alina?"

Virando-se para a nova voz, Alina baixou o brilho labial. "Danik. Você me assustou", ela

disse enquanto levava a mão ao peito.

"Me desculpe", ele disse enquanto limpava a garganta. "Sua porta estava aberta. O Sr.

Sokolov está esperando por você no carro".

"Esperando por mim no carro?" Ela torceu o nariz. "Que romântico."

"Você queria que fosse romântico?"

Franzindo a testa, Alina virou e pegou sua bolsa. "Isso não tem nada a ver com romance,

Danik. Eu só quero ficar longe desta propriedade sem se preocupar se Nikolai vai me matar. Teria

sido educado se ele tivesse vindo pessoalmente, mas é culpa minha pensar que Nikolai Sokolov

poderia ser educado".

Danik bufou, mas não disse nada enquanto descia as escadas. Nikolai nem sequer teve a

decência de esperar do lado de fora do carro. Ele estava no carro e olhando para o relógio com

impaciência.

"Você vai ser desagradável a noite toda?" Ela perguntou com os dentes cerrados.

Ele só precisou de um olhar para ela para que um sorriso se espalhasse lentamente sobre

seu rosto. "Ah, eu tenho a sensação de que podemos tornar esta noite muito agradável para você."

Olhando para ele, ela deslizou para dentro do carro. "Não se preocupe em tentar me

seduzir agora. Você teve sua chance."

"O que diabos faz você pensar que eu quero te seduzir?"

"O que você quer dizer? Eu vi a forma como você estava olhando para mim."

"E como eu estava olhando para você?"

O carro começou a andar, e ela imediatamente se virou e olhou pela janela. "Eu não quero

mais falar sobre isso. Eu só quero ter um bom jantar longe de sua casa. Você poderia ter enviado

alguns de seus guardas. Ou talvez Timur e Kristof? Lembra deles? Meus amigos que você afastou?"

"Eles não são seus amigos, Alina. Eles eram homens de seu pai e agora eles são meus

homens. Quando eu precisar que eles voltem, vou fazê-los voltar. Agora aproveite sua noite for a

de casa tente aproveitá-la tranquilamente."

Isso não seria fácil com ele tão perto. Irritada, Alina se mexia, movendo-se no assento,

cruzando e descruzando as pernas continuamente. Ela tinha achado que Nikolai iria escolher um

lugar perto, mas demorou quase meia hora para chegarem ao destino.

"Cruzaks?" Ela perguntou enquanto estacionavam. Cruzaks, a nova churrascaria do lugar,

era o lugar mais comentado da cidade. "Mas esse lugar não deve abrir até a próxima semana".

"Alguém me devia um favor", disse Nikolai. "Vai ser mais fácil ficar de olho em tudo sem uma

centena de pessoas circulando pelo lugar."

Os sentimentos calorosos escaparam dela assim que ela saiu do carro. Era bom que Nikolai

estivesse tão vigilante sobre sua segurança, mas teria sido bom se ele tivesse feito algo gentil

porque achou que ela fosse gostar.

"O que foi? ", ele perguntou quando viu o rosto dela. "O que há de errado agora?"

"Nada", ela conseguiu dizer enquanto sorria para ele. "Isso é ótimo. Obrigada."

Ela manteve o queixo erguido enquanto passava por ele, mas ele estendeu a mão e pegou

na sua. "Foi um favor muito grande eu ter ligado e arranjado tudo para que você pudesse ter

acesso a isso", ele sussurrou em seu ouvido. "Então, da próxima vez que você sorrir esta noite, é

melhor que seja verdadeiro."

Incapaz de olhar em seus olhos, ela apenas concordou com a cabeça e puxou sua mão de

volta. O motorista abriu a porta do restaurante e Alina sentiu seus problemas desaparecerem. O

lugar era magnífico. Luzinhas decorativas desciam pelas paredes e pequenos lustres cintilavam do

teto. Fontes que faziam a água fluir em pequenos canais iluminados davam privacidade entre uma

mesa e outra. Toalhas brancas enfeitavam mesas redondas e velas dançavam dentro de enfeites

de vidro.

"Meu Deus", ela sussurrou quando seu queixo caiu.

"Bem-vindos!" Um homem de estatura baixa rapidamente correu até eles com os braços

abertos. "Bem-vindos ao Cruzaks! Eu sou o gerente, Gavin. Ficamos lisonjeados pela presença de

vocês para a nossa pré-estreia! De acordo com as instruções do Sr. Sokolov, não estamos

totalmente equipados, mas estou confiante de que podemos satisfazer todas as suas necessidades!

E posso dizer, minha querida, que você está encantadora".

"Não, você não pode", Nikolai o cortou. "E confio em você para manter esta noite tranquila."

"Sim, senhor. Os funcionários acham que vocês são críticos gastronômicos. De quantas mesas

você vai precisar esta noite?"

"Uma, para a senhorita e eu. Uma mesa de canto próxima aos fundos, por favor. E três

perto da porta e janelas para os meus homens".

"E eles vão comer?" Alina perguntou rapidamente.

Nikolai lhe deu um olhar divertido. "Sim, Alina. Vão comer".

Ela imediatamente relaxou. "Tenho certeza que esta noite será maravilhosa. Obrigada,

Gavin".

O gerente assentiu e os levou até a sua mesa. Alina ficou rígida quando sentiu a mão de

Nikolai na parte de trás das costas, mas ele não lhe deu nenhuma escolha enquanto a encaminhava

suavemente para a parte de trás do restaurante.

"Posso começar com uma garrafa de vinho?"

"Sem vinho", disse Nikolai rapidamente.

"Na verdade", Alina disse enquanto lançava um olhar sério para Nikolai. "Eu adoraria uma

taça de merlot."

"Sim senhorita. Será um prazer. Eu também serei o seu garçom esta noite, então voltarei em

breve. Por favor, me avisem se tiverem alguma dúvida. Eu explicaria qualquer item do meu com

prazer."

Gavin se curvou e se afastou rapidamente. Alina deslizou para um lado do assento e olhou

para Nikolai, enquanto ele rapidamente sentou bem próximo dela. "O que você está fazendo?"

"Sentando".

"E por que você não está sentando do outro lado?"

"Mais fácil para eu te proteger".

Aquilo provavelmente fazia sentido. Ela engoliu seco e tentou se concentrar no menu. Sua

presença era difícil de ignorar. O calor emanava dele, e seu cheiro invadiu seus sentidos. Ela não

queria nada mais além de se apoiar contra ele e apenas relaxar.

A simples imagem disso em sua cabeça a deixou nervosa.

"O que você quer?" Ele sussurrou em seu ouvido.

"O quê?" Ela se endireitou e tentou se aproximar da parede.

"Para o jantar, Alina. O que você quer jantar?"

"Certo." Ela mordeu o lábio inferior e tentou se concentrar. Ela vestiu aquela roupa para que

pudesse passar a imagem de uma sedutora confiante, mas quanto mais perto ele chegava, mais

seu cérebro se perdia. "Não tenho certeza. Tudo parece tão bom".

"Não tenho dúvidas de que será excelente." Ele parecia falar de algo além da comida.

Céus. Ela não tinha dúvida de que seria excelente. Desejando aquela taça de vinho

desesperadamente, ela ficou aliviada quando Gavin apareceu. Murmurando sua oração de

agradecimento, ela deu um grande gole na taça e tentou ignorar o olhar direto Nikolai lhe dava.

"Então, o que eu posso oferecer a vocês esta noite?"

"Parece que vamos precisar daquela garrafa de vinho", disse Nikolai secamente. Ela estava

prestes a contestar quando ele teve a petulância de pedir por ela.

"O que diabos foi isso?" Ela soltou quando Gavin se afastou.

Ele encolheu os ombros e se inclinou para trás. "Se eu deixar você mesma fazer o pedido,

você vai levar o dia todo. Você nunca parece saber o que quer, Alina".

"O que eu queria era uma noite tranquila para me divertir", ela murmurou suavemente. Assim

que as palavras saíram de sua boca, ela sentiu uma onda de culpa. "Sinto muito, Nikolai. Tenho

certeza que organizar isso não foi fácil. Estou realmente impressionada."

"Que bom. Eu estava torcendo para que você ficasse."

"Mesmo? Você queria que eu ficasse impressionada?"

Desta vez, foi ele quem desviou o olhar. "Não fique com a impressão errada, Alina. Só quero

que você se divirta. Você é mais fácil de lidar quando está feliz".

Ela fez um som de repulsa e pegou o vinho novamente. Justo quando ela pensou que

poderia ser agradável novamente, ele teve que abrir sua boca grande e acabar com tudo. "Por

uma noite, eu queria esquecer que alguém estava tentando me matar. Isso é pedir demais?"

Ele virou a cabeça e lançou a ela um olhar penetrante. "É por isso que você tentou se jogar

pela janela?"

"Pelo amor de Deus, Nikolai, eu estava sentada na janela. Eu estava perfeitamente bem. Eu

não estava tentando me matar."

"Por que não me disse que estava inquieta?"

"Fugir no meio da noite para ver a minha melhor amiga já não foi o suficiente para você

perceber?"

"Adolescentes rebeldes fogem no meio da noite, Alina. Olha, eu sei que você está infeliz, mas

você precisa confiar em mim. Deixe-me fazer o meu trabalho, e tudo isso logo vai acabar."

"Seu trabalho? Nikolai, você é um chefe da máfia. Você não é um investigador. Você não é

um guarda-costas. Por que eu deveria confiar em você para me proteger?"

Por um momento, ela pensou ter visto um olhar de angústia em seu rosto. "Se você não sabe

a resposta, então acho que não importa o que eu lhe diga. Beba seu vinho, Alina".

"Por que você está bravo comigo?"

"Eu não estou." Ele estendeu o braço e gentilmente tocou sua coxa. "Estou bravo comigo

mesmo".

Então, sem dizer outra palavra, ele pegou sua água e se levantou para se juntar aos seus

homens. Deixada sozinha na mesa, ela não podia deixar de se sentir miserável. Ela esperava

comer sozinha naquela noite, mas aquilo era diferente. Não era apenas comer sozinha. Era

rejeição.

Eu mantenho você aqui, princesa, porque o mundo é um lugar difícil. Eu sei que isso é egoísta,

mas eu veria você viver sua vida sem nunca derramar uma lágrima ou sentir medo. Você deve manter

sua cabeça erguida. Quando os momentos difíceis vierem-e eles virão-eu sei que você vai vencê-

los. Mesmo que eu não esteja lá para te proteger.

.

Capítulo Doze

Nikolai comeu em sua mesa enquanto conferia os relatórios de seus tenentes. Até agora,

ninguém parecia estar desafiando seu título. Isso não significava que ele deveria relaxar.

Não que ele pudesse. Apesar de sua promessa de ficar longe dela, ele não conseguia tirar

Alina da cabeça. Cada vez que ele fechava os olhos, ele a via arqueando as costas, incitando-o a

lambê-la e a chupá-la. Ele ouviu os gemidos suaves quando ele a tocou. Lembrou-se do seu gosto.

De como estava molhada para ele.

Como ela tinha dito que ela era virgem.

Para sua própria sanidade, ele precisava sair e finalmente encontrar uma maldita mulher

para ajudar a liberar a tensão em seu corpo, mas isso não ia acontecer hoje à noite. Ele não tinha

conseguido mais de dez horas de sono ao todo nas últimas quatro noites. Se ele não dormisse esta

noite, era provável que caísse de exaustão. Ou cometesse um erro que faria com que ele e Alina

fossem mortos.

Depois que ele tinha certeza de que Alina tinha ido para a cama, ele finalmente saiu do

escritório. Ele se sentia quase covardemente escondido dela, mas o que ele poderia fazer?

Não ela.

O pensamento de dormir umas oito horas seguidas o alegrou um pouco conforme ele se

arrastou até as escadas. Uma boa ducha quente e, em seguida, direto para a cama.

Algumas gotas de água decoraram o balcão. Ele apertou sua mandíbula vendo aquilo até

que percebeu que isso significava que ela estava usando aquele banheiro. Ele não queria que ela

tivesse medo dele, e se isso significava que ele tinha que se acostumar a gotas de água no balcão,

ele poderia lidar com isso.

Tirando suas roupas, ele entrou no chuveiro e deixou a água quente escorrer sobre seu

corpo. Os jatos massageavam seus músculos, e ele fechou os olhos e tentou relaxar.

O chuveiro era grande o suficiente para dois. A banheira era grande o suficiente para dois.

Ele poderia se juntar a ela em ambos. Ele poderia sentá-la no banco e enterrar o rosto entre suas

pernas até que ela implorasse por misericórdia. Ele poderia montá-lo na banheira até que ele

tivesse derramado até a última gota de sua essência dentro dela.

"Porra", ele murmurou enquanto abria os olhos. O que diabos havia de errado com ele? Ele

não era um adolescente comandado pelos hormônios.

Desligando o chuveiro com raiva, ele pegou uma toalha e a envolveu em torno da cintura.

Depois envolveu uma menor na cabeça.

Foi quando ele ouviu.

Sentindo o seu sangue gelar, ele ficou atento até ouvir novamente. O som de uma luta. Era

suave, mas Alina estava definitivamente chorando de dor.

Antes mesmo de pensar a respeito, ele abriu a porta e entrou no quarto, prestes a espancar

um agressor. Mas Alina estava sozinha.

Presa no que deveria ser um pesadelo, ela estava enrolada em uma posição fetal no sofá e

choramingando. Seu corpo balançava lentamente para trás e para frente, e Nikolai sentiu seu

coração partir. Ele deveria tê-la deixado ali. Ele estava vestindo apenas uma toalha, e ela estava

com uma regata tão for a do lugar que seu mamilo estava exposto, mas vendo-a com medo, presa

a um pesadelo, ele sentiu a empatia crescer dentro dele, não o seu desejo.

Ele atravessou o quarto e se inclinou para baixo. "Alina", ele sussurrou. Não querendo

assustá-la, ele gentilmente tocou seu ombro. "Alina".

Ela acordou como um gato selvagem. Com um grito, ela se lançou sobre ele. Desviando, ele

escapou de um soco por pouco. "Alina! Alina!", ele gritou. Agarrando-a pela cintura, ele a jogou de

volta no sofá e segurou seus ombros. "Pare. Sou só eu."

Seus olhos se arregalaram ao reconhecê-lo. "Nikolai? O que você está fazendo?"

Agora que seu medo estava se dissipando, a tensão sexual voltou como um soco no

estômago. Seria tão fácil deslizar os dedos sob o elástico de sua calcinha de renda e acariciá-la

até que ela estremecesse em seus braços.

"Você estava tendo um pesadelo", ele disse, mais irritado do que deveria estar. Respirando

fundo, baixou a voz. "Eu ouvi você chorando, e eu pensei que você estava sendo atacada."

"Desculpe", ela disse suavemente. "Mas obrigada por ter vindo em meu socorro."

Só a sua voz, quando não estava gritando com ele, já era o suficiente para deixá-lo duro

de tanto desejo. "Alina, você tem pesadelos com frequência?"

Ela imediatamente se afastou e levantou o queixo. Ela obviamente não queria sua piedade

ou compaixão, e ele sabia que ela estava prestes a mentir para ele.

"Não", ela murmurou.

"Mentirosa", ele resmungou. "Alina, por que você está dormindo aqui? Há uma cama

perfeitamente boa ali."

O olhar dela seguiu para o chão. "Eu sei. Eu gosto mais daqui."

"Por quê?" Ela não respondeu, e ele suspirou. "Alina, eu não vou embora até que você me

responder."

"É boa demais", ela disse suavemente. "Eu não acho que me sentiria confortável nela. Não

é..." Ela respirou fundo. "Não é o tipo de cama onde eu deveria estar dormindo."

Do que diabos ela estava falando? Boa demais? Ele tinha comprado tudo especificamente

para ela porque sabia que ela estava acostumada com coisas boas. Mordendo a língua, ele

fechou os olhos e contou até cinco. Ele não iria conseguir descansar sabendo que ela estava ali.

Sem dizer uma única palavra, ele se inclinou e a ergueu, mesmo sabendo que era uma má

ideia.

"Nikolai", ela ofegou quando lançou os braços ao redor dele. "O que diabos você está

fazendo? Solte-me?"

"Você não vai dormir no maldito sofá", ele murmurou, carregando-a através do banheiro

entre os quartos. "E se você não vai dormir em sua cama, então você vai dormir na minha."

Ao contrário da dela, sua cama era o mais simples possível. Cobertura azul macia. Lençóis

baratos. Dois travesseiros. Sem frescuras. Sem seda ou dossel romântico. Antes que ela pudesse

argumentar, ele a jogou sobre ela.

O movimento desfez o nó de sua toalha, e ela deslizou para o chão. Nu e duro como uma

rocha, ele encontrou seu olhar e observou sua expressão. Seus olhos se arregalaram de forma

inocente, mas ela não desviou o olhar.

Ela olhou fixamente.

"Vá dormir", ele ordenou enquanto se afastava dela. Desligando a luz, ele abriu a gaveta e

pegou uma cueca boxer.

"Onde você vai dormir?"

Em seu escritório. No sofá. Na porra do gramado lá fora. Em qualquer lugar que não fosse

ao lado de seu corpo sexy.

"A cama é minha", ele murmurou. "E eu vou dormir nela."

Ele a ouviu suspirar na escuridão e não pôde deixar de sorrir. Não foi um suspiro de

indignação, mas cheio de desejo.

* * *

Ela não era tão inocente. Ela já tinha visto um pênis antes. Ela assistiu alguns vídeos

pornográficos por curiosidade e folheou algumas revistas que suas amigas tinham. Tinha havido

vários estudantes bêbados correndo pelados no campus da faculdade. Ela já tinha visto homens

nus antes.

Mas ela nunca tinha visto alguém parecido com Nikolai Sokolov. Seu corpo nu era magnífico.

Pele fina sobre músculos bem definidos. Ela queria provar cada centímetro dele. Um rosto como o

dele naquele corpo deveria ser ilegal. Mas aquele pau era demais.

Duro. Para ela. Ela queria se derreter nos lençóis. Ela queria implorar para que ele a

tocasse novamente. Ela queria sentar sobre ele até que ele a fizesse sentir todo o prazer que seu

corpo fosse capaz de sentir.

Em vez disso, Alina só podia esperar em um silêncio tenso enquanto ele se arrastava para a

cama ao lado dela. Ela esperava que ele a tocasse, mas ele ficou do seu lado da cama e não

disse uma palavra. Decepcionada, ela se encolheu de costas para ele e tentou adormecer.

A cama era quente e confortável, mas o cheiro dele estava por tudo. Ela não podia respirar

sem que ele a invadisse, zombando dela, lembrando-a de que ela poderia estender o braço e

tocá-lo, mas que ela não poderia tê-lo.

Finalmente, quando sua respiração se equilibrou e ela tinha certeza de que ele estava

dormindo, ela cuidadosamente se ergueu e o observou sob a luz da lua.

Ele estava deitado de costas, e seu peito subia e descia com cada respiração. Os lençóis

estavam enrolados em torno de sua cintura, mas deixando seu belo torso exposto. Alina teve uma

vontade de se inclinar e beijá-lo no mamilo. O que ele faria?

Talvez ele nem acordasse.

Hesitante, ela estendeu uma mão trêmula. Se ela pudesse simplesmente tocá-lo, acariciar sua

pele, talvez fosse suficiente para satisfazê-la para que pudesse dormir.

O braço dele foi mais rápido do que ela, e ele agarrou seu pulso. "O que você acha que

está fazendo?", ele perguntou com a voz rouca.

Alina ofegou, mas ela não se afastou. "Eu não queria acordar você", ela sussurrou.

"Eu não estava dormindo. O que você estava tentando fazer?"

"Tocar em você", ela admitiu. "Eu pensei que talvez se eu beijasse você onde você me beijou,

você poderia gostar."

Um grunhido baixo ressoou em seu peito, mas ele não a soltou. "E o que você acha que iria

acontecer se eu gostasse?"

"Pensei que você estivesse dormindo. Eu não pensei que você notaria."

"Então, como você saberia se eu gostasse?"

Droga. Franzindo a testa, Alina mordeu os lábios. Ela não tinha pensado nisso.

"Se você está curiosa, você poderia simplesmente perguntar", ele disse finalmente.

Ela sabia que era uma conversa perigosa, mas não conseguiu evitar. "Onde você gosta de

ser tocado?"

Nikolai imediatamente soltou seu pulso. "Você deveria ir dormir, Alina", ele advertiu.

De repente, Alina percebeu que ela tinha poder sobre ele. Isso a deixou ainda mais ousada,

e ela se aproximou um pouco mais dele.

"Onde você gosta de ser beijado?" Ela perguntou novamente.

Inclinando-se sobre ele, ela deu um pequeno beijo no lóbulo de sua orelha. Seus cabelos

caíram ao redor dele, e ela ouviu enquanto ele suspirou bruscamente. "Eu gostei quando você me

beijou aqui", ela sussurrou. Ele não a impediu, então ela se moveu para baixo e beijou o pescoço.

"Eu realmente gostei quando você me beijou aqui."

Seu corpo inteiro estava tão imóvel que ela não sabia se ele ainda estava acordado, exceto

que estava segurando o fôlego. Respirando fundo, ela desceu ainda mais por seu corpo. "Eu gostei

demais quando você me lambeu aqui." Sua língua percorreu o seu mamilo, e ele explodiu em ação.

Rolando-a para o lado, ele deitou sobre ela e afastou suas pernas com os joelhos. Apoiando contra

sua vagina latejante, ele se moveu lentamente para cima e para baixo. Ela podia sentir sua ereção

forçando contra ela, e ela gemeu.

"Você é provocantemente quente", ele sussurrou roucamente. "Eu quero tanto te foder que

nem consigo pensar direito."

Inclinando-se, ele uniu sua boca à dela e ela o recebeu ansiosamente. Seus beijos a levaram

a lugares que ela achava que não eram possíveis, e enquanto suas cabeças se moviam, ela

envolveu suas pernas ao redor dele e se esfregou com mais força contra ele. Seu corpo estava

pegando fogo, e ela sabia que só ele poderia apagá-lo.

"Nossa", ele gemeu. Agarrando o quadril dela, ele o pressionou contra a cama. "Você não

tem ideia de como você está me atormentando, mas eu não posso. Sua primeira vez deve ser

especial. Você merece isso, e se você não parar de esfregar seu corpo contra o meu, eu vou

perder o controle."

Ele não podia parar agora. Arfando, ela lutou para que ele deixasse ela voltar a se mover.

"Por favor", ela implorou. "Por favor, não aguento mais".

Inclinando-se, ele apoiou sua testa contra a dela. "Alina, você já teve um orgasmo? Já

provocou um em si mesma?"

Sem dizer nada, ela sacudiu a cabeça. Ela brincava consigo mesma de vez em quando, mas

não conseguia ir até o fim. Era uma sensação estranha, e ela tinha medo do que poderia acontecer

se ela continuasse.

Ele a soltou e ela resmungou e se agarrou a ele. "Eu não vou a lugar nenhum", ele sussurrou.

"Eu estou bem aqui. Apenas fique parada".

Fazendo o que ele ordenou, ela mordeu o lábio inferior e esperou. Ele a segurou pela

lateral do seu corpo e se inclinou para beijá-la novamente. Dessa vez, ele foi mais lento, mais

quente, e muito mais perigoso. Sua mão segurou seu seio, e ele esfregou lentamente o polegar

sobre o tecido que cobria seu mamilo. O desejo pulsou nela com um círculo cada vez mais lento e

leve que ele fez, e tudo o que ela conseguiu fazer foi gemer. Seu corpo pertencia a ele. O calor

entre suas pernas ficava cada vez maior, e ela retorceu o quadril, inquieta. Seu corpo se esfregou

contra seu pênis, e ele gemeu.

"Está gostoso, querida?" Ele sussurrou enquanto levantava a cabeça.

Sem dizer nada, ela assentiu. Nunca tinha sentido nada melhor.

"Então você vai amar isso".

Seus lábios tomaram os dela de novo, e seus dedos roçaram levemente sua vagina. O

contato era suave, mas a enlouqueceu. Erguendo o quadril, ela tentou desesperadamente fazê-lo

tocá-la com mais força, mas ele se afastou e continuou com suas provocações.

"Nikolai", ela gritou. "Por favor."

"Paciência, Alina", disse ele com um sorriso. "Seu corpo foi feito para o prazer. Deixe-me

desfrutar disso. Eu quero que você goteje de suor e desejo antes de eu fazer você gozar."

A esse ritmo, não demoraria muito. Ele se inclinou e passou a língua sobre seu mamilo,

chupando o tecido em sua boca e passando os dentes sobre ela. Agarrando-se ao lençol, ela se

moveu inquieta sob ele. Aquilo estava uma tortura. Se ele não a aliviasse logo, ela ia enlouquecer.

"Da próxima vez, eu vou fazer isso em sua boceta", ele prometeu. Ele deslizou a mão por

baixo da calcinha e passou um dedo pela abertura. "Em vez de meus dedos, será a minha língua.

Vou lambê-la bem aqui até que você esteja implorando por mais, e então vou enfiar minha língua

dentro de você. "Enquanto falava, seu dedo penetrou ligeiramente nela e se moveu para frente e

para trás. Com cada gemido que ela soltava, ele afundava seu dedo mais fundo dentro dela. "Vou

te foder com minha língua até que você não aguente mais, e então..."

Ele tirou o dedo e olhou para ela na escuridão. Ela estremeceu ao lado dele e esperou.

"Nikolai", ela sussurrou quando ele não se moveu. "Nikolai, por favor. Não aguento mais. Eu juro.

Estou te implorando".

"Eu vou circular minha língua sobre você assim", ele murmurou roucamente ao pressionar seu

dedo contra seu clitóris. "E eu deslizarei meus dentes sobre você até você explodir."

Não demorou muito. Ouvindo-o, imaginando-o entre suas pernas, sentindo seus dedos

deslizarem sobre sua nuca sensível, ela chegou ao limite. Ele a esfregou com força e velocidade,

mesmo quando seu corpo arqueou sobre a cama, e ela gritou enquanto chegava lá.

"Não se esqueça", ele disse impetuosamente. "Não esqueça que isso é o que eu posso fazer

com você. Só eu."

Mal deu tempo de ouvir aquelas palavras. Ela estremeceu e tremeu quando as ondas de

prazer intenso caíram sobre ela. Finalmente, ela chegou ao seu limite. Ela afundou contra a cama,

exausta. Ele moveu sua mão gentilmente e a estendeu para tocar seus lábios.

Bêbada de êxtase, ela deixou sua língua sair para sentir o gosto. O próprio gosto.

"Nossa, Alina", ele gemeu. "Você acaba comigo."

Ele retirou a mão e se sentou ao lado dela. Seu pau ainda pulsava contra ela, mas ele não

fez nada a respeito. "E você?" Ela sussurrou no escuro.

"Vá dormir, Alina", ele murmurou.

Sentindo-se saciada e segura em seus braços, ela apagou.

Naquela noite, não houve pesadelos.

Capítulo Treze

Alina abriu os olhos e suspirou. Ela se sentia bem. Não se lembrava da última vez em que

dormiu mais do que algumas horas seguidas, e ali estava ela, já sob a luz do dia.

Alongando-se, ela se sentou na cama e bocejou. Olhando para baixo, ela percebeu que

tinha um lençol enrolado no corpo. Percebendo que estava no quarto de Nikolai, as lembranças

voltaram a inundá-la e ela ofegou.

"Meu Deus", ela sussurrou. O que ela fez? Quem era aquela mulher implorando na cama na

noite anterior?

Saindo da cama lentamente, ela olhou para o banheiro e viu que a porta estava aberta.

Nikolai não estava à vista. Parte dela estava aliviada por não ter que vê-lo, e parte dela se

perguntou por que ele não ficou perto dela nem a acordou.

Inundada de ansiedade, ela atravessou o banheiro e foi para o seu quarto, batendo a porta

atrás dela. Só havia uma coisa a se fazer agora.

Enfrentar aquilo como uma mulher.

Recolhendo suas roupas, ela voltou para o banheiro e ligou o chuveiro. O banheiro do

corredor era muito menor. Ela se sentiu engolida quando ela pisou debaixo da ducha. O lugar era

grande o suficiente para três pessoas tomarem banho.

Tentando não pensar em Nikolai tomando banho com outra pessoa, ela se limpou

rapidamente. Toda vez que a esponja de banho tocava seu corpo, ela se lembrou de Nikolai a

tocando. Frenética, ela terminou em tempo recorde e rapidamente se secou. Levando um pente ao

seu cabelo, ela o enrolou, ainda molhado, e o prendeu em um coque desorganizado. Quanto mais

cedo ela saísse do banheiro, melhor.

Vestindo uma calça jeans e a camiseta mais larga que conseguiu encontrar, ela respirou

fundo e correu rapidamente para o andar de baixo. Para a sua surpresa, Nikolai estava na mesa

do café da manhã. Ele olhou sua roupa com uma sobrancelha levantada, mas não comentou nada

a respeito.

"Eu ouvi o chuveiro", ele explicou. "Eu pensei que você gostaria de tomar café da manhã.

Iyanna manteve alguns ovos quentes para você".

"Obrigada. Eu não pensei que você estaria aqui". As palavras saíram de sua boca antes

que ela pudesse detê-las, e ela imediatamente franziu a testa.

"Eu moro aqui", brincou ele. "Sente-se, Alina. Coma. Acho que você não fez uma refeição

completa desde que chegou aqui, e minha proteção não servirá de nada se você morrer de fome".

Seu estômago roncou, e ela percebeu que estava com fome. Acomodando-se na cadeira, ela

pegou um garfo e começou.

"Deve estar um belo dia lá fora. Fui informado de que você gosta de aproveitar o sol, então

se você quer deitar lá fora um pouco, meus homens são instruídos a ficar de olho em você".

"De roupa de banho?" Ela perguntou com uma carta.

"Não", ele disparou. Alina franziu a testa, e ele imediatamente balançou a cabeça.

"Desculpa. Nada de roupa de banho. Shorts, e um top, se você quiser. Mas por favor esteja vestida

estiver na frente dos guardas."

Aquilo era ciúme? "Você vai ficar aqui o dia todo?"

"Não. Eu preciso sair um pouco, mas eu deveria estar de volta para o jantar. Alina..." Ele

hesitou. "O que aconteceu na noite passada não pode acontecer novamente."

De repente, a comida tinha gosto de papelão. Ela pegou o café e tentou engolir. Ele a

observou, e fez o possível para manter a compostura.

"Claro que não", ela disse finalmente.

Nikolai não ofereceu uma explicação, tampouco ela. O silêncio ficou um pouco estranho, e

ele finalmente se levantou. "Aproveite o dia", ele disse finalmente. "Ah, e mais uma coisa."

Ele parou de falar, e ela levantou a cabeça e olhou para ele. Seu olhar se moveu para além

dela, e ela se virou para encontrar Timur e Kristof de pé ali. Soltando um grito, ela saltou da

cadeira e rapidamente foi abraçá-los.

"Onde diabos vocês dois estiveram?", ela perguntou. "Ninguém fala comigo aqui! É horrível."

"Nossa, obrigado", Nikolai disse secamente. "Estou saindo. Não se esqueça que eles têm

trabalho a fazer, por isso não os segure por muito tempo."

Seu rosto estava quase bravo quando ele passou por eles, e ela deu de ombros. Nikolai era

um homem difícil de entender.

"Onde vocês estavam?" Ela perguntou novamente.

"Senhorita?" Kristof brincou com um sorriso.

"Não", ela bufou. "Sim. Nikolai é rigoroso".

Timur franziu a testa. "É para a sua própria proteção, Alina. Não pense que não ouvimos

falar sobre o que você fez. Nós ouvimos muito de Nikolai sobre o seu comportamento. No que você

estava pensando?"

"Eu não preciso de um sermão de vocês também", ela disse com um suspiro ao dar um passo

para trás. "Vocês estavam procurando o assassino do papai?"

Os dois homens trocaram olhares, e ela teve a resposta.

"Encontraram ele?"

"Não", Kristof disse com uma careta. "Não encontramos nada útil. Nem as autoridades. Não

que eles sirvam para alguma coisa".

"Então por que vocês ainda não estão procurando?" Ela exigiu. "Eu sei que eu os queria

aqui, mas eu prefiro sair daqui o quanto antes, e eu não posso fazer isso a menos que quem fez

isso esteja morto ou atrás das grades."

"Morto?" Kristof perguntou com uma sobrancelha erguida.

A palavra saiu sem que ela pensasse nisso, e ela apertou os lábios. Ela não era uma pessoa

violenta, mas não tinha certeza de que ficaria tão chateada se o assassino de seu pai estivesse

morto.

"Que a justiça seja feita", ela finalmente disse. "Sério, eu sei que Nikolai só pediu que vocês

voltassem porque eu me queixei."

"Nikolai não faz nada porque as pessoas se queixam", Timur disse ironicamente. "Se estamos

de volta, então estamos de volta por uma razão."

Timur provavelmente estava certo. Era ridículo pensar que Nikolai faria qualquer coisa só

por ela.

Bem, exceto na noite passada. Aquilo parecia ter sido só por ela.

"Alina? Você está bem?"

Ela percebeu que seu corpo inteiro estava corado e assentiu. "Estou bem. Vou me deitar ao

sol um pouco".

Ela lhes deu um sorriso grato e foi limpar o prato.

A mãe de Iyanna olhou feio para ela enquanto lavava os pratos, mas ela não se importou.

Se ela não fizesse algo para manter as mãos ocupadas, ela teria mais problemas.

Foi tão bom passar algumas horas sob o sol que ela esqueceu do almoço completamente.

Quando decidiu que era hora de entrar, já eram duas horas da tarde. Aliviada por ter escolhido

um lugar que tinha ficado com mais sombra conforme o sol se movia através do céu, ela correu

para dentro.

Quando a hora do jantar chegou, ela estava praticamente dançando de alegria. Ela não

podia acreditar no quão animada ela estava para ver Nikolai.

Mesmo ele tendo deixado claro que não a tocaria novamente. Ela precisava se concentrar

nisso e não agir como uma adolescente apaixonada feliz só porque ele sorriu para ela.

Trocando sua camiseta por uma blusa que abraçava suas curvas, ela desceu com grandes

expectativas.

Iyanna era a única sentada à mesa. "Oi", ela disse com empolgação. "Há dias que não a

vejo, e estou morrendo de vontade de lhe perguntar por que Nikolai lhe trouxe café da manhã no

outro dia!"

"Onde ele está?" Ela perguntou enquanto se sentava em sua cadeira. "Ele disse que estaria

aqui para o jantar".

"Ele disse?" Iyanna sacudiu a cabeça. "Ele estava aqui cerca de uma hora atrás, mas então

saiu novamente. Eu perguntei sobre o jantar, e ele disse que se tivesse sorte, ele só chegaria em

casa bem tarde."

Tivesse sorte? Alina sentiu seu coração apertar. Claro. Ela não esperava que ele fosse um

santo só porque ele não podia estar com ela. Havia muitas mulheres mais experientes que não o

fazem se sentir culpado.

"Alina?" Iyanna perguntou, preocupada. "Você está bem?"

"Eu não me sinto muito bem", ela murmurou. "Eu acho que vou pular o jantar e ir para a

cama."

"Mas você também perdeu o almoço. Quer que eu telefone para o Danik? Podemos chamar

um médico".

"Isso não é necessário." Ela deu um rápido sorriso para a amiga. "Acho que passei muito

tempo ao sol. Tenho certeza que vou ficar bem de manhã. Obrigada pela companhia. Ah, e sobre

o café da manhã. Ele só queria me lembrar por que estou aqui."

"O que você quer dizer?"

"Para ser protegida", disse Alina suavemente. "O que significa não fugir mais à noite."

"É, aquilo não foi legal. Eu o ouvi gritar ao telefone quando Danik o ligou. Nunca vi o Sr.

Sokolov perder a paciência daquele jeito".

Claramente, Iyanna precisava estar com ela e Nikolai com mais frequência, já que ela o

fazia reagir daquele jeito. Depois de pensar melhor, ela agarrou a garrafa de vinho e sua taça

da mesa e subiu as escadas.

Ela era fraca para essas coisas. Depois de meia garrafa, ela ficou sonolenta. Fechando a

garrafa, ela a colocou sobre a mesa lateral e voltou para o seu sofá. O álcool não a ajudou a

esquecer que Nikolai teria outra pessoa em seus braços naquela noite, mas a ajudou a dormir.

Só que não afastou os pesadelos.

* * *

Nikolai deixou o clube e entrou no carro, cansado. Ele foi pego de surpresa quando dois dos

outros chefões da máfia quiseram falar com ele. Foi sua primeira reunião oficial, e ele percebeu

que ele deveria ter convocado uma reunião logo após Yuri morrer. Em vez disso, ele tinha estado

ocupado atrás do assassino.

Mas a sorte estava ao seu lado. Eles não pareciam terrivelmente chateados. Em vez de

terminar o encontro cedo e com raiva, eles jogaram baralho até bem depois da meia-noite. Nikolai

não era bobo. Ele teve a chance de vencer algumas vezes, mas deixou pra lá. A paz entre as três

famílias era importante, e ele não queria perturbar o equilíbrio. Eles falaram sobre território e

dinheiro. Foi uma noite tranquila, mas ele não pôde deixar de sentir uma tensão estranha no ar. Foi

só quando eles lhe deram um tapinha nas costas e comentaram sobre sua crueldade que ele

entendeu.

Eles achavam que ele matou Yuri.

Seu motorista ligou o carro, e Nikolai ficou surpreso ao descobrir que seu guarda-costas

habitual tinha desaparecido. Em vez disso, Timur estava sentado no banco de trás.

"O que está acontecendo?" Nikolai resmungou.

"Eu me senti um pouco inquieto. Pensei que deveria esticar minhas pernas. Espero que você

não se importe com a troca", Timur disse com tranquilidade.

Nikolai olhou para o homem, mas não pediu mais informações. Se havia uma coisa que ele

sabia sobre Timur, era que o homem não dizia nada até estar pronto. Timur e Kristof nasceram

dentro da máfia. Os pais e avôs de ambos tinham servido. No momento em que Nikolai entrou, os

dois homens foram colados ao lado de Alina.

"Você já se perguntou se Yuri cometeu um erro?" Nikolai perguntou curioso. "E que talvez ele

devesse ter escolhido outra pessoa?"

"Se você está perguntando se eu estou com ciúmes, a resposta é não", Timur disse, com

calma. "Eu não quero a responsabilidade que está sob os seus ombros nem por todo o dinheiro do

mundo. Quase todos os homens sentem o mesmo. Confiávamos em Yuri Petrov, e confiamos na sua

decisão de nomeá-lo."

"Eu aprecio o gesto. Ainda assim, se eu não consigo controlar uma mulher, como conseguir

controlar um território? "Ele murmurou sombriamente. Alina nunca saía de seus pensamentos.

"É muito injusto comparar um território inteiro com Alina Petrov", disse Timur com um sorriso.

"Ela já nos desafiava quando tinha dois anos de idade. Ela era um furação naquela época, e ela é

um furação hoje."

"Às vezes", concordou Nikolai. "E às vezes ela parece tão mal."

"Ela não tem família".

Nikolai virou bruscamente a cabeça. "Ela tem um tio".

"De sangue, talvez, mas aquele homem não é sua família", exclamou Timur.

"Bem, se ele não é sua família, mesmo que de sangue, então você provavelmente deve

considerar você e Kristof sua família, embora não tenham o mesmo sangue."

Timur não disse nada, e Nikolai não pôde deixar de pensar que isso dizia muito sobre o que

ele estaria pensando. Mas ele simplesmente não sabia o que era.

"Quem você acha que matou Yuri?" Nikolai perguntou de repente. "Você estava lá naquele

dia. Certamente você tem suas suspeitas".

"Estamos seguindo algumas pistas. Todos apontam para uma única pessoa", disse Timur

suavemente.

"E quem é?"

"Você."

Nikolai imediatamente congelou. Sua mão avançou para a arma escondida no lado da

porta, e Timur bufou. "Se eu pensasse que você matou Yuri, Alina não estaria sob seu teto. Calma,

Sokolov".

Nikolai relaxou e esperou que Timur continuasse, mas o guarda não disse mais nada.

Qualquer que fosse a razão de Timur estar no carro com ele, não era para falar.

No momento em que o carro chegou na casa, ele estava quase caindo de sono. Afrouxando

os botões de sua camisa, ele subiu as escadas de dois em dois degraus até o seu quarto. Abrindo

a porta quietamente, ele manteve as luzes apagadas para que ele não a perturbasse.

Quando ele se arrastou para a cama, percebeu que Alina não estava lá.

Irritado, ele contemplou deixar isso pra lá, mas ele sabia que ela provavelmente estava

naquele maldito sofá desconfortável novamente. Com um rosnado, ele se afastou da cama e abriu

a porta do quarto dela.

Ela estava no sofá. E no meio de um pesadelo.

Recolhendo-a cuidadosamente em seus braços, ele a levou até sua cama. Quando ela deitou

em seu colchão, seus gritos pararam, e ela se acalmou. Ele pensou em despi-la para que ela se

sentisse mais confortável, mas ele não queria acordá-la.

Deslizando na cama atrás dela, ele a abraçou e beijou suavemente sua bochecha. Ao deitar

para dormir, ele não pôde deixar de pensar sobre a garrafa de vinho que estava sobre a mesa.

            
            

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