Capítulo 5 Convite especial

Às oito horas da noite, assim que chegou em casa, sentiu o cansaço costumeiro de um dia de trabalho árduo - e de um sexo mais árduo ainda. Mal podia acreditar que realmente transou com Eric. Mas não sabia se havia gostado da experiência ou a abominado. Ele a tratou como uma prostituta; depois de se aliviar apenas a mandou embora. Isso era o que um babaca faria, mas o que Sophie poderia dizer? Eric era seu chefe e ela havia aceitado sua proposta - se entregar a ele, fazer o que quisesse, por mais que não entendesse o que aquilo significava. Não podia reclamar.

O que reclamaria? Eric não foi atencioso e carinhoso o suficiente? Bem, ela era só sua secretária. E ele a pagaria por isso. Então, sim, ela era sua prostituta particular. Um depósito de porra.

Depois de um banho relaxante, Sophie deitou e afastou todos os pensamentos de sua mente - inclusive Eric -, se abrigando apenas a pensar em como faria aquilo dar certo. Mas a campainha tocou, e ela levantou e se dirigiu para a sala de estar, onde abriu a porta. Havia um entregador do lado de fora, e ele perguntou:

- Sophie Simmons? - Perguntou.

Sophie assentiu.

- Entrega para a senhorita - ele estendeu uma caixa vermelha com laço dourado. Sophie franziu o cenho e pegou. - Assine aqui, por favor. - Ele estendeu uma prancheta e ela assinou seu nome no espaço especificado. - Obrigado.

- Obrigada - ela disse, fechando a porta e recostando-se nela. Ela abriu a caixa, curiosa, uma mecha loura caindo à sua bochecha. Tinha um vestido vermelho e um par de scarpin preto e um cartão. Ela segurou a caixa desajeitadamente e leu: - " Anseio pelo nosso encontro, minha manhã foi bem mais tranquila por saber que tenho você. Ps: Você fica linda com sapatos pretos. Faz suas pernas parecerem ainda mais deliciosas. " - Um sorriso bobo invadiu seus lábios seguido por uma mordida breve. Sophie sabia que não devia acreditar, sabia que não devia achar que aquilo era mesmo bom. Não era, simplesmente. Mas ela não conseguiu conter o disparar de seu coração mesmo assim.

Sophie havia se esquecido completamente do que Eric dissera mais cedo. Ela levou a caixa para seu quarto e provou o vestido e o sapato. Ela caçou o cartão que ele tinha lhe dado e notou que deveria estar no restaurante às oito e quarenta. Tinha pouco tempo!

Ela rapidamente se apressou em pentear os cabelos, se maquiar e ajeitar a roupa. Tinha apenas vinte minutos! Sophie conseguiu terminar a tempo: não se maquiou tanto, deixou os cabelos soltos e se colocou na frente do espelho de corpo inteiro para ver o vestido novamente; era um vestido longo e vermelho, com apenas uma alça e fenda na perna e costas nuas. Ela estava elegante e bonita. Sophie não sabia o motivo para Eric a convidar para jantar, mas por que tudo deveria ter uma resposta? Foi impulsiva ao aceitar a proposta, e deveria se manter impulsiva e aproveitar o que ele tinha a lhe oferecer.

Às oito e quarenta, o porteiro avisou que um carro estava à sua espera. Ela desceu, ansiosa e apavorada ao mesmo tempo e se dirigiu na direção do carro. Sophie entrou e se acomodou ao banco. O motorista disse que Eric pediu para que fosse buscá-la. Ele cantou pneu e em alguns minutos chegaram a um prédio enorme e luxuoso. O restaurante. Ela se despediu do motorista e andou até a recepção.

- Eric Carter - ela disse, respondendo à pergunta que a recepcionista fizera. - Ele deve estar me esperando.

E a mulher respondeu:

- Ah, sim. Eric Carter reservou uma mesa mais cedo. Ele pediu para que a levasse. Ele quer fazer uma surpresa. - Sophie assentiu.