A equipe que ela pediu chegou rapidamente, apesar de todos estarem assustados pelo que estava acontecendo, Aline queria que ocorresse da melhor forma a cirurgia, que precisava fazer para salvar a vida do André.
_ Sei que estão com medo e todos estamos apavorados. _ Diz ela respirando fundo. _ Eles não vão nos machucar. _ Fala olhando os homens que permaneciam na sala de cirurgia. _ Somos médicos e nosso legado é salvar vidas. Esse homem precisa de nós e faremos o melhor. _ Fala e todos concordam com ela.
Apesar de toda a correria, Aline conseguiu tirar as três balas que estavam alojadas nele. A que mais precisou de atenção foi a da cabeça que estava muito perto do cérebro, mas que por um milagre ou apenas sorte, não acertou nenhuma parte do cérebro ao lado direito. As duas que estavam em seu peito passaram próximo a órgãos essenciais, mas que mais uma vez não acertou nada, nem mesmo o coração. A ferida do ombro a bala entrou e saiu não tinha nenhuma bala.
_ Ele vai ficar bem. _ Aline fala ao homem, tirando as luvas das mãos. _ Conseguimos tirar todos os projetos de balas e ele vai se recuperar.
_ Obrigado, doutora. _ Agradeceu o homem, agora mais calmo. _ Vamos homens. Vocês ouviram a doutora, peguem a maca e vamos embora. _ Diz o homem e Aline entrou em desespero.
_ Não podem levá-lo daqui. _ Diz ela se pondo em frente aos homens de braços abertos.
_ Você nos disse que ele vai ficar bem. _ O homem falou franzindo a testa, confuso.
_ Eu disse! Mas ele precisa de cuidados ainda. Precisa ser medicado e monitorado, não tem dez minutos que terminei a cirurgia. _ Tenta explicar.
_ Não podemos ficar aqui, doutora. Temos inimigos lá fora.
_ Ainda é madrugada. Fiquem até o dia amanhecer. _ Diz ela com medo que eles fossem embora e sem ter alguém para cuidar do André ele não conseguisse se recuperar. _ Depois disso ele deve estar melhor e já deve ter acordado.
_ Tudo bem, doutora. _ Diz o homem concordando. _ Assim que o dia amanhecer iremos embora.
Não era bem o que Aline queria, mas, poderia cuidar um pouco mais dele e assim, André ficaria um pouco mais forte da cirurgia, antes de ir embora.
_ Vamos levá-lo para o quarto. _ Explica ela e os homens vão seguindo ela.
_ Ninguém vai entrar nessa sala se não for meus homens ou você, doutora. Então melhor avisar todos, não queremos ninguém morrendo por acidente. _ Diz o homem advertindo ela.
_ Vou informar a todos. _ Concordou ela, assustada pela atitude do homem, mas sabia o motivo da sua reação.
O dia estava quase amanhecendo quando Aline viu alguns carros estranhos parando em frente ao hospital e ao ver que os homens estavam armados, ela soube porque eles estavam ali e saiu depressa da recepção, indo em direção aos quartos sem ser percebida.
Assim que entrou no elevador, aquele mesmo medo de antes fez seu coração tremer e precisava ser rápida. Não queria que nada de mal acontecesse ao André e aqueles homens vieram para terminar o que começaram.
A porta do elevador abre no andar e ela sai correndo, ela abre a porta com tudo, apavorada e o homem que mantinha guarda atendendo do Victor apontou a arma pra ela, assustado.
_ Que merda, doutora! Tá querendo morrer? _ Perguntou abaixando a arma, mais calmo em saber que era ela.
_ Eles estão aqui. _ Explica ela e o homem olhou pela janela. _ Eles estão lá embaixo.
_ Droga! Sabia que tínhamos que ter ido embora. _ Pragueja o homem com raiva. _ O que vamos fazer?
_ Se acalme. _ Diz ela tentando pensar em alguma coisa. _ Espere aqui. _ Fala e sai apressada.
O homem fica sem entender nada, mas espera por ela que em menos de um minuto voltou com uma cadeira de rodas.
_ Onde é que você foi? _ Perguntou o homem olhando ela entrar correndo com a cadeira de rodas.
_ Me ajude a colocá-lo na cadeira, rápido. _ Pediu ela pegando o soro, colocando em cima do corpo do Victor.
_ O que vai fazer, doutora? _ Perguntou sem entender o que ela estava fazendo.
_ Preciso tirar vocês dois daqui. _ Diz ela e vai tirando os aparelhos do corpo dele.
_ Se ver alguém que não esteja de jaleco branco, atire. _ Diz o homem pegando o André nos braços, seria mais rápido. Entregou a arma a ela e saíram as pressas.
_ Tudo bem. _ Diz ela pegando a arma do jeito certo e os três saíram, sondando para ver se não tinha ninguém e foram seguindo até conseguirem chegar na garagem. _ Meu carro está ali. _ Falou mostrando seu carro.
_ Vou entrar no porta malas, os vidros são muito claros e podem nos ver. _ Explicou ele.
Aline entrou na guarita e pegou a chave do seu carro, abrindo o porta malas e com cuidado o homem colocou o André e Aline precisou conferir para ver se ele estava bem.
_ Vamos sair daqui. _ Diz ela e o homem entrou, deitando ao lado do André. _ Proteja ele. _ Aline falou entregando a arma a ele novamente. _ Vou sair e encontrar um lugar seguro.
_ Segue até a quinta avenida, vire à direita e depois segue uns dois quilômetros a frente, vai ver um condomínio...
_ Eu sei onde fica. _ Diz ela sabendo exatamente o endereço, já foi muito lá, era a casa do André. _ Então vamos. _ Falou fechando o porta malas.