O homem olha desconfiado e se assusta ao ver o André e o Luiz deitados lá dentro.
_ Senhor, Luiz. Estávamos todos preocupados. _ O homem rapidamente correu para ajuda-lo. _ O chefe está bem? _ Perguntou preocupado por ver o André desacordado.
_ Graças a doutora, ele vai ficar bem. _ Diz ele com um meio sorriso, agradecido por tudo o que ela fez por eles.
_ Nos avisaram que invadiram o hospital. Estávamos todos morrendo de preocupação já que vocês sumiram. Nossos homens não encontraram vocês.
_ Não tivemos tempo de nada, mas agora precisamos entrar. O André está gelado e precisa de cuidado. _ Diz ele e Aline se preocupou.
Ela tocou o corpo dele e percebeu que a temperatura estava muito baixa.
_ Precisamos aquecê-lo, ele ainda está fraco e seu corpo muito debilitado. Vamos logo. _ Falou ela entrando no carro e Luiz pegou o André nos braços, dessa vez entrando na parte de trás do carro, se sentando com ele.
_ Abre os portões. _ Luiz ordenou e o segurança rapidamente abriu os portões.
Aline entrou rapidamente com o carro, conhecendo bem o lugar e parou em frente a porta de entrada.
_ Preciso de cobertores. _ Diz ela abrindo a porta do carro para o Luiz sair com o André.
Luiz é um homem grande, com um bom físico, o que ajuda muito a carregar o André com tanta facilidade.
Eles entraram na casa e os empregados, mesmo sem entender o que estava acontecendo, não perguntaram nada. Luiz sobe as escadas e leva André até o quarto.
Aline pega os cobertores e começa a aquecê-lo.
_ Vou precisar de alguns medicamentos, você consegue? _ Perguntou ao Luiz.
_ Só me dizer quais e terá! _ Afirmou ele.
_ Saímos às pressas e não trouxe nada. Ele ainda está medicado pelo soro, mas pode dar febre, preciso de analgésicos e antibióticos. Ele já deve acordar, vai sentir muita dor, se não tiver tomando a medicação correta.
_ Tudo bem. _ Luiz falou, saindo do quarto, deixando ela sozinha com o André.
Aline já esteve muitas vezes naquela casa, mas agora era tudo diferente. Os móveis eram os mesmo até as pinturas nas paredes, mas ela não pertencia mais a vida do André, muitas coisas tinham mudado nesses anos mesmo nunca tendo esquecido um dia se quer daquele homem deitado ali a sua frente.
_ Mandei alguns homens buscar o que me pediu. _ Luiz entra no quarto novamente.
_ Obrigado. _ Agradeceu ela, arrumando melhor o travesseiro do André.
_ Eu que tenho que agradecer, doutora! Foi muito corajosa, arriscou sua vida por nós. Serei grato pelo resto da vida. Tenho certeza que o chefe também ficará muito grato quando acordar.
_ Preciso ir embora, antes disso. _ Diz ela com medo dele ver ela, não sabia qual seria sua reação.
_ Mas você é quem está cuidando dele. Não pode deixá-lo.
_ Ele ficará bem com os medicamentos. _ Diz ela tentando acreditar em suas palavras. _ Tenho pacientes no hospital que precisam de mim e se eu não voltar podem me mandar embora. _ Disse ela como se essa fosse sua razão para ir embora e não o medo pela rejeição dele outra vez.
_ Já devem trazer os remédios e você me explica tudo. Darei corretamente a ele. _ Luiz falou, sendo compreensivo com ela, ela já os ajudou demais.
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Por mais que Aline tentasse se concentrar em seu trabalho, seu pensamento não saia da casa do André. Ela estava muito preocupada e queria saber se ele estava bem e o pior de tudo, era aquela dor em seu peito que lhe dizia que tinha algo de errado, mas ela não podia voltar lá.
_ Doutora Aline. _ Uma enfermeira chama sua atenção.
_ Oi. _ Respondeu ela ainda com os pensamentos no André.
_ Tem uma ligação para a senhora. _ Informou a enfermeira e saiu.
Aline vai até o telefone, curiosa para saber quem ligou a procura dela no hospital.
_ Doutora Aline falando, em que posso ajudar?
_ Doutora aqui é o Luiz... _ O homem fala e Aline reconheceu a voz. _ Ele acordou agitado e gritando de dor, não sabia ao certo o que fazer, aumentei a dose do remédio que me falou que era para dor e ele ficou melhor, mas agora ele está queimando de febre e não sei o que fazer. _ Luiz explicou a ela nervoso.
_ Cuide dele e não de nenhum medicamento. Precisamos saber o que causou a febre alta. Já estou a caminho. _ Disse ela sem pensar duas vezes e desligou o telefone saindo apressada.
Em tempo recorde Aline estava mais uma vez em frente ao portão, que desta vez, já estava aberto, à sua espera.
Ela entrou correndo tudo até a entrada da casa, dando de cara com Luiz na porta.
_ Ele tem alergia a algum tipo de medicamento? _ Perguntou a ele preocupada e foi entrando, subindo as escadas acompanhada do Luiz.
_ Eu não sei. _ Luiz falou nervoso.
_ Ele não devia ter febre com os medicamentos. Deve ter algo errado.