_ Meu amor. _ André sussurra, se debatendo de um lado para o outro.
_ Você é a garota! _ Disse ele com convicção. _ É você! O amor do passado do chefe. _ Concluiu ele entendendo agora o porquê ela arriscou a vida para salvá-lo.
_ Sim, sou eu! _ Admitiu ela. _ Só peço a você que não diga nada a ele quem eu sou. Não conte a ele que fui eu que o salvei. _ Pediu ela olhando para ele.
_ Porque não quer que ele saiba? _ Luiz perguntou curioso.
_ Foi ele quem decidiu ir embora. _ Disse ela e uma lágrima solitária caiu em seu rosto.
_ Não direi a ele. Eu prometo! _ Luiz prometeu vendo a tristeza, nos olhos dela.
André para de se debater e está mais calmo com o medicamento que foi dado a ele. Finalmente parece mais tranquilo e até a febre está mais baixa.
_ Ele deve ter alergia ao medicamento que foi dado. Vou dar uma outra dose de outro medicamento a ele daqui a pouco e vamos ver como ele reage. Acredito que vai ficar melhor, vai se recuperar rapidamente. _ Diz ela acariciando o rosto dele, suado por conta da febre alta, mas a temperatura agora estava mais controlada.
_ Obrigado mais uma vez por sua ajuda. _ Luiz agradeceu, agora compreendendo a preocupação que ela tinha em ajudar seu chefe.
Luiz veio trabalhar com o André há seis anos, quando o pai dele morreu. Nunca conheceu a garota à qual sempre ouviu o chefe falar, mas ele nunca escondeu seu amor pela garota que precisou deixar no passado e até mesmo conhecia a tatuagem que ele tinha feito, para guardar ela em seu coração.
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UM MÊS DEPOIS.
André queria muito agradecer a mulher que salvou sua vida. Mesmo o Luiz insistindo que era desnecessário, ele precisava conhecer sua salvadora, que todos os homens falam com devoção, pela coragem que ela teve em enganar seus inimigos para ajudá-lo.
_ É perigoso voltarmos aqui, senhor. _ Luiz tenta convencer André a não entrar no hospital.
_ Já disse a você que quero conhecê-la. _ Diz ele parando de andar, olhando para o Luiz. _ Já que nem mesmo sabe o nome dela, precisa me mostrar quando ver ela. _ André ordena a ele.
Luiz sabia muito bem o nome da doutora, mas a pedido dela, prometeu nunca contar ao André, mas ele insistia em conhecê-la e não tinha mais nada que ele pudesse fazer.
_ Tudo bem, chefe! _ Luiz concordou com ele. _ Ela tem cabelos loiros e olhos verdes. Não vai ser difícil encontrá-la. _ Luiz conta a ele como ela é sem querer contar o nome e a primeira pessoa que passa pela mente do André com essas mesmas descrições é a sua Aline.
Mas acreditando ser impossível tanta coincidência, ele deixou seu pensamento de lado e foi entrando no hospital, sem nem se preocupar com a recepcionista gritando atrás deles que eles não estavam autorizados a entrarem.
Procurando pelos corredores, de quarto em quarto para encontrar a médica, Luiz a reconheceu em um dos quartos, colocando um medicamento em um paciente e André parece que seguiu seu olhar.
_ É ela! _ Luiz afirmou a ele e com um sorriso no rosto André seguiu até o quarto onde a Aline estava.
_ Você é bem difícil de ser encontrada, doutora. _ André fala da porta e Aline congelou ao ouvir a voz dele.
Ela estava de costas para ele, então ele não a reconheceu de imediato.
_ Queria pessoalmente agradecer pelo que... _ Diz ele e vai caminhando, mas perdeu toda a capacidade de falar quando ela virou para ele.
André não estava preparado para encontrar a Aline novamente. Ainda mais descobrir que foi ela quem salvou sua vida.
Os dois ainda estavam em choque e apenas olhavam um para o outro, mas aquele brilho da paixão estava ali no olhar dos dois. André olhava para ela como se os anos não tivessem se passado, era a mesma garota que ele amou sua vida toda, ali a sua frente, e seu desejo de correr até ela e abraçá-la era esmagadora dentro do seu peito.
_ Meu amor. _ Diz ele sussurrando baixinho ainda zonzo por vê-la, foi emoção demais.
_ O chefe queria agradecer. _ Luiz fala com um sorriso amarelo olhando para ela, ao ver os dois se encarando. Aline tinha pedido para ele não contar a verdade, mas não podia desobedecer uma ordem do seu chefe.
_ Sim! Eu queria lhe agradecer. _ André falou balançando a cabeça, tentando concentrar seus pensamentos. _ Obrigado por ter salvo minha vida. _ Agradeceu ele olhando profundamente nos olhos dela. Aqueles olhos eram os mesmos que olhavam para ele com tanta paixão.
_ Está tudo bem. _ Disse ela tentando se recompor, a presença dele afeta ela além do extremo. _ Só fiz o que eu podia. _ Fala tentando ser indiferente e não demonstrar que ficou abalada. _ Fico feliz em saber que está bem.
_ Tem algum lugar que podemos conversar? _ André perguntou ao notar que a paciente no quarto estava ouvindo a conversa deles.