A Linda Secretaria do CEO
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Capítulo 5 Capitulo 5

- Não faça isso. - Sua voz soa calma e fria.

- Isso o que? - Pergunto sem entender do que ele se referia.

- Nada, esquece.

- Porque todas as vezes que te pergunto algo, me manda esquecer?

- Porque não tem importância, apenas esqueça. - Ele já estava irritado.

E lá estava a tensão entre nós de novo. Pego o cardápio sobre a mesa e corro os olhos por ele. Agora me vejo sem fome, mas era necessário comer, não tomei café pela manhã. Pedi um Yakisoba com frango, rolinho primavera e sushi; ele pede o mesmo e um vinho para acompanhar.

- E então, você morava em Milão, não é?

- Sim. - Ele responde curto e grosso.

- Me conta um pouco sobre lá.

- Você nunca foi?

- Não, nunca tive a oportunidade, nem tempo - minto, eu não tinha era dinheiro mesmo.

- Entendo, é uma província linda, a mais populosa de toda a Itália, e seus pontos turísticos são lindos. Há muita coisa para se ver e que não tive como ir por causa das ocupações que eu tinha na filial de lá - fala com certa admiração.

- E quem ficou à frente da outra?

- Um dos sócios de meu pai, de nossa confiança.

- Entendo, não sente saudades de lá?

- Na verdade não, encontrei coisas melhores por aqui. - Ele me fixa.

- Ah... - Baixo os olhos, envergonhada.

- Vermelho cai muito bem em você. - Ele sorri.

- É, você já disse, obrigada. - Tento acabar com a conversa.

- Hum... já? Não me lembro. Mas só confirma que o que eu digo é verdade.

- Ou não.

- Então, me diga... de onde você é?

- Orlando. Morei lá até meus 16 anos.

- E porque saiu de lá? - Ele apoia seus cotovelos sobre a mesa.

- Meus pais morreram num acidente de carro e tive que ir para Atlanta, morar com minha tia.

- E como veio parar em Chicago?

- As coisas com minha tia estavam difíceis, minha criação era diferente e simplesmente não nos dávamos bem. Estava recém-formada em arquitetura e queria novas conquistas, foi aí que resolvi vir para cá. Fui morar com uma amiga e comecei a trabalhar na empresa do seu pai.

- E por que não ingressou na sua carreira de arquitetura? - Para que tanta curiosidade?

- Porque não achei nada na minha área. Quem iria querer contratar uma arquiteta recém-formada sem nenhuma experiência? Eu precisava de dinheiro e a empresa de seu pai uma funcionária. Vi grandes oportunidades e achei melhor agarrá-las do que ficar em algo que seria talvez incerto. A vaga na época era bem acirrada, tive que passar por 5 etapas e no final consegui. Mas eu ainda quero ter a oportunidade de ser uma arquiteta reconhecida. - Sorrio ao imaginar.

- Aposto que será uma ótima arquiteta.

- Obrigada. - Sorrio de lado.

Nossos pratos já haviam chegado e eu não tinha percebido. Começo a comer em silêncio. Ele me olha atento, parecia que a qualquer momento eu me partiria ao meio. A comida estava uma delícia, e o vinho dava um toque a mais, bem suave e saboroso.

Termino de comer e peço licença para ir ao banheiro. Passo no caixa e pago o nosso almoço, era claro que não deixaria ele pagar o que eu comi, prefiro pagar o meu e o dele. Vou ao banheiro, olho minha maquiagem e retoco o batom, que já não existia mais, saindo do banheiro logo em seguida. Debora estava ao lado de Maycon, conversando enquanto um garçom retirava os pratos. Essa mulher não desiste mesmo, hein?

- Vamos querido? Ainda temos muito o que fazer hoje. - Coloco a mão no ombro de Maycon e lhe dou uma piscada o mais sexy e sacana que pude. Ele pareceu não entender muito, mas logo entrou no jogo.

- Sim amor, só vou pedir a conta. - Tento agir normalmente depois de ouvi-lo me chamar de amor.

- Eu já paguei, vamos. - O sorriso dele fica engraçado.

- Sim, vamos. - Segura em minha mão e dá um aceno breve para Débora, que fica toda sem graça com nossa ceninha. Saímos e logo ele gargalha.

- Mas o que foi aquilo?

- Eu tinha uma reputação a zelar lá dentro, ela estava dando em cima de você e eu, como Sra. Corppin, não podia deixar barato, não é mesmo?

- Tem toda razão. - Ele ainda ria muito. - E que história é esse de que você pagou a conta? - E parou de rir, ficando completamente sério. Credo, tenho que me acostumar com essas mudanças súbitas de humor dele.

- Achei melhor... não gosto de ninguém pagando nada meu.

- Então sofremos do mesmo problema, não repita mais. Eu tenho dinheiro e posso pagar, você não precisa gastar o seu dinheiro comigo.

- Tá bom, "rico".

- Você e suas piadinhas ainda vão se dar mal comigo.

-Vou? Não perco por esperar.

- Você está me desafiando?

- Estou sim e, afinal, seus 40 minutos de chefe já acabaram. Tchau.

Um táxi estava parado mais na frente, corro até ele e entro. Vejo ele na calçada me encarando de cara fechada enquanto o táxi parte. Dou uma volta pelo parque, tomo sorvete e vejo algumas crianças brincando. Quando dá meu horário, pego um táxi e volto para a empresa. Entro no elevador lembrando do acontecimento de mais cedo e, como se fosse pouco, o cara que perturba os meus pensamentos passa pelas portas. Me mantive centrada em tudo o que iríamos fazer pela tarde, repassando na mente.

- Você está mordendo os lábios, posso saber por quê?

- Oi? Ah, eu... tenho mania de morder os lábios enquanto penso. Por que, te incomoda? - Levanto uma das sobrancelhas.

- Não, só me dá vontade de fazer isso...

Ele segura meus braços com força no alto da minha cabeça, sinto seus lábios nos meus. Sua boca é quente, seu gosto é embriagante. Sua língua adentra em minha boca procurando pela minha, fico meio relutante, mesmo querendo beijá-lo. Perco a razão e o nosso beijo fica ávido, desesperado, como se nós dois precisássemos disso para viver, estávamos cheios de desejo.

Com uma mão, segura as minhas, e a outra, acaricia os meus cabelos, depois, meu pescoço. Ele deixa meus lábios e beija meu pescoço, suspirando para sentir o cheiro do meu perfume. Dá um último beijo em meus lábios e então se afasta. Eu ainda tentava recuperar meu fôlego, não sabia o que dizer, mas mesmo que eu quisesse, não daria tempo, as portas do elevador se abriram. Ele estende o braço para a frente para que eu passe primeiro, mas nem sei se conseguiria andar. Minhas pernas estão trêmulas, mas, para minha surpresa, consegui caminhar tranquilamente. Falo com Cheila, que já aguardava por mim, para começarmos a trabalhar e me sentei em meu lugar.

- Senhoritas, tenham um bom trabalho. Sairemos em 30 minutos, tenho algumas coisas para resolver e depois iremos a filial. E Srta. Williams... seu batom está todo borrado. - Ele vai para sua sala. Mas que filho da puta! Não sei onde enfiar minha cara. Vou no banheiro correndo e arrumo meu batom. Volto para minha mesa e o telefone toca.

- Marketing Corporation, diretoria - digo no telefone.

- Já limpou seu batom borrado? - Ele dá risada.

- Por que você fez isso? - Tento manter a calma.

- Para você nunca mais fugir de mim, boneca.

- Boneca? Boneca é o escambau. Vai procurar algum trabalho, que você está cheio e eu não tenho dúvidas. - Irritada, bato o telefone em sua cara. Não estou nem aí que ele é meu chefe.

Nossa tarde, digamos que foi... tranquila, conhecemos todos da empresa filial e fizemos reuniões de lucros e prestações de serviços. Sr. Corppin não falou nada comigo em momento algum, e o que precisava, ele mesmo fazia. Me senti meio excluída das coisas.

                         

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