Capítulo 7 7

Liz narrando

Alguns dias se passaram e eu fui melhorando aos poucos, ja conseguia caminhar sem dor e ja tinha voltado para a minha cela, tinha um agente me seguindo o tempo inteiro e não me deixava sozinha sequer um segundo.

- Ta bem em - Maria fala - Com um agente gostoso assim fazendo sua segurança - Ela diz olhando para Gustavo.

- Para com isso - Eu falo

- Você precisa sair da cela - Ela diz - Voce só sai para comer.

- Quero não, voce ja viu como todas estao me olhando? - Eu falo - Não quero problemas, eu ja tenho uma acusação de morte e uma sobre trazed drogas aqui para dentro.

- Sobre as drogas duvido que você vai ter depois disso que aconteceu - Ela fala

- Você acha mesmo que aquele diretor não vai falar nada sobre isso? Ele quer me ferrar de tudo que é jeito - Eu falo

- Joana falou das diversas facadas - Ela fala

- Eu não dei essas facadas e não faço ideia de quem pode ter dado - Eu falo - Rodrigo era uma pessoa com poucos amigos, e se tinha eu não sabia,eu nao tinha contato.

- Situação complicada minha querida - Ela fala e passa a mão pelo meu rosto.

Maria era mais velha, e foi obrigada a casar com o marido, viveu um inferno durante 20 anos ate que um dia se livrou disso. Era a realidade de todas as mulheres, agente sofre, e quando pedimos ajuda ninguém ajuda, e quando fazemos por conta nossa somos presas e tratadas que nem animal.

Hoje eu nao sai para comer nada durante o dia, apenas o café da manhã e iria seguir pelo mesmo caminho a noite, Nao sentia fome, So sentia conta de de sumir para bem longe.

Por algum temoo fiquei pensando em meus pais, na sua morte, no acidente e depois na vida que eu tive com Alice e Igor. Os dois fizeram os papeis do meu pai, Alice era mais rigorosa e sempre estava em cima de mim e dizia que tudo isso era para a minha proteção. Lembro muito bem que Igor não gostou na época que conheci Rodrigo, por ele ser bem mais velho que eu , onze anos mais velho, mas Alice sempre gostou dele dizia que ele era o homen certo para mim, eu também achava o mesmo , jamais imaginei que ele iria ser oque ele foi.

Henrique narrando

Assim que chego no meu apartamento vou logo para o banho, fazia uma semana que nao dormia direito e nao vinha para cá. Desde que as duas morreram, eu passava o menos tempo possivel aqui dentro. Dormia na delegacia, na penitenciária, no sofá ja que nao tinha cama e muitas vezes ate mesmo dentro do carro.

Eu conheci Mariana quando ainda estava na academia da policia, nos apaixonamos, e nos formamos juntos. Com o passar dos anos, nos casamos, e a Eduarda nasceu, Mariana largou a polícia para cuidar da nossa filha. Eramos uma família feliz, nossa filha ia fazer quatro anos, Mariana ia voltar para o trabalho e do nada um acidente tirou elas daqui.

As vezes fico me perguntando e se eu tivesse junto? Dirigindo? Será que poderia ter mudado o destino delas?

A verdade é que se eu parasse á minha vida acabaria, porquê ela nao tinha sentido nenhum, e a única coisa que me restava era o meu trabalho.

Pego um cobertor e um travesseiro e desço para o carro, eu não conseguia encarar aquele apartamento sem elas.

Eu sei que mudei muito depois que às perdi, eu era um homem mais tranquilo, mais amoroso e carinhoso, o acidente delas me fez fechar para tudo e com todos. Parecia que nada mais fazia sentido.

Liz narrando

- Você esta emagrecendo de mais - Jonas fala - Ja são 8kla em duas semanas.

- Eu não estou conseguindo comer - Eu falo

- Desse jeito voce vai ficar doente - Ele diz e eu o encaro - E nao queremos isso, certo? - Assinto - Vou te receitar um remedio para ansiedade, vai te ajudar.

- Ansiedade? - Eu pergunto

- Joana veio falar comigo - Ele diz - Disse que não esta dormindo, saindo da cela, comendo , eu sei que tudo é complicado e novo para você, mas não pode deixar se abater desse jeito.

- Você é o unico aqui dentro que ate agora não me julgou e apontou o dedo para mim - Eu falo

- Eu não iria fazer isso com nenhuma de vocês - Ele diz - Mas você é diferente eu não consigo ver você como uma assasina, não mesmo.

- Você acreditaria no que eu digo? - Eu pergunto

- sim - Ele diz - Mas a minha opinião não quer dizer nada - Ele me entrega uma cartela - Um antes de dormir todos os dias.

- Obrigada - Eu falo

Assim que saio do laboratorio, Gustavo continuava me seguindo, encaro Angelica de longe junto com o seu bando e ela me encara.

- Passa reto - Gustavo fala - Elas não vao chegar perto de você - Assinto para ele e falo oque ele diz.

Ela faz sinal de morte passando a mão pelo pescoço, engulo seco e sigo para a minha cela.

Igor narrando

Consigo o direito de entrar no apartamento de Liz e Rodrigo, acompanhado de dois policiais e não poderia mexer na cena do crime.

- Na cena do crime voce nao pode mexer - A policial Johanna fala

- Irei verificar escritorio, quartos - Ei falo e ela assente

- Eu te acompanho - Ela diz

Vou no escritório de Rodrigo e começo a procurar alguma evidência de que ele poderia ter algum outro inimigo, ja tinha enviado as gravacoes das cameras de seguranças para um especialista para ver se elas tinham sido adulterados ou algo do tipo.

Acho um bilhete de motel no meio de suas gavetas do dia 14 de abril de 2020, motel? Liz não era o tipo de garota que iria para um motel com o marido.

- Achou algo? - Johanna pergunta

- Um bilhete de motel apenas - Eu falo - Mas que pode me dar alguma pista.

- Ele deve ter ido com ela - Ela diz

- Acho que não - Eu falo - Nesse dia ele estava viajando, como ele tinha um bilhete de motel desse dia em Sao Paulo? - Ela me encara

- Sempre achei tudo isso muito estranho - Ela fala - Mas não sou investigadora.

- Ela deu uma facada e acertou o abajur isso ela confessou - Eu falo - Mas não acredito que tenha sido mais do que isso.

- Boa sorte - Ela diz - QUALQUER coisa so falar - Assinto.

- Obrigado - Eu falo

FIco ali parado tentando raciocionar um pouco, se Liz saiu daqui e em meia hora a policia chegou. Quem foi que denunciou? Quem que fez a ligação anônima?

Precisava falar com o meu amigo promotor para pedir dois mandatos, um para as cameras do motel e outra para conseguir escutar a ligação da denúncia anonima. Eu ia te tirar da ai Liz, ah se eu ia.

--Liz narrando

Depois de muito Maria, Joana e ate mesmo Aline insssitir, eu saio da cela e acompanho elas na atividade.

- Liz você nao esta na lista para trabalhar na cozinha - Agente Marta fala.

- Eu não devo esta na lista de nada por causa de tudo que aconteceu - Eu falo - Mas sera que eu posso?

- Deixa - Joana fala - por favor.

- Tudo bem - Ela diz - Colocarei seu nome.

- Obrigada - Eu falo e passamos por ela - Joana eu sou uma negação na cozinha, mal sei fazer ovo.

- Relaxa eu te ajudo - Ela diz

- Isso não vai dar certo - Eu falo

Assim que chegamos tinha outras detentas que algumas me olharam tortos e outras estavam normais, Maria cuidava da salada, Aline fazia o feijao, Joana fazia as carnes e eu estava ajudando a fritar algumas coisas ali.

A cozinheira chef tambem era detenta era a Beatriz, foi presa porque matou o estuprador da filha, isso era uma loucura de se acreditar que uma pessoa que defendeu sua filha estava presa.

- Você vai queimar os frangos - Fernanda outra detenta fala

- Vou tentar nao queimar - Eu falo toda desajeitada.

- Voce nunca fritou na vida não? - Ela pergunta

- Sempre fui horrível na cozinha - Eu falo - Para cozinhar para muita gente sou uma negação, para eu sobreviver consigo - Ela balanca a cabeça rindo.

- Porque foi presa? - Ela pergunta

- Matei meu marido - Eu falo - Dei uma facada, por legitima defesa mas apareceu outras e agora estou sendo culpada apenas por culpada -Ela me olha - E você?

- Morava no morro - Ela diz - Assassinei o bandido que entrou para matar meu pai, ele era dependente de droga - Encaro ela - Fui entregue para a policia pelo dono do morro na mesma hora.

- Eu sinto muito - Eu falo para ela e ela assente - Voce ja esta aqui a muito tempo?

- Sim - Ela fala - Três anos, tenho mais uns quinze para cumprir - Ela diz desligando o arroz e colocando em uma vasilha e eu tiro o frango.

- Tudo bem ai morena? - Joana fala

- Sim - Eu falo - Acho que sim.

- Só nao deixa queimar - Ela diz - Se não vao ficar reclamando.

Flash black onn

- Isso aqui ta horrivel - Ele fala cuspindo a comida - Você nao serve nem para isso.

- Rodrigo nao esta tao ruim assim - Eu falo

- Esta horrivel - Ele diz - Você é um lixo Liz , um lixo, uma incompetente se eu soubesse jamais tinha te tirado da casa da sua irmã, deveria ree te deixado lá aprodecer na aqurla casa.

- Então me dekxa ir embora - Eu falo

- Você so sai daqui morta - Ele diz e segura meu braço - Só sai daqui morta - Ele me dar um tapa no rosto e seu celular toca e ele me larga com tudo no chão - Alo, ate que em fim você me ligou, ja estava sentindo a sua falta - Ele sai da sala.

Uma lagrima escorre em meu rosto.

Flash black off

Sinto um empurrão e derrubo a panela de óleo e respinga em meu braço.

- Distraida dos inferno - Uma detenta que não sabia o nome fala - Tu ta ferrada aqui , tu vai pagar por ter entregado a Angelica , acho bom voce dizer que fou acidente - Ela me encara - Ela se queimou aqui porra - Ela grita .

- Liz - Joana fala - Alguem ajuda.

- Ta doendo muito - Eu falo -Muito - Digo vendo criar bolhas e Joana coloca meu braço debaixo da água.

- Oque aconteceu aqui? - Gustavo pergunta e encara meu braço - Vamos liz para o laboratório.