Minha Pequena Felicidade - Especial mês das mães
img img Minha Pequena Felicidade - Especial mês das mães img Capítulo 4 4
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Capítulo 4 4

- E o meu é Celeste... - Ela respirou fundo, e relaxou, aos poucos. - E eu não estou tendo uma contração, é só uma câimbra.

- Você tem certeza? - ele insistiu.

- Certeza absoluta! - Ela se esticou e estremeceu, pas¬sando a mão no lugar onde sentira a pontada. - São essas bobagens de "Nova Era". - Ele não pôde evitar um sorriso e, então, ela também sorriu. - De acordo com meu obstetra, isso deveria relaxar tanto a mim quanto ao bebê. Só que é mais provável que acabe nos matando.

De repente, Ben foi catapultado para o passado de novo. Exatamente como acontecia quase todos os dias, e todas as noites. Não todo o tempo, como antes, mas, já que haviam se passado quatro anos, com freqüência demais.

- Bom, já que você está bem... - Ele não terminou a frase e se virou para ir embora. Mas de repente, ela estava segurando a barriga com as duas mãos, e expirando longa e lentamente.

- Isso - disse Ben, com firmeza - não é uma câimbra.

- Não. - Ela fechou os olhos e desta vez ele colocou a mão no abdômen dela, sentiu o estiramento fraco ao redor do útero. Manteve a mão ali até que passasse, satisfeito em verificar que aquilo nada mais era do que uma contração Brazton-Hicks.

- É só o bebê praticando para o grande dia. - Ela sorriu. - Sinceramente, eu estou bem.

- Você tem certeza? - ele pressionou.

- Absoluta.

- Se elas se tornarem mais fortes, ou ficarem...

- Mais regulares, eu sei, eu sei. - Ela deu a ele um enor¬me sorriso. O sol estava alto agora e ele podia ver a cor bron¬zeada dela e seu rosto sardento. Ela realmente tinha um sorriso incrível. - Bem, de qualquer modo, obrigada - ela disse.

- Sem problema.

Ela se virou e começou a caminhar ao longo da praia, na mesma direção que ele deveria ir, então, ele começou a cami¬nhar atrás dela e meio que a observava para ter certeza que não ia parar de novo, mas ela agora parecia bem. Ela vestia short branco e uma camiseta regata branca justa, e tinha curvas por toda parte. Ben sentiu um leve desconforto quando ela virou a cabeça para trás.

- Eu não estou seguindo você. Eu moro lá em cima - ele explicou.

- Que legal! - Ela diminuiu o ritmo da caminhada. - Onde?

- Num dos apartamentos pequenos ali no fim da praia.

- Desde quando? - ela perguntou.

- Desde o final de semana.

- Então nós somos vizinhos. - Ela sorriu. - Eu sou Ce¬leste Mitchell, moro na Unidade 3.

- Ben, Ben Richardson. Estou no número 22.

- Então, você está do lado calmo. - Celeste revirou os olhos.

- Você tem certeza disso? - Ben disse, levantando uma sobrancelha. - Certamente não foi calmo nas últimas duas noites. Brigas, festas...

- Isso não é nada comparado aos meus vizinhos - ela retrucou.

Eles estavam lá, na frente da fileira de unidades de um dor¬mitório que era um tanto de feiúra num cenário tão encantador.

Sem dúvida, um dia uma incorporadora jogaria tudo no chão e construiria um prédio luxuoso ou um hotel, mas agora elas eram apenas umas fileiras de unidades velhas e bastante degradadas, que ofereciam aluguel barato e acesso à praia, e estavam cheias de mochileiros procurando um canto por algu¬mas semanas e o eventual inquilino comum, o que era obvia¬mente o caso de Celeste.

Ao chegarem à unidade dela, ficou claro que ela se destaca¬va das outras, a pequena faixa de grama na frente havia sido aparada e havia vasos de girassóis na pequena entrada. Ficava claro que aquilo era um lar.

- Obrigada novamente pelo seu interesse. - Ela deu um grande sorriso. - E se você precisar de uma xícara de açúcar...

Ele riu.

- Eu saberei aonde vir.

- Eu ia dizer que você terá que bater na porta ao lado. O médico acabou de me colocar numa dieta.

Ele riu novamente e acenou um adeus. Dirigindo-se para a sua unidade, entrou, ligou a cafeteira elétrica e observou em torno de si o interior sombrio antes de dirigir-se para o chu¬veiro fraco, imaginando se ele jorraria água quente ou fria essa manhã.

Ele esperava que o apartamento dela fosse melhor que o dele. Era um pensamento estranho para aparecer de repente em sua cabeça, mas ele só esperava que fosse melhor, isso era tudo. Com certeza, do lado de fora ele era extremamente bem cuidado. Talvez o marido dela o tivesse pintado. E ele tinha esperanças de que a mobília dela fosse mais bonita do que a fornecida pelo senhorio. Ainda assim, isso não compensaria o barulho...

Saindo do chuveiro, ele podia ouvir seus vizinhos brigan¬do novamente, e para Ben, quanto mais cedo fosse o leilão, melhor.

Ele fez um pouco de café e sorriu novamente enquanto co¬locava colheres de açúcar nele.

Ela não precisava fazer dieta, ela era curvilínea, sim, mas estava grávida.

Ele pensou naquele traseiro arredondado adorável, reque¬brando pela praia na frente dele, e apenas a imagem dela, tão clara em sua memória, deixou-o sobressaltado, então, ele ime¬diatamente voltou sua mente para pensamentos mais práticos.

A taxa glicêmica dela estava provavelmente alta. Ela deve¬ria estar no sétimo mês de gravidez, ou quase isso...

            
            

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