Minha Pequena Felicidade - Especial mês das mães
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Capítulo 7 7

O que ela teria que enfrentar no futuro?

Mesmo com um emprego de período integral, pagar o alu¬guel era uma luta. Sem ajuda de sua família, ela estava econo¬mizando para comprar o carrinho e o berço, e já tinha compra¬do algumas roupinhas minúsculas e alguns pacotes de fralda, mas ainda havia tanta coisa necessária a comprar... Sem falar no carro dela, que estava um pavor...

Celeste conseguia sentir o nível de pânico aumentando con¬forme se dava conta das enormes dificuldades que enfrentaria, e obrigou a si mesma a se acalmar, fazendo com que sua mente se aquietasse.

Mas isso também não ajudou muito, porque quando a onda de pânico passou, Celeste se sentiu absolutamente exausta.

Segurando o lençol, ela desejou se deitar naquela cama de hospital, cobrir a cabeça com ele e dormir, engordar, ler revis¬tas de bebês, sentir os chutes e apenas descansar.

- Sentindo-se melhor? - Celeste deu um pulo ao ouvir a voz de Ben. - Depois do que aconteceu esta manhã?

- Eu tive uma câimbra - Celeste respondeu, mais ríspida que o necessário. - E antes que você pergunte, sou completa¬mente capaz de trabalhar. Estou cansada das pessoas insinua¬rem que eu não deveria estar aqui. Gravidez não é doença, como você bem sabe!

Ben arregalou um pouco os olhos.

- Estou só puxando papo... Você sabe, conversa entre vizinhos?

Ela havia exagerado e sabia disso, devia desculpas.

- Sinto muito, foi um pouco difícil convencer meu médico que eu era capaz de voltar ao trabalho e Meg está o tempo todo questionando minha presença aqui. E eu, bem...

- Não acha que isso tudo seja necessário.

- Isso mesmo - disse Celeste. - Eu jamais colocaria meu bebê em risco.

- Muito bem.

Ela esperou por um "Mas...", esperou que ele continuasse a conversa, que lhe passasse um pequeno sermão como tantos que vinha escutando ultimamente, mas ele parou no "Muito bem". Foi o único comentário dele sobre a situação dela.

- Marquei uma tomografia para Matthew, Ele vomitou um pouco e prefiro pecar por excesso de zelo. Ele está pálido, e não estou gostando. Vão chamá-lo daqui a pouco. Ah, e tenho uma paciente com uma das mãos machucada, é algo que vai manter você ocupada. - Ele sorriu para ela e lhe entregou a ficha de da paciente. - Fleur Edwards, 82 anos. Ela teve uma laceração séria na mão, provavelmente um tendão foi danificado, mas a equipe de cirurgia só vai poder cuidar dela bem mais tarde. Por causa da idade da paciente, ela será tratada com anestesia local, então, dê a ela uma refeição leve e depois deixe-a em jejum.

- Claro.

- Você pode fazer um eletrocardiograma nela também, por favor? Sem pressa.

Ele era legal e sossegado, Celeste pensou. Ele não foi con¬descendente com ela porque ela era uma estudante, não ficou dando ordens idiotas, como se ela nunca tivesse visto uma laceração antes. E, o melhor de tudo, ele não lhe passou um sermão sobre ela estar ali trabalhando.

Uma sala de observação era como um ponto de ônibus: em pé ou sentado, você ficava esperando, sem que nada de muito interessante acontecesse por um longo período. E então, tudo acontecia de repente.

Matthew foi trazido primeiro, pálido, como Ben havia des¬crito, mas ele riu das brincadeiras de Celeste enquanto se aco¬modava na cama.

- Você sabe que fazer exercícios não é nem um pouco saudável, não é? - A mãe e a namorada tinham acompanhado Matthew até a observação, mas agora que ele estava instalado, elas podiam ir para casa. Celeste fez uma série de testes neu¬rológicos nele e avisou que teria que repeti-los a cada hora.

- Mesmo que você esteja dormindo.

Ela explicou à família de Matthew sobre o horário e tempo permitido de visitação e anotou para eles os números de tele¬fone do hospital e do ramal onde ele estava. Quando ela ia começar a preencher a papelada da entrada dele no hospital, a porta se abriu.

- Outra paciente para você... - disse Deb, que também era estudante ali, enquanto entrava empurrando numa cadeira de rodas Fleur, uma senhorinha encantadora, com faces rosa¬das e sobrancelhas pintadas, vestindo uma saia de bolinhas e uma blusa branca muito elegante, que infelizmente estava manchada de sangue. - Fleur Edwards, 82, mão machucada - disse Deb,

- Ben já havia me falado sobre a paciente - disse Celes¬te, percebendo que Deb estava com pressa. - Algum familiar veio com ela?

- A filha virá esta tarde. - Elas olharam para a ficha da paciente. - Não tem alergias, sofre de artrite, mas, fora isso, ela parece muito bem.

- Eu assumo daqui - disse Celeste, sorrindo para Fleur, que esperava com paciência sentada em sua cadeira, com o braço em uma tipoia.

- Vocês estão muito ocupados lá fora? - ela perguntou a Deb.

- Estamos começando a ficar. Temos um paciente bastan¬te ferido chegando.

Apesar de estar sorrindo quando foi ajudar Fleur a se aco¬modar, Celeste sentia uma pontada no coração quando Deb saiu, uma pontada de alguma coisa. Ela deveria estar lá fora, e apesar de saber que adoraria entrar de cabeça no programa de graduação, Celeste era realista o suficiente para ter consciên¬cia que, quando voltasse da licença maternidade, sua cabeça estaria cheia de outras coisas e que ela estaria exausta por outros motivos, todos eles relacionados com aquele ser que chutava seu diafragma exatamente naquele momento. Mas nada disso era problema de Fleur.

            
            

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