Amores Da Vida Parte 1
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Capítulo 2 2

Meu short perdeu-se jogado em uma cômoda. E eu acho que minha calcinha está perdida para sempre. Em algum lugar entre o tapete ou talvez escondida atrás da porta. Não me lembro de quando eu as tirei, ou se era mesmo eu as tirando. Talvez ele me despiu.

Olhei sobre os ombros para dar uma espiada na bela adormecida. Um cara com cabelo dourado e uma cicatriz ao longo de seu osso ilíaco. Ele virou de frente para mim e eu congelei. Seus olhos permaneceram fechados, e ele meio grogue, agarrou o travesseiro, praticamente beijando o tecido branco. Ele estava com a boca ligeiramente aberta, soltando roncos sussurrados, o forte cheiro de álcool e pizza de pepperoni flutuava direitamente a mim.

Eu, com certeza sei escolher!

Eu escorreguei delicadamente da cama e andei na ponta dos pés pelo apartamento, de short e sem calcinha, tropecei com outro casal que eu não conhecia. Quando peguei minha camiseta cinza rasgada e praticamente em farrapos, a imagem nebulosa de ontem à noite clareou. Eu pisei no quarto e ele literalmente rasgou minhas roupas como o Hulk furioso. Eu tremi. Aquilo foi muito sexy! Deve ter sido suficientemente sexy, porque eu o deixei dormir comigo.

Desesperada, eu encontrei uma camiseta desbotada no chão e a puxei por cima do meu ombro e pelo comprimento do meu cabelo castanho, os fios estavam retos, emaranhados e gordurosos. Foi quando eu encontrei a minha toca de lã. Bingo. Eu beijei esse bebê fora de seu quarto.

Havia latas de cerveja espalhadas por todo corredor, tropecei em uma garrafa de Jack Daniels, cheia de saliva preta e que parece ser um Jolly Rancher. Na porta a minha esquerda tinha uma colagem de fotos de meninas da fraternidade embriagadas, felizmente não era no quarto que acabei de sair. De alguma forma, eu fui capaz de me esquivar de um Kappa Phi Delta e encontrei um cara que não anuncia suas conquistas.

Eu deveria saber melhor. Eu jurei ficar fora de casas de fraternidade depois do meu último encontro no Alpha Omega Zeta. A noite, quando cheguei perto da fraternidade AOZ, estava acontecendo uma festa temática. Sem saber, eu entrei no edifício de quatro andares para ser recebida com baldes de água e rapazes cantando para eu arrancar meu sutiã. Era como Spring Break que deu errado. Não que eu tenha muito no departamento de seios para mostrar. Antes de convulsionar em constrangimento, eu abaixei rápido os braços, entre torsos e encontrei prazer em outros locais e com outras pessoas.

Aqueles que não me faziam sentir como uma vaca sendo avaliada.

Ontem à noite eu quebrei uma regra. Por quê? Eu tenho um problema. Bem, eu tenho muitos problemas. Mas dizer não é um deles. Quando Kappa Phi Delta anunciou que Skrillex iria tocar em seu porão, eu pensei que a multidão seria uma mistura de meninas do círculo estudantil e os mais populares da universidade. Talvez eu fosse capaz de mostrar ser uma pessoa normal que gostava de house music. Acontece que, o grupo era formado apenas por pessoas da fraternidade. Muitos deles. Querendo qualquer pessoa com dois peitos e uma vagina.

Skrillex nunca se mostrou. Foi apenas um DJ coxo e alguns amps.

Vai saber.

Vozes masculinas profundas ecoam na varanda, vindas das escadas. As pessoas estão acordadas? No andar de baixo? Ah não.

A caminhada da vergonha é um ato que pretendo evitar durante todo o tempo em que eu estiver por aqui. Mas, eu acabo corando.

Como um enorme tomate vermelho. Não de bochechas coradas bonitas. Mas iguais a gigantes erupções que pontilham o meu pescoço e braços como se eu fosse alérgica ao constrangimento.

O riso masculino se intensifica, e meu estômago dá um nó ao imaginar um pesadelo em minha mente. Aquele em que eu tropeço ao descer as escadas e todas as cabeças se viram em minha direção, o olhar de surpresa em seus rostos imaginando qual deles que decidiu ficar com uma garota magra e sem peito. Talvez eles joguem um osso de galinha para mim, me provocando para comer.

Infelizmente, foi o que me aconteceu na quarta série.

Provavelmente, eu vou gaguejar palavras ininteligíveis até que um deles tenha pena de minhas manchas vermelhas em chamas, e me jogue para fora de sua porta como lixo indesejado. Isso foi um erro (ir à casa de fraternidade, e não o sexo).

Nunca mais vou ser forçada a ingerir tequila como um aspirador. Mesmo sob pressão. Isto é fato!

            
            

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