PRESENTE DO DESTINO - ESPECIAL DIA DOS PAIS
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Capítulo 3 3

Ridge

Acontece que Stephanie estava bem com o plano de sermos ─amigos com benefícios─. Ela afirma que seu trabalho a mantém ocupada, e ela não tem tempo para nada mais sério, então combinamos de nos encontrar quando ambos tivéssemos vontade e tempo, sem expectativas. Ela também insistiu em nós não dormirmos com mais ninguém durante esse tempo.

Estou bem com isso.

Faz dois meses hoje que nos conhecemos. Nos encontramos uma vez por semana, e até agora está funcionando bem. Vejo meu bolso ficando quatrocentos dólares mais rico, muito em breve. Os caras não poderiam ter escolhido uma garota melhor; ela é tão desapegada quanto eu sou. Além disso, o sexo é bom, portanto, é um ganha-ganha.

- Você vai jogar hoje à noite?─ Pergunta Kent.

─Esta é a minha noite com a Steph─ respondo.

─Oh, sim, sua namorada. Ela tem você na coleira, irmão?─ Tyler ri.

─Foda-se. Sem coleira, nós dois estivemos ocupados esta semana. Esta é a nossa noite para nos encontrarmos.─ Preciso de algum alívio, mas não digo isso a eles. Por que alimentar o fogo?

─Traga ela com você.─ Mark sugere.

─Talvez─, eu digo, não confirmando. Estou pensando em como fazer isso funcionar. Nós precisamos jantar, passar algumas horas com os caras, e ainda encontrar tempo para emaranhar nos lençóis.

─Já faz o que... cinco, seis semanas? E ela já te pegou pelas bolas.─ Sorri Seth.

─Oito. Podem rir, rapazes, mas eu sei que minha noite estará terminando comigo tendo o meu pau molhado. Você pode dizer o mesmo?─ Sorrio.

─Ridge, vamos lá, cara. É a noite das cartas. Basta trazê-la.─ Diz Kent, exasperado.

A noite das cartas tem sido uma tradição nossa pelos últimos anos. Nós nos revezamos indo para a casa uns dos outros, levando lanches e cerveja gelada. Faltar é algo que nenhum de nós jamais fez a não ser por uma emergência familiar, e certamente não por causa de uma aposta/encontro.

─Bem, nós estaremos lá. Agora volte ao trabalho.

***

Eu paro na entrada de Stephanie as 18:00 em ponto. Corri para casa do trabalho, tomei uma rápida chuveirada e dirigi em linha direto para cá.

─Ei─, diz ela, abrindo a porta.

─Querida.─ Eu inclino-me e a beijo. ─Você está pronta?─

─Sim─. Ela pega a bolsa e as chaves e estamos fora da porta. ─Como foi sua semana?─

─Ocupada, como de costume. Terminando o trabalho de Allen amanhã, espero. Só amarrando algumas pontas soltas. E a sua?─

Ela continua a me falar sobre o seu dia, e eu escuto enquanto dirijo até a loja.

─Uh, o que estamos fazendo aqui?─

─É a noite de cartas. Eu preciso pegar uns petiscos. Eu não tinha planejado ir, mas os caras me convenceram a ir. Eu já volto─ rapidamente saio da minha caminhonete e caminho para dentro. Pego algumas batatas fritas, molho e umas bandejas de carne e biscoitos, em seguida, vou para o caixa. Em cinco minutos estou de volta na caminhonete

─Noite das cartas?─ Ela pergunta, uma vez que estamos de volta na estrada.

Seus braços estão cruzados sobre o peito, então eu posso dizer que ela não está impressionada. Eu deveria me sentir mal ou alguma coisa, certo? Então por que é que não estou? ─É algo que fazemos uma vez por mês. Fazemos isso por anos─, eu explico.

─E você escolheu esta noite de todas as noites para sairmos juntos?─

─Eu te disse, eu não ia, mas convenceram-me hoje. Qual é o problema? Vamos parar no Kent, jogar algumas mãos, comer pizza e lanches e depois ir embora─. Eu estico o braço e seguro sua mão. ─Então vamos ver o que podemos fazer para aliviar o stress de sua semana─. Eu pisco.

Ela não está impressionada.

─Ridge─, ela geme.

Que diabos? Isso é novo. Não vi esse lado dela. Claro, normalmente somos só nós dois tendo um jantar e rolando os lençóis. Eu tenho evitado sair com as amigas dela ou os meus, até agora. Essa é a primeira vez.

─Quer que eu te leve para casa─? Eu não vou lidar com essas reclamações.

Se ela quer foder, ela tem que aguentar a noite de cartas. Simples assim.

─Ugh! Tudo bem, mas eu não quero ficar muito tempo─.

Seguro o volante com força. Nunca tive uma garota me dizendo o que fazer. Claro, nunca fico tempo suficiente para que isso aconteça também. Ela está delirando se acha que só porque é a única que estou fodendo agora ela pode dizer o que eu faço.

Não vai acontecer, querida.

Parando o carro na garagem de Kent, pego o saco de lanches e espero na frente da minha caminhonete por Stephanie. Eu não sou um total idiota. Bato uma vez na porta e entro, é assim na casa de todos. Somos uma família.

─Ei, Ei─! Grito. Um coro de saudações nos cumprimenta enquanto caminhamos para a cozinha.

─Stephanie, certo?─ Mark pergunta.

Ela parece surpresa que ele se lembra. ─Sim.─

─Seja bem-vinda. Você joga pôquer?─ Kent cumprimenta.

Desgraçado, ele sabe que ela não joga. Eu mordo meu lábio para não rir.

─Não.─

O olhar no rosto dela não tem preço. Ela parece como se nós tivéssemos pedido para dormir com todos os cinco ou algo assim. Isso é uma coisa que eu comecei a notar sobre ela. Ela é muito formal e correta, não tem tempo para apenas relaxar, isto é, é claro, a menos que estejamos no quarto. Todas as outras vezes, ela é muito tensa. Ela precisa aprender a se soltar de vez em quando; a vida é malditamente curta para ser tão séria o tempo todo.

─Não se preocupe, querida. Podemos te ensinar.─ Seth diz, jogando o braço por cima dos ombros dela.

Ela olha para mim, para quê, não sei.

─Eu estou bem─, diz ela, afastando o braço dele.

─Fique à vontade. Tudo pronto?─ Pergunto.

─Sim─, Tyler confirma, pegando uma tigela de batatas fritas e a colocando na mesa.

─Puxe uma cadeira, ou vá para a sala de estar se você quiser assistir à TV.─ Digo a ela. A boca dela cai aberta. O que ela esperava? Eu não vou mimá-la. Ela não é minha namorada, e francamente, eu não gosto deste lado dela.

Ela rola os olhos e sai em direção a sala de estar.

─Qual é o negócio?─ Tomo o meu lugar na mesa.

─Problemas no paraíso?─ Mark pergunta.

─Paraíso? Você sabe como funciona, irmão. Negócios.─ Passamos as próximas duas horas jogando cartas, comendo e falando merda. Não é até que escuto Stephanie limpar a garganta que eu me lembro que a trouxe. Merda!

─Você está pronto?─ Ela pergunta. Seus braços estão cruzados sobre o peito e ela está batendo o pé, com uma carranca no rosto.

Tudo bem, foi idiotice esquecer que ela estava aqui, mas vamos lá. Ela quem escolheu ficar separada da gente. Olhando para a hora, vejo que já são quase nove.

─Sim. Esta é a última mão.─

Ela parece irritada que eu não tenha simplesmente levantado e saído, mas nós estamos no meio de uma mão. Que acaba muito rápido, com Seth ganhando.

─Estamos fora─, eu falo, levantando e alongando. ─Vejo vocês pela manhã.─ Olho para Stephanie. ─Pronta?─

Ela não responde, apenas se vira e sai pela porta da frente. Os caras riem e eu não posso deixar de rir com eles. Ela está sendo uma diva. Aceno por cima do meu ombro enquanto eu sigo para a minha caminhonete.

─Apenas me leve para casa, Ridge.─ Ela rosna.

Eu não me presto a responder seu chilique, apenas coloco a caminhonete na estrada e a levo para casa.

Paro o carro na sua garagem e não me incomodo em desligar o motor. Ela está chateada, e sinceramente, não me importo.

─Eu queria te perguntar uma coisa, mas você estava muito preso com os meninos para passar algum tempo comigo.─

É uma bandeira vermelha. Nós realmente não chamamos isso de 'passar tempo juntos' nós comemos e fodemos, é isso. ─Bem?─ Falo, incentivando-a a continuar.

Ela tira o cabelo do rosto e toma uma respiração profunda.

─Há um baile de gala na próxima semana. É um grande evento, mostrando meus projetos. Eu não quero ir sozinha.─

Bem, foda-se. ─Que dia?─

─Sexta.─

─Que horas?─

─Temos que sair da minha casa às sete. Começa às oito, mas eu quero chegar lá cedo.─

Eu penso sobre a aposta. Merda, é o mínimo que posso fazer. Estou na reta final, e em breve o nosso tempo vai acabar de qualquer forma.

─Sim, o que preciso usar?─ O rosto dela se ilumina.

─Um terno?─ Indaga.

─Entendi. Vejo você então.─ Ela hesita.

─Você quer sair neste fim de semana?─

Não.

─Eu tenho muita coisa acontecendo com a finalização do trabalho de Allen.

Acho que não vou ter tempo. Eu vou pegar você até às sete, na sexta-feira.─

Ela não se incomodou em responder e saiu da minha caminhonete. Eu mantive meus faróis na sua porta e esperei até que ela entrasse para ir embora.

Mais quatro semanas.

            
            

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