Sorte ou Azar?
img img Sorte ou Azar? img Capítulo 7 7
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Capítulo 7 7

07

07

Dandara narrando

Encontrar Alice não era muito legal, daqui a pouco Léo poderia está aqui e saber que talvez eles iriam para Itaipava no feriado me deixava apreensiva, se Miguel soubesse disso ele não iria para lá de jeito nenhum e eu queria tanto ir por causa dos meus pais , eu amava aquele lugar também e eu acredito que era tudo que eu e Miguel precisava, a gente era para estar juntos lá . Todos juntos.

Mari me manda mensagem perguntando se já tinha usado os produtos sozinha, começo a rir e vejo que Miguel chega .

- Olá - Miguel fala beijando meu pescoço enquanto eu deixava escorrer a calda de chocolate pelo bolo - Está inspirada hoje?

- Eu sempre estou - Eu falo para ele - Você me inspira - Eu sorrio para ele .

- Você sabe do que eu gosto - Ele diz sentando na minha frente - O que voce comprou em que eu não podia ver na sacola? - Ele pergunta

- Surpresa - Eu falo sorrindo - Como foi seu serviço?

- Bom -Ele fala - Mas é melhor ainda chegar em casa e ter você - Ele tira a panela da minha mão - Você está lambuzada aqui - Ele diz me dando um beijo no canto da boca - Ele fala e eu encaro - Já disse o quanto você é linda hoje? - Ele diz beijando a minha boca.

- Você já está pronto para a gente passar o feriado do natal na casa dos meus pais ? - Eu pergunto para ele que parece pensar - Aliás o natal é uma boa oportunidade para você ir ver seu pai, Miguel - Ele se afasta - Poxa Miguel.

- Eu não sei se vou conseguir ir - Ele diz e eu encaro ele sem acreditar no que ele está dizendo - Estamos com falta de policiais e estamos ocupando o lugar um do outro para suprir a necessidade Dandara.

- Mas você já trocou o feriado do dia das crianças e dos finados para conseguir passar comigo o feriado do natal e ano novo, você lembra disso? - Eu falo para ele que me encarava sério - você sabe como isso é importante para nós, em toda a nossa vida nunca passamos um natal longe do outro.

- Desculpa Dandara - Ele diz me encarando - Mas é meu trabalho - Eu o encaro segurando as lágrimas .

- É sempre assim Miguel, eu abri mão dos meus sonhos para viver os teus e você nunca está comigo, eu preciso sempre entender que é o seu serviço - Eu saio da cozinha e vou em direção a sacada respirar ar puro.

- Dandara - Ele me chama e vem atrás de mim - Dandara - Ele se aproxima e me abraça por trás - Por favor, eu prometo eu vou tentar trocar e viajar com você para Itaipava.

- É o mínimo Miguel - Eu falo sem olhar na cara dele .

- Eu prometo que vou tentar - Ele diz beijando meu ombro e eu respiro fundo olhando o mar .

As palavras de Miguel não me passaram tanta confiança, eu sentia que ele não iria conseguir, mas tentava bem lá no fundo acreditar que ele estava falando a verdade , que ele iria se esforçar o máximo possível para ir comigo.

-

Carol NARRANDO

Eu encaro o morro e vejo minha mãe e meu pai lá embaixo, vejo Mateus soltando pipa na laje com outros garotos e vejo Pedrinho no telefone, que deveria está falando com Joana, que não dava a mínima para ele.

- Pai, mãe – eu falo me aproximando

- O que foi? – Meu pai pergunta – aconteceu algo Carol?

- Não, eu só queria ir no baile hoje.

- Nem pensar – ele fala,

- Rd – minha mãe fala

- Baile não é lugar para você.

- Porque a Joana pode ir e eu não?

- A joana é maior de idade. – ele responde

- Quando ela tinha minha idade, ela ia – eu bufo.

- O pai dela é o Perigo – ele fala – preciso ir – ele me dar um beijo na testa e sai.

- Mãe, você precisa conversar com ele.

- Eu falo com ele mais tarde – ela fala – eu preciso ir para ong, você quer me ajudar? – eu nego – deveria ocupar sua cabeça com algo sabe, estudar, pensar em uma faculdade.

- Você fala isso porque quer me comparar com Joana.

- Eu nunca comparo os meus filhos e você sabe disso – ela fala sorrindo – você que fica com essa paranoica, sua irmã nem mora mais aqui com a gente.

- Ta bom – eu respondo

- Malu – Julia fala – Oi Carolzinha.

- Oi tia Julia – eu respondo para ela

- Vamos indo – minha mãe fala para tia Julia

Elas param para conversar com Pedrinho e vejo que ele tinha uma arma na cintura, ele tinha começado ajudar no morro a alguns meses e estava firme e forte, enquanto o idiota do Mateus só pensava em empinar pipa e não queria nem pensar em seguir os passos do nosso pai, eu até achava que ele puxava para outro lado.

- Oi Carol – Pedrinho fala me encarando

- Oi, você falou com minha irmã hoje?

- Não – ele responde

- Eu queria falar com ela, mas ela não me atende.

- Joana sempre ignorando os outros – ele fala.

- Ela está te ignorando? – eu pergunto

- Sabe como ela é – ele sorri – eu preciso ir, muita coisa para resolver.

- Você sabe se ela vem para o baile?

- Não me disse nada – ele responde subindo.

Pedrinho não me dava muita conversa , mas para Joana ele dava era tudo e enquanto ela apenas esnobava ele, ela sempre disse que não levava ele a sério, porque achava ele imaturo de mais, já eu achava ele perfeito, mas ele me ignorava o tempo todo, era como se eu não existisse para ele, na vida dele.

JOANA NARRANDO

Eu penso em avisar meu pai, mas desisto quando as alunas começam a chegar, aquela mulher continua no studio observando tudo, eu apresento ela para as meninas e começo a dar a aula, tanto meu pai, como minha mãe ou tio Rd sempre me disseram que eu tinha que criar uma raiz fora do morro e me deram a idéia de montar meu studio aqui fora, eu sempre gostei de dançar desde pequena e isso me deixava muito alegre, eu usava um outro sobrenome, assim como identidade e documentos falsos também, tinha um apartamento aqui fora que eu mal usava, ele estava completo, eu não trocava o morro da maré ou da rocinha por nada nesse mundo.

Se ela veio até aqui, é porque eles desconfiaram de algo, e eu dei bandeira perguntando sobre a fantasia, eu sei, mas eu acredito que isso seria um ponto positivo para mim. Eu finalizo as aulas e eu me aproximo dela.

- Então, gostou da forma que eu trabalho?

- Eu gostei -e ela sorri – e acho que seria legal implantar algo diferente lá no morro da fé.

- Estou a disposição.

- Você teria coragem? – ela pergunta

- Eu não fujo de trabalho, eu preciso trabalhar na verdade, tenho contas para pagar e eu amo as crianças, amo dar aulas para elas e acredito que todas precisam ter algo para incentivar elas a serem melhores.

- Você pode passar lá no morro então para acertar os detalhes – ela fala.

- Com você? – eu pergunto – quando você quiser.

- Não é comigo, seria com Jesus mesmo – ela fala – é ele que acerta tudo pessoalmente.

- Sem problemas, só me dizer o horário que ele está disponível para conversar sobre esse assunto – ela me encara.

- Eu te mando mensagem – ela fala – é o número do cartão, não é mesmo.

- Isso mesmo, eu vou ficar aguardando – eu falo – preciso me organizar.

- Fica tranquila – ela fala – eu entrarei em contato.

Ela se despede e sai do studio, eu observo ela entrando no carro e vejo que ela tira foto do studio antes do carro andar, no começo fiquei bem tranquila, depois me bateu uma tremedeira nas pernas e novamente pensei em ligar para o meu pai, mas desisti, queria ter tudo pronto e organizado para falar com ele. Eu não queria dar bandeira.

Eu chego em casa e encontro Marcela na cozinha, ela sorri assim que me ver.

- Andou por onde Joana, não te vi – ela fala – seu pai disse que estava com ele e depois você sumiu - eu dou um beijo em sua bochecha.

- Tinha compromisso no studio e esqueci, precisei correr.

- Como está o studio?

- Indo bem – eu respondo – acredito que daqui a pouco pegarei uma nova turma e ai o trabalho será dobrado.

- Parabéns – ela fala sorrindo – você é muito esforçada. Seu pai também comentou que você quer ajudar ele mais aqui, será que você vai conseguir lidar com essa vida dupla?

- Você acha que Lucca um dia vai assumir o morro? – eu pergunto e ela me encara.

- Eu espero que não – ela fala sorrindo – eu acho que a sua mãe espera a mesma coisa de Mateus e principalmente de você.

- Eu vejo meu pai desde pequena, desde quando ele fingiu está morto, lidando com tudo isso, ele tem um amor por essa vida e ele me passou isso – eu falo – é ironia não é Marcela, ele querer me ver longe?

- Ele quer te proteger – ela fala.

- E quem protege ele? – eu pergunto e ela me encara.

- O diabo, só pode – ela comenta e eu abro um sorriso para ela.

- Eu vou tomar um banho – eu falo

- Não demora, a janta está quase pronta – ela fala e eu assinto.

Meu pai não poderia negar que toda essa adrenalina estava no meu sangue, eu puxei a ele , eu entro dentro do meu quarto e vou até a janela observar o morro.

E sim, eu sonho com o dia que eu vou comandar esse lugar!!

            
            

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