Brincando com fogo!
img img Brincando com fogo! img Capítulo 5 VOCÊ ACHOU MESMO QUE SERIA FACIL.
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Capítulo 6 PARA VOCÊ SABER QUEM MANDA AQUI. img
Capítulo 7 VOCÊ NÃO É ASSIM. img
Capítulo 8 TALVEZ A BABACA SEJA EU. img
Capítulo 9 COISAS BOAS ACONTECEM. img
Capítulo 10 NÃO BANQUE A ESPERTINHA. img
Capítulo 11 CONHECENDO VOCÊ MELHOR. img
Capítulo 12 É PAZ OU É GUERRA img
Capítulo 13 FESTINHA TUMULTUADA. img
Capítulo 14 NOS BRAÇOS DO INIMIGO. img
Capítulo 15 MAS É CLARO QUE VOCÊ SERIA BABACA. img
Capítulo 16 EU NÃO VOU ENTRAR NESSE JOGO, OU VOU img
Capítulo 17 EU TENHO O PODER NO TRABALHO, E SOBRE VOCÊ. img
Capítulo 18 SEU DESEJO É UMA ORDEM. img
Capítulo 19 ISSO É BOM DEMAIS. img
Capítulo 20 GRANDE MERDA! img
Capítulo 21 VOCÊ É CRETINO PROVOCADOR, E MUITO GOSTOSO. img
Capítulo 22 CONCORRÊNCIA ACIRRADA. img
Capítulo 23 Bla bla img
Capítulo 24 Fofoca de escritório. img
Capítulo 25 MANHÃ QUENTE. img
Capítulo 26 INSPIRAÇÃO LITERÁRIA. img
Capítulo 27 INSPIRAÇÃO LITERÁRIA 2. img
Capítulo 28 NOSSA NOITE. img
Capítulo 29 SURPRESA. img
Capítulo 30 CONFRONTO. img
Capítulo 31 EU NÃO ODEIO VOCÊ. img
Capítulo 32 CARTAS NA MESA. img
Capítulo 33 UM MINUTO NO PARAÍSO. img
Capítulo 34 ISSO PODIA SE TORNAR ROTINEIRO img
Capítulo 35 ENTRETENIMENTO CORPORATIVO img
Capítulo 36 MARCANDO TERRITÓRIO. img
Capítulo 37 ORGULHO DA MAMÃE img
Capítulo 38 PROPOSTA IRRECUSÁVEL img
Capítulo 39 O PIOR DOS SENTIMENTOS: O CIUMES. img
Capítulo 40 QUERIDA NOVA YORK! img
Capítulo 41 NOSSO MUNDINHO. img
Capítulo 42 POR AGUA ABAIXO. img
Capítulo 43 ESTRAGANDO TUDO. img
Capítulo 44 ELA img
Capítulo 45 SEM TRÉGUA. img
Capítulo 46 DIANA - 5 ANOS DEPOIS. img
Capítulo 47 EDWARD - 5 ANOS DEPOIS. img
Capítulo 48 EDWARD – SEMPRE FOI VOCÊ. img
Capítulo 49 DIANA- ENTENDENDO NOSSA HISTÓRIA img
Capítulo 50 CARTAS SOBRE A MESA. img
Capítulo 51 PAI DE VERDADE. img
Capítulo 52 RECONCILIAÇÃO. img
Capítulo 53 DEPOIS DO PERDÃO, O SEXO. img
Capítulo 54 A COISA MAIS DIFÍCIL DA MINHA VIDA. img
Capítulo 55 AS EECOLHAS SE REPETEM. img
Capítulo 56 RECOMEÇO... img
Capítulo 57 REAFIRMANDO A ESCOLHA PERFEITA. img
Capítulo 58 O GRANDE SIM! img
Capítulo 59 A NOSSA NOITE. img
Capítulo 60 O NOSSO FINAL FELIZ. img
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Capítulo 5 VOCÊ ACHOU MESMO QUE SERIA FACIL.

Quando cheguei a agência no dia seguinte, ainda eram 5h da manhã, eu mal havia dormido desde minha conversa com o Edward, e diante da situação quanto mais cedo eu começasse trabalhar seria melhor para eu garantir a conclusão do projeto.

O prédio está completamente deserto e silencioso, e exceto pela luz acessa na minha sala, todo o espaço está escuro.

Me sento diante da minha mesa e avalio o projeto na minha frente, repenso os detalhes e opto por criar algo diferente do que havia sido feito anteriormente, se a intenção era impressionar e agradar o Bruce James e conseguir a minha promoção, eu teria que apresentar algo extraordinário.

Enquanto eu pensava e esboçava uma campanha inovadora, Edward Harris apareceu na porta da minha sala, eu não notei a sua presença até ele chamar a minha atenção com um pigarro sutil. Ergui meus olhos em sua direção e fiquei deslumbrada com sua aparência, diferente do seu terno formal de sempre, ele vestia uma camisa azul marinho com as mangas enroladas até os cotovelos e uma calça jeans, seus óculos de aro redondo estavam em seu rosto, o que dava à ele um ar de garoto nerd. Edward usava óculos com frequência enquanto trabalhava, e isso era algo que achava muito sexy.

-Ainda são 5h24 da manhã Senhorita Allen, você não acha um pouco cedo pra começar a trabalhar?

Eu rio do seu comentário, afinal é também estava ali aquela hora.

-Você teve a mesma ideia Senhor Harris, e levando em consideração as coisas que estão em jogo, eu não tenho tempo a perder.

Ele assente sutilmente e concorda com o que digo.

-Tem razão, há muito trabalho a ser feito. Fico feliz que tenha entendido isso.

Ele usa um tom ríspido, e eu fico sem entender a razão pra ele querer iniciar com suas provocações logo cedo.

-Eu já havia entendido há muito tempo, Senhor Harris. Quem não quis ficar trabalhando até tarde ontem, foi você.

Ele ri discretamente, um sorriso quase imperceptível mas que demonstra seu divertimento com a minha irritação. Edward ergue as mãos em um sinal de inocência.

-Você não tem que ficar nervosa à essa hora da manhã, eu fiz um simples comentário Senhorita Allen. E já estou indo pra minha sala, para que você possa trabalhar tranquilamente. -antes que eu responda alguma coisa, ele segue em direção à sua sala.

Porque todas as nossas interações eram carregadas de sarcasmo e hostilidade? Eu não tinha nenhum problema pessoal com o Edward, mas o meu corpo e minha mente reagiam dessa forma perto dele. Nossos conflitos profissionais também não eram difíceis de entender, e seria fácil de resolvermos todos, se quiséssemos. Mas apesar de saber disso, eu sentia um prazer enorme em confrontar o meu chefe, e ele também gostava disso, pois me provocava na mesma medida. Nós já havíamos estabelecido essa dinâmica na nossa relação, e funcionava bem para os dois.

Uma coisa que eu aprendi sobre o Edward nesses últimos meses, é que ele gosta de ser desafiado e provocado, e sempre revida à altura.

Eu estava presa em um programa de edição há mais ou menos 40 minutos, não estava conseguindo ajustar as configurações para o padrão necessário, e por mais que me irritasse ter que pedir ajuda ao Edward, eu não tinha tempo à perder.

Caminhei relutantemente até à sua sala e passei pela porta aberta, ele me encarou ao notar minha presença, e aguardou até que eu dissesse alguma coisa.

-Você tá muito ocupado agora? -ele ergueu uma das sobrancelhas ao ouvir minha pergunta, sua expressão demonstrava o que eu já sabia, sim, ele estava tão ocupado quanto eu.

Ele voltou sua atenção à tela do computador sem responder minha pergunta, eu queria voltar pra minha sala e bater a porta com força para que ele ouvisse o quanto eu estava irritada. Mas eu ainda precisava da ajuda dele, então resolvi me aproximar um pouco mais de sua mesa e pedir gentilmente para que ele me ajudasse.

Caminho insegura até sua mesa e Edward acompanha meus movimentos com os olhos, quando paro exatamente na sua frente ele encara meus olhos com indiferença, claramente irritado pela interrupção.

-Do que você precisa Senhorita Allen? Você não tem trabalho na sua sala?

Era praticamente impossível não querer voar na garganta daquele homem, mas eu respirei bem fundo e me acalmei ao lembrar do motivo de tê-lo procurado.

-Na verdade, sim, tenho muito trabalho na minha sala. Mas estou presa no programa de edição e não estou conseguindo ajustar as configurações.

Um sorriso presunçoso brotou lentamente em seus lábios, tomando todo o seu rosto. E eu me arrependi imediatamente por ter pedido sua ajuda.

-Isso é um pedido de ajuda?

Eu cerro os meus dentes e respondo à contragosto.

-Sim.

Ele tira os óculos e os coloca em cima de sua mesa, olhando pra mim Edward ostenta um sorriso convencido.

-Deixa eu ver se eu entendi, a Senhorita sabe-tudo precisa da minha ajuda na edição?

Seus olhos brilham de divertimento, Edward adorava me ver naquela situação, era evidente.

-Olha, se você não for me ajudar, pelo menos me poupe dos seus comentários irônicos.

Com o sorriso irritante ainda preso em seu rosto, Edward se levanta e fica cara a cara comigo, seu perfume cítrico invade minhas narinas e fazem com que eu sinta um pequeno arrepio ao tê-lo tão perto.

-Calma, eu não disse que não iria ajudar, apenas estou aproveitando esse momento. É interessante vê-la na minha frente pedindo ajuda pra executar o trabalho que você me fez deixar sob sua responsabilidade.

Eu reviro os meus olhos e aproximo um pouco mais o meu rosto do seu, encarando seus olhos.

-Tenha dó, Edward. Eu estou pedindo apenas que me ajude com o programa, mas você tem que transformar isso em algo maior do que é. Você vai me ajudar ou não?

Ele olha pra mim por um tempo, pensando no meu pedido e considerando me ajudar ou não. Ele estava testando a minha paciência e se divertindo por me ver de pé na sua frente esperando por sua ajuda.

Depois de alguns minutos nesse confronto silencioso eu resolvo desistir e voltar para minha sala, eu não tinha tempo pra ficar perdendo com os joguinhos do Edward. Saio da sala dele com raiva e entro na minha sala batendo a porta atrás de mim. Seria impossível manter uma boa relação com o ele durante o fim de semana, e isso dificultaria muito o meu trabalho, pois precisávamos trabalhar em conjunto.

Me sento na cadeira e vejo a porta se abrir, Edward entra na minha sala sem nem mesmo bater na porta.

-Você não sabe bater na porta, deixou a educação em casa nessa manhã?

Ele ignora meu comentário e se senta na cadeira à minha frente.

-Você não tem um bom senso de humor, Senhorita Allen.-eu encaro ele, sem entender qual o motivo desse comentário.

-Eu deveria estar rindo de alguma coisa, Edward? Não consigo ver nada de engraçado nessa situação.

Ele se recosta despreocupadamente na cadeira, e sorri sarcasticamente.

-Oh, a situação é hilária. Você não consegue perceber a ironia nisso? Você colocou como uma das suas exigências ser a responsável pela criação artística da campanha, e eu concordei. E não consegue executar uma tarefa simples como essa?

-Eu consigo executar sim, mas o programa...- ele me interrompe.

-Apenas assuma que não conseguirá fazer isso sozinha e eu vou te ajudar.

-Eu não vou fazer isso, pois eu consigo fazer esse projeto sem você.

-Então, boa sorte Senhorita Allen.

Edward se levanta abruptamente e caminha até a porta, eu o chamo e o impeço de continuar.

-Edward...- ele se vira lentamente e me encara, curioso com o que tenho à dizer. Eu tento controlar a minha vontade de mandar ele se ferrar, enquanto engulo meu orgulho ao reconhecer que não conseguiria fazer isso sem a sua ajuda.

-Eu preciso da sua ajuda, eu não consigo resolver esse problema com o programa. Você pode me ajudar, por favor? - eu uso meu melhor sorriso dócil e espero pela sua resposta.

Ele sorri amplamente ao me ouvir implorar pela sua ajuda.

-Muito melhor assim, Senhorita Allen. Agora que você assumiu que precisa da minha ajuda, podemos começar a trabalhar? - eu concordo imediatamente, nós já havíamos perdido muito tempo naquela discussão banal.

Edward caminha até minha mesa e para ao meu lado se inclinando para mexer no meu computador, seu braço roça levemente o meu ombro, e esse simples contato envia ondas de eletricidade por todo o meu corpo. Me afasto um pouco dele, torcendo para que não perceba meu leve estremecimento pela nossa proximidade. O rosto dele permanece sério e focado na tela à sua frente.

Enquanto o observava trabalhar, eu não pude deixar de notar mais uma vez no quanto ele era bonito, apesar de ser um grande babaca narcisista, era inegável que Edward tinha um rosto e o corpo incrível, seus cabelos eram muito sexy e os olhos eram selvagens e profundos. Tudo no Edward exalava a poder, controle e luxuria.

Eu admirava discretamente seus movimentos e expressões, talvez eu estivesse o encarando por tempo demais. Edward olhou em minha direção ao sentir meus olhos o examinando. Seus lábios se curvaram em um meio sorriso, ao me encontrar apreciando a visão do seu corpo delicioso. Ainda curvado sobre a minha mesa ele encara meu rosto, com o sorriso presunçoso nos lábios.

-Você está me secando, Senhorita Allen? - seu tom de voz é controlado e frio, apesar de seus olhos transmitirem divertimento.

Eu gaguejo ao tentar responder sua pergunta, minhas bochechas coram por ter sido pega admirando descaradamente o corpo do meu chefe.

-E-eu não, porque eu faria isso? Não tem nada de muito interessante em você.

Ele ri com descrença, era evidente que eu apreciava os seus atributos.

-Tem certeza? Você parece bastante interessada.

Eu me levanto da cadeira e me afasto rapidamente dele, fingindo procurar algo dentro do pequeno armário da minha sala eu respondo da forma mais desinteressada que consigo.

-Por favor, Edward. Eu jamais me interessaria por um homem como você, não faz o meu tipo.

Edward larga o meu computador e se senta na ponta da mesa cruzando os braços sobre o peito, o cretino mal consegue segurar a risada ou disfarçar a satisfação que sente ao me constranger.

-Qual seria o seu tipo Diana? Creio que um homem paciente seja o ideal para você, com essa sua personalidade magnética é preciso muita paciência pra tolerar. - ele abusa do sarcasmo ao se dirigir à mim.

Não acredito que estamos tendo essa conversa, não estava na minha lista de tarefas discutir com o meu chefe sobre o meu homem ideal.

-Por que você se importa? Não é como se você fosse a pessoa mais agradável e dócil do mundo também. - ele passa os dedos pelo queixo e responde dando de ombros.

-Eu não me importo, nem um pouco. Apenas fiquei curioso sobre o quão ruim deve estar a sua vida amorosa para você se oferecer para trabalhar sozinha em um feriado prolongado.

-Você tá insinuando que eu não tinha nada melhor para fazer no feriado, ao invés de ficar aqui tendo que lidar com esse seu mau humor de sempre? -ele assente confiante.

-E tinha?

O fato de ele estar certo sobre a minha vida amorosa ou a total falta dela, me deixou ainda mais estressada com aquela discussão.

-Isso não é nem um pouco da sua conta. Você já terminou de ajustar o programa? Acho que você deveria voltar pra sua sala e focar no projeto, ao invés de ficar especulando sobre a minha vida afetiva. - vou até a porta e a abro para que ele saia.

O sorriso no rosto do Edward é largo e convencido, a minha reação às suas provocações eram como um afrodisíaco pra ele. Depois de conferir rapidamente a tela do meu computador e checar se o programa estava funcionando perfeitamente ele se dirige até a porta, chegando até mim ele para à poucos centímetros do meu rosto e diz tranquilamente antes de ir embora.

-É muito fácil irritar você, Senhorita Allen. Isso vai ser muito divertido.

Eu fico parada na porta absorvendo as suas palavras, então era esse o plano? Me irritar até que eu estivesse completamente desestabilizada. Edward estava jogando pesado e eu precisava reagir imediatamente.

Bom, se era guerra que ele queria, era isso que eu o daria.

                         

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