Obsessão Dentia
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Capítulo 5 Part 5

A morte do professor havia chocado grande maioria dos alunos, professores e funcionários da universidade, ele era bastante querido por todos. Fui ao seu enterro junto com parte de membros da faculdade, tudo para se despedir da pessoa incrível que ele era. Lembro-me das vezes que ele me aconselhou sobre assuntos que ele não sabia, nem entendia, mas sabia como acalmar um coração com palavras, ele parecia um anjo. Fiquei afastado da maioria, com roupas pretas e cabeça baixa, observando o caixão descer e aquele buraco ser fechado com monte de terra.

Eu já não me encontrava tão entusiasmada para a boate a noite, porém tia Daniele não me deixaria desistir tão fácil, já que com a notícia ficou feliz e pretende me levar ao shopping e escolher um belo vestido para mim.

Resolvi deixar o cemitério o quanto antes. Na saída eu vi minha tia dentro do carro esperando por mim, abri a porta e entrei, ela deu partida.

- Vamos as compras!

- Acabei de sair de um cemitério, você tem estômago para compras?

- Não finja sensibilidade, Alice. Pessoas morrem todos os dias.

- Não estou fingindo sensibilidade.

- Mesmo? E se soubesse que seu pai morreu?

- Seria o dia mais feliz da minha vida. - Fui sincera na minha resposta.

- Sensível com um, fria com outros.. Você não me engana. - Nos encaramos e sorrimos.

- Alguns realmente merecem morrer, enquanto outros morrem sendo tão bons.

- O mundo não é lugar para pessoas boas, esses são considerado fracos.

- Se ainda estou viva e livre daquele inferno, me torna uma pessoa ruim então?

- Te torna sobrevivente.

Tia Daniele desligou seu carro no estacionamento do shopping, descemos do veículo e entramos no grande estabelecimento. Passamos um tempo naquele lugar a procura de um lindo vestido para esta noite. Não estava tão animada para comprar um vestido, eu tina coisas importantes para fazer, como estudar, mas como aparenta na mente de minha tia que é a primeira vez em uma boate, ela está entusiasmada para me aprontar. Depois de irmos a diversas lojas, tanto de vestidos e calçados, compramos um lindo vestido vermelho e saltos altos da mesma cor. Voltamos para casa e fui diretamente para o quarto, levei as compras juntos comigo e jogue sobre a cama, apenas fui ao banheiro tomar um banho rápido e logo me aproximei da mesa de estudos.

Passei o resto do dia estudando, não fiz outra coisa além disso. Ignorei mensagens de Becca e Luana por um tempo, assim que terminei de estudar ouvi a porta do meu quarto ser aberta por tia Daniele.

- Vamos, está na hora.

- Vou tomar um banho, logo você dá um jeito na minha cara.

- O que não será trabalhoso. Já se olhou no espelho? Você é linda.

- Tá bom, tia. Assim que terminar meu banho eu te chamo. - Praticamente a expulsei do quarto e fui para o banheiro.

Após o banho eu parei em frente ao espelho da pia e encarei meu semblante, estava cansada e bastante pensativa sobre a morte do professor, ainda cujo o mesmo homem quem me ajudou a ingressar na faculdade. Embora a causa da morte seja um fator genético eu não conseguia espantar a possibilidade de algum assassinato. Fico no receio e no medo de que Sebastian Mortalla me encontre, porém meu instinto libertador implora que esqueça dele e que eu viva a minha vida. Assim que enrolei o meu corpo em um roupão eu voltei para o quarto e chamei tia Daniele, ela rapidamente começou a escovar meu cabelos e fazer lindas ondulações e por fim passar para a maquiagem. Quando preparou a pele, começou a fazer um lindo delineado para prontificar com uma pedra na ponta dos olhos, passou uma máscara nos cílios para deixá-los altos e um batom vermelho nos lábios.

- Está perfeita, Alice.

- Obrigada, tia. - Agradeci de maneira gentil o que lhe chamou atenção.

- O que você tem? Está preocupada com alguma coisa?

- Não é nada, apenas me deu vontade de agradecer.

- Hum! Você e seu humor...

- Agora me deixa sozinha, daqui eu me viro.

Quando deixou meu quarto eu tirei o roupão e vesti uma lingerie branca, depois coloquei o vestido e calcei o salto alto. Me aproximei da penteadeira e dali eu passei meu melhor perfume. Antes de deixar o cômodo eu encarei a pequena caixinha de música que eu tinha, a abri e vi o lindo colar que minha mãe me deu para que eu usasse no dia do meu casamento arranjado, ali eu percebi que ela estava me entregando algo simples e pequeno, mas bastante significativo para que eu me lembrasse dela quando estivesse longe da Itália.

***

Estava em frente ao espelho do meu quarto observando meu corpo coberto por um lindo casal e um véu que ia arrastando sobre a calda. Meu cabelo longo estava forrado em uma trança com poucos fios soltos, uma maquiagem simples com rubor sobre a bochecha que me deixava com um ar virginal, saber que aquilo era o propósito me deu náuseas. Estava sozinha no quarto quando a porta foi aberta por mamãe, ela entrou e trancou a porta em seguida, virei-me para ela.

- Veio ver como estava o objeto de acordo?

- Não se insinue assim, meu amor.

- Como devo me insinuar daqui por diante? Ah! Como senhora Mortalla. - Sorri sem humor, mas a minha vontade mesmo era de chorar.

- Depois que descobriu sobre seu arranjo com um Mortalla, viu como é a minha verdadeira vida ao lado do seu pai. Eu cuidei de você como jamais ninguém nunca cuidou, eu escolhi os melhores instrutores de defesa e sobrevivência, tudo para te preparar para a vida, para lutar com unhas e dentes a liberdade que sempre desejou.

- Do que está falando?

- Você não vai casar com aquele homem desumano e cruel. Em alguns minutos você deixará essa prisão e irá para outro país, o qual escolher.

Escutei seu plano como se ouvisse meu numero sorteado de algum jogo, a esperança cresceu dentro de mim como uma bomba caseira prestes a explodir de felicidade. Porém encarando seu rosto e ouvindo cada passo maluco, percebi que seria de grande risco fugir, ainda mais no dia do casamento, seria suicídio. Meu sorriso morreu no instante que passei a imaginar as consequências, tanto para mim quanto para ela. Irina continuou a falar sobre seu plano:

- Depois que eu tiver informações sobre as buscas você irá para os Estados Unidos e encontrará sua tia, é uma longa história que contarei quando tivermos tempo.

- Eu não vou. - falei em seguida, seu entusiasmo diminuiu.

- O quê?

- É muito arriscado.

- É uma fuga, sempre haverá riscos. Alice, me escute, pense com clareza.

- Não! É você quem tem que pensar com clareza. Está se alimentando com essa ilusão há anos. O que acha que vai acontecer se eu for pega? Melhor! O que pensa que acontecerá com você?!

Em resposta ela se aproximou mais de mim e segurou a minha mão, depois deslizou seus dedos em meu rosto fixando minha face na memória.

- Eu te treinei para ser livre, para ser dona de si e não submissa de um Mortalla. Pense na liberdade que terá, nas memórias boas que fará sem restrições da máfia. Meu amor, se você ficar será o maior erro da sua vida.

- Mamãe.. - ela me puxou para um abraço forte e acolhedor. - E quanto a você?

- Eu vou ficar bem aqui, eu vou acompanhar cada passo seu e vou te ajudar como puder.

- Obrigada..

- Agora vamos, não temos tempo.

Irina abriu a porta do quarto e demos de cara com Teresa, a empregada que sempre cuidou de mim e de mamãe com tanto amor e carinho.

- As câmeras desse andar já estão desligadas.

- E os soldados?

- Estão todos no hall de entrada e no local da cerimônia, longe do jardim.

- Ótimo!

Mamãe segurou meu pulso com força e me arrastou pelo corredor até a grande escultura de mármore, onde ela e Teresa empurraram para arrastar e surgiu uma passagem secreta. Ela voltou-se para mim:

- Seguirá em frente até encontrar duas direções, vá para a esquerda onde encontrará um lance de escadas, empurre com toda a força e corra pelo jardim até o labirinto. Uma pessoa estará te esperando, vá com ele.

- O quê? Quem?

- Saberá quando chegar lá. Tome. - ela me estendeu uma lanterna para me ajudar. - Por mais que escute alguma coisa, não volte, tudo bem?

- S-sim! -Respondi insegura.

- Vamos senhora, não temos muito tempo. - Teresa avisou.

Com isso, Irina tirou do seu pescoço o colar que sua mãe lhe deu antes de se casar. Era um lindo colar de diamante azul, ela pôs em meu pescoço e se despediu de mim.

- Se cuide, te amo filha.

***

Segurei o colar em mãos e resolvi usá-los, me aproximei do espelho o admirei em meu colo, estava linda e finalmente pronta. Depois de falar com Becca e Luana pedir o Uber deixei o quarto e desci as escadas, avisei para tia Daniele que já estava de saída, ela veio ao meu encontro as pressas e me admirou uma última vez.

- Você está linda!

- Obrigada, tia.

- Tome muito cuidado quando voltar para casa.

- Eu sei me cuidar, tia.

Assim que saí de casa eu vi o veículo parar logo em frente e entrei em muita demora. Me apresentei e informei o local de destino. Percorri o trajeto escutando o som do rádio e em silêncio com o motorista, quando o carro parou no fim da rota eu agradeci e desci até ir ao encontro de Luana que estava na calçada, ao me ver abriu um lindo sorriso.

- Uau! Está linda. - Me elogiou, enquanto me avaliava da cabeça aos pés.

- E você está perfeita.

- É não é? Eu tento ser. - Sorriu convencida.

Caminhamos para a entrada da boate e Luana falou nossos nomes. Becca tratou de colocar nossos nomes na lista sem que houvesse problemas. Quando passamos pelos seguranças direcionamos pelo grande corredor extenso iluminado com uma luz azul, enquanto avançávamos já conseguíamos ouvir melhor a música que tocava. Admiramos o interior do lugar quando passamos pela grande porta, nos aproximamos das escada e antes de descer observamos o movimento da boate, pessoas dançando na pista enquanto o DJ tocava suas músicas e fazia efeitos especiais. Avistamos Becca atrás de um balcão servindo bebidas e nos aproximamos dela.

- Quero Tequila! - Falou Luana, chamando sua atenção.

- Finalmente! Pensei que não viriam.

- Certo alguém resolveu se arrumar toda.

- Se for para andar desarrumada eu fico em casa! - Nos comunicávamos em voz alta por causa da musica.

- Liana você está um arraso! Gostosa demais com esse vestido. - Becca me elogiou

Ela nos forneceu bebida por conta da casa, bebemos, dançamos na pista e envolta do bar, estávamos felizes e contentes pelo inicio da noite. Músicas incríveis foram tocadas, Luana e eu dançamos como nunca, mexíamos todo o nosso corpo, sorríamos e fazíamos apostas para quem bebia mais, o álcool ainda não havia dominado o meu corpo. Eu estava feliz por estar com as primeiras amizades que fiz depois da fuga, minha mente se encontrava tranquila sobre qualquer preocupação, eu não sentia isso há séculos. Eu estava livre e o gosto da liberdade era única, satisfatória, excitante. Enquanto dançava distraída, comecei a sentir uma grande queimação por todo meu corpo, não uma simples queimação, era voluptuosa, uma chama que parecia perfurar até a minha alma, intensa, perigosa.

Becca e Luana beijaram várias bocas na boate, eu não tratei de ficar de vela, as vezes eu voltava para o bar ou ia até o banheiro. Parei em frente a enorme pia de mármore e encarei o meu rosto no espelho, sorri ladino e gostei do resultado noturno, estava feliz, estava me sentindo viva. Mamãe tinha razão, se eu não tivesse fugido, nessa altura estaria arrependida por não ter feito.

***

Empurrei com toda a força a madeira daquele lugar, quando por fim abriu eu olhei ao redor para saber se havia alguém ali, o lugar estava vazio. Fechei a entrada por onde sai e ignorei o excesso de terra que havia feito enquanto corria para o labirinto, lá, eu tive a visão do soldado leal e amigo de meu pai.

- Dante? O quê faz aqui?

- Acredito que sua mãe tenha te explicado tudo, não é?

- Sim! - respondi confiante.

- Ótimo! Agora vamos, enquanto ainda não sintam a sua falta.

Quando terminou aquelas palavras, ouviram-se uma voz grossa e autoritária passando ordens ao soldado, meu corpo gelou de medo.

- Vamos antes que seja tarde!

Dante me puxou pelo braço e me guiou pelo labirinto até chegarmos do outro lado, dali eu consegui ouvir disparos e grito dos convidados, temi pela vida da minha mãe, mas eu prometi que não voltaria. Passamos por um portão de flores e caímos direto em uma mata fechada, tive de rasgar o vestido e correr como nunca, minhas pernas foram machucadas pelos galhos, porém não me importei. No final daquela mata um veículo esperava por mim, entramos e seguimos por uma estrada de terra até chegar em Roma, lá eu fui diretamente para área de voô e entramos em um avião particular. Quando o avião subiu para as altura eu por fim regulei a minha respiração, não contive meu choro de felicidade, de liberdade.

- É libertador, não é? - Dante perguntou, quebrando o silêncio.

- Sim, muito libertador.

- Está adquirindo uma oportunidade que nenhuma outra teve oportunidade, não estrague isso.

- Sei muito bem. Por que me ajudou?

- Talvez porque eu não quisesse ver uma menina se casando sem amor.

- Eu acredito que me conheça muito bem, já que essa menina não acredita em boa fé de mafiosos, ainda mais soldados fiéis de meu pai.

- Eu devia um favor a sua mãe, é só isso que tenho a dizer.

- E daqui? O que acontece agora?

- Seu pai sabe da minha viagem para negócios na Inglaterra, acredita que já estou há horas no avião, então a minha ajuda nisso tudo é inválido nas investigações futuras.

- Estamos indo para Inglaterra?

- Não, eu estou. Teremos algumas escalas e ficará em uma delas.

Horas mais trade o avião pousou na Bélgica e fui instruída por Dante para encontrar um homem de camisa azul, Irina havia preparado tudo para mim, planou todo meu conforto por anos. Antes de partir, Dante me entregou um telefone novo com um chip cadastrado em nome de outra pessoa, ele me pediu que esperasse as próximas coordenadas de mamãe. Já hospedada em uma pousada simples naquele novo lugar, afastei as cortinas do quarto e admirei a rua fora, com nova paisagem de casas coloridas. Ali eu percebi que de fato se iniciava uma nova etapa em minha vida.

***

No fim da noite nós três havíamos bebido além da conta, porém Becca estava pior do que restante de nós. Luana levou Becca para casa pelo excesso de álcool, eu tratei de chamar um Uber para mim, porém estava muito tarde e os que ainda estavam disponíveis não aceitaram a corrida. Assim que deixei a boate eu comecei a seguir o caminho pela calçada de volta para casa, a rua estava praticamente vazia, poucos carros passavam. Enquanto andava, comecei a sentir que estava sendo seguida, aquela intuição sem mesmo olhar para trás ressaltou dentro de mim. Resolvi passar para o outro lado afim de olhar sutilmente para trás. Vi um homem alto fingir entrar em um beco, sorri até, que o fim desta noite seja divertida.

Prossegui meu caminho sem levantar suspeitas, porém eu percebi que ele também havia atravessado para o outro lado. Próximo a um beco escuro e sem saída, ouvi seus passos rápidos para se aproximar de mim e me pegar de surpresa, mas para seu azar, me esquivei e o atingi em cheio o seu rosto, em seguida o acertei em seu estômago para que entrasse no beco. O homem caiu no chão como um saco de batatas, mas logo se levantou.

- Por que está me seguindo?

- O colar, eu quero o colar.

- Achou bonito? Compra um pra você!

- Eu quero, dá ele pra mim.

- Vem pegar, baixinho. - Desafiei o assaltante.

Como esperado, o infeliz tentou me atingir com vários golpes frenéticos, porém não acertou uma sequer. Golpeei seu rosto e chutei suas pernas, ele caiu de joelho.

- Para um cara que assalta mulheres na rua, está me mostrando ser bem prático na luta, mesmo que esteja perdendo.

O homem conseguiu acertar o meu rosto, me atingiu com um golpe forte nas costelas e fui ao chão. Nesse momento ele subiu encima de mim, segurou forte em meu pescoço e começou apertar. Para impedir que aquele fosse o meu fim, pus as mãos sobre sua calça para sentir algum objeto cortante, quando encontrei uma faca o acertei por várias cessões interruptas, ele morreu agonizando com seu próprio sangue. Recuperei o folego e me levantei do chão, encarei seu rosto, era um bandido qualquer, por pouco perdi uma luta.

- Moça! - Escutei uma voz atrás de mim.

Pelo susto que levei eu virei-me e atingi a pessoa com a faca em mãos. Encarei o rosto do rapaz, era um adolescente que assustou-se ao ser esfaqueado pelo pescoço. Arregalei os olhos e soltei a faca. Antes que ele caísse no chão eu o segurei sem saber o que fazer.

- Porra garoto, por que me assustou?!

- E-eu só queria a-ajudar... - Ele falou com dificuldade.

Tentei impedir que o jovem perdesse sangue rapidamente, mas não tinha o que fazer, eu não sabia o que fazer, eu só queria salvar aquele garoto.

- M-me desculpa, eu pensei que fosse um assaltante!

O garoto morreu em meus braços com os olhos abertos, olhando para mim. Meu corpo gelou, eu havia matado um inocente, alguém que queria me ajudar onde claramente me viu ser atingida pelo homem desconhecido.

- Acorda garoto, acorda! - Gritei com o rapaz, ele já não respirava.

Comecei a chorar e a tremer, não estava acreditando que aquele fim de noite acabei matando uma pessoa, não uma pessoa qualquer, uma criança. De repente, no inicio daquele beco dois carros de polícia estacionaram e sacaram a sua arma. Ouviu-se um estrondo no céu, o barulho do trovão com o início da chuva começou a cair pelas ruas da Califórnia. Os policiais se aproximaram e observaram a cena do crime sacando em seguida a sua arma. Eles me passaram ordens para deitar ao lado do corpo e colocar os braços para trás, sem ter muito o que fazer eu apenas obedeci, deitei-me no chão e encarei o rosto do menino, chorei ainda mais.

- Acorda, por favor. - supliquei ao adolescente enquanto era algemada e levada para a delegacia.

                         

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