Caminhos Quebrados
img img Caminhos Quebrados img Capítulo 2 Henry Bianchi
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Capítulo 6 Olivia Miller img
Capítulo 7 Henry Bianchi img
Capítulo 8 Olívia Miller img
Capítulo 9 Henry Bianchi img
Capítulo 10 Olívia Miller img
Capítulo 11 Matteo Gali img
Capítulo 12 Olívia Miller img
Capítulo 13 Henry Bianchi img
Capítulo 14 Olívia Miller img
Capítulo 15 Olívia Miller img
Capítulo 16 Olívia Miller img
Capítulo 17 Henry Bianchi img
Capítulo 18 Olivia Miller img
Capítulo 19 Giancarlo Bianchi img
Capítulo 20 Henry Bianchi img
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Capítulo 2 Henry Bianchi

O vento gelado bateu no meu rosto quando entrei na varanda de meu quarto, deixando-me arrepiado. Era uma típica manhã de segunda-feira - que possivelmente seria monótona e nada agradável - quando acordei com uma leve ressaca da noite anterior. A garrafa de Bourbon vazia jogada no chão do quarto era a responsável pela leve dor de cabeça, sorri ao lembrar da pequena festa dada pela minha assistente, Anita. Deixei os pensamentos de lado quando escutei "toc toc"

- Sr. Bianchi? - a voz de Carmen ecoou pelo corredor. A mulher sempre gritava quando se tratava de algo urgente.

Me aproximei da porta e a abri com rapidez. Um rosto comum e rechonchudo me olhou com o semblante aflito.

- O que aconteceu?

- O seu pai está lá na sala e não aparenta estar feliz. - entendi o que ela quis dizer e bufei.

- Estou descendo. Obrigada, Carmen! - a mulher que praticamente me criou durante todos os anos de minha vida, me soltou um olhar de "Tome cuidado, por favor" assenti e ela respirou aliviada.

Me preparei mentalmente para enfrentar meu pai e assim fiz, andando firme até a sala ampla da mansão, tão grande e ao mesmo tempo tão pequena... Giancarlo Bianchi Gali estava impaciente ao telefone. Andei devagar até o cômodo em que ele se encontrava e o homem percebeu a minha presença, desligando o telefone no mesmo instante em que me viu.

- Achei você, ainda bem. Preciso que viaje à Las Vegas para o Hotel Bianchi Gali. Consegui mais um sócio e preciso de alguém de confiança para as reuniões.

- Como quiser, pai. Quando irei? - coloquei as mãos nos bolsos da calça.

- Na quinta-feira pela manhã. O jatinho particular irá levá-lo, por favor sem atrasos. Sabe que priorizo a pontualidade em meus negócios. - assenti, o olhando preocupado.

- E por que está tão preocupado? - questionei e em resposta ele respirou fundo.

- Lembra da loja de cosméticos que Carlota resolveu abrir em Manhattan?

- Cosméticos Gali. - lembrei de imediato.

A minha madrasta não era nem um pouco inteligente em relações a negócios e vivia em constante disputa - que só existia na cabeça dela - com a minha mãe. Abriu uma loja de cosméticos com a promessa que deixaria meu pai mais rico, porém só tínhamos problemas e dores de cabeças em relação à isso. Carlota só se preocupada com bolsas da Gucci e sapatos caros.

- Exato. Sua madrasta fez um sorteio de uma viagem para Vegas, em nosso hotel. Um sorteio nada organizado e que já tem dois vencedores, sabe-se lá de onde são. A loja está indo a falência e ela achou que fazendo tal coisa mudaria algo, mas piorou. Irei viajar para Manhattan e ver como anda a situação.

- Já disse para o senhor colocar Carlota no lugar dela, pai. Ela vai acabar te levando a falência. - aconselhei e ele fez pouco caso.

- Enfim. Quinta-feira, não esqueça! Preciso ir. - andou apressado até a porta e voltou a telefonar.

Horas mais tarde, estava sentado em minha mesa na empresa. Depois de mil assuntos pendentes, consegui respirar fundo e almoçar. Minha cabeça estava doendo e piorou com a mensagem de minha mãe.

"Filho, estou em Paris com o seu padrasto. Gostaria de nos acompanhar? Sua irmã apareceu com uma notícia excelente... Ela está noiva de Pietro!"

Não acredito que Paola aceitou o pedido de casamento daquele idiota. O cara era o maior babaca e sempre a colocava para baixo, não acrescentava nada em sua vida.

"Sinto muito, mãe. Tenho uma viagem de negócios essa semana e estou atolado de trabalho. Mande minhas felicitações"

Assim que enviei a mensagem, ouço uma voz conhecida acompanhada de "toc toc" na porta do escritório.

- Pode entrar! - falei alto e então a porta se abriu, revelando um Adam Jones com um sorriso debochado.

- Estava comprando alguns móveis para o meu apartamento novo e passei aqui para ver o meu melhor amigo sumido. O que diabos aconteceu com você ontem? - sentou despojado no sofá de couro do escritório.

- Levei a garota loira para casa e as coisas esquentaram. - cruzei os braços sorrindo e Adam esfregou as duas mãos em felicidade.

- Pelo menos alguém terminou o domingo bem. - assenti, ainda sorrindo.

- Mas felicidade dura pouco quando se trata da minha. Tenho uma viagem de negócios para Vegas na quinta-feira. Meu pai está completamente maluco com as aventuras de Carlota. - debochei, fazendo o meu amigo rir alto.

- Aquela mulher tem um parafuso a menos, isso é fato. Mas... Pera aí, você está falando de Vegas? Caralho, Henry! Podemos passar o final de semana inteiro no hotel, curtindo, bebendo e tudo de graça. O que acha? - franzi o cenho com incredulidade.

- Ouviu a parte de "viagem de negócios"? Não estou indo para me divertir e não existe "nós" quando se trata de trabalho.

- Por favor, Henry. Você tá ficando um velho chatão e sem expectativas de vida... Resolva as pendências do trabalho e logo depois iremos nos aventurar pelos cassinos e festas de Vegas. - ergui a sobrancelha.

- Ok, já que você faz tanta questão. Preciso que esteja em minha casa na manhã de quinta-feira, sem atrasos. Iremos no jatinho de meu pai e sabe que ele preza pela pontualidade.

- Excelente. Eu levo uma garrafa de Bourbon para bebermos durante a viagem.

Bufei e depois dei uma risada da maluquice do meu amigo. Para Adam, tudo se resolvida com festas e mulheres.

            
            

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