Caminhos Quebrados
img img Caminhos Quebrados img Capítulo 5 Henry Bianchi
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Capítulo 6 Olivia Miller img
Capítulo 7 Henry Bianchi img
Capítulo 8 Olívia Miller img
Capítulo 9 Henry Bianchi img
Capítulo 10 Olívia Miller img
Capítulo 11 Matteo Gali img
Capítulo 12 Olívia Miller img
Capítulo 13 Henry Bianchi img
Capítulo 14 Olívia Miller img
Capítulo 15 Olívia Miller img
Capítulo 16 Olívia Miller img
Capítulo 17 Henry Bianchi img
Capítulo 18 Olivia Miller img
Capítulo 19 Giancarlo Bianchi img
Capítulo 20 Henry Bianchi img
Capítulo 21 Olivia Miller img
Capítulo 22 Olivia Miller img
Capítulo 23 Henry Bianchi img
Capítulo 24 Henry Bianchi img
Capítulo 25 Henry Bianchi img
Capítulo 26 Olívia Miller img
Capítulo 27 Henri Bianchi img
Capítulo 28 Olívia Miller img
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Capítulo 5 Henry Bianchi

Henry Bianchi

Chegamos em Las Vegas e fomos diretamente para o hotel de minha família. Enquanto Adam falava sobre as festas que teriam nesse final de semana, meus pensamentos iam longe, precisamente na minha irmã e seu futuro casamento. Um cunhado como Pietro estava fora de cogitação, Paola não podia fazer tamanha burrice. Preciso impedi-la e farei isso logo após resolver esses benditos negócios.

Os seguranças nos acompanharam até a recepção do hotel. Desde criança sou acompanhado por eles, Giancarlo tem muitos inimigos espalhados pelo mundo, era perigoso ficar tão vulnerável. Para muitos, Giancarlo Bianchi Gali era um empresário famoso e rico, mas o buraco era mais embaixo. Se soubessem da metade das coisas absurdas feitas por ele, jamais o idolatravam tanto. Lembro perfeitamente do dia em que vi de perto o quão perigoso era ser filho dele.

Itália, 20 anos atrás.

A mansão dos Bianchi estava lotada de pessoas indo para lá e para cá. O aniversário de Giancarlo seria no final de semana e tudo deveria estar em perfeita ordem. O pequeno Henry brincava próximo a piscina e sua irmã caçula observava de longe. Ele tinha tamanha adoração pela pequena, pois como seu pai sempre dizia "Na minha ausência, cuide de sua mãe e de Paola... Com a sua vida!" É óbvio que para a cabeça de uma criança de oito anos aquilo era estranho e confuso, mas Henry fazia de tudo para agradar seu pai e ter um pouco de atenção, por menor que fosse. Giancarlo tinha que se orgulhar de Henry.

Depois de se cansar de brincar, Henry ficou parado olhando a piscina e respirando o ar fresco daquela manhã de verão. Paola continuava ali, dessa vez brincando com uma boneca de porcelana. Foi questão de minutos, o garoto estava quase pegando no sono, quando ouviu a voz de sua mãe e acordou de imediato.

- Henry, onde está sua irmã? Pensei que estivessem brincando. - o garoto olhou para os lados e não havia nada além de desconhecidos organizando a festa.

- Eu não sei, mamãe. Estava quase dormindo e...

- Oh meu Deus! Giancarlo! - a mulher gritou em desespero.

O pai chegou quase correndo e os dois começaram a gritar um com outro. Eles estavam nervosos, preocupados e aquilo deixava Henry mais angustiado.

- Onde está a maldita babá de Paola? Ela quem deveria estar cuidando da minha filha, não um moleque ingênuo desses! - Giancarlo cuspiu as palavras grosso, deixando o pequeno Henry encolhido.

Mais tarde, Henry estava deitado em sua cama numa posição fetal. Na sua cabeça só pensava em Paola e onde ela estava. Ouviu gritos e mais gritos de seus pais. A polícia fora acionada e todos estavam em busca da pequena Paola.

Na manhã seguinte, Henry saiu de seu quarto e caminhou lentamente até o escritório de Giancarlo. O homem estava sentado em sua poltrona, o semblante preocupado deixou Henry com medo.

- Acharam!!! - ouviu a voz de um dos empregados e o coração apertado de Henry ficou leve.

Giancarlo correu as pressas até o jardim da mansão, Paola estava acompanhada de um dos policiais e seu rosto inchado de chorar fez com que Henry se sentisse culpado.

- A babá pretendia levar a garotinha para encontrar um homem hoje pela manhã. Por sorte, pararam em um hotel e um amigo reconheceu Paola.

Todos ficaram em alívio total, porém quem realmente pagou o pato foi Henry. A noite enquanto a família Bianchi jantavam, Giancarlo levou o garoto até seu escritório e olhou firme em seus olhos.

- O que eu disse a você, seu garoto estúpido? Na minha ausência cuide de sua mãe e de sua irmã! - segurou o braço de Henry com força.

- E-eu sinto muito, papai! Não queria que isso tivesse acontecido...

- Mas aconteceu! E agora o seu erro terá consequências...

Henry observou o pai tirar o cinto de couro da calça e fechou os olhos sabendo o que iria acontecer dali por diante. Não era a primeira vez que Giancarlo o agredia e possivelmente não seria a última.

Hoje.

Depois do ocorrido nunca mais as coisas foram as mesmas. Seguranças eram uso obrigatório de nossa família! Meses depois, foi descoberta a identidade do homem que pretendia sequestrar Paola. Era um dos inimigos de meu pai, ele pretendia mata-lo e provavelmente ainda pretende.

Mal coloquei os pés na entrada do hotel e minha mãe ligou, me enchendo de conversas fiadas sobre o casamento de Paola. Andei sem muita paciência até o elevador e depois de escutar toda aquela encheção de linguiça, desliguei o telefone. Apertei no botão do elevador, aguardando sua chegada com ansiedade. Não via a hora de chegar em minha suite e tomar um bom banho.

Tive uma pequena sensação antes de entrar no elevador, sensação essa que me fez olhar para trás e algo estranho aconteceu. Uma mulher me encarava com curiosidade. Poderia ser só mais uma, porém não era! Algo perturbador me incomodou, eu a conhecia de algum lugar, sabia disso. Ela tinha um rosto conhecido e um corpo bastante atraente envolvido por um vestido vermelho e bem decotado. Senti vontade de arranca-lo e fazê-la gemer o meu nome, enquanto a estocava fortemente.

- Vamos, Henry... - Adam atrapalhou meus pensamentos maliciosos, puxando-me para o elevador.

- Terá alguma festa hoje à noite? - perguntei ao segurança encarregado de nos levar até nossas respectivas suítes.

- Um tipo de after organizado por Antônio Marinho naquele bar vermelho.

Sabia muito bem do que se tratava aquele after. Antônio adorava fazê-los para encontrar novas donzelas dispostas a acompanhá-lo em eventos. Essa noite não seria diferente, óbvio.

- Não precisarei dos seus serviços durante a noite. Mas fique tranquilo, estou armado.

- Sim, senhor.

- Pretende ir ao after daquele velho babão, Henry? - Adam me olhou curioso.

- Acredito que essa noite vai ser bastante proveitosa, meu caro amigo! - Adam sorriu.

É claro que Antônio não perderia a oportunidade de chamar aquela mulher para ser sua acompanhante, mas cheguei para atrapalhar seu plano ridículo. Ela não merecia ser tratada como um objeto.

- Obrigado. Você me salvou de um idiota.

Uma música lenta e um pouco quente começou a tocar, fiz questão de puxa-la para dançar.

- Nenhuma mulher merece ser tocada por Antônio, acredite. - nos encaramos.

- Realmente. Agradeço pela gentileza, mas... - tentou se soltar de meus braços, porém a puxei pela cintura colando os nossos corpos. A mulher me olhou nervosa.

- Tenho a sensação que te conheço de algum lugar. - desci o olhar até seus lábios carnudos pintados por vermelho. Uma vontade ardente de beija-la tomou conta de mim.

- Tenho um rosto comum. - murmurou.

Sorri em resposta. Era óbvio que ela também teve a mesma sensação, senão não me olhava com curiosidade.

- Acredito que não. Nunca vi mulher mais linda... - notei que sua postura havia ficado ereta.

- Ora, o senhor está flertando comigo? - a voz firme deixou-me surpreso.

- Está comprometida com alguém? - sorri a rodopiando. Dançamos agora com ela de costas para mim.

- Não, mas... Se me tirou dos braços de um galanteador, pensei que não fosse como ele... - a voz vacilou um pouco, então sussurrei próximo ao seu ouvido.

- Vamos fingir que a senhorita não está gostando. - ela movimentou os quadris, deixando-me inquieto.

- Você está se achando, não é? - parei a dança, dessa vez fazendo com que ela voltasse a me olhar.

- Não sei porquê está implicando comigo. Não fiz nada além de salva-la de Antônio.

Ela sorriu de uma forma debochada e com raiva, puxei-a pressionando nossos corpos novamente.

- Não gosto de homens que se comportam da forma em que está se comportando. Ok, você me salvou daquele velhote, mas suas intenções parecem as mesmas que as dele, então creio que não são diferentes. - levou a mão até meu peito.

- Não estou com intenções nenhuma. - paramos a dança.

- Então me deixe em paz! - virou-se raivosa e caminhou pisando fundo até open bar.

Que mulher interessante.

Henry Bianchi

Chegamos em Las Vegas e fomos diretamente para o hotel de minha família. Enquanto Adam falava sobre as festas que teriam nesse final de semana, meus pensamentos iam longe, precisamente na minha irmã e seu futuro casamento. Um cunhado como Pietro estava fora de cogitação, Paola não podia fazer tamanha burrice. Preciso impedi-la e farei isso logo após resolver esses benditos negócios.

Os seguranças nos acompanharam até a recepção do hotel. Desde criança sou acompanhado por eles, Giancarlo tem muitos inimigos espalhados pelo mundo, era perigoso ficar tão vulnerável. Para muitos, Giancarlo Bianchi Gali era um empresário famoso e rico, mas o buraco era mais embaixo. Se soubessem da metade das coisas absurdas feitas por ele, jamais o idolatravam tanto. Lembro perfeitamente do dia em que vi de perto o quão perigoso era ser filho dele.

Itália, 20 anos atrás.

A mansão dos Bianchi estava lotada de pessoas indo para lá e para cá. O aniversário de Giancarlo seria no final de semana e tudo deveria estar em perfeita ordem. O pequeno Henry brincava próximo a piscina e sua irmã caçula observava de longe. Ele tinha tamanha adoração pela pequena, pois como seu pai sempre dizia "Na minha ausência, cuide de sua mãe e de Paola... Com a sua vida!" É óbvio que para a cabeça de uma criança de oito anos aquilo era estranho e confuso, mas Henry fazia de tudo para agradar seu pai e ter um pouco de atenção, por menor que fosse. Giancarlo tinha que se orgulhar de Henry.

Depois de se cansar de brincar, Henry ficou parado olhando a piscina e respirando o ar fresco daquela manhã de verão. Paola continuava ali, dessa vez brincando com uma boneca de porcelana. Foi questão de minutos, o garoto estava quase pegando no sono, quando ouviu a voz de sua mãe e acordou de imediato.

- Henry, onde está sua irmã? Pensei que estivessem brincando. - o garoto olhou para os lados e não havia nada além de desconhecidos organizando a festa.

- Eu não sei, mamãe. Estava quase dormindo e...

- Oh meu Deus! Giancarlo! - a mulher gritou em desespero.

O pai chegou quase correndo e os dois começaram a gritar um com outro. Eles estavam nervosos, preocupados e aquilo deixava Henry mais angustiado.

- Onde está a maldita babá de Paola? Ela quem deveria estar cuidando da minha filha, não um moleque ingênuo desses! - Giancarlo cuspiu as palavras grosso, deixando o pequeno Henry encolhido.

Mais tarde, Henry estava deitado em sua cama numa posição fetal. Na sua cabeça só pensava em Paola e onde ela estava. Ouviu gritos e mais gritos de seus pais. A polícia fora acionada e todos estavam em busca da pequena Paola.

Na manhã seguinte, Henry saiu de seu quarto e caminhou lentamente até o escritório de Giancarlo. O homem estava sentado em sua poltrona, o semblante preocupado deixou Henry com medo.

- Acharam!!! - ouviu a voz de um dos empregados e o coração apertado de Henry ficou leve.

Giancarlo correu as pressas até o jardim da mansão, Paola estava acompanhada de um dos policiais e seu rosto inchado de chorar fez com que Henry se sentisse culpado.

- A babá pretendia levar a garotinha para encontrar um homem hoje pela manhã. Por sorte, pararam em um hotel e um amigo reconheceu Paola.

Todos ficaram em alívio total, porém quem realmente pagou o pato foi Henry. A noite enquanto a família Bianchi jantavam, Giancarlo levou o garoto até seu escritório e olhou firme em seus olhos.

- O que eu disse a você, seu garoto estúpido? Na minha ausência cuide de sua mãe e de sua irmã! - segurou o braço de Henry com força.

- E-eu sinto muito, papai! Não queria que isso tivesse acontecido...

- Mas aconteceu! E agora o seu erro terá consequências...

Henry observou o pai tirar o cinto de couro da calça e fechou os olhos sabendo o que iria acontecer dali por diante. Não era a primeira vez que Giancarlo o agredia e possivelmente não seria a última.

Hoje.

Depois do ocorrido nunca mais as coisas foram as mesmas. Seguranças eram uso obrigatório de nossa família! Meses depois, foi descoberta a identidade do homem que pretendia sequestrar Paola. Era um dos inimigos de meu pai, ele pretendia mata-lo e provavelmente ainda pretende.

Mal coloquei os pés na entrada do hotel e minha mãe ligou, me enchendo de conversas fiadas sobre o casamento de Paola. Andei sem muita paciência até o elevador e depois de escutar toda aquela encheção de linguiça, desliguei o telefone. Apertei no botão do elevador, aguardando sua chegada com ansiedade. Não via a hora de chegar em minha suite e tomar um bom banho.

Tive uma pequena sensação antes de entrar no elevador, sensação essa que me fez olhar para trás e algo estranho aconteceu. Uma mulher me encarava com curiosidade. Poderia ser só mais uma, porém não era! Algo perturbador me incomodou, eu a conhecia de algum lugar, sabia disso. Ela tinha um rosto conhecido e um corpo bastante atraente envolvido por um vestido vermelho e bem decotado. Senti vontade de arranca-lo e fazê-la gemer o meu nome, enquanto a estocava fortemente.

- Vamos, Henry... - Adam atrapalhou meus pensamentos maliciosos, puxando-me para o elevador.

- Terá alguma festa hoje à noite? - perguntei ao segurança encarregado de nos levar até nossas respectivas suítes.

- Um tipo de after organizado por Antônio Marinho naquele bar vermelho.

Sabia muito bem do que se tratava aquele after. Antônio adorava fazê-los para encontrar novas donzelas dispostas a acompanhá-lo em eventos. Essa noite não seria diferente, óbvio.

- Não precisarei dos seus serviços durante a noite. Mas fique tranquilo, estou armado.

- Sim, senhor.

- Pretende ir ao after daquele velho babão, Henry? - Adam me olhou curioso.

- Acredito que essa noite vai ser bastante proveitosa, meu caro amigo! - Adam sorriu.

É claro que Antônio não perderia a oportunidade de chamar aquela mulher para ser sua acompanhante, mas cheguei para atrapalhar seu plano ridículo. Ela não merecia ser tratada como um objeto.

- Obrigado. Você me salvou de um idiota.

Uma música lenta e um pouco quente começou a tocar, fiz questão de puxa-la para dançar.

- Nenhuma mulher merece ser tocada por Antônio, acredite. - nos encaramos.

- Realmente. Agradeço pela gentileza, mas... - tentou se soltar de meus braços, porém a puxei pela cintura colando os nossos corpos. A mulher me olhou nervosa.

- Tenho a sensação que te conheço de algum lugar. - desci o olhar até seus lábios carnudos pintados por vermelho. Uma vontade ardente de beija-la tomou conta de mim.

- Tenho um rosto comum. - murmurou.

Sorri em resposta. Era óbvio que ela também teve a mesma sensação, senão não me olhava com curiosidade.

- Acredito que não. Nunca vi mulher mais linda... - notei que sua postura havia ficado ereta.

- Ora, o senhor está flertando comigo? - a voz firme deixou-me surpreso.

- Está comprometida com alguém? - sorri a rodopiando. Dançamos agora com ela de costas para mim.

- Não, mas... Se me tirou dos braços de um galanteador, pensei que não fosse como ele... - a voz vacilou um pouco, então sussurrei próximo ao seu ouvido.

- Vamos fingir que a senhorita não está gostando. - ela movimentou os quadris, deixando-me inquieto.

- Você está se achando, não é? - parei a dança, dessa vez fazendo com que ela voltasse a me olhar.

- Não sei porquê está implicando comigo. Não fiz nada além de salva-la de Antônio.

Ela sorriu de uma forma debochada e com raiva, puxei-a pressionando nossos corpos novamente.

- Não gosto de homens que se comportam da forma em que está se comportando. Ok, você me salvou daquele velhote, mas suas intenções parecem as mesmas que as dele, então creio que não são diferentes. - levou a mão até meu peito.

- Não estou com intenções nenhuma. - paramos a dança.

- Então me deixe em paz! - virou-se raivosa e caminhou pisando fundo até open bar.

Que mulher interessante.

                         

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