Diferenças do Amor (CEO PARAPLÉGICO)
img img Diferenças do Amor (CEO PARAPLÉGICO) img Capítulo 4 4
4
Capítulo 6 6 img
Capítulo 7 7 img
Capítulo 8 8 img
Capítulo 9 9 img
Capítulo 10 10 img
Capítulo 11 11 img
Capítulo 12 12 img
Capítulo 13 13 img
Capítulo 14 14 img
Capítulo 15 15 img
Capítulo 16 16 img
Capítulo 17 17 img
Capítulo 18 18 img
Capítulo 19 19 img
Capítulo 20 20 img
Capítulo 21 21 img
Capítulo 22 22 img
Capítulo 23 23 img
Capítulo 24 24 img
Capítulo 25 25 img
Capítulo 26 26 img
Capítulo 27 27 img
Capítulo 28 28 img
Capítulo 29 29 img
Capítulo 30 30 img
Capítulo 31 31 img
Capítulo 32 32 img
Capítulo 33 33 img
Capítulo 34 34 img
Capítulo 35 35 img
Capítulo 36 36 img
Capítulo 37 37 img
Capítulo 38 38 img
Capítulo 39 39 img
Capítulo 40 40 img
Capítulo 41 41 img
Capítulo 42 42 img
Capítulo 43 43 img
Capítulo 44 44 img
img
  /  1
img

Capítulo 4 4

Pov. Sara

– Pra que você vai no shopping Sara?

– Não sei se você reparou Samantha , mas a minha bolsa de ginástica está em pedaços, de tanto tempo que tenho ela!!

Uso essa bolsa desde que eu comecei a minha faculdade, e ela já passou por muita coisa, quase foi roubada, já pegou chuva, está cortada e definitivamente ela tem que ser trocada.

– E eu posso ir com você?

COMIGO definitivamente NÃO!!

– Não Samantha , eu vou sozinha.

– E por que você não quer que eu vá?

Ela realmente está fazendo essa pergunta pra mim? Ela sabe o porquê que ela não vai ao shopping comigo.

– Samantha , toda vez que você vai ao shopping comigo você quer compra tudo e eu acabo sempre carregando tudo pra você!!

Até hoje eu nunca vi uma pessoa ser tão consumista igual a ela, quando saímos pra comprar qualquer coisa, ela sempre quer levar o shopping inteiro, e eu fico como a sua carregadora particular.

– Ok, ok já entendi sem shopping pra mim – Ela diz com uma cara de cachorro sem dono.

– Talvez na próxima vez! – ela assente e eu saio a caminho do shopping.

Pov. Gael

Ontem fui muito duro com minha mãe, toda vez que fico nervoso acabo dizendo coisas que não devo, mas depois que eu me acalmo repenso e vejo que a magoei.

Não me recordo que depois do meu acidente eu tenha ido ao shopping, pensando nisso uma lembrança surge, eu, minha mãe, meu pai, Sam e Sia, viemos Ao shopping para ver o papai Noel, mais como eu tinha acabado de ser adotado eu estava muito fechado para esse tipo de festividades. Sou tirado dos meus pensamentos quando o elevador chega.

Empurro a minha cadeira até o elevador e aperto para descer, chegando ao andar as portas e não acredito no que vejo, é ela, Sara.

Pov. Sara

Quando chego ao shopping vou direto para o segundo andar, mas infelizmente não achei nenhuma loja de mochilas, quer dizer eu achei, mas nenhuma delas tinha o que eu queria.

Vou para onde tem os elevadores, vou ver se nos andares de baixo eu encontro o que quero, eu e mais três pessoas estava esperando o elevador chegar, quando chega que abre as portas eu não acredito no que vejo, é ele Gael Devenuto.

As pessoas vão saindo do elevador mais eu não consigo entrar, já que eu estou aqui parecendo uma estátua olhando-o, e então ele olha pra mim.

– Sara, que surpresa! – ele diz surpreso.

Há não é mais senhorita Ventura, é Sara agora! E o meu nome saindo de sua boca, sai como veludo.

– Gael!

As pessoas que esperam o elevador entram o fitam o Gael, mais obviamente por razões diferentes, não olham como achassem ele bonito. As pessoas contornavam a cadeira como se ela não estivesse ali, um comportamento típico, é como elas tivessem medo de ficar aleijados se estivessem perto demais. Vendo essas pessoas tratando Gael assim me fez querer soca-los.

Comecei a observá-lo, mas não por ele ser um deficiente físico, e sim pela aura positiva e a força que ele tem, isso de certa forma me atrai.

O elevador parou no primeiro andar e as portas se abriram e as pessoas foram saindo, mas Gael parecia apresado e avançou com a cadeira, mas o elevador parou alguns centímetros abaixo do piso criando uma elevação. Para uma pessoa capaz de andar não é problema algum, mas para uma pessoa deficiente sim.

Eu vi a determinação no olhos dele, mas a cadeira travou, seus músculos do queixo travaram e ele tentou mais uma vez, mas não deu certo. Olho para Gael e ele parecia humilhado.

– Você quer ajuda? – pergunto

– NÃO – diz bravo

– Gael, isso é só questão de equilíbrio. – digo a ele, já que eu ajudei muitas pessoas assim, por que na faculdade tem pessoas deficientes.

Gael suspira derrotado, e acho que para ele é muito duro pedir o que ele me pediu!

– Será que você pode me ajudar Sara?

– Não – ele me olha surpreso para mim, mas eu realmente não vou! – Você é capaz de fazer isso sem a minha ajuda Gael!

– O que?

– Eu disse que você é capaz de fazer isso Gael!

– Mas que merda – Ele diz irritado – Eu peço de ajuda e o que eu consigo é uma sargento! – diz ele sarcasticamente.

– Esse sarcasmo não vai levar você a lugar algum Gael, você alguma vez já ergueu a cadeira para passar em tapetes altos?

– Claro!

– Bom, aqui é a mesma coisa só que um pouco mais alto. Veja se as rodas estão alinhadas, e então as erga com um impulso, assim você conseguira subir!

– Só isso? – Diz com sarcasmo.

– Sim só isso – respondo da mesma forma.

Dou um sorriso para encoraja-lo, sei que ele precisa de ajuda, mas não na parte física e sim no emocional.

Seus braços são bem musculosos e empurram as rodas para frente se dificuldades, ao se aproximar ele jogou o corpo para trás, afim de tirar o peso da frente, e a cadeira se elevou um pouco assim descendo sobre o degrau e ele empurrou as rodas subindo o restante. Ele saiu do elevador e o segui, ele olha pra mim e pela primeira vez não vejo um gelo em seu olhar

– Obrigada! – Diz ele sincero

Bem é melhor eu ir procurar logo a minha bolsa.

– De nada – Digo e viro para ir, mas sinto um toque quente de sua mão na minha.

– Ei, você gostaria de me acompanhar? – Gael Devenuto querendo que lhe fizesse companhia? Isso é inédito!!

– Claro

– E então Sara, o que veio fazer aqui?

– Vim comprar uma mochila.

– Mochila? – pergunta um pouco confuso.

– Sim, a minha não dura mais um dia, e você o que faz aqui?

– Vim comprar um presente para a minha mãe, mas não sei o que comprar. Será que você poderia me ajudar?

– Claro, porque não?

Seguindo o corredor, entramos em uma loja de CD's e DVD's, andando pela loja Gael para e olha para alguns álbuns dos Beatles.

– Minha mãe adora esses caras.

– Então leva algum desses para ela. – e ele assente.

Quando saímos da loja damos de frente a praça de alimentação e minha barriga dá sinais de fome, Gael segue a direção do meu olhar.

– Você vai comer alguma coisa?

– Sim, vou.

– Então vou te acompanhar.

Gael é rico e não sei que tipo de comida ele come, mas eu nunca vou me desfazer do meu hambúrguer e batas fritas.

Chegamos em uma mesa Gael apenas vira a sua cadeira e eu me sento.

– O que você vai querer comer Sara?

– Bom, eu vou querer comer Hambúrguer com batatas fritas e Coca cola.

– Ok, então eu vou pegar nossos pedidos. – diz prontamente e acho que ele está tentando ser útil e eu jamais vou tirar isso dele.

Girando a cadeira ele segue para o final de uma fila, eu o vi se espreguiçar na cadeira, e vejo que ele é muito musculoso e lindo. Meu Deus o que eu estou pensando!!

Enquanto eu esperava fiquei observando ele fazer os nosso pedidos, assim que ficam prontos ele pega e traz a bandeja no colo. Estávamos comendo bem tranquilos até ele começar a fazer perguntas.

Pov. Gael

Realmente a Sara é uma pessoa boa, gostei dela ainda mais quando ela não me impediu de comprar nossos lanches, e quando eu estava trazendo a bandeja qualquer pessoa teria me ajudado, mas Sara não, ela não me trata como se eu fosse um incapaz e eu gosto disso, pois depois do acidente venho sendo paparicado pela minha família á tempos. Mas Sara não faz isso, e isso para mim é como um lufar de ar fresco.

– Consegui! – lhe digo assim que que chego a mesa, e estou meio suado pelo esforço.

– Eu sabia que conseguiria – Sara diz.

– Você sabia mesmo não é?

– Claro, não duvido de sua capacidade – ela me conhece tão pouco tempo e já sabe que sou capaz de fazer as coisas por mim mesmo. – Por que achou que eu duvidaria?

– Por que as vezes até eu mesmo duvido – digo

– Não tem por que Gael!

Comemos em silêncio até que pergunto para ela.

– Você irá se formar este ano?

– Sim, daqui a duas semanas.

– E que curso você está cursando?

– Literatura.

– Então você gosta de livros?

– Sim, muito!

– E o que faz em seu tempo livre?

– Ei isso é uma entrevista? – ela me pergunta me fazendo rir – mas respondendo a sua pergunta, no meu tempo livre pratico luta livre.

– Que bacana, eu também praticava sabe, antes do acidente.

E então a lembrança daquele dia vem como uma trovoada em minha mente. O que eu estou fazendo aqui, conversando e rindo como um idiota?!

Pov. Sara

Gael assim que se refere ao acidente muda de repente e seu olhar ficou frio como gelo que me assustou.

– Gael o que houve? – pergunto a ele, tirando-o daquele transe.

– Eu preciso ir embora!

– Mas você nem acabou de comer – digo a ele sem entender o que deu nele.

– Apenas preciso ir.

Sem ao menos se despedir ele sai na sua cadeira de rodas entra no elevador sem falar mais nada e parte e me deixa aqui sem entender o que houve. Me sinto magoada, nunca na minha vida ninguém me tratou assim. Sinto uma imensa vontade de chorar e ne sei o porquê.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022