Um amor para o BILIONÁRIO
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Capítulo 4 JOSEPH

Era bem verdade que nos últimos anos eu estava sendo uma pessoa sem nenhuma paciência de sobra. Meu trabalho, por si só, já consumia muito de mim. O pior de tudo, naquele momento, era estar sentado atrás da minha mesa de vidro, no escritório da empresa, depois de um dia exaustivo, ouvindo as idiotices do meu irmão mais novo.

Christophe e eu mantínhamos uma boa relação desde a morte do nosso pai. Eu vinha o cobrando mais responsabilidade nos negócios e estava feliz com sua evolução, porém o garoto que nunca crescia e que muitas vezes me irritava, ainda existia dentro dele.

E, no exato instante em que eu estava pensando nisso, essa personalidade odiável por mim falava coisas sem sentido algum.

- Não me olhe desse jeito. É só uma...

- Uma idiotice digna de Christophe. - completei sem paciência. - Olha... Posso aceitar sua insistência em ser um pouco bobo, mas não me coloque em situações como essa, ou não irá gostar do que vai ouvir.

- Se me conhece, irmão, sabe muito bem o quanto sou irritante e que não vou parar até que...

- Eu mate você. - Encostado na cadeira, com um dos braços apoiado nela, eu o encarava da pior forma possível.

Meu irmão, melhor que ninguém, sabia o que tinha me deixado assim e o quanto foi doloroso. Sei que era extremo dizer que nunca mais cometeria a loucura de me apaixonar, entretanto, assim como ele era insistente quando queria, eu era focado no que desejava e no que queria para a minha vida: ter momentos de paz e não precisar me preocupar se uma namorada ou noiva estaria transando com outro homem.

- Sei que é um trauma que se repete desde o ocorrido e que não vai mais se apaixonar, só que nós dois sabemos o quanto você é infeliz. - Inclinou-se sobre a mesa. - Joseph, gosto do meu irmão quando está feliz. Só foca no trabalho, foge de situações que o leva a conhecer alguém e...

- Christophe! - Respirei fundo, tentando compreendê-lo.

Era difícil me lembrar daquele acontecimento e o superar, principalmente quando a mulher que amei estava constantemente aparecendo no meu ambiente de trabalho. Cometi o erro de me apaixonar por alguém que trabalhava na maldita empresa que eu, assim como o meu amigo traidor, que tinha ações na petrolífera da minha família.

- Pode ser que sua atitude e insistência sejam por um afeto de irmão, no entanto, se me ama, não insista nesse assunto.

- É por amá-lo que continuarei insistindo.

Novamente respirei fundo, fechando os olhos, sabendo que em alguma hora teria que ser mais rígido com ele. Optei por me levantar e sair da sua frente.

- Sabe que desde que o nosso pai morreu, a mamãe... - ele começou a falar.

- Não ouse fazer isso! - Peguei-o pelo colarinho de sua blusa. - Pode me importunar o quanto quiser, mas não use esses argumentos comigo.

- Não quero, apesar de ser a verdade. - Empurrou-me para longe. - Como nós conversamos com frequência, sei que ela não está feliz. Não basta ter perdido o papai, agora tem que ver você se enfiar no trabalho, sendo infeliz. - Ao se levantar, ele me encarou profundamente.

Desviei os olhos do seu.

Eu sabia o quanto nossa mãe sofria, entretanto não podia, de forma alguma, voltar a ser quem era. Foi exatamente isto que fez Adelaide me trair: ser romântico e sensível. Ela odiava esse meu jeito e fingia que me amava, pelo meu dinheiro. Tive que ser frio para não a tirar da empresa por conta de problemas pessoais, porque meu pai não gostaria de me ver misturando as coisas dessa forma.

- É maluca? Sim, é maluca. Mas a experiência propõe achar alguém compatível a você. Seria a forma de uma pessoa gostar de você por ser quem é, e não por quanto dinheiro tem ou por ter um rostinho bonito.

- Não quero ouvir mais nada. - Caminhei até a saída da sala.

- Pode me odiar, mas continuarei insistindo na sua felicidade. - quase berrou para mim.

Saí sem olhar para trás.

***

O whisky que eu estava tomando não tirava de mim os pensamentos inoportunos que meu irmão me trouxe. Ele conseguia me tirar do sério até à distância.

- Espere um pouco. - disse Ian, ainda surpreso e quase chocado, assim como eu me sentia por dentro. - Essa é uma forma diferente de juntar duas pessoas, como aconteceu comigo e Emma?

- Não, essa é uma loucura que meu irmão me propôs. - Achei estranho ele comparar as duas situações. - Muito me impressiona você estar com este sorriso no rosto, como se tivesse ouvido sobre algo genial.

Ou talvez eu quem fosse um homem frio demais, por achar isso uma piada.

- Uma das melhores coisas que já me aconteceu foi me apaixonar por Emma. - Pegou o copo e bebeu um gole do seu conteúdo. - Não é igual, posso garantir, contudo não posso deixar de comparar, amigo.

- Não tem o que comparar. O que aconteceu com você foi destino, já esse experimento quer colocar pessoas, que se dizem "compatíveis", em uma série de encontros que podem ou não as deixar interessadas umas pelas outras. - argumentei como se essa fosse a coisa mais absurda do mundo. - Sem falar que elas não podem se ver ou tocar uma na outra. Onde já se viu algo assim?

- Como eu disse, já passei por isso. - O humor em seu rosto me irritou ainda mais.

Ian e eu nos conhecemos na faculdade. Ele era um devasso e eu, não posso mentir, não era um santo, porém nos negócios éramos sérios e focados. Desde que ele se casou, vem me dando conselhos e questionando as minhas decisões, assim como Christophe.

- Ok. Eu me esbarrei em Emma, em frente à empresa, ela ficou puta, achou meu celular, começamos tudo como uma provocação mútua e, no fim, acabei me interessando por ela sem nem mesmo saber quem era.

- Você a descobriu tempos depois. Não é a mesma coisa.

Eu estava cético quanto a essa questão. Nunca deixaria os meus princípios e ideias para embarcar naquela merda.

- É. Mas quando começou, eu só tinha uma tatuagem no pulso, e a coisa só foi ficando séria. Corro o risco de dizer que só olhei para a garota tímida por conta dos sentimentos confusos que despertei por ela durante as nossas conversas.

Bem... Conhecendo Ian, eu sabia que isso era verdade. Ele saía com modelos, mulheres com vidas de alto padrão. Apesar da beleza de Emma, se eles tivessem se visto antes, ela não chamaria a sua atenção.

- Não quer dizer que vá acontecer o mesmo comigo. - Respirei fundo e encarei o copo com um pouco de líquido dentro.

Embora não quisesse, meus pensamentos trabalhavam naquela ideia maluca, no entanto minha parte insegura me lembrava do meu passado, da imagem da minha noiva e do meu melhor amigo transando na minha cama. Eu achava que os conhecia, confiava cegamente neles, e cá estou eu, sozinho, com medo e ferido.

- Não imagino o que deve se passar na sua cabeça ao pensar no passado. - Ele não estava mais me provocando.

Voltei a prestar atenção nele, desejando que, finalmente, desse razão a mim.

- Eu confio totalmente em Emma, porém é ruim apenas imaginar essa possibilidade, a qual sei que, com certeza, não existe. Se acontecesse comigo, ficaria no fundo do poço. O amor, querendo ou não, nos deixa vulnerável. É uma merda, porém não acho que seu jeito de agir seja a opção certa para você, amigo. Pode se proteger de futuras decepções, mas a qual custo? Sendo infeliz e sozinho para sempre?

Desejei socá-lo por estar certo. A traição não me doía apenas por ter perdido quem amava ou meu amigo, como também por ter me perdido no meio disso. Eu gostava de levar flores à minha noiva, de planejar jantares e de ouvir sobre o seu dia. Ria de bobagens e esquematizava o futuro como se isso fosse um complemento da minha felicidade.

Hoje meu futuro é incerto. Nem penso nele, só para não me lembrar dos planos que fiz no passado e foram destruídos por pura luxúria.

- Ian.

Meu amigo, já sério, observava-me com atenção.

Gostava de saber que ainda existiam pessoas com quem me importar ou que eram minhas amigas, pois fazer novas amizades era um problema consequente da traição que sofri.

- Eu achei que sabia quem eram aqueles dois e que os conhecia, só que descobri que era uma mentira. Mathews e Adelaide, conhecia há anos, convivia com eles e os via sempre. Se eles foram capazes de me trair, por que acha que encontrarei alguém que me ame e em que eu confie, em uma experiência que não posso ver com quem converso sobre coisas que tanto me doem?

A expressão no seu rosto me dizia que ele não sabia a resposta para a minha pergunta.

Confiar. Isso seria difícil, em todos os aspectos.

- Não sei. - Colocou de novo um sorriso agradável no rosto. - Mas, o que tem a perder? - O quê?! - É uma regra você se apaixonar ou ir lá para isso? - Só pode estar maluco. - Acho que está fazendo perguntas certas para pessoas erradas. Conheça alguém e vá lá nem que seja para odiar. Só não acho que deva ficar em casa se lamentando ou odiando mais aqueles idiotas.

            
            

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