Acompanhante, ao seu dispor
img img Acompanhante, ao seu dispor img Capítulo 2 2. Pelo visto não tem medo de levar um tiro.
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Capítulo 7 7. Não me chame de meu amor. img
Capítulo 8 8. Sua vida parece um filme. img
Capítulo 9 9. Um bom marido. img
Capítulo 10 10. Ela é diferente. img
Capítulo 11 11. Nosso quarto. img
Capítulo 12 12. A estrela do lugar. img
Capítulo 13 13. Quer que eu te dê na boca img
Capítulo 14 14. Rayna Vladislav Ivanova. img
Capítulo 15 15. Eu não quero que se segure img
Capítulo 16 16. Minha pequena morte. img
Capítulo 17 17. Espere por mim. img
Capítulo 18 18. Você gostaria disso img
Capítulo 19 19. Dia do lixo. img
Capítulo 20 20. Eu sou apenas humano. img
Capítulo 21 21. Eu te escolhi. img
Capítulo 22 22. Amor e guerra. img
Capítulo 23 23. Hospedagem. img
Capítulo 24 24. Não esperava te encontrar aqui. img
Capítulo 25 25. Renegado. img
Capítulo 26 26. Fuga. img
Capítulo 27 27. Eu nunca vou me apaixonar. img
Capítulo 28 28. O que temos é pouco. img
Capítulo 29 29. Ame a si mesmo. img
Capítulo 30 30. Ninguém humilha minha esposa e sai impune. img
Capítulo 31 31. Eu mataria por você. img
Capítulo 32 32. Eu mataria por você. img
Capítulo 33 33. Radioatividade. img
Capítulo 34 Bathroom. img
Capítulo 35 Certidão de casamento. img
Capítulo 36 Caindo img
Capítulo 37 Conversa intima. img
Capítulo 38 ... img
Capítulo 39 FINAL img
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Capítulo 2 2. Pelo visto não tem medo de levar um tiro.

– Quem era aquela? – questiono com curiosidade enquanto desço as escadas. Assim que a linda mulher saiu do estabelecimento, todas as portas foram fechadas e eu posso finalmente me relevar.

Eu estava no andar de cima o tempo inteiro assistindo a cena interessante que se desenrolou entre o Sr. Peev e a senhorita. Se bem que eu não tenho certeza se devo chamá-la de senhorita.

– Rayna Petrova, uma acompanhante. Ao que parece, o Sr. Peev queria usufruir mais do que havia pagado se é que o senhor me entende. Trabalha na Agency B. – meu guarda de confiança, Jeong, me esclarece. Dou um sorrisinho sacana ao perceber do que ele está falando. Ele sempre sabe de tudo, não importa o que seja, assim que pergunto ele sempre tem a resposta na ponta de sua língua e é por isso que é meu braço direito e está ao meu lado em cada passo dado.

Então quer dizer que o maldito não tem dinheiro para me pagar, mas tem dinheiro para acompanhantes? Bem que ele mereceu aquela rasteira, o verme idoso.

– Percebi pelo desenrolar da conversa – aponto enquanto observo os meus homens levando um muito cabisbaixo sr. Peev e me aproximo. Levanto a mão e os meus empregados entendem o recado, pois param e o colocam no chão novamente. Com o meu sapato, cutuco a coxa do velho e sorrio para seu rosto carrancudo – Ei, Sr. Peev. Como vai? Ou devo chamá-lo de Senhor Pervertido a partir de hoje?

– Você armou com ela não é? Aquela puta barata se vende por qualquer um que der mais dinheiro, eu sempre soube disso – o velho está praticamente cuspindo de raiva na minha direção, mas não me incomodo com as suas palavras e apenas rio. Ainda bem que ela não está mais aqui, pelo que percebi, ela não é do tipo que aceita xingamentos gratuitos e revida os ataques.

– Aquilo? Foi tudo um grande mal entendido. Eu não armei com ela, você sabe muito bem que eu não preciso desse tipo de coisa. O que aconteceu hoje foi tudo por sua causa, talvez se você não tivesse tentado passá-la para trás como me passou ela tivesse te ajudado a fugir – digo inocentemente e ele mostra os dentes para mim como um cachorro prestes a atacar. – Agora, que tal uma estadia em minhas adoráveis acomodações? Tenho certeza que vai dar um jeito de me pagar.

Olho para o segurança e meu sorriso se vai, a postura fria tomando conta de mim novamente.

– Leve – ordeno dando as costas para o Sr. Peev.

– Não! Me dê mais tempo, prometo que vou te pagar com juros – ele grita as minhas costas enquanto é arrastado, mas eu não me viro para ouvir sua proposta.

Eu que dou as cartas aqui, não ele.

Desde o momento em que ele pisou os pés nesse estabelecimento, eu sabia da presença dele e estava disposto a capturá-lo. Ele me deve e tem fugido de sua dívida, mas ele deveria saber que não há como fugir de mim. Eu o caçaria até num buraco de formigas se possível, só para pegar o que é meu por direito. De certa forma, eu sabia, lá no meu íntimo que ele me daria trabalho quando emprestei dinheiro a ele, mas eu sempre estou disposto a me surpreender. Não foi o caso com ele.

Eu sabia que ele tinha uma mesa reservada, mas não sabia que ele viria acompanhado. Quando ele subiu para o quarto, eu fui logo atrás com o plano de acabar com sua diversão na hora mais divertida, mas nem tive a oportunidade. Cinco minutos depois de ter entrado, a garota saiu e ele foi logo atrás.

Como sou tido a diversões e fofocas, decidi observar o desenrolar da cena e não me arrependo. Ele teria fugido se não fosse a rasteira dela, e que rasteira! Ela parece ter muita prática no assunto, além de ser obstinada.

– O que devemos fazer com ele? – Jeong pergunta.

– Que tal decidirmos enquanto tomamos um drinque? – proponho, animado. Eu sempre estou animado para um drink.

– Nikola! Tenho certeza que seu pai desaprovaria tal feito.

– Não me chame de Nikola, fica parecendo um velho quando faz isso. E sério que meu pai desaprovaria? Você acabou de me convencer! Vamos beber, por minha conta! – a simples menção de desaprovar meu pai é como música para os meus ouvidos.

Meu pai, Teodor Vladislav é o maior filho da puta que eu já conheci e eu o odeio. Sem mais. Minha missão de vida é fazê-lo infeliz e até agora estou obtendo muito êxito. Não consigo tirar o sorriso do meu rosto quando ele está bravo comigo.

– Senhor, perdoe-me a intromissão, sei que posso levar um tiro pela minha insolência, mas...

– Se sabe que pode levar um tiro – corto Jeong e o olho ameaçadoramente –, não acha que seria melhor não dizer?

– Senhor, acho que deveria ouvir o seu pai. Ele está ficando velho e está quase na hora de assumir seu lugar de Don. Não acha que seria prudente ser um pouco mais... contido?

– Defina contido.

– Obedecer as ordens dele, sair menos, pensar um pouco antes de...

– Pelo visto não tem mesmo medo de levar um tiro.

– Não se eu achar que isso vai te beneficiar. Pode atirar em mim se acha que não tenho razão – consigo ver em seus olhos a ousadia cintilando, mas em vez de achar ruim, sorrio.

Jeong Tate é meu amigo desde que eu me entendo por gente. Aprendemos a matar juntos, a usar a arma e a lutar. Não me lembro de uma vida onde ele não está ao meu lado e acima de chefe e subordinado, somos amigos, o que significa que ele tem permissão para me falar umas verdades as vezes.

– Você tem razão, mas me recuso a mudar. Quando ele morrer, prometo que farei uma mudança e se isso não acontecer e eu morrer, Viktor assumirá no meu lugar. É o máximo que pode acontecer.

Agora, será que podemos pular toda essa conversa chata? Tudo que eu quero é uma mulher no meu colo e uma garrafa na minha mão então vamos, siga-me.

Assoviando, caminho até a porta e depois de algum tempo, ouço passos derrotados atrás de mim.

Ele não tem opção a não ser me seguir.

            
            

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