Capítulo 7 Eu quero isso

Ela podia ser sacana e dizer que queria ir pra casa, mas ela não queria ser atrevida desse jeito. Não... ela queria provocá-lo ainda mais.

Carolina pegou a mão dele, segurou-lhe os dedos, levando-os até a intimidade dela e deixou que dois deles a penetrassem. Ela viu as pupilas dele dilatarem de prazer.

Ele usou os dedos para dar prazer a ela, até que ela estivesse quase lá, então, abriu as calças. Ele precisou esperar um pouco até que ela se ajustasse a ele.

- Máximo! - Ela gritou de prazer minutos depois, enquanto alcançava o clímax.

- Aaah, apertada demais... - Ele gemeu, deixando-se atingir o prazer.

Ele apoiou uma das mãos no veículo, enquanto a outra segurava a cintura de Carolina e a cabeça dele descansava no ombro dela.

- Oh... - Ela fez quando ele saiu de dentro dela.

Máximo a carregou para dentro do carro, prendeu o cinto de segurança e foi para o lado do motorista. Ele dirigiu e o restante da viagem foi em silêncio.

Carolina foi o restante do caminho brigando consigo mesma por ser tão fraca. Ela deixou Máximo tomá-la novamente, quando era para ter feito o contrário!

"Sinceramente, mulher... " Ela falou para si mesma.

Já Máximo, estava confuso. Mulher nenhuma iria querer dormir com uma criatura como ele, de bom grado. Carolina era apenas mais profissional do que ele havia previsto. Ela sabia como dar prazer a ele na medida perfeita, ela o provocava e o fazia ir à loucura, esquecendo por um momento que ele já não era mais um homem desejável.

Uma vez que ele estacionou o carro, Carolina abriu a porta, mas ele lhe segurou o braço. Ela seguiu do ponto onde ele a tocava, subiu pelo braço dele, peito, até chegar ao rosto dele.

- O que foi? - Ela perguntou, mais ríspida do que ela intencionava.

Ele apertou os olhos para ela, pensando que ela era uma maldita ingrata!

- Eu só ia pedir para você esperar um pouco, pois eu vou ajudá-la com as escadas! - Ele disse, perdendo a paciência.

- Não precisa ser grosso!

- Eu? Você quem me olhou como se eu...-- ele fechou os olhos e respirou fundo - Eu vou te ajudar, ok?

Ela concordou com a cabeça.

"Mas que inferno de mulher temperamental!" Ele pensou enquanto dava a volta no carro e se aproximava de Carolina. Ele a olhou mordendo os lábios, como se estivesse pensando, com o olhar baixo e isso o fez se sentir inflamado de novo. A boca dela era linda. E isso deu ideias na cabeça dele. "Controle-se!"

- Aqui, você fecha o carro quando eu bater a porta – ele falou, entregando a chave para ela. Ela concordou com a cabeça.

Ele se inclinou para baixo e ela automaticamente passou o braço dela pelo pescoço dele. Assim que ele passou o braço por baixo dos joelhos dela e o outro segurando-lhe as costas, ele a levantou e a retirou do carro. Assim que ela ouviu a porta fechando, ela levantou a mão e clicou no botão de "trancar" da chave que ele lhe entregou.

Dolores viu o casal se aproximando e, primeiro, ficou contente, porém, quando viu que o pé de Carolina estava enfaixado, ela correu até eles.

- Oh, senhora!

- Dolores abra a porta do meu quarto. Carolina ficará comigo.

Carolina olhou para ele, com a boca aberta. Ele viu e ignorou.

Assim que ele entrou no quarto e fechou a porta atrás dele, Carolina finalmente pôde dar uma olhada naquele local. A primeira e última vez em que estivera ali, o quarto era um breu e ela não tinha nem ideia de como as coisas eram.

Enquanto o quarto dela era mais arrumado, mais claro, o dele tinha paredes cinza escuro, apenas uma num tom mais claro, a que ficava atrás da televisão. As roupas de cama eram escuras. A janela tinha um filme no vidro e contava também com um blackout.

"Mas só podia mesmo ficar escuro daquele jeito."

Ele a depositou na cama e ela imediatamente enrubesceu, ao lembrar da primeira noite com ele.

- Por que eu vou ficar aqui? – Ela perguntou - O meu quarto é confortável o suficiente.

- Não é sobre conforto pra você, mas para mim.

Ela franziu o cenho, enquanto ele se sentou na cama e retirou o calçado dele.

- Não entendi.

Ele não se virou para ela.

- Eu quero ficar de olho em você. Você está com o pé ferido e alguém tem que te ajudar. Os criados não vão ficar dormindo com você. Portanto, eu é quem vou fazer esse papel. E eu não vou ficar me levantando para ir ao seu quarto durante a noite, por exemplo, para verificar se você precisa de algo.

- Ah... - Ela disse - Eu poderia mandar uma mensagem a você. Não seria necessário ir até o meu quarto para...

- Quer tomar banho? - Ele a interrompeu e ela não gostou, mas engoliu as palavras. Carolina não queria começar a brigar de novo.

Ela apertou os olhos para ele.

- Você quer mais do que me dar banho.

Ele deu de ombros.

- Isso te incomoda?

Ela balançou a cabeça negativamente.

- Não.

- Ótimo. Então, vamos tirar a sua roupa.

Ele falou num tom safado e, quando ela olhou para o rosto dela, ainda que parte dele estivesse coberto com a máscara, ela podia ver que ele era cínico.

"E eu que sempre abominei esse tipo de homem, agora me vejo aqui, achando isso lindo. Ridícula, Carolina!"

Ele tirou a roupa dela com cuidado, fazendo questão de dar beijos aqui e ali. A máscara dele atrapalhava um pouco, mas não muito.

- Máximo? - Ela perguntou e ele respondeu com "hmm?", sem deixar de passar a língua pelo mamilo dela - Por que não me beija?

Ele deu um último chupão no seio dela.

- Eu já a beijei no escritório, não? - Ele perguntou.

- Mas... - Ela abriu os olhos e o encarou - Por que não agora?

-- A máscara vai atrapalhar.

- Então tire a máscara, oras! - Ela disse como se fosse a coisa mais normal.

- Não! Se eu retirar a máscara, você não vai querer os meus beijos - Ele se levantou e se virou de costas para ela, tocando na máscara - Eu sou horrendo.

- Pois não é o que parece... – ela falou sinceramente e ele soltou uma risada.

- Meu bem... você só viu o lado que não está destruído. Não vai querer ver o que o fogo fez na minha cara. Nenhuma mulher quer. Nem eu quero... - Ele disse em voz baixa.

As palavras de Máximo deixaram o coração de Carolina apertado. Ela pensou em pedir que ele tentasse mas.. e se realmente fosse horrível e ela acabasse por fazer cara feia? Seria humilhante para ele.

- Bom, o rosto é seu e você sabe os seus limites - Ela disse - Eu não vou insistir para que fique desconfortável.

"Até que ela é decente. Ao menos nesse quesito."

- Vamos pro banho? - Ele disse, sorrindo fraco.