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Raul era considerado entre alguém esperto, de pensamento rápido e cheio de artimanha, contudo, naquele momento ele sentia-se a pessoa mais confusa não conseguindo entender o que estava acontecendo. A 20 minutos ele havia recebido ordens para que junto dos soldados Florisvaldo e Moacir pegassem os seus equipamentos e se dirigissem para o centro de comando do exército brasileiro. Chegando no lugar eles são recebidos por ninguém menos que Alberto, alguém que várias pessoas odiavam incluindo Silva que agora estava parado ao lado do mesmo calmamente.
- Bom porque você demorou? E que cara é essa?
- Desculpe sargento, não é nada.
-Tudo bem, agora sente-se vamos começar logo. - Enquanto se acomodava Raul observa a dupla improvável diante dele apesar de nenhum ferimento visível o estado dos uniformes de de Alberto e Silva deixava claro que havia acontecido uma luta entre os dois provavelmente para decidir quem seria o líder da missão, afinal não tem melhor argumento do que os punhos para aqueles homens.
- Agora todos fechem a matraca sei que nenhum de vocês gostaria de estar aqui acreditem quando digo que eu seria o primeiro a sair se pudesse, porém recebemos uma missão especial. Nós vamos partir imediatamente para as montanhas ao norte para descobrir o que ocorreu com a 38° companhia e neutralizar seja lá o que estiver naquelas montanhas. Para garantir o sucesso da missão, todos os presentes foram selecionados por suas habilidades únicas.
- Sargento Alves eu entendo a gravidade da situação, mas não acho que esse bando de pulguentos possa ser de alguma ajuda. - o comentário do subordinado de Alberto caem como uma bomba fazendo com que Raul e os demais se levantassem prontos para lutar.
- Quero ver você repetir isso na minha cara seu viralatas sarnento! - Raul começa a transformação e todos em volta abrem espaço já sabendo oque vem a seguir. Entretanto, antes que o pior acontecesse Silva e Alberto se colocam entre os brigões.
- Isso acaba agora, não haverá mais brigas.
- Mas sargento...
- Eu disse sem brigas cabo Nascimento e para ajudar vocês a entenderem o próximo que quiser brigar vai se ver comigo ou com Alberto vocês podem escolher. - Com as palavras de Silva todos no local se calam e voltam a sentar calmamente.
- Continuando para nos auxiliar na missão, o Tenente Tavares irá nos acompanhar. - Todos os presentes protestam contra aquela decisão , já que todos no acampamento conheciam a opinião de Tavares a respeito de outras espécies.
- Sargento Silva eu acho que falo por todos quando digo que essa é a pior ideia possível, não tem um homem aqui que não gostaria de rasgar a garganta daquele almofadinha.
- Eu compreendo, porem ele e necessário por seu conhecimento em inglês, alemão e italiano então façam força para suportar esta bem? A mais um problema. nosso guia dessa vez sera um civil que não tem conhecimento da verdade então vocês tem que se controlar. Isso é tudo dispensado. cabo nascimento fique preciso falar com você. -Enquanto todos saiam para fazer os últimos preparativos, Raul se reúne com Alberto e Silva que repete em detalhes a reunião que teve com o alto comando mais cedo.
- O que vocês acham?
- Olha Silva eu não sei. E verdade que não são muitas espécies que tem olhos amarelos, mas só isso não dá para dizer se é um de nós ou não. - Alberto acena com a cabeça concordando com Raul, Eles eram Tardo uma das várias espécies que habitam o mundo a tanto tempo quanto o homo sapiens com suas características parecidas com a dos lobos eles ficaram conhecidos como lobisomens.
- E verdade, contudo eu acho difícil um bando se aliar aos chucrutes.
- Sim, faz sentido Alberto então vamos tratar logo de conversa fiada, descobrir quem é acabar com essa palhaçada antes que sobre pra gente. Ao sair da tenda Silva se depara com um novo problema em fila estavam oito pessoas aguardando prontos para partir, sete desses eram guerreiros experientes do seu bando e do de Alberto, entretanto o oitavo era uma criança.
- O'Que diabos está acontecendo aqui? Quem deixou esse filhote entrar? - Antes que Silva expulsasse a ponta pés o jovem um soldado toma a frente.
- Sargento esse e o Francesco ele será o guia de vocês senhor.
- Isso é algum tipo de brincadeira? Ele mal aguenta com o próprio equipamento de que forma ele pode ser útil? Não e não! Deve ter outra pessoa que possa ser nosso guia.
- Lamento sargento, mas e tudo o que temos e também...
- Também o que soldado? Desembucha logo.
- Os outros guias senhor estão com medo de ir para as montanhas dizendo que a tal vila e um lugar "maledetto'' sabe amaldiçoada.
- Ai minha santa Rita de Cássia eu mereço. - Silva caminha até Francesco o agarrando pelo colarinho e o levanta até altura de seus olhos.
- Eu vou falar somente uma vez abre bem os ouvidos filhote se eu disser fica você fica, se dizer corra e pra correr porque se algo acontecer e você acabar morrendo eu te mato fui claro?
- Si sergente! - Silva larga Francesco que se estabaca no chão o'que tira gargalhada dos presentes que param imediatamente quando percebem o olhar de Silva em suas direções. - Agora vamos! - Enquanto os homens começam a marchar, Silva aproveita e entrega um envelope a o soldado que apresentou Francesco om ordem de que fosse entregue a Carla na vila próxima. quando já estavam a 3 quilômetros da base um jipe corta o caminho de Silva e sua unidade desse pula um Tenente Tavares fulo de raiva enquanto lutava para colocar o equipamento.
- Como ousa partir sem mim Sargento Silva? Eu vou pessoalmente garantir que você seja preço. E você garoto carregue minhas coisas. É melhor que todos se lembrem que eu sou o oficial de maior patente aqui. - Silva escuta a ladainha de Tavares sem dizer nada enquanto observa o jipe se afastar, quando finalmente tem certeza que não poderiam ser vistos por ninguém, ele dispara um soco que atinge Tavares no estômago que com a força do golpe vai ao chão vomitando. O tenente olha em volta a procura de ajuda, mas encontra apenas olhares de desprezo.
- Você...cof..Você vai para a corte marcial eu vou... - Um novo soco silencia Tavares que sente que algo havia quebrado dentro dele. Novos golpes são desferidos por Silva enquanto todos observam a cena calmamente.
- Por favor, já basta. - Silva para enquanto observa o homem diante dele encolhido chorando como uma criança.
- Patético, cabo Raul você assume a partir de agora.
-Sim Sargento Senhor! - Raul se aproxima de Tavares que recua assustado temendo uma nova surra sem qualquer remorso Raul arranca as divisas do uniforme de Tavares que olha de forma atônita a ousadia do soldado com um superior.
- A Partir de hoje você faz parte do nosso bando, está me entendendo? Sua patente não vale nada, sua origem não vale nada, sua vida bom acho que já sabe não e? Um bando só sobrevive se tiver união, respeito, lealdade, honra. Vivemos por essas regras morremos por elas a escolha é sua. Agora levante-se soldado e marche bem vindo aos cães de guerra.