Capítulo 9 Eu preciso dela

"Ainda estamos no horário de trabalho. Dra. Jessie, concentre-se em seus assuntos", disse Nancy enquanto caminhava para o departamento de pediatria.

Ela então verificou cuidadosamente as condições da garota. A lesão não foi grave, portanto a cirurgia não foi complicada.

Quando entrou na sala de cirurgia, Charles chegou ao hospital carregando Bobby nos braços.

"Onde está a Nancy?" perguntou ansiosamente e com um rosto sombrio.

"Senhor... a Dra. Nancy está no meio da cirurgia. Posso ajudá-lo com alguma coisa?" .

Quando Jessie descobriu que era Charles, ela ficou tão empolgada que quase esqueceu que era a assistente da garota.

"Meu filho pegou um resfriado e queria que a Dra. Nancy cuidasse dele", disse o homem, inquieto, enquanto franzia a testa.

"A condição do garoto é mais importante, ela não pode cuidar dele agora. Sr. Charles, deixe-me cuidar do seu filho", Jessie disse muito segura de si.

"De acordo". Vendo que o garoto estava prestes a perder a consciência, o homem não queria perder mais tempo e deixou que ela o atendesse.

A médica forneceu oxigênio e deu soro.

"Eu quero minha mãe, quero minha mãe..." Bobby murmurou meio consciente.

"Quando ela vai sair?" Charles perguntou.

"A Dra. Nancy é a mais procurada no hospital no momento, então há muitos pacientes esperando para vê-la. Está muito ocupada", Jessie disse numa voz carregada de sarcasmo.

"Pergunto quando a operação terminará?" Ele disse com raiva enquanto a segurava pelo pescoço da blusa. Charles era uma pessoa fria, mas era paciente, então raramente perdia a paciência, especialmente com estranhos; mas naquele momento, as palavras daquela mulher o irritava.

"Uma hora, uma hora..." Jessie ficou tão aterrorizada que seu corpo tremeu por um momento e não se atreveu a dizer mais nada.

Charles a soltou e começou a andar ansiosamente para frente e para trás.

Sua mente estava confusa. Ele não sabia que magia Nancy tinha, mas agora não apenas Bobby gostava dela, ele parecia ter uma fixação inexplicável nela.

Durante o jantar na noite anterior, ele não conseguia pensar em nada além dela.

E até sonhou que estava ao lado dela e...

Que diabos!

Quando Nancy saiu da sala de cirurgia, Charles se aproximou dela com uma cara fria.

"Preciso falar com você", disse ele num tom sério, como se ela lhe devia algo.

O rosto da jovem também ficou frio, pois levava o trabalho muito a sério.

"Senhor, estou trabalhando. Por favor, não me incomode."

"Não me chame de senhor, me chame de Charles." Vendo a indiferença dela em relação a ele, o homem sentiu um pouco de raiva e não foi nada agradável.

"Tudo bem, Sr. Charles. Estou no meio do meu trabalho, por favor, saia daqui!", A garota repetiu.

"Meu nome é apenas Charles, não me chame de senhor novamente. Você me ouviu?" ele disse severamente enquanto segurava o braço da jovem.

Ela não tinha ideia do que ele ia fazer. Veio dizer o seu nome?

"Charles, por favor, deixe-me ir agora, ok?" Se ele insistisse que o chamasse assim, ela apenas o agradaria.

"Muito bem. Venho como parente de um paciente seu. Meu filho está doente, você pode ver como ele está?" Depois de dizer isso, ele a arrastou para a sala de estar.

"Você quer dizer... Bobby?" Nancy ficou surpresa. O pequenino estava bem quando saiu ontem, como poderia estar doente em apenas um dia e uma noite? .

"A culpa é sua. Ele queria vê-la, já está feliz?" Charles jogou toda sua raiva nela.

Bem, se Bobby ficou doente, a culpa foi dela. A quem mais devia pedir ajuda?

"Bobby ficou doente porque queria me ver?" Nancy ficou tão angustiada que rapidamente foi para a cama do menino e verificou seu estado de saúde. " Vai ficar tudo bem. Traga-me o bupleurum e pare de usar os antipiréticos a partir de amanhã."

"Dra. Nancy, este é meu paciente", Jessie disse com uma cara azeda.

Ela não conseguia entender. Trabalhava como pediatra há décadas, como poderia ser inferior a Nancy que era alguns anos mais nova que ela?

Se Nancy levasse seu paciente, seria ridicularizada como médica responsável.

"Saia. Eu preciso dela, e meu filho também", Charles disse friamente a Jessie.

Antes de se virar e partir, Jessie lançou um olhar furioso para Nancy.

"Quero que cuide do meu filho, tem que garantir que ele se recupere o mais rápido possível."

"Não se preocupe, como médica, tratarei os pacientes igualmente e farei o meu melhor!"

"Não!",

Charles rugiu em voz baixa, entre magoado e deprimido.

´O que?´ Nancy olhou para ele confusamente.

Como foi possível um homem tão poderoso se tornar tão sensível agora?

"Ele não é um paciente qualquer. É um garoto que pensou que você fosse sua mãe!", A voz do homem não era alta, mas era extremamente poderosa.

´Sua mamãe?

Ela quase tinha esquecido.´

A médica respondeu depois de profunda inspiração: "Entendo, senhor Charles".

Enquanto falava, ela injetou bupleurum no pequeno.

E então pegou uma toalha, umedeceu e colocou na testa dele.

O homem sentou no sofá e a observou enquanto ela fazia suas coisas.

E só de vê-la, ele se sentiu mais calmo.

Viu a jovem enxugar o suor do Bobby e alimentá-lo...

Ao contrário dele, Nancy fazia tudo isso com calma. Quando seu filho ficou doente, ficou tão ansioso quanto uma formiga numa panela quente e não sabia o que fazer.

"É apenas um resfriado comum. Tudo ficará bem amanhã quando a febre baixar." Notando o olhar preocupado do homem, ela o confortou com um sorriso.

"Você não deve cuidar de mais ninguém até que Bobby se recupere!" ele disse arrogantemente.

Já que quando somente ela estava lá Charles podia se sentir calmo.

"Charles, você é um homem, até ouvi dizer que é o CEO do Grupo TS, então deve assumir a responsabilidade, não acha? As crianças pegam um resfriado de vez em quando." Ela estava ocupada e, mesmo que aquele jovem a chamasse de mamãe, não podia atrasar seu trabalho para ele."Cuide de seu filho, vou trabalhar."

Depois de dizer isso, a mulher limpou as mãos e tentou sair.

"Não ouviu o que disse? Não vou deixar você ir! ", o homem se levantou e ficou na frente dela.

De fato, ela tinha que admitir que gostava de homens bonitos desde criança, assim apaixonou-se por Caspar que era muito atraente.

No entanto, aprendeu com tudo isso e concluiu que quanto mais bonito um homem era, menos confiável ele era.

"Charles, como você pode ser tão irracional? Acabo de voltar do exterior, preciso trabalhar para ganhar dinheiro. Você vai me pagar a indemnização?" .

"Sem dúvida!" O outro concordou sem sequer hesitar.

"Isso é um absurdo!". Nancy já estava com muita raiva, porque enquanto estava no hospital, ela era médica, então não importava quem era, tinha que tratar todo mundo como seus pacientes.

Era verdade que gostava do Bobby, mas isso não atrasaria seu trabalho.

"Quer ir? Bem, não será possível!", Charles simplesmente a pegou pelos braços.

E suas mãos frias a seguravam com tanta força que a fizeram doer.