Nos braços do Mafioso
img img Nos braços do Mafioso img Capítulo 2 Ao som do perigo
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Capítulo 10 Anna, acorde! img
Capítulo 11 Ligue para ele, por favor. img
Capítulo 12 Ilusão img
Capítulo 13 Era um pecado até mesmo olhar para ela. img
Capítulo 14 Um adeus desnecessário img
Capítulo 15 omnia vincit amor , o amor vence tudo. img
Capítulo 16 Vida juntos img
Capítulo 17 Tudo perfeito img
Capítulo 18 Encontros inesperados! img
Capítulo 19 Lembre-se que você é minha e eu sou teu! img
Capítulo 20 As consequências de uma escolha img
Capítulo 21 Tudo por ela! img
Capítulo 22 Aprendendo a se defender img
Capítulo 23 Eu desejo até mesmo o seu lado mais sombrio img
Capítulo 24 Eu vou cuidar de você img
Capítulo 25 Nos braços dele img
Capítulo 26 Cicatriz img
Capítulo 27 Eu e você em Positano img
Capítulo 28 Pagar pelo erro img
Capítulo 29 Pagando o preço img
Capítulo 30 Quebrada img
Capítulo 31 Evitando o caos img
Capítulo 32 Além do sangue, apenas por amor. img
Capítulo 33 Má e fora de controle img
Capítulo 34 Rebeldia img
Capítulo 35 Afrontosa img
Capítulo 36 Ombro amigo img
Capítulo 37 Realmente uma vítima img
Capítulo 38 É difícil te odiar como eu te amo agora! img
Capítulo 39 Traiçoeira img
Capítulo 40 Ainda existe amor img
Capítulo 41 Buscando apoio img
Capítulo 42 Suspeitas img
Capítulo 43 A semente da discórdia img
Capítulo 44 Qual o seu jogo, Raffaele img
Capítulo 45 De frente com a verdade img
Capítulo 46 Afogando as dores img
Capítulo 47 Jogo sujo img
Capítulo 48 Se sentindo culpado img
Capítulo 49 Preocupada img
Capítulo 50 O peso da culpa img
Capítulo 51 Tudo em vão img
Capítulo 52 Não se pode fugir de um problema img
Capítulo 53 Enfrentando a sua cópia img
Capítulo 54 Dando o que ela merece img
Capítulo 55 Antes de tudo img
Capítulo 56 O amor vence tudo. Não desta vez... img
Capítulo 57 Acidente img
Capítulo 58 Sentimentos a serem revelados img
Capítulo 59 O culpado é você! img
Capítulo 60 Se você a amasse teria cuidado dela! img
Capítulo 61 Acordando para as consequências img
Capítulo 62 O ataque img
Capítulo 63 A dor img
Capítulo 64 Longe de tudo img
Capítulo 65 Longe img
Capítulo 66 Sempre em minha mente img
Capítulo 67 Convocado pelo Don img
Capítulo 68 Enfraquecido img
Capítulo 69 O destino sendo selado img
Capítulo 70 Sofrendo por ela img
Capítulo 71 Sem você img
Capítulo 72 Confessando o sentimento img
Capítulo 73 De volta para ele img
Capítulo 74 Eu não suporto estar em um mundo em que você não esteja img
Capítulo 75 Paraíso img
Capítulo 76 Resolvendo as coisas img
Capítulo 77 Um jantar romântico img
Capítulo 78 Doces momentos img
Capítulo 79 Planos futuros img
Capítulo 80 A aliança dos inimigos img
Capítulo 81 Agora é para toda a vida. img
Capítulo 82 Emboscada img
Capítulo 83 Procurando por ele img
Capítulo 84 Traído img
Capítulo 85 Boa demais para o mundo cruel que a cercava. img
Capítulo 86 Um castelo em ruínas e uma rainha estilhaçada img
Capítulo 87 Nada vai trazê-lo de volta. img
Capítulo 88 Positivo img
Capítulo 89 Indo de encontro a um novo caminho img
Capítulo 90 Voltando para casa img
Capítulo 91 O tempo jamais vai apagar img
Capítulo 92 Eu te amo, Anna. Você ainda me ama img
Capítulo 93 Uma surpresa desagradável img
Capítulo 94 Sobre o passado img
Capítulo 95 E eu entraria em guerra com o mundo por você. img
Capítulo 96 Eu devolvi cada maldito tiro img
Capítulo 97 Eu tive que me afastar para te manter segura img
Capítulo 98 Arrependida img
Capítulo 99 Memórias de Patrizia Tommaso img
Capítulo 100 A explosão img
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Capítulo 2 Ao som do perigo

Eu tinha subido naquele ônibus fugindo e acabei no carro com Salvatore. Ele avançou pela estrada em alta velocidade, muito acima do limite permitido. Eu nunca tinha andado com alguém que quebrasse tantas regras em tão poucos minutos. Seus gestos conduzindo o carro eram seguros, ele parecia à vontade. Eu normalmente tinha medo de desobedecer a qualquer uma das regras a mim impostas.

Mas Salvatore parecia ser feito para desafiar todas as regras que surgissem em sua vida. E de certa forma, algo me atraia para ele.

Eu sabia que estava errado e que Deus me perdoasse, mas eu estava gostando de sentir aquela adrenalina.

- Você não pode sair sozinha!

Ele falou, mas os seus olhos estavam na estrada.

- Eu não preciso que você me proteja. - respondi prontamente.

Ele deu um sorriso torto. Mas nada falou. A voz melancólica de Lana Del Rey cantando Salvatore, estava tocando. A melodia me causava uma estranha sensação e a presença de Salvatore D'Aquila parecia ditar que aquela letra era um presságio, uma advertência.

Eu não era experiente em nada que se tratava do coração, muito menos de pele. Mas ao meu lado estava um homem mais que experiente e letal. Não pela arma que eu vi escondida em sua jaqueta, mas ele era letal apenas por ser quem era. Salvatore possuía a beleza de uma escultura de Canova. Seu corpo alto e forte, seus densos cabelos negros e seu olhar escuro davam a ele uma beleza que não passava despercebida.

Ele parou o carro, tínhamos chegado no Castello Normanno. Ele não disse nada, desceu do carro e abriu a porta para mim, estendendo a sua mão. Eu nem deveria ter entrado em seu carro, mas lá estava eu. A curiosidade era um pecado? Salvatore me instigava a querer conhecê-lo.

Caminhamos de mãos dadas até a parte mais alta do castelo.

- Você ama música. Sempre tocou piano?

- Sim. O meu sonho é tocar na Orquestra de San Remo. Eu sempre assisto as apresentações pela TV e eu me imagino fazendo parte ...

Parei de falar, eu estava sendo estupida falando sem parar. Ele me olhava atentamente ainda segurando a minha mão.

- Um sonho bobo. - falei enquanto tirava minha mão da dele.

Me virei observando o imenso mar a nossa frente.

- Não é um sonho bobo, Anna. Gostaria de te ver tocando algum dia.

Tudo era muito estranho, toda quela situação entre nós. Não fazia sentido algum.

- Salvatore, eu não posso ser seguida o tempo todo. Você não pode me forçar a fazer tudo do seu jeito. Mal nos conhecemos.

- Por isto eu te trouxe aqui. Para conversarmos, para mim é essencial que você confie em mim. Pois, eu preciso te proteger.

- Eu não preciso de proteção, não faço parte do seu mundo...

Ele se aproximou de mim, tirando uma mexa de cabelo do meu rosto quando começou a falar:

- Infelizmente, agora faz.

- Eu não...

- Quando você me salvou, meu anjo. Você declinou para o meu mundo. Os homens que viram você, poderão atentar contra a sua vida.

Meus joelhos fraquejaram, minhas pernas estavam bambas, me apoiei no muro de pedra.

- Mas eu não fiz nada.

- Se você não tivesse me ajudado, talvez aquele teria sido meu fim. Os meus homens estavam a minha procura, mas me perderam por alguns minutos que poderiam ter sido cruciais.

- Raffaele disse que você tem mais de sete vidas.

Ele riu.

- Algo que dizem por aí. Mas não acredite em tudo o que ouve, anjo. Pergunte, o que quer saber ao meu respeito, vou tentar sanar todas as suas dúvidas.

Respirei fundo. Eu queria saber mais, eu estava curiosa a respeito daquele belo e perigoso homem.

- Você machuca pessoas?

Ele sorriu novamente.

- Você sabe que sim. Naquela noite não fui o único a apanhar, eu me defendi. Geralmente, não perco muitas lutas. Mas naquela noite eu estava embriagado, fiquei em desvantagem quando meus homens me perderam. Foi por isto que corri risco. Pergunte....

Ele alisou meu rosto. E seu toque me causou arrepios.

- Você tem namorada?

- Eu não namoro. E você?

Eu fiquei vermelha, eu sabia que sim. Minhas bochechas estavam quentes demais.

- Nunca namorei.

Ele tensionou o maxilar, como se engolisse o que queria dizer. Mas depois de um silêncio embaraçante ele quebrou o silêncio.

- Você tem mais alguma pergunta? - ele me estudava atentamente.

- Não. - a maneira como ele estava me olhando me deixava nervosa, pois ele olhava meus lábios.

- Preciso te levar para a casa.

Ele não pegou a minha mão na volta para o carro. E o ato me decepcionou um pouco. Eu deveria ter perguntado mais sobre ele. Mas algo na maneira como ele se movia e me olhava me fazia ficar sem fôlego e sentir um calor anormal em meu corpo.

O percurso até minha casa foi silencioso até chegarmos na minha rua.

- Eu vou pedir para que meus homens te deem mais espaço. Mas a proteção continua! Eles apenas manterão uma distância segura para te deixar confortável. Mas nada de fugas!

- Obrigada. Eu prometo que estou tentando aceitar tudo isto.

- Já é um início, Anna.

Eu sorri para ele. E Deus, ele sorrindo para mim, ficava ainda mais bonito. Ele se aproximou lentamente, se curvando sobre mim quando coloquei a mão para abrir o carro.

Eu podia ver os detalhes perfeitos de seu rosto, mesmo com as marcas leves da agressão, ele parecia perfeito demais. Seu olhar era perigoso e o meu coração alterou as batidas quando os seus lábios preguiçosamente passaram pelo meu rosto, pousando um beijo demorado em minha bochecha.

Quando ele se afastou eu estava em transe, olhando para ele que sorria.

- Nos vemos em breve, Anna.

Eu reuni as minhas forças junto com as minhas bolsas e desci do carro fazendo de tudo para não olhar para trás.

Quando entrei em casa, vovó limpou a garganta.

- Boa noite, Anna. Quem era o homem bonito que te trouxe?

Quase pulei do susto, eu pensei que ela estaria dormindo.

- Apenas um amigo da faculdade, vovó. - tentei parecer convincente.

Eu nunca mentia, eu nunca tinha mentido em toda a minha vida. Mas de repente a minha vida já não era como antes.

Ela parecia ter acreditado no que eu disse, pois seguimos por um tempo em uma conversa amigável sobre a quermesse que em breve aconteceria.

Quando fui para a cama, antes de dormir, Salvatore veio a minha mente bagunçar com a minha sanidade.

***

No outro dia quando sai de casa pela manhã, não tinha carro me esperando e eu agradeci por isto. Comecei a caminhar pela rua. Era o meu dia livre da faculdade e eu queria passear um pouco, distrair a minha cabeça de tudo o que estava acontecendo.

Mas o destino reservava algo diferente, pois de uma das pequenas vielas um homem pulou na minha frente e me arrastou com ele para um beco.

Eu não podia gritar, ele estava tampando a minha boca, o pânico tomou conta de mim. Eu tentava escapar, mas ele era muito mais forte do que eu. Lembrei das palavras de Salvatore me advertindo sobre os riscos que eu estava correndo. Lágrimas desceram do meu rosto, minha bolsa estava jogada no chão e o homem se esfregava em meu corpo.

- Fique quietinha, vai ser melhor...

Um disparo foi feito, o homem que me segurava caiu no chão gemendo e eu gritei. Na minha frente estava Salvatore com um olhar totalmente diferente do que eu já tinha visto. Ele me segurou me puxando para atrás dele.

- Eu vou te matar bastardo! A próxima bala vai ser no coração!

Ele apontou a arma para o homem que só gemia de dor. Sem pensar eu puxei a camisa de Salvatore.

- Salvatore, por favor, não o mate... não quero isto.

Ele parecia travar uma luta interna. Mas me puxou para os seus braços e me tirou dali, me levando para o seu carro. Ele acelerou, e eu estava tremendo, limpando as lágrimas que desciam. Eu não conhecia Salvatore, o pouco que tivemos por mensagens, por conversas não eram o bastante.

- Você está bem? Escute, sinto muito por isto. Eu posso te levar para algum lugar divertido...

Ainda com a adrenalina e a dor em meu peito, eu disse:

- Eu quero te conhecer, quero ver o seu mundo.

Ele parou o carro bruscamente e me olhou por um momento, secando minhas lágrimas. Foram longos os minutos que antecederam a sua fala:

- Tudo bem. Vou te levar para um acerto de contas. Mas será do meu jeito, você vai obedecer e ficará em segurança.

Eu apenas concordei e ele voltou o carro para a estrada. Até parar de frente a um galpão abandonado. Descemos e ele segurou a minha mão me levando para dentro. Os seus homens estavam lá, eu já conhecia muitos deles. Raffaele se aproximou, me olhou, mas suas palavras foram para Salvatore.

-Os homens vão desarmá-los assim que entrarem, assim será seguro para que você desça.

Rafaelle apontou para baixo, mostrando os homens entrando em ação. Tudo foi muito rápido alguns homens entraram no galpão sendo surpreendidos e rendidos por vários homens de Salvatore, a luta teve início.

Vi que eram os mesmos homens que agrediram Salvatore e rapidamente falei.

- São os homens daquela noite, que te machucaram.

Raffaele, desceu correndo as escadas. Salvatore tirou algo de seu bolso e colocou em meus ouvidos, me entregando seu celular.

- As coisas ficarão violentas, se sentir medo escute a música que preparei para você.

Ele beijou minha testa e desceu as escadas. Eu vi quando um homem avançou para cima dele. Mas ele rapidamente o acertou com um soco nocauteando-o. Ele seguiu, em ação. Todos combateram, realmente eles não estavam usando armas. Talvez porque queriam informações e matar não ajudaria, comecei a imaginar. Minhas mãos tremiam e eu aumentei o volume.

Eu estava ouvindo Beethoven, como trilha sonora para a cena violenta que eu estava assistindo, como se fosse um filme do cinema. Estranhamente meus olhos não saíram de cima de Salvatore, ele era uma máquina potente, sagaz e violenta. Sua camisa estava cheia de sangue e não era o dele. Ele ergueu o seu olhar e sorriu para mim, isto fez o meu coração falhar por um segundo, eu estava atraída por ele. A sua violência já não me parecia tão assustadora e eu queria ficar mais perto de Salvatore.

            
            

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