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O ano letivo estava finalizado e havia chegado a hora das férias, a tão esperada férias. Algumas famílias começaram a receber familiares e outras até viajaram para vilarejos próximos. Mas todos estavam eufóricos pelo que o verão e o que ele poderia trazer de novidade ou apenas de descanso. Contudo, na casa de Maria foi bem diferente, tanto o final de ano, quando o início.
Por saber que muitas famílias reduziriam o ritmo de trabalho por conta das festas e das visitas que estavam recebendo, foi que eles tiveram a ideia de não pararem de produzir e não ter folga, visavam uma vendagem muito mais, pois se tinham mais pessoas pela região toda e se os seus colegas de feira estavam produzindo menos, logo, ele venderia mais, e foi o que foi feito.
A rotina continuou a mesma e talvez tenha até aumentado um pouco. Todos acordavam bem cedinho, exceto os filhos menores que se levantavam na metade da manhã como era de costume quando tinham aula. Maria fazia os afazeres de casa e logo descia para ajudar os pais na plantação. O seu pai era um homem que embora não tivesse muito estudo, ele era muito esperto, então se apressou e aumentou a sua quantidade de plantação e variou um pouco nas sementes. Mas o que deu muito trabalho foi o cultivo do solo alargado para plantar, era pedregoso, e sendo assim, quando as sementes fossem lançadas não daria frutos, então eles tiveram que trabalhar bastante em cima daquele solo para transforma-lo. Mas o clima era de arder a pele e eles ficavam muito queimados e e cansados pelo fato de estarem muito expostos ao sol. E foi nesse momento que Maria teve uma ideia, pois se lembrara do improviso da professora para a criação de alguns chapéus que foram precisos no musical e como essas coisas eram muito caras eles não poderiam comprar. Com isso, ela foi no quintal da sua casa, que ficava logo atrás da casa, e pegou arames e retalhos de plásticos e tecidos leves que também tinha por lá e fez três grandes chapéus; um para ela; um para a sua mãe e um para o seu pai.
Ao retornar para a plantação, Maria tinha nas mãos os chapéus para todos o que surpreendeu muito aos seus pais que até então não sabia que ela sabia fazer aquele tipo de coisa. Mas a alegria tomou conta de todos naquela hora, pois dali por diante eles se queimariam menos e o cansasso também seria menor. No final do dia foi comprovado por todos que realmente tinha dado muito certo toda aquela invenção e Maria pulava de alegria. As férias já tinha começado com muitas novidades e podendo colocar em prática o que havia aprendido na escola ficou bem mais divertido.
A rotina da pequena estava totalmente diferente, trabalhava mais, mas se divertia muito também. Quando chegava o finalzinho da tarde por volta das dezesseis horas ela tomava um banho bem tomadinho e logo ia estudar, pois antes de finalizar as aulas a professora havia lhe emprestado muitos livros e de diversos assuntos, lhe pediu que em hipótese alguma ela parasse de estudar nas férias e lhe passou também algumas tarefas para que os assuntos passados não fossem esquecidos. E como ela era uma boa aluna, sempre compria o que lhe era pedido, lia bastante e fazia todas as tarefas dem falhar nenhum dia, e assim ela ficava até a hora da janta onde depois contava histórias para os seus irmãos dormirem e quando todos dormiam ela trabalhava novamente.
A medida que o tempo foi passando e a colheita foi crescendo, não dependendo de muito trabalho, os seus pais a dispensaram de os ajudarem e assim ela poderia se divertir. Maria e seus irmãos amavam brincar juntos e volta e meia eles desciam para o riacho que tinha a muitos quilometros da sua casa para tomarem banho e se divertir. Ela amava a sua família e queria muito poder dar um futuro melhor para cada um deles, queria muito tirar os seus pais do sol e do solo rachado. Muitas vezes os seus pensamentos a arrebatavam e era como se fosse uma viagem para o futuro, onde ela podia enchergar o futuro lindo e brilhante que viria pela frente.
Como a sua casa e roça eram a última do vilarejo, então quase ninguém ia na sua casa e nem ela nas casas dos outros colegas, embora já tenha passado pela frente. Até um dia em que algumas coleguinhas que sentavam perto dela na sala de aula bateram palma na cerca da sua casa e chamavam pelo seu nome, então Maria ao vê-las ficou tão feliz que saiu correndo em sua direção com muita alegria e as convidou para entrarem. Mas ao entrarem as coleguinhas ficaram olhando para a casa, para as coisas e móveis com umas caras de nojo, de pena e de desdenho. Maria por sua vez ficou com vergonha, mas as convidou para brincar e lhes ofereceu água para tomarem. E assim passaram a tarde, brincando no chão da sala, mas ao se levantarem todas empoeiradas elas perguntaram por quê que os pais de Maria não colocavam cimento no chão e uma delas respondeu sem pensar dizendo que a sua mãe tinha dito que a família de Maria era a família mais pobre do vilarejo e eles não tinham dinheiro para nada, só para comer e muito mal ainda. E ao perceberem o que estavam falando e que Maria estava ali, elas se envergonharam e pediram desculpas, mas a pequena se manteve firme e segurou as lágrimas até as meninas sairem. O que também não fez questão que ficassem, lhes disse logo que levaria elas até o portão e que as veria após as férias dando a entender que não era para voltar lá.
Ao se despedirem no portão da cerca e as meninas terem saído, Maria olhou para os lados viu aquelas cercas tortas e caindo e decidiu que nunca mais ouviria aquilo tudo, se sentiu humilhada e ofendida. Então, logo após correu para o quarto e tentando se destrair pegou uma das revistas que a professora havia lhe dado para ler. Era uma revista linda e tinha de tudo, de construção a moda, fotos belíssimas, casas gigantes, modelos exuberantes, carros, praias, tudo de mais empolgante tinha ali. E então o choro logo foi embora e deu espaço aos sonhos, ver e ler sobre tudo aquilo fazia com que a cabecinha e os pensamentos de Maria ficasse se movendo a mil por hora. Ela ficava se imaginando em todos aqueles lugares, conquistando todas aquelas coisas e ao lado da sua família vivendo um lindo sonho. Feliz e empolgada ela logo chamou todos da casa para verem e sonharem com ela, então os seus irmãos como nunca tinham visto tudo aquilo, ficaram primeiro de boca aberta e olhos arregalados com tanta beleza e depois elétricos, pois eram coisas que nunca tinham visto e estava além das suas imaginações. Quando os seus pais chegaram perto reagiram da mesma forma, ficaram parados com os olhos arregalados olhando toda aquela beleza que nunca tinham visto e nem sequer imaginado, eles iam passando folha por folha observando cada detalhe, cada pedacinho de espaço, e comentavam entre si que era tudo muito lindo. Todos sorriam juntos e sua perguntava se será que era verdade mesmo e Maria ao ouvir isso lhe respondia que sim, que a professora contava as histórias de como era lá na cidade grande. Todos pararam para ouvi-la e ela continuou, repetia o que a professora Nilda lhes contava na aula e caminhava pela sala contando e encenando, dizia que a cidade era cheia de prédios, de carros enormes, pessoas muito chiques com óculos escuros, que as praias estavam sempre muitos cheias e elas usavam biquínis e maiores para tomar sol em piscinas enormes, então eles riam e sua mãe dizia que então eles também eram chiques porque ali também tinha muito sol, o comentário os fizeram gargalhar.
Passaram-se alguns minutos e eles ainda estavam lá, olhando tudo e Maria sempre lia o que estava escrito na matéria da página para todos. E ela dizia logo em seguida, que um dia eles estariam vivendo todas essas coisas que estavam sendo mostradas ali, e que ela seria uma grande médica conhecida no pais inteiro, seria a melhor de todos. Nesse momento os seus pais se entreolharam e ficaram com medo de sua filha se frustar por não conseguir chegar lá, e como Maria já estava esperta e entendendo muita coisa, afinal já faria treze anos ainda aquela semana, ela viu o olhar de seus pais, de pena reconhecendo a realidade em que viviam e imaginando que tudo aquilo era absolutamente impossível, mas no mesmo instante ela olhou no fundo dos olhos dos pais e dos irmãos e lhes disse que tudo era possível ao crê, e que ela estava crendo e correndo atrás para que desse certo, estava estudando muito, mais do que todos os seus coleguinhas, e por um momento controlou a sua lingua para não contar que estava trabalhando enquanto dormiam e embora soubesse que todo aquele crescimento na colheita da plantação fosse por parte do seu trabalho, ela se calou porque não poderia contar.
Contudo, sem pensar duas vezes, ela se ajoelhou e fez com que dessem as mãos, ali estava ela seus pais e seus irmãos, tudo o que ela mais amava na vida. E dizia assim: que ela prometia que iria tira-los dali, que ia ser alguém grande na vida e iria leva-los para viver com ela em todas aquelas coisas boas que tinha em outros lugares. Os seus pais choraram e para não contraria-la eles disseram que sim, que iria conquistar tudo aquilo e muito mais. Para eles, estava sendo apenas uma frase sendo dita para encerrar o assunto por ali, mas dentro dela uma chave havia sido girada e lhe deu mais impulso para seguir firme no propósito que tinha. Se abraçaram e após olharem a revista novamente por mais alguns minutos retornaram ao que cada um tinha para fazer.
A noite, quando todos estavam dormindo, a pequena moça se levantou e foi para a plantação trabalhar para o crescimento da sua casa e lá enquanto fazia as coisas, teve uma grande ideia de falar com o seu pai para irem arrumando aos pouquinhos as cercas e as coisas da roça, tudo isso com o que já tinham em mãos e embora fosse demorar um pouco e fosse ser um tanto cansativo, ela sabia que aos pouquinhos eles conseguiriam. Naquela noite ela trabalhou como nunca antes e se empenhou dobrado em tudo e logo após foi dormir, pois estava muito cansada.
No dia seguinte ela abordou o seu pai logo cedinho e lhe contou as suas grandes ideias para o restante do verão, ele olhou para ela e sorriu discretamente, mas ela prosseguiu falando o que queria fazer; primeiro arrumarem as cercas que estavam caídas, plantarem algumas coisas coloridas como plantas para dar uma corzinha a casa e depois ela teria outras ideias, ressaltou Maria na conversa com o seu pai. Ele por sua vez achou muito interessante e até estava planejando fazer isso logo, e disse para ela que ainda aquela semana eles fariam aquilo, que ela ficasse despreocupada porque iria dar certo. Ao escutar isso do seu pai ela vibrou e já começou a planejar em como ficaria, visto que era muito criativa, saiu saltitante para o quarto o fundo da casa para ver o que tinha mais lá atrás.
Aquela semana chegou com resultados muito bons, tudo o que o seu pai plantou estava dando fruto e a colheira era enorme, logo, os resultados das vendas também chegaram, tudo o que havia colhido ele tinha vendido e se tivesse mais ainda seria vendido mais ainda, porque as pessoas ficaram procurando e querendo, mas não tinha mais. O resultado de todo o trabalho havia chegado e o seu pai na hora do jantar chamou a todos e deu a boa notícia, as vendas haviam sido muito boas e mesmo eles estando de férias, eles receberiam a moeda para o doce, mas em quantidade triplicada e lhe tinha sobrado um bom dinheirinho ainda, que ficaria guardado para qualquer emergência. As crianças ficaram surpresas e muito felizes, mas Maria disse ao seu pai que ele poderia ao invés de guardar investir esse dinheiro e lhe deu uma ideia que tinha visto em uma roça que passou uma vez que era criar galinhas, pois elas colocacam ovos que poderiam ser vendidos e depois poderia pegar a galinha para comerem. A ideia era genial, e aquele era o momento para executa-la pois estavam com um saldo positivo das vendas e tinham muitos turistas por perto e estavam comprando bastante coisa.
Sendo assim, no dia seguinte o seu pai foi em uma fazenda que vendia galinhas e comprou sete galinhas e três galos, onde foi o maior investimento nesse sentido. Os trouxe para casa todos bem amarradinhos na carroça e ao chegar encontrou uma festa por terem avançado tanto e em pouco tempo, avanço esse que para muitos daquele lugar considerariam como um nada em frente ao que tinha em suas fazendas. Mas naquele momento a família só se importou com o que precisava ser feito para guardar aquelas galinhas todas e se esqueceram das outras pessoas. E a brincadeira havia começado, enquanto os menores ficaram responsáveis de ficar de olho nas galinhas que estavam amarradas, Maria e seus pais foram construir o galinheiro ao lado da casa com algumas madeiras que eles já tinham. Foi bem trabalhoso; bate daqui e bate de lá o tempo todo, mas estavam todos achando o máximo, se divertindo muito com tudo. Até que ficou todo pronto, maior do que eles esperavam e para finalizar como tinha uma tinta verde jogada lá no fundo da casa, Maria pediu ao seu pai que pintassem o pulero de verde e ele aceitou. Pintaram todos juntos, foi uma bagunça, mas no final deu tudo certo e ficou muito lindo. A pequena rocinha estava ganhando uma cara nova.
Após a chegada das galinhas muita coisa mudou, eles precisavam se dividir para as tarefas que era pegar os ovos bons, colocar comida para elas e não deixar que fugissem, porque se assim acontecesse era muito difícil prende-las novamente. A primeira semana foi muito boa, as galinhas colocaram muitos ovos, sendo que um pouco deles era deixado em casa e o restante era vendido pelo seu pai. Estavam todos felizes e aquele sem sombra de dúvidas era o melhor verão até ali. Mas tudo isso só aconteceu porque o conhecimento havia chegado naquela casa e junto com ele uma nova perspectiva do futuro, novos sonhos e busca da realidade.
Contudo, a semana seguia e havia chegado o dia de concertarem a cerca, estava vem destruidinha e precisou de muito trabalho para coloca-la no lugar. Como o seu pai ao buscar as ferramentas no fundo da casa viu que tinha algumas madeiras grossas que daria para fazer toda a extensão da frente da roça e ficaria mais bonito, então chamou as suas duas ajudantes que era Maria e sua mãe, e lhes pediu que arrancassem toda a cerca da frente da roça, porque colocariam outra novamente que ficaria mais segura e mais bonita. Elas logo correram e agilizaram tudo que foi pedido. Foi um trabalho árduo e cansativo que demandou muito tempo e esforço. Tanto que naquele dis Maria não estudou e nem trabalhou a noite. Quando o seu pai finalizou o encaixe de todas as madeira e passou os arames necessários pintou a pontinha de branco e o restante da madeira de preto, e o interessante foi que não precisou comprar nada porque, nem um prego sequer, porque tudo o que ele utilizou ele já tinha e estava jogado atrás da casa sem utilidade alguma. Então, a pequena. Maria logo pensou, que na verdade essas coisas poderiam ter sido feitas muito antes e só não foi por falta de motivação de ir em busca de uma nova realidade. Naquela familia tudo estava mudando.
O dia do aniversário de Maria logo chegou, ela estava muito feliz com tudo que tinha acontecido até ali, e ficou assustada ao perceber o quanto a sua vida tinha mudado no último ano, como ela tinha aprendido coisas novas e como a sua casa estava diferente. Ela aprendeu muitas coisas e entre essas coisas aprendeu que se alguma coisa pode ser possibilidade, então essa mesma coisa pode se tornar realidade, mas para isso era preciso sempre correr atrás e acreditar de todo coração. Ela aprendeu que de nada valia ficar sentada e esperar que as coisas acontecessem, era preciso ir atrás, sonhar, mas fazer por onde. E como a sua mãe era muito bondosa e atenciosa, então ela fez um bolinho de aniversário de cenoura, simbólico para baterem um parabéns de treze anos. Mesmo não sendo como as festas dos outros colegas, ela se sentiu muito amada e realizada.
Na lista das coisas que havia pedido ao seu pai para fazer ainda estava faltando as plantações coloridas, então ao falar com ele e sua mãe a esse respeito, eles se lembraram que na descida para o riacho haviam algumas flores plantadas que eram muito bonitas e cheirosas, tinham de todas as cores. Então se apressaram e foram lá buscar para plantar; tinha de todas as cores e eram rosas legitimas; trouxeram brancas, vermelhas, amarelas e rosas, muitas mudas para a plantação. E ao chegar em casa o seu pai foi logo preparar o solo para o plantio e assim plantaram as muitas roseiras que haviam trazido. Quando florecessem todas, a casa ficaria muito perfumada e a área de fora toda colorida. Aos poucos tudo ia mudando e Maria por sua vez tinha mais uma coisa para cuidar, agora aquilo havia se tornado o seu jardim preferido e quando voltasse as aulas ela levaria rosas de todas as cores para a sua professora que tanto amava e que aos poucos alterou com o ensino a vida dela e a vida da sua família inteira e era só o começo.
As férias seguia o seu fluxo, e logo os livros começaram a chegar no final da sua pilha, era um indício que as aulas estavam prestes a retornar e que logo as férias acabariam para a tristeza de muitos. A missão da pequena moça estava se cumprindo a cada dia e um dos sinais que teve foi que os seus irmãos começaram a gostar mais da leitura e de estudar, de conhecer coisas novas, descobrir novas possibilidades, novos mundos e também começaram a sonhar. Ela se sentia muito feliz por isso, porque de alguma forma ela estava impactando a vida deles e quando eles estivessem na sua idade, estariam muito mais a frente do que ela. Mas os dias se passaram muito rápido e eles tinham apenas mais um final de semana de férias, porque na segunda-feira as aulas já estariam de volta, então aproveitaram o máximo e Maria também finalizou todos os livros que havia levado para ler enquanto as aulas não voltassem. Estavam todos ansiosos pelo novo ciclo que iniciariam, aguardavam pelo que de novo viria, principalmente a sala da professora Nilda, pois todas as férias ela retornava para a capital para ver a sua família e amigos, e de lá sempre trazia novidades de informação, atualização de ensino, revistas importantes do ano inteiro, e livros novos. Aconteceu que antes de terminar o ano letivo, quando a pequena Maria foi pegar os livros e revistas com a professora, ela perguntou como seria quando todos os livros fossem lidos, e foi nessa hora que a professora com muita calma lhe explicou que ainda tinha muitos livros e revistas dos anos anteriores em sua casa, ainda tinha muito para ler e para aprender, mas também como ela sempre fazia, nas férias ao ir para a capital ver a sua família e amigos, ela sempre trazia consigo novas revistas e novos livros, todos atualizados. Com isso ao chegar perto da volta as aulas, ela estava muitíssimo curiosa para ler e aprender todas aquelas coisas novas. A sua ansiedade era tão grande que até para dormir estava difícil.
A sua mãe era muito jeitosa e mesmo não tendo muito recurso sempre fazia o possível para que os filhos estivessem mesmo simples, mas bem vestidos e limpinhos. E como o primeiro dia de aula geralmente era um dia muito importante para os alunos, ela pegou um tecido que tinha guardado a muito tempo e costurou as roupinhas para eles usarem na segunda-feira e irem bem lindos. O domingo na casa foi de muita agitação estavam todos na expectativa do próximo dia, e naquele dia o seu pai iria leva-los para que pudessem chegar limpinhos no primeiro dia de aula e também porque tinham muitos livros para levarem. Foi difícil fazer essas crianças dormirem cedo, mas no final das contas elas apagaram e dormiram um para cada lado na expectativa da chegada do dia seguinte.