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P.O.V Katherine.
Tomo o café fumegante enquanto escolho o que vou comer dentre as opção que estavam postas na mesa só café da manhã.
- Tudo bem. - Meu pai diz por último antes de desliga o telefone.
- Aconteceu algo Gregory? - Mamãe pergunta o encarando.
- Acabei de saber que Colton foi morto. - Ele informa.
Talvez para alguns esse seja um assunto pesado para o café da manhã mas na minha casa isso era normal.
- Como aconteceu? - Mamãe pergunta com o cenho franzido.
- Stefan o matou com três tiros. - Papai responde pensativo.
- Quem é Colton? - Pergunto confusa sem conseguir me lembrar do rosto.
- Ele era um dos seus pretendentes. - Papai diz e eu engasgo com o café.
- O que? - Pergunto com os olhos arregalados.
Ele não tem tempo de responder pois Alexander entra na sala de jantar se juntando a nós na mesa do café da manhã, se sentando ao meu lado como era de costume.
Apesar de ser um ano mais velha Alexander era mais alto, mais imponente e muito mais maduro.
- Bom dia. - Ele diz enquanto Dona Laura nossa governanta serve seu café.
- Você sabia que Colton foi morto? - Meu pai pergunta.
- Sabia, eu estava la quando Stefan o matou... Eu iria contar ontem mais quando cheguei o senhor e a mamãe não estavam. - Ele responde calmamente.
- Só eu que não sabia quem era esse tal de Colton e que ele era um pretendente meu? - Pergunto indignada.
- Sim. - Meu irmão confirma.
Olho para ele e o repreendo com o olhar.
- Papai... O senhor não pode me arrumar futuros maridos sem me comunicar. - Digo seria.
- É exatamente o que eu posso fazer. - Ele responde tranquilamente. - E além do mais eu só dei autorização para que ele te conhecesse melhor.
- Olha que engraçado, ele foi na minha sala me chamou de cunhado e pediu os diretos dela para o Stefan. - Alexander conta.
- Ele não deu não é? - Mamãe pergunta surpresa.
Ah que maravilha, agora eu não vou ter mais paz desde que o papai disse que estava na hora de me arrumar um marido eu não tenho mais sossego.
Bruno também anda cada vez mais perturbado com a ideia de que papai possa me casar com outro, o que tem deixado ele mais inseguro e ciumento.
- Não. - Alexander responde mamãe.
- Ele fez bem em matar o cretino, se não eu mesmo teria que fazer... Onde já se viu? Pedir os diretos da minha filha sem meu consentimento.
- Sem o meu consentimento. - O corrijo. - Papai eu quero ser informada quando o senhor me arrumar um pretendente, é o meu futuro.
- Exato... E eu sei o que é melhor para o seu futuro.
- Mamãe... - Peço auxílio.
- Já chega desse assunto no café da manhã, todos sabemos dos nossos deveres e o Gregory já disse que não vai te casar com quem você não queira. Não é? - Ela olha pra ele.
- É, de qualquer forma vão surgir mais. - Ele assente.
Fecho meu olhos e suspiro vendo que as inseguranças de Bruno não são infundadas. Sinto toque no meu braço como patas de aranha e abro os olhos.
- AHHHHH... - Grito me afastando.
Meu coração dispara e eu respiro fundo vendo que é só Alexander com sua mão mexendo comigo.
- Alexander! - Mamãe o repreende. - Deixa a sua irmã em paz meu filho.
Me sirvo de um pouco de suco de laranja e bebo de uma vez ainda me sentindo trêmula. Quando tinha três anos fui diagnosticada com aracnofobia estagio quatro.
E desde então a terapia não tem me ajudado, qualquer menção ao nome do animal me deixa nervosa e assustada. A crise mais grave foi quando estava na adolescência e vi uma aranha no jardim, gritei tanto que desfaleci e tive que ficar no hospital dois dias tomando calmantes.
- Eu sinto muito. - Ele beija meu rosto. - Agora eu preciso ir, amo vocês. - Se levanta e sai as pressas.
Desde que assumiu o cargo de papai, ele não para mais em casa.
- Minha filha você não esqueceu que vamos viajar né? - Mamãe pergunta.
- Não... Já é sétima ou oitiva lua de mel? - Pergunto brincando.
- Quarta. - Ela me corrige sorrindo. - Vamos amanhã a noite.
- Tudo bem, espero que se divirtam muito. - Sorrio.
- Você se comporte, seu irmão vai ficar de olho em você. - Papai adverte.
As vezes é difícil ser a única filha mulher, meu pai e meu irmão são ciumentos e gostam de controla minha vida. Me incomoda mas já me acostumei.
- Eu sou a irmã mais velha papai, eu que vou ficar de olho nele. - Sorrio me levantando. - E não se preocupe, eu sou uma garota boazinha lembra? - Beijo seu rosto e subo para meu quarto.
Abro a porta e me jogo na cama fofa sentindo o conforto do meu coxão. Meus pensamentos são interrompidos pelo som da chamada do computador.
Pego o notebook reserva que deixo em baixo da cama e abro vendo uma ligação por vídeo de Bruno.
- Meu amor, você sabe que tem que mandar mensagem antes de ligar... Alguém poderia esta aqui. - Atendo dando uma leve repreensão.
- Eu sei, me desculpe eu acabei esquecendo. É que sair de uma reunião agora pouco e foi um inferno, eu precisava ouvir a sua voz.
- Ah eu sinto muito querido, seu pai está pegando no seu pé novamente? - Pergunto preocupada.
- Sim, agora que ele esta treinando meu irmão para ficar no lugar dele, também está me enchendo um saco para achar meu lugar na máfia. - Ele revira os olhos.
- Ah é?
- Sim. Quer dizer eu nem sei se quero fazer parte da máfia e ele fica me pressionando.
- E do que você quer fazer parte? - Pergunto docemente.
- Não sei... Isso importa agora?
- Amor, eu só dizendo que você já tem vinte e nove anos, você é formado e tem uma boa condição financeira você pode escolher onde quer trabalhar. - Digo com calma.
- Ah Kate, você sabe que só fui pra faculdade pro meu pai larga do meu pé e só fiz economia pra ficar perto de você... Números são a sua praia não a minha.
- Você não precisa trabalhar com economia, encontre algo que goste... Talvez... Talvez ficar sem fazer nada o dia inteiro não esteja te fazendo bem.
- Eu não passo o dia sem fazer nada, passo o dia pensando em você.
- Ah meu amor... Eu também penso em você a maior parte do meu dia. Mas vamos mudar de assunto, meus pais vão para a quarta lua de mel. - Conto sorrindo.
As vezes a indecisão dele em não saber o que fazer na vida me deixa um pouco desanimada, eu quero que ele cresça e tenha sucesso pessoal. Porém eu entendo que cada um tem seu tempo e em breve ele vai ter algo para fazer.
- Não vejo a hora de ter nossa quarta lua de mel... Ei Kate já que seus pais vão viajar nós também podíamos fazer uma viajem romântica.
- Seria maravilhoso... Mas meu irmão vai ficar e ele pode achar estranho.
- Kate, esquece a sua família. Seu irmão é sub-chefe agora ele deve esta muito ocupado e nem vai notar... Vamos amor, pra um lugar de sol.
Penso um pouco e assinto concordado.
- Tudo bem meu amor, vamos viajar.
Ficamos a tarde toda conversando e trocando juras de amor até a hora que o irmão dele lhe chamou e ele teve que ir.
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Ultrapasso os portões da mansão Devan e acelero o carro seguindo em frente, uma hora atrás Alexander me ligou e disse que minha madrinha tinha organizado um jantar.
Como Alexander ainda não é casado e não gosta de ir sozinho nos eventos da máfia ele faz questão que eu o acompanhe até que ele ache a sua segunda dama.
Estaciono o carro na entrada da casa e saio dando a chave para o motorista da família que vai deixa-lo na garagem. Entro na mansão e corro até a sala de jantar onde estavam todos.
- Ai me perdoem... Meu perdoem... É que o Alexander me avisou de última hora. - Digo parando em cima da mesa. - Boa noite. - Pendo a cabeça para o lado fazendo charminho.
- Finalmente. - Lana pega a bebida do pai bebendo.
- Esta atrasada. - Stefan constata.
- Boa noite Kate, sente-se. - Tio Dimitri diz tirando a bebida da filha.
- Estavamos esperando você querida. - Minha madrinha sorrir.
- Me perdoem mais uma vez, eu não achava o vestido. - Digo me sentando ao lado de Alexander.

- Você sempre esta impecável Katherine. - Stefan me olha de cima a baixo.
Se tem uma coisa que minha mãe me ensinou foi ter amor pela moda e pelas roupas elegantes que ela usa.
- É só um janta aqui, não precisava se arrumar tanto. Você sempre fica bonita com qualquer coisa. - Lana diz.
- Lana tem razão, pela primeira vez no século. - Stefan rir e ela fecha a expressão.
- Obrigado. Aliás você esta diferente Lana de um jeito bom, esta linda. - Olho para ela que usava um vestido colado vermelho vivo que marcava suas curvas.
Muito diferente do seu estilo habitual.
- Finalmente esta vestida como uma mulher normal. - Stefan a olha.
- E o que é normal pra você Stefan? - Alexander pergunta.
- Qualquer coisa que ela usa habitualmente. - Ele responde.
- Estamos trabalhando em deixar o estilo da Lana mais elegante, seja gentil com sua irmã Stefan. - Tia Hanna defende a filha deixando o sorriso morrer. - E você também esta belíssima Kate, devia levar a Lana para fazer compras algo mais... Como isso. - Ela aponta para meu vestido.
Ah claro que a roupa de Lana tinha haver com minha madrinha, mas porque ela deixou dessa vez?
- Minha filha sempre esta linda. - Tio Dimitri passa a mão na cabeça dela.
- Eu concordo com tio Dimitri, ela está linda assim mas eu prefiro ela com o estilo próprio... Ela fica linda sendo ela. - Sorrio.
- Aubrey Hepburn era demais, colocava os homens em seu devido lugar. - Ela diz pensativa.
- Ela também não falava tanta besteira com a outra roupa. - Alexander debocha.
Uma leve tensão se instala na mesa de jantar e eu tento dissipa.
- Madrinha, porque organizou esse jantar? - Mudo o assunto.
- Uma maneira de aproximar vocês, meu filho agora é capo e Alexander sub-chefe... Você e Lana tem que garantir o lugar de importância de vocês. - Ela responde sorrindo.
Desfaço o sorriso na mesma hora ficando tensa. Eu pensei que aquela história de eu ficar com Stefan fosse apenas uma ideia passageira...
- Ser Capo e Sub-chefe também implica em saber escolher as pessoas próximas e de confiança para estarem ao seu lado em matrimônio. - Tio Dimitri começa.
- E ninguém mais confiável do que nosso ciclo, Petrov e Devan. - Madrinha sorrir.
- O Yuri vai passar por aquela porta com uma aliança? Já que o casamento da Kate esta garantido. - Lana diz.
Engasgo com o suco que acabou de ser servido junto com o prato principal.
- Pense mais alto meu amor. - Tia Hanna olha para a filha.
- Já estão sabendo que meus pais vão para a quarta lua de mel? - Pergunto mudando de assunto rápido.
- Eles deviam leva Lana e Yuri, afinal crianças precisam de supervisão. - Alexander debocha tomando vinho.
- Eles falaram sobre a viajem, vocês ficam aqui durante a semana. - Tio Dimitri informa.
- Vinte e seis anos e ainda tem medo de ficar sozinho em casa, a criança aqui não sou eu. - Lana devolve a provocação ao meu irmão.
Ele ia responder mas aperto sua mão para que ele fique calado.
- Não se preocupe tio nos já somos bem grandinhos... Além do mais estou pensando em viajar também. - Comento pensando na viajem com Bruno.
- De jeito nenhum, fiquem aqui. Vai ser ótimo. - Tia Hanna sorrir.
- Você fica aqui Katherine. - Stefan diz num tom de ordem.
- Família Devan conhecida por sua insistência. - Sorrio para minha madrinha. - Mas não obrigado. - Digo séria para Stefan.
- Não é um convite Katherine, é uma ordem! Eu sou o capo e você uma subordinada me desobedecer tem punição de morte. - Stefan me encara.
Mas o que? Ele não pode falar assim comigo! Ia responder mas foi a vez que de Alexander segura minha mão para eu ficar calada.
- Nós vamos ficar Kate, eu tenho muitos jantares para ir e não posso ir desacompanhado... - Meu irmão diz.
Suspiro deixando os ombros caírem.
- É claro, eu tinha me esquecido. - Cedo.
- Ótimo vamos mandar preparar os quartos. - Tio Dimitri diz satisfeito.
Lana tenta sair para ver Yuri mas é impedida pelo pai que a obriga a ficar mesmo contra a vontade dela. Esse jantar já esta mais longo do que eu posso suporta.
Abaixo a cabeça e começo a comer para ir embora logo.
- Com pressa Kate? - Stefan pergunta com sarcasmo.
Ah por que ele sempre esta prestando atenção em mim?
- Não... Só estou com fome. - Respondo se encará-lo.
Vejo Alexander fala algo no ouvido da minha madrinha e depois voltar sua atenção para a comida.
- Kate, o que acha de ajudar Stefan na cede enquanto estiver aqui? - Ela pergunta.
- Preciso de ajuda como a de uma secretária com os balanços do mês, e ninguém melhor e mais confiável do que você. - Stefan explica.
- Quer que eu seja sua secretaria? - Pergunto com a sombrancelha arqueada.
- Sim. - Ele diz no mesmo tom que eu.
Isso não é nada bom, se realmente minha madrinha nos quer juntos eu tenho que ficar o mais longe possível dele. Não vai adiantar eu dizer não, pois Stefan não aceita o não de ninguém.
- Vou fazer os balanços em casa e os mando por e-mails. - Digo.
- Prefiro que faça isso sob a minha supervisão e esteja disponível para o que eu precisar. - Stefan rebate.
O encaro seriamente olhando para seus olhos verdes, ele faz o mesmo mas o olhar dele é muito mais intenso e penetrante como se ele pudesse encherga minha alma.
- Tudo bem. - Suspiro profundamente.