Capítulo 4 4

P.O.V Katherine.

Dentro do quarto de Lana eu andava aflita de um lado para o outro ouvindo o som o meu salto bater contra o piso enquanto eu mordida o lábio inferior sem parar e passava a mão nos cabelos manias recorrentes de quando estou nervosa.

- Eu to muito preocupada com essa história da sua mãe me querer junto com o seu irmão Lana. - Digo sem olhá-la.

- Deveria se preocupar com uma coisa mais grave que isso. - Ela diz me fazendo parar.

- O que? - A encaro.

- Ele querer te junta com ele... E com certeza ele quer. - Ela responde.

- Não me assusta Lana. - Digo voltando a andando ainda mais ansiosa.

- Para de andar assim, vai fazer um buraco no meu chão e a Naguine não gosta do barulho que seus saltos fazem. - Ela aponta para o aquário onde sua cobra de estimação fica. - E eu não to te assustando, to falando a verdade.

- E se eu fugir? - Pergunto mordendo o lábio.

- E iria fugir para onde Kate? - Ela arqueia a sombrancelha enquanto pinta a unha dos pés.

- Mora com o Bruno? - Pergunto pensativa.

Eu posso fala livremente sobre meu namoro com Lana porque ela é a única que sabe dele desde que voltei da faculdade. A danadinha procurou tanto que acabou descobrindo e como uma boa amiga ela esta guardando meu segredo desde então.

- Isso só iria fazer vocês acordarem mortos, eu amo romances trágicos tipo Romeu e Julieta e Jack e Rosie... - Ela diz fechando o vidro do esmalte preto. - Mas você é a minha amiga e não quero que seja morta pelo meu irmão. Não ia adiantar, não existe lugar no mundo onde ele não iria te achar poderia demorar mas ele ia.

- A minha mãe tem uma tia no interior, eu poderia ir para lá. - Avento mais uma possibilidade.

- E acorda morta?... - Ela repete franzido o cenho. - Ele iria começa justamente pelos seus parentes, você não é tapada não tente fugir.

Suspiro deixando os ombros caírem.

- E o que sugere que eu faça? - Pergunto me sentando em sua cama.

- Mata ele, é o único jeito...

Franzo o cenho e arregalo os olhos.

- Quer que eu mate o seu irmão? Capo da máfia Salazar? - Pergunto indignada.

- São a mesma pessoa não? - Ela pergunta como se fosse óbvio. - Eu não ia ligar muito para ser sincera, ele é um imbecil.

- E me mataria antes que eu tivesse a chance de fazer algo contra ele...

- Você pode ser mais rápida, se trouxer o cadáver dele aqui a gente pode tenta fazer a Naguine comer...

Sorrio balançando a cabeça negativamente, Lana é a típica garota do contra gosto do seu espírito livre e admiro a coragem que ela tem para dizer não as regras mas ela só tem dezessete anos e ainda é uma menina sonhadora.

É claro que os sonhos dela são diferentes dos meus e tem tons de preto e vermelho sangue mas ainda são sonhos. Temo o dia em que ela vai ser puxada para dura realidade da máfia, espero que isso demore muitos anos.

- Deixa pra lá Lana, talvez isso seja só um desejo da sua mãe e não passe disso. - Digo esperançosa.

Quer dizer, talvez eu esteja sofrendo por antecipação atoa até agora só minha madrinha tocou nesse assunto. Stefan nunca demonstrou interesse em mim.

- Hanna Devan... - Lana estala os dedos. - Minha mãe não tem desejos Kate, ela tem planos.

- Não me atormenta mais... Eu preciso comer, quando eu to nervosa eu como ou bebo e não posso beber. - Digo me levantando.

Alexander sempre diz que quando eu bebo outra personalidade se apossa do meu corpo e pareço até outra pessoa e nesse momento tudo que eu preciso é está plena das minhas faculdades mentais.

- Legal, vamos comer. - Ela também se levanta.

Saimos do quarto calmamente em silêncio porém quando já estavamos perto da cozinha paro ouvindo as vozes da minha madrinha e da minha mãe.

- Não pode me dizer que não seria maravilhoso e também o ideal que Stefan e Kate estivessem juntos. - Minha madrinha diz.

- Ideal pra quem Hanna? Você? - Mamãe pergunta.

- Para todo Kelly, o círculo se fecharia, nossas famílias continuariam sendo as principais sem agregados por casamento. - Ela esclarece. - E Lana com Alexander, sem intrusos ou alguém tentando subir na máfia usando nossos filhos ou até quem sabe possíveis traidores.

- Ah já não bastava a Kate agora você quer envolver a Lana nisso, a menina só tem dezessete anos Hanna.

- E já tem que pensar no futuro, eu estou fazendo isso por ela quero proteger minha filha. Diferente de mim ela nasceu nessa máfia sem lugar para viver uma vida normal antes de se casar, existem limitações aqui as mulheres só tem um destino e quero que dentro das possibilidades minha filha tenha o melhor deles.

- Espere ela fazer faculdade primeiro, como eu fiz com a Kate. Ta certo que Gregory esta procurando um marido para ela porém ela teve uma vida.

Olho para Lana arregalando os olhos.

- Não vou impedir que ela faça faculdade, eu nunca faria algo assim. - Ela diz num tom ofendido. - Mas não significa que ela já não tenha que deixar seu futuro pronto por aqui, para quando tiver acontecer seja mais fácil e não tenha outra em seu lugar.

Lana olha para mim e balança a cabeça negativamente.

- Já te ocorreu que eles não querem uns aos ouros? - Mamãe pergunta.

- Isso se muda Kelly, eu não amava o Dimitri e você não amava o Gregory... A convivência fez com que ficassemos apaixonadas. - Ela responde prontamente.

- E você se lembra do que aconteceu antes disso? De como nós duas tivemos que sofrer até isso acontecer? - Mamãe rebate.

- Elas não tem que sofrer como nós Kelly é tudo diferente, eles se conhecem a vida toda... Com a gente não foi assim. - Tia Hanna argumenta.

- E como vai juntar eles? O Stefan pode esta apaixonado pela Kate mas ela não esta por ele... E a Lana e o Alexander? Ele mal se olham.

Coloco a mão na boca surpresa pela informação, como assim ele esta apaixonado por mim? Ah meu deus...

- Lana é jovem, se apaixona fácil além do mais ela é uma garota bonita vai saber conquista o Alexander.

- Eu nem quero. - Lana sussurra para mim.

- E o Stefan também vai saber conquista a Kate, ele já é adulto e vai saber fazer as próprias oportunidades. - Ela continua.

- Hanna o que conversamos sobre manipula a vida dos outros? - Mamãe diz rindo.

- Eu não estou manipulando. - Minha madrinha diz num tom sério. - Só estou tentando mostra a eles o melhor caminho, tudo que eles precisam fazer é trilhar.

- Sinônimo para manipular. - Ouço o barulho da cadeira se arrastando que significa que mamãe se levantou. - A Kate já está ai e o Alexander chega mais tarde, eu tenho que ir porque vou viajar a noite.

- Faça uma boa viajem. - Acho que tia Hanna esta abraçando ela. - E garanto que tudo vai fluir como nos conformes.

- Por favor não case meus filhos enquanto eu estiver fora. - Mamãe pede. - E muito cuidado com a Kate, ela confia demais em você.

- Não se preocupe.

- Eu te amo, se comporte. - Mamãe se despede.

- Eu também...

Puxo Lana e saimos correndo para o quarto dela novamente.

- Ah isso é mal... É muito mal. - Ando de um lado para o outro mais nervosa que antes.

- Eu disse que minha mãe não tem desejos, tem planos e ela estava montando eles bem embaixo dos nossos narizes. - Lana se senta na cama.

- E agora? Estamos perdidas. - Me jogo na cama de barriga pra baixo.

- A gente pode só não fazer o que ela quer. - Lana sugere.

- Como é que diz não pra sua mãe? - A encaro.

- Não jogando o jogo dela, o problema é que eu não sou boa com tentações. - Ela Responde pensativa.

- Eu acho que vou chorar. - Afundo a cabeça no travesseiro.

Depois de horas conversando com Lana sobre o que fazer não chegamos a nenhuma conclusão e eu fui para meu quarto, uma notificação chega no computar que uso para fala com Bruno pedindo permissão para me ligar.

Eu realmente não queria ter que lida com ele agora mas uma hora vou ter que informá-lo e o quanto antes melhor. Respondo com um simples sim e logo ouço a ligação de vídeo.

Respiro fundo e atentando deixando o notebook na cama enquanto fico de pé.

- Oi meu amor, eu já sei para onde vamos viajar... Rio de Janeiro. - Ele diz sorrindo.

Ah ótimo, tinha me esquecido dessa viagem que não vai mais acontecer.

- Rio de Janeiro? Mas fica no Brasil, do outro lado do mundo. - Digo como se fosse obvio.

- Por isso é perfeito, ninguém vai nos conhecer e vamos poder ter férias como um casal normal.

Balanço a cabeça positivamente e respiro fundo escolhendo as palavras.

- Querido... Não vamos poder fazer essa viagem, eu não posso ir. - Digo mordendo o lábio.

- Por que não Katherine?

- Ontem Alexander e eu viemos jantar na casa dos meus padrinhos e eles nos convidaram para ficar aqui enquanto meus pais estão viajando. Não teve como recusar. - Conto mexendo no cabelo nervosamente.

- É claro que tem como recusar, eu sei que gosta da sua madrinha Kate mas pode inventa uma desculpa.

- Não eu não posso, eu assumir um compromisso que não posso fugir... - Deixo a frase morrer. - Eu vou trabalhar com Stefan na cede.

Vejo ele abrir a boca em surpresa mas logo sua feição se torna dura e nada boa.

- O que essa cara quer com você?

- Nada, acontece que ele acabou de assumir a máfia e ainda esta procurando pessoas de confiança para esta ao seu lado... Eu vou ajuda-lo enquanto estiver por aqui. - Explico com calma.

- Ata, esse cara nunca olhou para você e do nada ele quer que você faça parte do time de confiança dele... Justo você?...

Franzo o cenho e o encaro pela tela do computador sem entender.

- Como assim justo eu? Por acaso eu não tenho competência o suficiente para trabalhar na cede da máfia? - Pergunto séria.

- Não... Não foi isso que eu quis dizer...

- Foi o que pareceu! Saiba você que além do meu rosto bonito eu tenho um cérebro e um cérebro muito competente por sinal. - Falo vendo ele suspirar.

- Kate me perdoa... Eu fiquei com ciúmes... Eu... - Não o deixei termina.

- Eu percebi... Vai esfriar a cabeça Bruno. - Digo e encerro a chamada sem o deixar dizer nada.

Só me faltava essa agora...

            
            

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