--Você está com fome?
--Muito!--Seu olhar dé tristeza, nenhuma criança deveria passar por isso.
--Vai usar essas moedinhas para comer?
--não posso, tenho que ajudar minha mãe ela esta doente e minha irmãzinha precisa de fralda Eu o olho e engulo a seco, com lagrimas nos olhos, não posso fazer muito por ele.
--Meu nome é ava e o seu?
--Carlo. Eu sorri e lembrei que ainda tinha uma pequena quantia na poupança que minha mãe havia me dado antes de falecer.
--Carlo, vamos comprar fralda para sua irmã?. --Serio? --Seu tom de felicidade me encanta. Começa a chuvisco eu ainda agachada sinto algo atrás de mim quando olho para cima vejo dereck danford com um guarda chuva me levanto ficando de cara a cara com o mesmo. --O que está fazendo?
--Lhe devo um pedido de desculpas, está chovendo deixe-me te levar para casa.
--Não vou para casa! Mas muito obrigado senhor danford.
--Senhora e a fralda da minha irmã?--Disse o menininha puxando a barra de meu vestido.
--Vamos!--o pego no colo
--Está chovendo me deixe leva-los até onde precisarem? O menino espirra, engulo o orgulho
--ok, até o mercado do centro.
Ele sorri e abre a porta de trás do carro eu e carlo entramos logo depois ele entra pelo outro lado
--francis, até o centro.
O motorista assenti e começa a dirigir,Carlo estava empolgado
--quantos anos tem sua irma?
--Um ano senhora
--meu nome é ava pequeno, eu sei que quer ajudar sua mãe mas é muito perigoso ficar sozinho na rua.
-- ninguém quer uma criança suja como eu.
O olho surpresa e vejo que dereck tem a mesma reação
--Quem te disse isso?
--O papai
--ele está errado, eu quero ser sua amiga, se você quiser.
--Serio?
E dereck que estava calado finalmente se entrega
--Ah eu quero também, você pode ser meu amigo?
--Siim!!
--Onde você mora pequeno?--Questiono
--eu moro no vilarejo,atrás da fabrica de gelo
O vilarejo, lugar sujo sem saneamento básico, com muita criminalidade e miséria, as autoridades desse pais simplesmente os abandonaram, é uma realidade horrível, uns com tanto, outros com nada, tão triste ver um serzinho tao pequeno nessa situação
--Chegamos senhor --Disse o motorista enquanto parava o carro.
--Obrigado senhor danford.. --O olho em seus olhos verdes
--Dereck..
Seguro o pequeno carlo o pego no colo e corro até a cobertura do mercado Pego um carrinho e o coloco dentro
--Então o que gosta de comer?
--Eu .. --Vejo alguém se aproximar e carlo sorri --Vai seguir a gente por todo lado?
--Também quero ajudar o meu novo amigo, carlo, vamos levar tudo que sua família precisa.
O olhei por alguns momentos,e voltei a atenção para carlo, eu não sou de guardar magoa porém fiquei magoada pela insinuação sobre o meu interesse em ajuda-lo.
--senhor obrigado
--Me chame de dereck
--Posso chamar de tio?
--como quiser--faz carinho na cabeça do pequeno e assume para empurrar o carrinho, percorremos os corredores comprando tudo que a família de carlo precisaria para passar o mês inteiro , fraldas, leite, biscoito tudo que ele queria experimentar, higiene pessoal, observo enquanto o senhor danford brinca como se o carrinho de supermercado fosse um carro de corrida, enquanto algumas pessoas nos encaravam obviamente por conhecer aquele homem, dono de metade da cidade, ele não parece um homem Durão afinal já o vi no seu maior momento de fraqueza.
--Tia--escuto-o me chamar tirando -me de meus devaneios
--Oi querido? --Seu celular esta tocando
--Ah .. é mesmo.
Ligação de Louis
--Preciso atender.
Me afasto um pouco do barulho para atender o telefone celular
*Ligação*
Louis: Oi, você está ocupada?
Ava: oi lou, no momento sim, o que houve?
Louis:você pode vir aqui em casa maia tarde?
Ava:Claro, mas aconteceu algo? Sua mãe está bem ?
Louis:Sim, sim, aqui te conto ok?
Ava: Ok, daqui a pouco estou indo.
*Fim de ligação *
Será que algo aconteceu com a dona Eliane, agora estou preocupada. Vou até carlo e dereck que estão escolhendo biscoitos
--Oi, está tudo bem?--ele me encara olhando nos meus olhos
--Tudo, estava pensando em comprar umas roupas também.--Digo olhando para as roupas rasgadas de carlo
--Sim, terminando aqui vamos ao shopping. Assim que terminamos fomos para a fila para pagar, o jeito que as pessoas estavam olhando para carlo estava me deixando agoniada A fila estava grande e como qualquer criança carlo estava cansado de esperar.
O pego no colo e me transformo em uma palhaça, começo a cantar e fazer brincadeiras para o tempo passar, até chegar a nossa vez, vejo dereck sorrir e disfarçar.
Passamos as compras e dereck pagou completamente tudo, a chuva já havia parado e o motorista estava esperando.
--iremos para o shopping!
Desde a morte da minha mãe Não fui ao shopping, costumávamos ir após a escola, tomar sorvete as vezes assistir um filme de época e comer doces.
--Ava, Tudo bem? --Ele está me olhando --Se sente mal?
--Não, está tudo bem.
Fomos para o carro e o caminho inteiro até lá fiquei pensando na minha mãe. Assim que chegamos fomos em direção a lojas infantis Derek fez questão de comprar tudo para carlo, cortar o cabelo dele, uma nova criança, enquanto caminhávamos vi um lindo vestido na vitrine porém o preço não está dentro do meu orçamento na verdade, nem na bordinha dele
--Está pensativa, quer entrar?
--Não, não está ficando tarde vamos comer algo e levar o pequeno para casa.
Fomos até a Praça de alimentação e lanchamos, a meiguice de carlos me encanta, que criança maravilhosa, O levamos para casa, assim que cruzamos a velha linha do trem atrás da fabrica de gelo podemos ver o sofrimento, o descaso com aquelas pessoas, várias pessoas dormindo no chão, se aquecendo de maneira improvisada, ruas alagadas, esgoto a amostra, casas velhas caindo aos pedaços.
--Eu moro ali tia. Observando uma casinha com a grama alta, portão quebrado e as janelas com Madeiras, batemos na porta e a mãe atende com o olho roxo e a bebê no colo. --mamãe os tios me ajudaram, eles compraram coisas pra gente.
--Eu na tenho como pagar--disse desconfiada --Não queremos nada, somente ajudar.
Ela sorriu
--Podem entrar se quiserem.
Observamos a vizinhança inteira nos olhando, aceitamos entrar, a casa tem velas espalhadas, as paredes com canetinha, mofo e muitas goteiras, a sala é composta de um colchão, uma televisão antiga,e algumas cadeiras
-- Sentem-se, eu me chamo Deia -- ela disse timida e aparentemente com vergonha Eu e dereck nos sentamos enquanto o motorista trazia as coisas.
--Sou ava-sorri
--Sou dereck.
Ela colocou a mão no rosto
--meu marido as vezes bebe um pouco e acaba...--eu interrompo-a
--Não precisa se explicar, eu a entendo bem--Digo lembrando do tapa que meu pai me deu Dereck me olha surpreso
--A culpa não é sua!--eu sei exatamente como ela se sente, a culpa a incapacidade de fazer algo.
Ela desaba a chorar
--Eu infelizmente dependo dele, eu tinha uma boa vida, porém me apaixonei e engravidei, ele me proibi de trabalhar ou de sair, e coloca meu pequeno nesse perigo, assim que eu poder levarei meus filhos para um bom lugar, não os deixarei terminar como eu.
--Eu posso ajudá-la, com um emprego e uma moradia segura, se quiser é claro--ele entrega um cartão de visitas, quem anda com isso? Tá em rico viu.
A mulher se surpreende
--Se for verdade eu quero! Eu quero muito senhor.
--não precisa levar nada, irei ajudá-los! Escuto um barulho alto e vejo um homem cambaleando em nossa direção.
--Quem são vocês, saiam da minha casa!--ele disse grosso em um tom alto
--Eu estou indo em bora e vou levar os meus filhos!--Deia está determinada.
--você não vai a lugar nenhum, muito menos os meus filhos!--ele quebra a garrafa de cerveja que estava em sua mão e parte para cima dela. Eu a jogo para trás de mim o dereck me olha surpreso e se coloca na frente.
--Larga isso!--o motorista destrava uma arma Olho para dereck
--Vamos! Vocês não precisam de nada daqui Dereck segura a minha mão e me conduz até lá fora, deia e as crianças vieram atrás e consigo escutar o homem a ameaçando.
Olho para baixo ainda estava de mãos dadas com dereck danford que percebe e me olha.