Capítulo 4 Dereck

" Você merece ser amado só por ser quem você é, não precisa se esforçar para merece-lo"

Capítulo 04

*Dereck danford narrando*

Meu nome é Dereck, tenho 24 anos, desde criança tenho deveres e responsabilidades, tive que aprender a enxergar a maldade das pessoas, muitas vezes as aproximações de amigos ou relacionamentos eram para obter benefícios ou pedir algo a mim ou minha família, por isso aprendi a desconfiar, meu pai Liam estava sempre trabalhando, mas graças a isso temos nossa situação atual, minha mãe Loren é uma mulher maravilhosa, um pouco difícil de lidar e muito mimada, mas no fundo tem um bom coração, meu irmão mais velho Lorenzo não se interessou a assumir a empresa, desde sempre prefere se divertir , mulheres, bebidas e zero responsabilidade, Eu namoro a 4 anos com Anne, faz 2 meses que a pedi em casamento e para minha sorte ela aceitou, anne é minha paixão de adolescência, sempre sonhei em casar com ela.

Após um dia cheio de compromissos resolvi fazer uma surpresa para Anne, passei em uma floricultura comprei suas flores favoritas, orquídeas, comprei chocolates, e decidi a convidar para jantar comigo, assim que chego ao estacionamento vejo um carro familiar, O carro exuberante do meu irmão, a placa com nosso sobrenome "Danford", ele deve está visitando alguém, lembro-me que ele namorava uma moça que mora aqui, saio do carro, passo pela portaria e subo até o quinto andar, abro a porta com a minha chave ouço barulho vindo de dentro do banheiro, vou andando e percebo roupas espalhadas sigo os sons e me deparo com Anne e Lorenzo fazendo sexo, na banheira, deixo o buquê cair.

--Amor, amor não é o que está pensando!

--Realmente é o que estou vendo! --Olho para Lorenzo que estava assustado e saio do apartamento sem olhar para trás

Escuto passos vindo atrás de mim. Entro no elevador e aperto o térreo, encosto no elevador e enquanto as portas fecham observo Anne correndo em minha direção, o elevador se fecha antes que ela chegue, chego ao estacionamento e vejo o carro de Lorenzo como posso ser tão burro! Pego o extintor de incêndio e jogo em seu vidro que logo quebra soando o alarme, entro no meu carro e arranco.

Paro em uma loja de conveniência, compro cerveja e fico ali bebendo, pego a última cerveja e resolvo andar um pouco, começa a chover intensamente, estou com uma angústia, um sentimento de traição tão grande.

caminho no meio da rua com uma garrafa na mão.

Um carro quase me atropela foi por pouco,escuto uma voz doce, parece um anjo.

--Senhor, precisa sair da rua.

--Se mete na sua vida!!

--Vai acabar sendo atropelado desse jeito!

--E o que te importa! -- ando em direção a uma ponte me debruço, sinto alguém me puxando caio no chão junto a ela, me arrasto e encosto na ponte.

--Senhor, o que houve.--Parecia realmente pqreocupada

--Minha noiva me traiu, com meu irmão.

--Uma traição não vale a sua vida!

Desabo a chorar, após um tempo respiro fundo.

--sei o que precisa.

--você nem me conhece !

--Mesmo assim, sei do que precisa.

--e do que preciso?

--Gritar!

--Que?

--Grita!

Dei um grito alto!

--As vezes nossas emoções nos sufocam, gritar ajuda!

--Obrigado, como devo te chamar?

--Ava!

--Obrigado ava.

--Olha um táxi!

Quando quando vejo já estou dentro do taxi

--Sabe onde mora?

--no condomínio goodcenter.

--Quanto fica a corrida Senhor?

-- 35!

--ok, leve-o em segurança por favor.

O motorista sai com o táxi.

Assim que cheguei em casa os seguranças me ajudaram a entrar, quanto ao resto não me lembro.

Acordo com uma tremenda dor de cabeça e já está de dia, tomo um banho e vou para empresa, não vou deixar nada me abalar, vou com o motorista e pesso para alguém buscar meu carro na frente da loja, ignoro todas as ligações de Anne ou Lorenzo, tenho uma importante reunião com meu pai.

Após ler e assinar diversos documentos recebo uma ligação da minha assistente dizendo que alguém chamada ava queria me ver, eu lembro desse nome... a noite passada veio a minha memória, como ela descobriu que sou um danford. Deve querer algo por ter me ajudado, ou chantagear-me com o que contei ontem, pego minha bolinha antiestresse na gaveta, Levanto e vou em direção a janela , olhando para as pessoas lá em baixo.

O ser humano não faz nada sem querer algo em troca.

Ouço batidas na porta

--Pode entrar.

--Licença--aquela voz doce

Escuto a porta fechar

--Em que posso ajudar?--Pergunto já querendo saber o que ela planeja

--Ah, desculpe encomoda-lo meu nome é ava...

--Eu lembro de você, de ontem senhorita ava, só não entendo o que faz aqui ou como me achou.--sento em minhacadeira e a encaro

--Não quero incomodar senhor Menezes.

--Então o que você quer ? Uma recompensa por ter me ajudado?

--Não, está entendendo errado.

Eu sorri e a olho dos pés a cabeça

--Senhor Menezes só quero lhe devolver isso! --coloca a minha carteira em cima da mesa.

olho sem entender, achei que estivesse no carro.

--Achei que a tivesse deixado no carro.

--então já que esclarecemos isso, estou indo.

--Lhe devo um pedido de desculpas senhorita.

--o senhor não me deve nada.

--Não me chame de senhor , pode me chamar de Dereck, me desculpe pelo pré julgamento.

--Não é por que não uso roupas de marca ou trabalho em uma multinacional que quero chantagear ou me aproveitar dos outros.

--Eu sinto muito se o que disse a chateou, deixe-me te compensar, e agradecer por ontem.

--não precisa, eu tenho que ir para casa. --a vejo pegar a bolsa e se levantar

Batidas a porta, logo após meu pai entra

--tudo pronto para reunião ?

--Tudo sim pai.

Parece surpresa, acredito que não sabia quem eu era.

Vejo meu pai a olhar

--ela veio devolver algo que perdi.

--Já o fiz, preciso ir, foi um prazer conhecê-lo.

--Igualmente querida.

Enquanto ela sai meu pai encara-me

--O que houve?

--Como assim?--Digo sem entender

--O seu irmão me ligou diversas vezes ontem pedindo perdão.

--Ele é Anne estavam tendo um caso.

Vejo seu olhar espantado.

--Está na hora dele crescer, está na hora de cortar as mordomias e fazer ele virar um homem !