Capítulo 10 Determinada a lutar pelos seus desejos

Leona foi surpreendida pela repentina reviravolta dos acontecimentos.

Atordoada, ela gaguejou: "Eu... eu entendi."

Sua sogra, Hilda, a encarou com um olhar penetrante, parecendo dizer que ela a lembrava de alguém do seu passado.

Hilda falou gravemente: "Não me decepcione."

Leona acenou com a cabeça, ainda em estado de choque, e sua surpresa ficou claramente gravada nas suas feições.

Ela já estava casada com Elmer há um ano e, esta foi a primeira vez que ela esteve sozinha na companhia da sua sogra.

Mal sabia ela que o primeiro encontro a sós entre elas seria para discutir o futuro incerto do seu casamento.

Antes disso, Leona nunca se atreveu a enfrentar Elmer. Mas, com o incentivo e o apoio de Hilda, ela encontrou uma nova coragem dentro de si mesma.

Ela não estava mais disposta a ignorar os desejos do seu coração. Ao invés disso, estava determinada a lutar pelos seus desejos.

O objetivo de Hilda ao procurar Leona era discutir este assunto mesmo. Agora que testemunhou a determinação de Leona, ela não sentiu mais necessidade de permanecer.

Após a partida de Hilda, Leona guardou as fotografias que lhe davam um aperto no coração.

De repente, alguém lhe estendeu um buquê de jacintos azuis.

Enquanto ela inalava o doce perfume das flores, um homem com uniforme de florista perguntou polidamente:

"Você é a senhora Barnes?"

Confusa, Leona levantou os olhos na direção dele. "Eu não comprei flores."

O homem ignorou o comentário, abriu um sorriso, colocou o buquê nas mãos dela e saiu.

Ela contemplou as flores, maravilhando-se com a beleza delas. Logo, descobriu um pequeno cartão aninhado entre as flores.

O cartão estava assinado por Hilda.

Havia um recado nele que dizia: "Desta vez você não recebeu nenhum presente meu. Ano que vem te recompensarei com uma surpresa de aniversário."

Imediatamente, Leona compreendeu o que Hilda queria dizer. Ela queria que Leona se mantivesse firme por mais um ano no mínimo.

Leona ficou comovida com o gesto de Hilda. Enquanto ela ponderava a mensagem, lágrimas ameaçavam cair dos seus olhos. Ela lutou para segurá-las, pois não queria fazer uma cena no café.

Leona estava comovida, porque ela nunca imaginou que alguém além de Alfie a apoiasse nessa situação. Principalmente, Hilda, que geralmente parecia indiferente e raramente falava com ela.

Leona puxou os jacintos para perto de si e os cheirou. O cheiro das jacintos trouxe uma paz tranquilizadora para ela, elevando seu ânimo.

Ela voltou para casa, segurando o buquê nos braços e sorrindo amplamente.

No seu coração, ela acreditava que Hilda estava certa.

Ela e Elmer ainda não estavam divorciados. Ainda havia esperança para ela e Elmer se reconciliar e consertar o relacionamento antes de tomar o passo drástico do divórcio.

Ela deveria pelo menos dar o seu melhor.

E se, por algum acaso, Elmer mudasse de ideia?

Depois de retornar para casa, ela organizou carinhosamente os jacintos azuis em um vaso na janela do quarto principal.

Após refletir por um bom tempo, decidiu reservar o restaurante favorito deles e nervosamente discou o número de Elmer.

Mas assim que ela pressionou o botão de chamada, sua coragem falhou e ela rapidamente cancelou a ligação.

A lembrança da voz fria de Elmer ecoava na sua mente, fazendo seu coração tremer com incerteza. Mas ela se recusou a desistir tão facilmente; em vez disso, compôs uma mensagem e a enviou para Elmer com o endereço do restaurante.

"Elmer, se você estiver livre esta noite, gostaria de jantar aqui comigo?", dizia a mensagem.

Do outro lado do telefone, Aurora sorriu irônica ao ler a mensagem. "Parece que alguém anda sonhando acordada!"

Aurora olhou ao redor do escritório do CEO e notou com satisfação que estava vazio. A porta também estava fechada.

Elmer e seu assistente estavam em uma reunião e era pouco provável que voltassem a qualquer momento.

Aurora mostrou para a nova secretária uma foto dela com Elmer, reconhecendo a importância da imagem, então a secretária a deixou entrar respeitosamente.

Aproveitando o fato de que Elmer não havia levado o telefone consigo, Aurora mergulhou nas reflexões privadas de Leona.

Seus olhos brilharam com intenções malignas. Ela se sentou calmamente na cadeira de Elmer e começou a criar uma mensagem para Leona.

"Muito bem", escreveu, "eu estarei lá."

Seu sorriso se ampliou à medida que começou a apagar os registros de mensagens entre os dois. Ela também bloqueou Leona no telefone dele.

Às seis horas da tarde, Leona chegou ao restaurante marcado.

Com a reserva confirmada, o garçom a conduziu para a sala privativa.

O restaurante estava luxuosamente decorado. As paredes de mármore, polidas como um espelho, refletiam a esbelta figura de Leona.

Resplandecente em um vestido de gala, seus cabelos negros como a noite sem luar cascateavam suavemente pelas suas costas.

Ela estava usando apenas uma maquiagem leve que realçava sua beleza natural. Seu sorriso e gestos eram gentis e agradáveis, fazendo com que ela se destacasse entre todas as mulheres.

Ela tomou assento na sala privativa, ansiosamente aguardando a chegada de Elmer.

À medida que as horas passavam, sua impaciência crescia.

Ela olhou pela janela e assistiu como o dia dava lugar à noite. Mas ainda assim, não havia nenhum sinal de Elmer.

A batida do garçom interrompeu sua solidão, perguntando sobre a hora em que ela gostaria de jantar. Como ele observou Leona em uma situação vexatória, decidiu exercer sua sagacidade e não incomodar mais.

Ela tentou ligar para Elmer, mas a ligação não foi completada. Sua mensagem também não foi respondida, aumentando sua angústia. Ela estava começando a se preocupar de verdade.

Elmer era conhecido pela sua confiabilidade, e seu silêncio era incomum e perturbador.

No seu desespero, Leona recorreu ao número do assistente de Elmer.

No entanto, antes que pudesse completar a ligação, a bateria do seu telefone acabou.

Sem outra opção, Leona foi forçada a sair da sala privativa e emprestar um carregador na recepção.

De repente, ela ficou paralisada.