Capítulo 4 Vocês dois poderiam passar a noite aqui

A súbita explosão de raiva de Alfie deixou todos os empregados domésticos ao lado dele em silêncio. Nenhum deles ousou sequer emitir algum som.

Elmer largou o garfo e respondeu casualmente: "Entendo."

"Você! Ahem... Ahem."

A atitude de completa indiferença de Elmer só conseguiu deixar Alfie ainda mais irritado. Ele ficou com tanta raiva do neto que apertou o peito e começou a tossir incessantemente.

"Você está bem?" Hilda correu para entregar um copo de água para Alfie e olhou friamente para Elmer. "Cale-se. Não diga nada que possa desagradar seu avô."

Leona deu um tapinha gentil nas costas de Alfie para ajudá-lo a respirar mais suavemente enquanto tentava acalmá-lo com uma voz calma: "Vovô, não há necessidade para você se alterar. Elmer me trata muito bem. Na verdade, nós comemoramos meu aniversário juntos ontem."

Enquanto falava, ela deu uma sutil piscada para Elmer.

Ela fez de tudo que estava ao seu alcance para persuadir Alfie. Seu sorriso era doce e gentil, e ela era tão fofa quando suas covinhas apareciam.

Depois de estar casados por um ano, ela desenvolveu uma incrível habilidade de ser uma pacificadora entre Elmer e seu avô.

Neste instante, Elmer ficou hipnotizado pelo seu sorriso.

Ele ficou olhando para ela por bastante tempo. Então, ele desviou o olhar e respondeu com seriedade ao seu avô: "Isso mesmo, vovô. Eu voltei para celebrarmos o aniversário de Leona."

"Esqueça!", Alfie disse enquanto acenava com a mão. "Eu vou subir, preciso descansar agora."

Embora estivesse um pouco cansado, a maneira como ele olhou para Elmer ainda era tão penetrante quanto de um falcão. "É tão difícil eu ter a companhia de Leona aqui", disse ele. "Vocês dois poderiam passar a noite aqui. Você tem alguma objeção quanto a isso, Elmer?"

Elmer assentiu com a cabeça e não disse nada.

Então, com a ajuda dos empregados, Alfie subiu as escadas.

Pouco tempo depois, Hilda enxugou os cantos dos lábios graciosamente, então se levantou e saiu.

Enquanto isso, Leona seguia Elmer até o quarto no segundo andar. Aquele era o antigo quarto dele antes de ele se mudar.

Desde que haviam se casado, Leona morava na Casa do Lago Leste. Esta seria a primeira vez que ela dormiria na velha mansão.

Quando Leona reparou no interior do quarto, ela percebeu que sua decoração tinha a mesma vibração antiga que a velha mansão.

Embora o quarto fosse periodicamente limpo pelos empregados domésticos, era evidente que ninguém morava aqui há muito tempo. O ar no quarto estava bastante abafado por ter ficado fechado por muito tempo, o que fez Leona franzir o nariz.

Foi só quando Elmer entrou e deixou seu perfume familiar que Leona começou a se sentir à vontade.

Depois de entrar e fechar a porta, Elmer sentou-se na cadeira e esticou as longas pernas para relaxar. Então, ele acenou para Leona.

"Venha até aqui", disse ele.

Sob a luz fraca, ele olhou para ela com olhos turvos.

De repente, um arrepio percorreu todo o corpo de Leona.

Ela pôde pressentir que algo iria acontecer.

"O que você vai fazer?", ela perguntou, com a voz trêmula.

"O vovô não me pediu para prestar mais atenção em você? Então, venha aqui e desabotoe minha camisa."

Sua voz parecia um pouco preguiçosa enquanto ele se encostava no encosto da cadeira. A camisa dele estava enfiada dentro da calça, o que destacava sua cintura musculosa. Ele parecia sexy e relaxado ao mesmo tempo, o que era completamente diferente da sua vibração normal de frieza e indiferença.

Enquanto Leona o encarava, ela podia sentir seu próprio coração bater cada vez mais rápido. A presença dele havia hipnotizado Leona.

Ela se aproximou dele e, um a um, abriu os botões da sua camisa. Para cada botão que ela abria, um pedaço da sua pele aparecia na frente dela. Não demorou muito para que ela tivesse um vislumbre do seu forte abdômen.

Metade dos botões ainda estava desabotoado, e ainda assim, o rosto de Leona já estava completamente vermelho.

Agora, ela estava tendo dificuldade para conseguir respirar, como se todo o ar ao seu redor tivesse ficado rarefeito. O suor estava começando a se formar na sua testa enquanto a temperatura do quarto parecia ter aumentado.

Enquanto ela continuava a desabotoar os botões, seu pulso fino foi repentinamente agarrado por uma mão grande.

"Você ainda quer continuar me desabotoando?" Então, Elmer perguntou em um tom de provocação. "Meu corpo é tão atraente assim para você?"

Seguindo a direção do seu olhar, Leona viu seus músculos abdominais bem definidos. Ele tinha o corpo perfeito.

Leona não sabia como reagir a essa situação. Ela retirou a mão como se tivesse levado um choque elétrico. Seu rosto ficou corado.

"Não, não!", ela disse em voz alta, enquanto balançava a cabeça.

Então, Leona se virou e quis fugir. No entanto, ela não esperava que Elmer a agarrasse pela cintura e passasse os braços em volta dela.

"Você está querendo dizer que meu corpo não é atraente?", ele disse, brincando mais uma vez.

Ele pegou a mão dela e a posicionou com força em volta do pescoço dele.

A voz dele era baixa e rouca. Esse era seu tom de voz normal, mas havia algo particularmente encantador na maneira como ele falava agora.

Assim que o ouviu falar, ela sentiu como se uma corrente de energia percorresse todo o seu corpo, entorpecendo totalmente seu corpo.