Capítulo 8 Passeio

POV Simone

- Meu celular! Ainda bem que hoje me lembrei dele! - Volto correndo até o criado mudo e pego o aparelho, o colocando dentro da minha bolsa.

Saio do meu quarto e vou até à sala de estar, já encontrando tia Roberta pronta e esperando por mim, chego ao seu lado e vamos para fora de casa, espero ela trancar a porta e vamos até o ponto de ônibus perto de casa.

Chegando lá, nos sentamos e esperamos o ônibus certo por alguns minutos, ao longe vejo ele chegar e me levanto, puxando minha tia comigo, entramos nele e a viagem dura em torno de 20 minutos, o trânsito estava bom e graças a Deus não pegamos engarrafamentos.

Descemos no ponto próximo à mansão e o restante do caminho vamos a pé, chegando perto do grande portão, nos aproximamos e minha tia toca o interfone identificando a nós duas, logo ele se abre e adentramos para o jardim da casa.

Andamos até a porta dos fundos que dá para a cozinha e entramos, me despeço da minha tia e vou até às escadas, depois que as subo sigo o caminho até o quarto de Fábio e entro nele.

Organizo seus brinquedos em caixas de armazenamento e as empilho nas prateleiras, que ficam no canto do quarto. Com a respiração acelerada pelo esforço, olho ao redor do quarto e decido o que fazer a seguir, ando até o criado mundo e arrumo os enfeites que estão ali, pego os livros infantis, que estão espalhados e os disponho na prateleira de livros, que contém ali. Vejo que algumas roupas sujas estão no chão do quarto, recolho elas e as coloco no grande cesto de roupa suja, depois que tampo ele, vou até o closet da criança.

Fico ali dentro por um bom tempo, colocando roupas em cabides, guardando sapatos e separando roupas, termino e olho o horário no meu celular, já é a hora combinada de ir comprar os mantimentos com tia Roberta, saio do closet e ando até a saída do quarto.

Desço as escadarias e percorro todo o caminho até a cozinha, onde minha tia já me espera, juntas saímos da mansão e vamos até o grande centro da cidade, o qual é a poucas esquinas dali.

Tento ficar o mais próxima possível de minha tia, o lugar cheio de gente e carros para todo o lado me deixam perdida, é melhor não me aventurar sozinha, pelo menos por enquanto.

Andamos pelo calçadão, e minha cabeça não para quieta, tamanha a minha curiosidade, olhava para todos os lados possíveis, chacoalhando minha cabeça de um lado para o outro, tia Roberta observando a situação dá uma grande gargalhada e vai me apontando os lugares, me falando o que são e o vendem.

- Ali Simone, é o grande shopping da cidade, tem de tudo o que você pensar e ainda mais. - Me mostra a grande construção, quer parece ser muito linda por dentro.

- Ali é a melhor sorveteria da cidade, parece pequena, mas o sorvete dali é de outro mundo de tão bom que é! - Entusiasmada me apresenta o lugar de aparência aconchegante.

Passeamos por ali por um tempo considerável, sei agora tudo sobre os comércios da rua, não iria me perder mais se ficasse sozinha ali pelas redondezas, por fim acabamos com o tour e entramos na grande rede de supermercados dali, é o maior mercado que já vi, os da minha antiga cidade poderia ser considerados vendinhas em comparação a este. Enquanto fazemos as compras, não pude deixar de notar a variedade de produtos que contém neste supermercado, umas coisas que nunca tinha ouvido falar e com nomes esquisitos, incrível, uma ida ao mercado para as compras virou um passeio inédito.

Compramos tudo que precisamos e mandamos entregar em casa, voltamos as ruas e andamos para ir de volta ao trabalho, paramos na sorveteria no caminho e compramos uma casquinha para cada.

- Você está mesmo certa sobre esse sorvete tia. - Comento com ela, enquanto dou uma colherada. - É o melhor que já provei, muito cremoso e o sabor é bem forte, ótimo mesmo.

- Eu avisei, é o melhor da cidade, você pode até provar os de outras sorveterias, mas, vai concordar que esse é o melhor. - Ela fala e solta uma risada de alegria.

Vamos o resto do caminho conversando amenidades e logo chegamos a mansão do senhor Miguel, depois que entramos cada uma vai para o seu lugar de trabalho. Sento no sofá e descanso por alguns minutos da caminhada que fiz, depois me levanto e vou até à garagem em busca do senhor Antônio, para buscar o Fábio na escolinha.

O encontro passando um pano no carro luxuoso e o cumprimento.

- Bom dia seu Antônio! Como o senhor está? - Pergunto para ele e fico na sua frente. - Já está na hora de ir buscar o Fábio, podemos ir?

- Bom dia, dona Simone, esse velho está bem, mais lento para andar, mas ainda assim muito bem. - Ele ri do que fala. - Já podemos ir, eu que não vou atrasar de buscar o menino Fábio.

Entro no carro rindo do seu jeito, vamos o caminho até a escola jogando conversa fora, quando chegamos saio do carro e vou até o portão colorido da escolinha, estranho porque não vejo Fábio a vista, vou até à professora e quando ela me vê, me explica o que está acontecendo.

- O Fábio não quis sair aqui para fora com as outras crianças, ele parece triste hoje, recomendo que você tente conversar com ele, e diga ao pai também. - Ela fala com um semblante de preocupação.

Sem palavras, apenas confirmo com a cabeça e espero ela entrar na escola para pegar Fábio, ansiosa e muito preocupada espero ele aparecer, quando o vejo, vou correndo em sua direção e o pego no colo, me despeço da professora e caminho com ele até o carro.

- O que está havendo, Fábio? - Indago para ele fazendo carinho em seus cabelos. - Quer falar sobre isso?

Ele apenas coloca o rosto no meu ombro e faz que não com a cabeça, suspiro, quando chegarmos na sua casa, vou dar o meu melhor para saber o que está acontecendo com ele.

                         

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