Capítulo 4 Nosso Primeiro Contacto

O salão de festa é bem moderno por dentro, as mesas são de vidro, com luzes por todo lado, tanto que não vejo quase nada. O bar está posicionado próximo da pista de dança, muita gente dançava e se divertia. Nesse momento está tocando a música dos Coldplay Midnight, eu adoro muito sério! Na verdade, eu amo os Coldplay, pena que não sei dançar, Deus não dá mesmo tudo!

Aí! Mas se eu soubesse! Eu dançaria igual essas meninas na pista, ou talvez não! Vejo uma garota a rebolar na pista e faço uma careta, sei lá, é sexy e só arriscaria se me pagassem!

- Vai querer beber algo? - Adam pergunta com o tom de voz alto porque o som da música não facilita.

- Um Coquetel com álcool, por favor - respondo no mesmo tom. Dentro desse ambiente não sou a Natasha boazinha e irei aproveitar tudo!

Ele me leva até uma sala bem mais calma, que não se ouvia muito barulho. As mesas também são de vidro e os assentos de cor vermelho. Na sala também tinha algumas pessoas que Adam cumprimentou, eles eram bem chiques.

- Vou pegar uma bebida. - ele sai da sala e eu sento-me. Num filme de mistério ou de terror, com certeza eu morreria na hora! Na moral, só conheci hoje esse homem e já aceito bebidas, estou de papinho! Até me apaixonei! E se ele tiver segundas intenções e quiser me matar? Correção, não me apaixonei! Só sinto atração física por ele.

Pego no meu celular e nenhum sinal de vida da Liza. Não demorou muito e Adam surge com uma taça de coquetel e uma chávena com café, ele me entrega o meu copo e agradeço.

Dou um gole da bebida, é um coquetel de ananás com álcool - Aqui é a sala VIP? - pergunto para disfarçar meu incômodo a sentir o álcool exagerado na bebida!

- Não, a VIP é no andar de cima - Como assim tem mais um andar e não notei?

- Então essa sala é...?

- É dos organizadores e patrocinadores. - Ele responde calmo dando um gole do seu café.

Assinto surpreendida, então ele é um homem "importante"- Então... Você é o organizador?

- Patrocinador - responde sem desviar seus olhos do meu.

- Você trabalha com essas cenas da organização de festas? - pergunto curiosa. Não sei por que, sou do tipo que não se incomoda em ficar a vida inteira sem falar uma só palavra, mas apetece-me falar de tudo um pouco!

- Não. Eu tenho um consultório de advocacia, mas o que eu gosto de fazer é dar aulas, sinto que assim aprendo mais.

Nesse momento minha boca se abre em um "O" - Então também é professor?

- Sou, nos tempos livres. Na verdade, com o salário dos colégios onde dou aulas, faço doação no orfanato onde cresci - ele sorri e noto que ele tem uma covinha solitária. Então ele é órfã... que homem humilde! Ele não esqueceu suas raízes!

Adam parece ser uma boa pessoa. Além de ser atraente, tem um bom coração.

- Uau, são poucas pessoas que fariam o que você faz...

- Talvez.

Seu jeito simples de ser e de fazer as coisas é tão lindo... Nunca tinha conhecido alguém assim. Eu olho para ele e nossos olhares se cruzam por um segundo, mas depois desvio e olho para o chão...

- E o que você faz? - ele pergunta e assim, chamando minha atenção.

Não posso contar a ele que sou uma aluna do secundário! Seria loucura! Ele olharia para mim e chamaria meus pais na hora e claro perderia total interesse! E não que eu queira ser notada por ele, mas quero que ele olhe para mim como adulta!

- Sou pasteleira! - foi a única coisa que me veio à mente - e vivo disso...

- Interessante! Me deixa seu número e um dia encomendo uns biscoitos caseiros para meu escritório. - sorrio forçado. Estou ferrada! Mas para tudo tem uma solução!

- Será oferta da casa! - digo e acabo minha bebida num só gole. Sinto como se tivesse congelado minha cabeça!

- Faço questão de pagar! Próxima semana vou querer várias doses para o orfanato.

Sinceramente só sei me meter em problemas! Até quando vou sustentar essa mentira?

- Aqui está quente? Não? - realmente sinto meu corpo queimar. E nesse momento só me apetece provar os lábios frescos de Adam.

Adam sorri - vou pedir para diminuírem a...

Não deixo ele terminar de falar e me apresso dizendo - Podemos ir para um sítio mais tranquilo?

O que se passa comigo?! Estou louca? Nunca mais consumo álcool! Só sei que quero muito sentir o toque desse homem em mim.

Ele não responde, apenas fixa seu olhar em mim, me aproximo mais e uno nossos lábios num beijo rápido no canto de sua boca - desculpe... - digo envergonhada e ele me puxa pela nuca e devora minha boca. Tento acompanhar o ritmo eufórico e gemo em sua boca. Com certeza que tem pessoas a olharem para nós, mas não me importo. Sinto sua mão tocar em meus braços e em seguida ele me afasta. Nossas respirações estão ofegantes

- Melhor pararmos... não te quero desrespeitar e muito menos me aproveitar de si! - ele diz e concordo

- Nesse momento única pessoa que está se aproveitando de alguém sou eu! Se não se importar... - ele olha ao redor da sala e constata que não tinha ninguém.

Ele estica seu braço e me puxa. Caminhamos até o banheiro. Será que vai acontecer? É hoje que perco minha virgindade?

Ele coloca suas mão em cada lado da parede, minhas costas estão coladas a parede fria - Está brincando com o fogo... - sussurra rouco enquanto beijava a curva do meu pescoço.

- Por favor, não vamos parar! - gemo

- Como queiras, minha deusa... - sussurra rouco em meus ouvidos.

(...)

SIM! Está consumado! Eu nunca vou contar a ninguém sobre essa minha aventura! E sim, usamos

preservativo! Eu achei que sentiria muita dor, mas ele foi tão gentil que só pude sentir prazer.

- Desculpe pelo que aconteceu a pouco com o Sr.Carlos... - Ele diz enquanto nos sentávamos no sofá. Não acredito que ele está se desculpando pelo erro do seu funcionário.

- Já passou - tento soar convicta - E como sabia que eu estava falando a verdade?

Quando terminamos de fazer, pedi para ele não tocar no assunto da nossa ficada e que seria a primeira e última vez.

- Estudei psicologia criminal e eu lido quase todos dias com criminosos perversos, psicopatas do tipo que mentem até a morte e acredita, não foi tão difícil notar que o meu funcionário estava mentindo.

Meu telefone vibra.

- Me Desculpe. - pego no meu celular e era Elizangela, eu atendo.

- Onde estás?! - ela pergunta gritando devido à música.

- Um minuto que já vou ter contigo! Onde estás? - eu não queria dizer a ela onde estou porque se não ela vai passar toda noite me perguntando sobre o que aconteceu.

- Estou no bar. Venha, que eu tou te esperando. - ela desliga. Eu faço uma cara feia.

- Você já vai? - eu me levanto e ele faz o mesmo.

- Sim... Eu vim com minha amiga e provavelmente vou subir no "VIP" - faço vírgulas altas com as mãos.

Ele sorri e meu coração dispara, eu tento sorrir para disfarçar o incômodo, mas não dá não. Vergonha me define nesse exato momento!

Adam pega a minha mão e leva até a boca para beijar. Eu senti seus lábios nas costas da minha mão e foi a melhor sensação do mundo. Foi um gesto tão lindo, simples e significativo.

- Obrigada pela companhia. - seu olhar era sedutor e, ao mesmo tempo, sincero, sem maldade.

Eu mordo o lábio inferior - Eu que agradeço, se não fosse por você, nesse momento eu estaria secando lá fora e... - não termino de falar e ele me puxa pelo braço unindo nossos corpos.

- Sabe, foda-se! - ele diz e em seguida devora minha boca em um beijo selvagem.

Ele ergue minha coxa e em um movimento rápido me suspende do chão. Passo minhas mãos pelas costas dele e gemo em sua boca! Seu corpo é perfeito! Arranho suas costas e sinto meu corpo bater contra parede.

Baixo o zíper de sua calça e abro o botão da mesma, ele geme com o contacto das minhas mãos em seu órgão e acho que estou fazer tudo certinho, bem como aprendi nas séries da Netflix.

- Gostosa! - diz rouco quando seus dedos me penetram devagarinho. E nossa! É a melhor sensação do mundo! Ele faz movimentos lentos de entra e sai e de repente ele tira seus dedos da minha intimidade e sinto falta...

Ele sorri de canto - Se amanhã precisar de alguém para conversar, não hesite em me ligar - ele me põe no chão, dá um cartão dourado que tinha seu endereço, nome completo e número.

Eu recebo o cartão e coloco na minha bolsa - eu não vou conseguir hesitar... - sussurro e saio da sala.

E de noite, Adam invadia meus pensamentos a cada cinco minutos que passavam.

            
            

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